A modernidade, extremamente marcada pelo naturalismo, racionalismo e materialismo, esqueceu a prática tão salutar das Indulgências, em épocas mais cristãs tão valorizadas.
Reagindo contra esta têndencia, nada melhor aos verdadeiros cristãos que lançar mão do famoso "agere contra",ensinado por Santo Inácio de Loyola, ou seja, fazer o contrário do que faz a modernidade, e utilizar o mais que se possa o Tesouro Espiritual da Igreja, lucrando cada um o maior número de Indulgências que conseguir.
Para tanto, propomos aqui o uso do mais indulgenciado de todos os Escapulários aprovados pela Igreja: o Escapulário Azul da Imaculada Conceição.
Um escapulário é um pequeno objeto, feito de dois pedaços de pano unidos por algum fio e usados de modo que uma parte caia sobre o peito e a outra nas costas. Geralmente se ligam a uma determinada Ordem religiosa e sempre expressam uma devoção da Igreja. Ao aprová-los a Igreja anexa-lhes indulgências e privilégios espirituais.
Vários são os escapulários aprovados pela Igreja: o do Carmo, o da Santíssima Trindade, o da Paixão de Cristo e dos Sagrados Corações, o das Dores de Nossa Senhora, o do Preciosíssimo Sangue, etc. Dentre estes, o mais célebre é, sem dúvida, o Escapulário do Carmo, em razão da promessa feita por Nossa Senhora a São Simão Stock de que não morreria em pecado mortal aquele que morresse usando esse escapulário. De modo algum pretendemos ferir aqui a importância do Escapulário do Carmo, que permanece sempre o mais útil, pois que escapar do inferno é, evidentemente, mais urgente do que lucrar qualquer indulgência. O uso de um escapulário, todavia, não impede o de outro, e a Igreja possui, inclusive, uma fórmula para a imposição conjunta dos cinco principais escapulários, tanto é o seu desejo de que os fiéis tenham acesso ao seu Tesouro Espiritual e dele tirem o máximo proveito, quer para si, quer para as Almas do Purgatório.
Dentre todos os escapulários, o mais enriquecido de indulgências e privilégios pela Igreja é o Escapulário Azul da Imaculada Conceição.
Revelado em 1616 por Nossa Senhora à Venerável Úrsula Benincasa (cujas virtudes foram proclamadas heróicas pelo papa Pio VI, em 7 de agosto de 1793), o Escapulário Azul foi anexado à Ordem dos Teatinos e enriquecido de favores pelos papas Clemente IX, Clemente XI, Gregório XVI e, sobretudo, por Pio IX, o papa que definiu o dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora.
A imposição solene do Escapulário Azul é reservada aos padres teatinos, mas a imposição privada é facultada a qualquer sacerdote. Para se lucrerem seus tesouros é preciso usá-lo constantemente (sendo, porém, permitido tirá-lo para banhar-se), e rezar cada dia qualquer prece pelas intenções do papa.
Compõem-se o esse escapulário de duas peças de pano de algodão, de cor azul clara, retangulares, unidas entre si por algum fio de qualquer espécie, e usadas de modo que uma caia sobre o peito e a outra sobre as costas. Pode ser confeccionado em casa mesmo.
A Ordem dos Teatinos, fundada no século XVI por São Caetano de Tiene e pelo bispo João Pedro Caraffa (futuro papa Paulo IV), tinha como objetivo principal a reforma dos costumes e a conversão dos pecadores. Também a Venerável Benincasa tinha como devoção especial orar pelos pecadores. Por sua vez, aquele que recebe o Escapulário Azul - revelado à Venerável Benincasa e ligado à Ordem Teatina - deve impor-se, ou fazer-se impor por seu confessor, alguma oração pela conversão dos pecadores, a ser rezada quotidianamente. Todavia, o não cumprimento desta clásula não significa pecado e nem impede que se ganhem as indulgências do Escapulário em questão.
Isto exposto, passamos agora à longa enumeração das indulgências e privilégios do Escapulários Azul da Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria, começando pelo extraordinário privilégio da indulgência plenária quotidiana sem confissão nem comunhão.
Texto extraído do site:Últimas Misericórdias de Deus http://www.ultimasmisericordias.com.br
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