21/07/2016

Cardeal de Praga diverge e pede não aceitar muçulmanos, mas só cristãos


“Quando alguns de nossos cidadãos se manifestam pela acolhida de um milhão ou até de um número ilimitado de refugiados, nós deveríamos lhes perguntar também se estão dispostos a prescindir da quarta parte de seus ingressos”.


Cardeal Dominik Duka,
arcebispo de Praga:
“a cultura de boas-vindas
 pode levar a uma catástrofe
monumental”
O Cardeal Dominik Duka, arcebispo de Praga, em entrevista ao jornal Lidove Noviny de seu país deixou claro que sua opiniao sobre os imigrantes islâmicos difere do parecer do Papa Francisco, noticiou “Religión Digital”. 

Falando das viagens do Papa ao Mediterrâneo para manifestar solidariedade aos migrantes e a decisão do Pontífice de acolher algumas famílias deles no Vaticano, Duka disse que ele se emocionou, mas logo percebeu que “essa não é uma solução completa”.

Mais ainda, prosseguiu o cardeal, “uma cultura de boas-vindas” irrefletida na Europa, aplicada como quer Francisco, poderá levar a uma “catástrofe humanitária e econômica monumental”.

“Quando alguns de nossos cidadãos se manifestam pela acolhida de um milhão ou até de um número ilimitado de refugiados, nós deveríamos lhes perguntar também se estão dispostos a prescindir da quarta parte de seus ingressos”.

O cardeal de Praga falou em sentido contrário à pregação do Papa Francisco por uma “forte integração cultural” dos migrantes na Europa, como explicou na hora de receber o “Prêmio Carlos Magno” da União Europeia.

O purpurado checo defendeu que a melhor solução para os migrantes “é restabelecer os aparelhos do Estado em seus países de origem para lhes garantir uma vida digna lá”.

Obviamente, a proposta do cardeal seria recebida pelas esquerdas comuno-progressistas como “colonialista” e “imperialista”, não obstante tenha dado ótimos frutos no passado.

Para o arcebispo de Praga, a única exceção que poderia se abrir seria para os cristãos, porque “eles têm uma tradição e uma cultura em plena consonância com as raízes tradicionais europeias”, que também são cristãs.

“Antes de tudo, temos que aceitar os cristãos, porque são o grupo mais perseguido e se teme pelas suas vidas”, defendeu o arcebispo.
Cardeal de Praga: políticas
como a do Papa Francisco geram
“medo” e “divisão”

Ele acrescentou que as políticas, como a do Papa Francisco, de boas-vindas e integração sem reservas geram “medo” e “divisão” entre os cidadãos da comunidade europeia.

O cardeal também respondeu às injustas acusações levantadas contra seu país, a República Checa (Chéquia). Por exemplo, os ataques lançados por teólogos de esquerda, como o checo Tomáš Halík, contra o arcebispo. 

D. Duka respondeu com o exemplo de “quase meio milhão de novos cidadãos” que foram acolhidos na República Checa nos últimos vinte anos, provenientes, na sua maioria, do antigo bloco soviético.

Mas a imensa parte deles era constituída por europeus de raízes cristãs, e não por muçulmanos de ideologia religiosa anticristã.


Um comentário:

  1. Foi exatamente isso que comentei com a minha mãe em casa. A avalanche de pessoas que não acreditam no Cristo vivo e ressuscitado como nós acreditamos, certamente, é o passo inicial do maligno para infiltrar a discórdia e a descrença no nosso meio confundindo os pobres na fé. Querem fugir de lá? Que se convertam ao Cristianismo aqui. Ora, a religião deles não prega a morte por alá? É uma contradição sem fim. Senhor, livrai-nos do mal!

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