A
fim de conservar seu equilíbrio mental e mesmo orgânico, cada
indivíduo é obrigado a ter uma regra interior.
O
Estado pode impor pela força a legalidade, mas não as leis da
moral. Cada um deve entender a necessidade de fazer o bem e de evitar
o mal, e se submeter a esta necessidade por um esforço de sua
própria vontade.
A
Igreja católica, em seu profundo conhecimento da psicologia humana,
colocou as atividades morais bem acima das atividades intelectuais.
Os indivíduos que ela honra acima de todos os demais não são nem
os condutores dos povos, nem os sábios, nem os filósofos. São os
santos, ou seja, aqueles que, de modo heróico, foram virtuosos.
Quando
se estuda os habitantes da Cidade nova, se percebe a necessidade do
sentido moral. Inteligência, vontade e moralidade são funções
muito próximas umas das outras. Porém o sentido moral é mais
importante que a inteligência.
Quando
ele desaparece de uma nação, toda a estrutura social começa a
estremecer. Nas pesquisas de biologia humana, não temos dado até o
momento às atividades morais o lugar que elas merecem. O sentido
moral é susceptível de um estudo tão positivo quanto o da
inteligência.
Na
verdade, este estudo é difícil. Porém os aspectos do sentido moral
nos indivíduos e nos grupos de indivíduos são facilmente
reconhecíveis.
Quase
nunca temos a ocasião de observar, na sociedade moderna, indivíduos
cuja conduta seja inspirada por um ideal moral. Contudo, tais
indivíduos ainda existem. É impossível não notá-los quando os
encontramos.
A
beleza moral deixa uma lembrança inesquecível àquele que, mesmo
uma única vez, a contemplou. Ela nos toca mais que a beleza da
natureza, ou a da ciência. Ela dá àquele que a possui um poder
estranho, inexplicável. Ela aumenta a força da inteligência; ela
estabelece a paz entre os homens. Ela é - muito mais que a ciência,
a arte e a religião -, a base da civilização.
Alex
Carrel - L'Homme, cet Inconnu (1935)
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