De fato,
a realidade do 2º Concílio do Vaticano não era o que aparecia. E sim, seus
subterrâneos.
Sob uma
aparência tradicional, assegurada pela presença dos Srs. Cardeais Ottaviani,
Bacci, Ruffini, Braum e outros, operava o Cardeal Bea, porta-voz das Bnai-Brith
judias e demais maçônicos, convencidos de que era o momento de ultimar a obra
de destruição da Igreja Católica, implodindo-a sobre si mesma.
Estruturou-se,
assim, um Concílio “sui-generis”: sem discussão: os oradores sucediam-se
ininterruptamente, uns aos outros, vazando na assembléia o de que nutriam seus
espíritos. Não havia nexo entre as várias intervenções. Quem as quisesse
contestar, deveria inscrever-se na lista dos postulantes da palavra, e aguardar
a sua vez, que poderia ocorrer vários dias depois.
De
maneira que, no 2º Concílio do Vaticano, quem fazia tudo eram as comissões. E
com tal sobranceria que, logo de início, a mesa de presidência jogou fora os
esquemas propostos pela comissão preparatória, autorizada pela Santa Sé, ou
seja, pelo Papa, a quem, aliás, como chefe supremo da Igreja e Vigário de Jesus
Cristo, assiste o direito de propor a matéria a ser tratada nos concílios e a
maneira como fazê-lo.
Eis que o
2º Concílio do Vaticano constitui-se numa anti-Igreja.
Dogma
fundamental da Igreja Católica é sua necessidade para a salvação. Não têm os
homens liberdade de escolher sua religião, sua igreja, conforme seu agrado, ou
persuasão. Sob pena de condenação eterna, devem ingressar na Igreja Católica
Romana. – Ora, o Vaticano II, neste ponto, fixa, como doutrina inconteste,
precisamente o contrário: todo homem tem liberdade visceral de aderir à
Religião de sua preferência.
Posta
esta antítese, neste ponto básico, necessariamente, sobre ele vão se construir
edifícios antitéticos. – Por isso, dizemos que o Vaticano II firmou-se como a
anti-Igreja. Conseqüência: quem adere ao Vaticano II, sem restrição, só por
esse fato, desliga-se da verdadeira Igreja de Cristo. Ninguém pode, ao mesmo
tempo ser católico e subscrever tudo quanto estabeleceu o Concílio Vaticano II.
Diríamos que a melhor maneira de abandonar a Igreja de Cristo, Católica
Apostólica Romana, é aceitar, sem reservas o que ensinou e propôs o Concílio
Vaticano II. Ele é a anti-Igreja.
Jornal Heri et Hodie (de Campos), nº 33 – setembro
de 1986.
Cfr. Monitor Campista, 17/08/86)
FONTE:
http://www.fsspx.com.br
PUBLICADO EM SET 25, 2009 EM DOM ANTONIO DE CASTRO MAYER, ESCRITOS E CONFERÊNCIAS, ESPECIAL CAMPOS, TODOS OS ARTIGOS DO SITE, TRADIÇÃO X VATICANO II
17/08/1986
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