Ombro a
ombro com Pio IX encontra-se a personalidade imponente e categórica de São Pio
X. Ambos os papas representam uma unidade de pensamento e ação como timoneiros
da barca de Pedro ao proclamarem alto e bom som o princípio do absoluto sobre o
relativismo religioso e moral.
O bem
moral deve prevalecer sobre todas as coisas porque o ser humano foi criado para
Deus. Em sua encíclica “Sobre a Liberdade Humana”, Leão XIII ensina que a
igreja Católica, única detentora da verdade, é também a única defensora da
doutrina da liberdade como da simplicidade, espiritualidade e imortalidade da
alma humana.
Com
proteção da liberdade a Igreja tem salvado da ruína este grande bem do homem.
Os seres irracionais obedecem a seus instintos e são impelidos para aquilo que
lhes é útil, ou seja, a defesa e conservação da vida. O homem dotado de razão e
vontade advindas de sua alma espiritual torna-se o senhor de seus atos.
Quanto
aos bens naturais, compete a ele escolher o que lhe parece viável. Quanto à
ordem moral, sua finalidade última é Deus. Portanto, o homem simples e
espiritual procura a verdade e o bem moral. Depois da Revelação, a Igreja
Católica é meio necessário para se salvar. O fiel deve fugir dos erros e das
falsas religiões.
O
sincretismo religioso foi condenado por vários papas antes do concílio Vaticano
II. São Pio X condenou as associações interconfessionais ao afirmar que a
verdadeira civilização só se dá com a religião verdadeira. O que não for isso
serão aberrações sociais como socialismo, comunismo, nazismo e ditaduras
islâmicas.
Surpreendem
algumas declarações eclesiásticas ao propor convívio amistoso com as demais
religiões, respeito mútuo à religião do outro, aos seus ensinamentos, símbolos
e valores, chegando mesmo a pregar respeito especial para com seus chefes
religiosos e seus lugares de culto.
Os
inovadores costumam apelar para o sentimento quando ressaltam os ataques
recíprocos, pois são fontes de consternação e de muita dor! Mas com tal
procedimento renuncia-se à polêmica, à noção de bem e de mal, além do princípio
de que existe tão-só uma religião verdadeira instituída por Nosso Senhor Jesus
Cristo.
Em nome
de uma inovação eles vão afastando as pessoas da verdadeira religião e matando
a fé nas almas, à semelhança de um processo de autodestruição do monolítico
edifício multissecular da Igreja Católica. Infelizmente assistimos a uma
conduta paradoxal, a destruição daquilo que deveriam conservar e defender.
Matéria
já antiga, mas elucidativa, soa como advertência a muitos inovadores. Em
palestra aos bispos em 1977, o publicitário Alex Periscinotto chamou-lhes a
atenção para a pastoral moderna. Enquanto aconselham os fieis a respeitar os
símbolos pagãos ou heréticos, põem fora os símbolos e costumes católicos.
E ilustra:
os sinos nas torres das igrejas não tocam mais; os véus para as senhoras foram
abolidos; as confissões auriculares no confessionário foram eliminadas; faltam
as torres altaneiras nas igrejas com a cruz em cima e arquitetura sacral dos
edifícios; as solenidades e cerimônias litúrgicas foram vulgarizadas, como são
as missas modernas; o uso de instrumentos musicais profanos na liturgia
substituindo as harmonias sacrais do órgão.
O
publicitário ainda lembrou aos bispos o desuso da batina por parte dos religiosos,
e de tantos outros costumes que marcavam a presença da Igreja. Vale lembrar
ainda a dificuldade imposta para o atendimento aos fieis, como a preparação
para casamento e batismo, o que tem afastado muita gente da prática religiosa.
Diante
disto, tem-se notado uma reação sadia por parte de clérigos e até mesmo de
muitos fieis desejosos de retomar aos costumes tradicionais. São reações sadias
como estas que confirmam a promessa de Nosso Senhor Jesus Cristo de que as
portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja.
Fonte: http://fratresinunum.com/
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