11/04/2014

Os sem-Igreja

Enquanto a esquerda católica se aplica em açular os sem-terra e os sem-teto, vai crescendo o número dos sem-Igreja
O que significa ser "sem" alguma coisa?
O prefixo sem indica uma carência, algo que falta. Neste mundo em que vivemos, quem de nós não está sujeito a carências de toda espécie? Eu, por exemplo, não tenho um caminhão. O leitor talvez também não tenha. Seríamos então classificados na turma dos sem-caminhão.
Maior ainda é o contingente dos sem-avião. E toda a humanidade está sujeita a entrar na fila dos sem-satélite.

Tal visualização das coisas, que em outros tempos poderia ter ares de brincadeira, hoje em dia tornou-se coisa séria, e até bem séria. Por quê?
Simplesmente porque certa esquerda -- aí incluída com preponderância a chamada esquerda católica -- resolveu utilizar o prefixo sem como slogan para pôr lenha no fogo da revolução social, que quer promover a qualquer custo.
Então aparecem os sem-terra, os sem-teto, etc., a propósito dos quais se levanta o fantasma de uma carência tão fundamental, que justificaria da parte deles qualquer agressão, qualquer ilegalidade, qualquer crime, qualquer pecado.
Longe de nós negar que se deva ajudar os necessitados de todas as formas possíveis, estendendo-lhes a mão, criando condições propícias para que supram suas carências, elevando-os na escala social e econômica do País. É um dever agir assim, é também um ato insigne de caridade.
Mas isso não significa de nenhum modo que se deva instigá-los contra quem tem alguma propriedade, atiçando neles o ódio, a inveja, a revolta, a transgressão dos Mandamentos da Lei de Deus e dos preceitos legítimos das leis humanas.
Aquele mesmo Jesus que nos ensinou a amar o próximo como a nós mesmos, a ajudar especialmente os pobres, a tratá-los com carinho e dedicação, advertiu também: "Pobres, sempre os tereis entre vós" (Jo, 12,8). Como a dizer-nos que as carências humanas podem e devem ser amparadas, minoradas, mas não podem ser extintas pela procura quimérica e absurda de uma igualdade a qualquer preço, seja ela de fortuna ou de posição social. Igualdade, aliás, contrária à própria natureza humana e aos ensinamentos do Evangelho.
Não obstante tudo isso, é certo que há alguns direitos absolutamente fundamentais, que não podem ser retirados de ninguém. Um deles, talvez o mais essencial de todos, é o direito de conhecer a verdade, de segui-la, de servi-la.
Ora, a verdade, entendida na sua plenitude e abarcada tanto quanto é possível nesta Terra, nós a encontramos na Santa Igreja Católica Apostólica Romana. Seus ensinamentos conduzem o homem ao cumprimento de sua finalidade essencial, que é amar e servir a Deus nesta Terra, para depois gozá-lo eternamente no Céu. E seguir esses ensinamentos significa criar nesta Terra uma sociedade cheia de ordem, de harmonia, de bem-estar, de verdadeira paz.
Pelo contrário, a malfadada esquerda católica, ao se aplicar com tanto afinco à subversão da ordem social, à instigação e organização dos sem-terra, dos sem-teto e ainda de outros sem, vai progressivamente pondo na sombra o ensino da verdadeira Religião.
Os Mandamentos da Lei de Deus deixam de ter importância, pois passa a ser legítimo cobiçar as coisas alheias, roubar, etc. Os dogmas sagrados da Igreja são postos no esquecimento, quando não abertamente negados, como a existência de um Céu a ganhar e de um Inferno a evitar, pois tudo se resume a uma luta social nesta Terra.
Com isso, uma carência terrível, de um bem absolutamente fundamental, vai ampliando um setor cada vez mais desamparado da população brasileira: os sem-Igreja.


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