Enquanto
a esquerda
católica se
aplica em açular os sem-terra e os sem-teto, vai crescendo o número
dos sem-Igreja
O que
significa ser "sem"
alguma coisa?
O
prefixo sem indica
uma carência, algo que falta. Neste mundo em que vivemos, quem de
nós não está sujeito a carências de toda espécie? Eu, por
exemplo, não tenho um caminhão. O leitor talvez também não tenha.
Seríamos então classificados na turma dos sem-caminhão.
Maior
ainda é o contingente dos sem-avião.
E toda a humanidade está sujeita a entrar na fila dos sem-satélite.
Tal
visualização das coisas, que em outros tempos poderia ter ares de
brincadeira, hoje em dia tornou-se coisa séria, e até bem séria.
Por quê?
Simplesmente
porque certa esquerda -- aí incluída com preponderância a chamada
esquerda
católica --
resolveu utilizar o prefixo sem como slogan para
pôr lenha no fogo da revolução social, que quer promover a
qualquer custo.
Então
aparecem os sem-terra, os sem-teto, etc., a propósito dos quais se
levanta o fantasma de uma carência tão fundamental, que
justificaria da parte deles qualquer agressão, qualquer ilegalidade,
qualquer crime, qualquer pecado.
Longe
de nós negar que se deva ajudar os necessitados de todas as formas
possíveis, estendendo-lhes a mão, criando condições propícias
para que supram suas carências, elevando-os na escala social e
econômica do País. É um dever agir assim, é também um ato
insigne de caridade.
Mas
isso não significa de nenhum modo que se deva instigá-los contra
quem tem alguma propriedade, atiçando neles o ódio, a inveja, a
revolta, a transgressão dos Mandamentos da Lei de Deus e dos
preceitos legítimos das leis humanas.
Aquele
mesmo Jesus que nos ensinou a amar o próximo como a nós mesmos, a
ajudar especialmente os pobres, a tratá-los com carinho e dedicação,
advertiu também: "Pobres, sempre os tereis entre vós"
(Jo, 12,8). Como a dizer-nos que as carências humanas podem e devem
ser amparadas, minoradas, mas não podem ser extintas pela procura
quimérica e absurda de uma igualdade a qualquer preço, seja ela de
fortuna ou de posição social. Igualdade, aliás, contrária à
própria natureza humana e aos ensinamentos do Evangelho.
Não
obstante tudo isso, é certo que há alguns direitos absolutamente
fundamentais, que não podem ser retirados de ninguém. Um deles,
talvez o mais essencial de todos, é o direito de conhecer a verdade,
de segui-la, de servi-la.
Ora,
a verdade, entendida na sua plenitude e abarcada tanto quanto é
possível nesta Terra, nós a encontramos na Santa Igreja Católica
Apostólica Romana. Seus ensinamentos conduzem o homem ao cumprimento
de sua finalidade essencial, que é amar e servir a Deus nesta Terra,
para depois gozá-lo eternamente no Céu. E seguir esses ensinamentos
significa criar nesta Terra uma sociedade cheia de ordem, de
harmonia, de bem-estar, de verdadeira paz.
Pelo
contrário, a malfadada esquerda
católica, ao
se aplicar com tanto afinco à subversão da ordem social, à
instigação e organização dos sem-terra, dos sem-teto e ainda de
outros sem,
vai progressivamente pondo na sombra o ensino da verdadeira Religião.
Os
Mandamentos da Lei de Deus deixam de ter importância, pois passa a
ser legítimo cobiçar as coisas alheias, roubar, etc. Os dogmas
sagrados da Igreja são postos no esquecimento, quando não
abertamente negados, como a existência de um Céu a ganhar e de um
Inferno a evitar, pois tudo se resume a uma luta social nesta Terra.
Com
isso, uma carência terrível, de um bem absolutamente fundamental,
vai ampliando um setor cada vez mais desamparado da população
brasileira: os sem-Igreja.
FONTE:
CATOLICISMO (OS SEM IGREJA)
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