A invocação a Maria Auxiliadora tem
raízes no ano 1571, quando os Otomanos depois de conquistar várias ilhas do
Mediterrâneo, estenderam o plano de expansão à Europa.
Foi então que o
Papa São Pio V, solicitou os chefes das nações cristãs a unirem-se para
organizar uma esquadra que defendesse o continente cristão do poder maometano.
Para esta defesa
do Catolicismo o principal era invocar o auxílio de Nossa Senhora. E assim foi,
apesar da disparidade de forças navais, a vitória aconteceu no dia 7 de outubro
de 1571.
Afastada a
ameaça muçulmana, o Pontífice quis que todo o mundo católico demonstrasse para
sempre a sua gratidão à Virgem Maria, acrescentando nas populares ladainhas de
Loreto a invocação: Auxiliadora
dos Cristãos,ora pro nobis.
Quanto à festa
em honra de Nossa Senhora Auxiliadora, esta foi oficialmente instituída em
1816, pelo Papa Pio VII, a fim de perpetuar mais um evento que atesta a
intercessão da Santa Mãe de Deus nos tempos revolucionários de Napoleão I.
De fato este
imperador empenhou suas forças na conquista de toda Europa sem excluir o Norte
da Itália, Veneza e os Estados pontifícios, onde reinava então o Papa Pio VI.
O Pontífice fez
então uma súplica à Mãe de Deus para que protegesse os cristãos. Naquela
ocasião, era o ano 1796, esse auxílio foi concedido em modo extraordinário.
“Nunca na história da Igreja, algo semelhante havia acontecido”. Essa a
afirmação ousada – mas justificada – por historiadores que lidam com acontecimentos
estranhos do livro de que vamos falar e que é dedicado a tal evento. Enquanto
os ferozes saqueadores de Bonaparte invadiram os Estados Pontifícios, em Roma,
a partir de 9 de julho de 1796, mais de uma centena de imagens (principalmente
marianas) se “animaram” com expressões emocionadas, ou então, com os olhos que
mudavam de cor, e às vezes de expressão. O fenômeno começou pouco antes de
Ancona e foi testemunhada pelo próprio Napoleão, que ficou impressionado. Mas
na capital, houve uma verdadeira “explosão”, que durou meses, sob os olhos de
duzentos mil habitantes, incluindo não católicos, sem nenhuma voz discordante.
Mesmo as autoridades religiosas – receosas de irritar os invasores – foram
“forçadas” a abrir um processo rigoroso, onde desfilaram dezenas e dezenas de
testemunhas juramentadas, alguns deles homens de ciência. No julgamento final,
não foi possível hesitar: Maria tinha realmente demonstrado sua vontade de
reforçar os ânimos para a proteção da cidade ameaçada. Foi assim que ficou inserida
na liturgia, a “festa dos milagres da Virgem Maria.”
Se a lembrança
dessa festa ainda é comemorada, a história, mesmo se autenticamente católica
desses fatos incríveis, parece perder-se a memória, liquidados apressadamente
como uma psicose coletiva. Rino Camilleri foi o autor contemporâneo que
reconstruiu com objetividade e seriedade, a série de tais acontecimentos
misteriosos e inéditos. Depois, confrontado a sua veracidade e seu significado
com Vittorio Messori, o conhecido escritor, escreveram em conjunto este livro
intitulado «Gli occhi di Maria» (Rizzoli), onde também tratam do calendário e
do sentido dos milagres marianos em toda a Itália e no mundo, a partir do que
acontecera em Roma no mês de julho de 1796.
Tudo parece
escrito segundo um plano providencial, que porém não evitou a tomada da Cidade
Santa e do sequestro do Papa Pio VI, que foi levado para a França onde morreu.
Napoleão foi
excomungado pelo Sumo Pontífice Pio VII, sucessor de Pio VI. Em resposta, o
imperador francês seqüestrou também este Vigário de Cristo, levando-o para
Paris, onde permaneceu prisioneiro durante anos e teve que assistir à
auto-coroação de Bonaparte. Mas sempre movido por fé ardente na vitória do bem
e da Igreja, Pio VII recorreu à intercessão de Maria Santíssima, com a promessa
de coroar solenemente a imagem de Nossa Senhora apenas fosse libertado. Quando
Napoleão cedeu à pressão perante o mundo de sua responsabilidade nesse
sacrilégio, e libertou o Papa, Pio VII voltou a Savona para cumprir a sua
promessa. No dia 24 de maio de 1814, entrou solenemente em Roma, recuperando o
seu poder sobre os bens da Igreja, que foram restituídos. Consta que Napoleão
acabou por assinar a sua abdicação no mesmo palácio onde aprisionara o
Pontífice.
Para que fosse
lembrado o agradecimento à Santa Mãe de Deus, o Papa Pio VII criou a festa de
Nossa Senhora Auxiliadora, fixando-a no dia de sua volta solene a Roma.
Dom Bosco,
grande apóstolo da juventude, iria mais tarde adotar esta invocação para a sua
Congregação Salesiana, uma vez que também esta viveu numa época de lutas com o
poder civil. A fundação de sua família religiosa, que difunde pelo mundo o amor
a Nossa Senhora Auxiliadora, deu-se sob o ministério do Conde Cavour, no auge
dos ódios políticos e religiosos que culminaram na queda de Roma e destruição
do poder temporal da Igreja. Nossa Senhora foi colocada à frente da obra
educacional de Dom Bosco para defendê-la em todas as dificuldades.
No ano de 1862,
as aparições de Maria Auxiliadora na cidade de Spoleto marcam um despertar
mariano na piedade popular italiana. Nesse mesmo ano, São João Bosco iniciou a
construção, em Turim, de um santuário, que foi dedicado a Nossa Senhora,
Auxílio dos Cristãos.
Dom Bosco
ensinou aos membros da família Salesiana a amarem Nossa Senhora, invocando-a
com o título de AUXILIADORA. Pode-se afirmar que a invocação de Maria como
título de Auxiliadora teve um impulso enorme com Dom Bosco. Ficou tão conhecido
o amor do Santo pela Virgem Auxiliadora a ponto de Ela ser conhecida também
como a “Virgem de Dom Bosco”. Escreveu Dom Bosco: “A festa de Maria Auxiliadora
deve ser o prelúdio da festa eterna que deveremos celebrar todos juntos um dia
no Paraíso”.
A Santíssima Virgem Maria foi constituída Auxiliadora dos Cristãos por inefável
desígnio de Deus. Assim, nos momentos mais atribulados na vida da Cristandade e
da Igreja, nós a temos como Senhora e Protetora e Ela apareceu em Roma, em Paris,
na montanha de La Salette, em Lurdes e em Fátima, só para citar os momentos
mais importantes de Seu auxílio no reforço da fé dos filhos da Igreja Católica.
Por isto, também
nesta hora mais crucial para a vida da santa Madre Igreja, devemos continuar a
pedir-lhe: Dignai-vos mostrar o Vosso auxílio poderoso para o nosso tempo
tenebroso. Preservai os vossos filhos de todo perigo contra a pureza e
integridade da Fé, porque só nela se agrada a Deus e se encontra a salvação.
Fonte: http://promariana.wordpress.com/2013/05/24/nossa-senhora-auxiliadora-ora-pro-nobis/
Nossa Senhora Auxiliadora, ora pro nobis!
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