20/03/2014

São José de Leonissa, defensor da fé


Prof. Pedro Maria da Cruz
“Sereis odiados por causa de meu nome.” (Mt.10,22)

“Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos.” (Mt.10,16)

São José de Leonissa (sua cidade de origem na região do Lázio) nasceu na Itália, aos 8 de janeiro de 1556. Desde cedo fatos extraordinários manifestaram a singularidade daquela criança. Certa vez, sua mãe, adormecendo sobre ele ainda bebê, foi subitamente despertada por mão invisível que salvara da morte iminente. Noutra ocasião, quando o menino chorava, sua mãe presenciou o berço agitar-se docemente, como que embalado por misterioso anjo.

Em 1572 ingressou na Ordem dos Capuchinhos. Desde então, perde seu nome de batismo, Eufrânio, e passa a chamar-se Frei Giuseppe da Leonessa (Frei José de Leonissa). Em 24 de setembro de 1580 é ordenado sacerdote na cidade de Amélia; e, em 21 de maio de 1581 recebe a faculdade de Pregador. Torna-se, deste modo, missionário aos 26 anos de idade. Seria conhecido desde então como incansável e destemido pregador do Evangelho.

Em 1587 recebe de seu superior capuchinho a permissão para agregar-se à Missão de Constantinopla, onde poderia pregar entre bárbaros e infiéis. Durante a longa viagem, faltaram alimentos para a tripulação do barco onde viajava. Tocado pelo desespero dos marinheiros, Frei José benzeu alguns poucos pães e o alimento bastou para todo o período da travessia. Iniciava-se deste modo seu apostolado que seria marcado por verdadeiros prodígios sobrenaturais.

Devido a uma peste de que foram vítimas o superior e outros frades da missão de Constantinopla, Frei José de Leonissa foi nomeado superior e, desafiando o perigo, entrou a pregar o Evangelho aos muçulmanos. Pela coragem de afrontar o edito do Sultão Murad III, foi condenado à Pena do gancho – consistia em ser a vítima pendurada em dois ganchos presos ao patíbulo por uma das mãos e um pé. Frei José ficou pendurado sobre uma fogueira com lenha e palha umedecidos, cujo calor o faria morrer em terríveis convulsões. Porém, ao terceiro dia, foi libertado milagrosamente por um anjo.” (Cf. RESENDE, Henrique.São José de Leonissa. Pg. 5).

Em 1612, o missionário adoeceu violentamente. Nessa ocasião, em vez de quedar-se em sua cama cheio de lamentações, arrastava-se ate a Igreja para celebrar a Santa Missa. Depois, não conseguindo mais se manter de pé deslocava-se até à Igreja para comungar o Santíssimo Sacramento. A doença causava-lhe dores terríveis e tão cruéis que não mais lhe permitiam repouso. Chegando a hora da morte, o santo de Leonissa disse ao ouvir soarem os sinos: “Hoje é sábado, dia consagrado a Nossa Senhora, e sábado morreu o nosso amado São Francisco. Em um sábado morrerei também eu.” Ao recitar o Oficio divino, como fazia todos os dias, exclamou: “Deixemos o Ofício; Deus me chama a si.” Eram 21 horas do dia 4 de fevereiro de 1612. O Frei José de Leonessa contava 56 anos de idade...

O povo correu em massa para venerar e recolher relíquias do santo. O barão de Orsine e os magistrados de Amatrice deliberaram ser o corpo embalsamado e conduzido em segredo para uma Igreja. Deste modo, pretendiam evitar que os habitantes de Leonissa tomassem o corpo e levassem o consigo; tamanha a veneração que lhe manifestavam. Enquanto embalsamavam o corpo, o padre guardião conseguiu apoderar do coração. Afirmava que os corpos dos santos não precisam de recursos humanos para se manter, pois o poder divino os preserva da corrupção. Com efeito, o coração de São José de Leonissa se conserva milagrosamente intacto desde então. É guardado com grande veneração em precioso relicário. Queira Deus que, guardando também seu exemplo, possam todos os cristãos se destacar na defesa da fé católica.

São José de Leonissa, rogai por nós.

Maria Sempre!


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Antes de postar seu comentário sobre a postagem, leia: Todo comentário é moderado e deverá ter o nome do comentador. Comentário que não tenha a identificação do autor (anônimo), ou sua origem via link e ainda que não tenha o nome do emitente no corpo do texto, bem como qualquer tipo de identificação, poderá ser publicado se julgar pertinente o assunto. Como também poderá não ser publicado, mesmo com as identificações acima tratadas, caso o assunto for julga impertinente ou irrelevante ao assunto. Todo e qualquer comentário só será publicado se não ferir nenhuma das diretrizes do blog, o qual reserva o direito de publicar ou não qualquer comentário, bem como de excluí-los futuramente. Comentários ofensivos contra a Santa Madre Igreja não serão aceitos. Comentários de hereges, de pessoas que se dizem ateus, infiéis, de comunistas só serão aceitos se estiverem buscando a conversão e a fuga do erro. De indivíduos que defendem doutrinas contra a Verdade revelada, contra a moral católica, de apoio a grupos ou ideias que contrários aos ensinamentos da Igreja, ao catecismo do Concílio de Trento, ferem, denigrem, agridem, cometem sacrilégios a Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo, a Mãe de Deus, seus Anjos, Santos, ao Papa, ao clero, as instituições católicas, a Tradição da Igreja, também não serão aceitos. Apoio a indivíduos contrários a tudo isso, incluindo ao clero modernista, só será publicado se tiver uma coerência e não for qualificado como ofensivo, propagador do modernismo, do sedevacantismo, do protestantismo, das ideologias socialistas, comunistas e modernistas, da maçonaria e do maçonismo, bem como qualquer outro tópico julgado impróprio, inoportuno, imoral, etc. Alguns comentários podem ser respondidos via e-mail, postagem de resposta no blog, resposta do próprio comentário ou simplesmente não respondido. Reservo o direito de publicar, não publicar e excluir os comentários que julgar pertinente. Para mensagens particulares, dúvidas, sugestões, inclusive de publicações, elogios e reclamações, pode ser usado o quadro CONTATO no corpo superior do blog versão web. Obrigado! Adm do blog.