06/01/2017

6 de janeiro - EPIFANIA DO SENHOR


"Ecce, advénit dominátor Dóminus: et regnum in manu eius et potéstas et impérium.
Deus, iudícium tuum Regi da: et iustítiam tuam Fílio Regis."


A Epifania, (isto é, “manifestação”) é de origem oriental. Foi mencionada pela primeira vez por Clemente Alexandrino († 215) e era celebrada pela seita gnóstica dos Basilianos que comemoravam neste dia o Nascimento e o Batismo de Jesus e afirmavam que somente por ocasião do Batismo a Divindade se tinha unido à humanidade do Salvador, abandonando-a depois, durante a crucifixão. Foi provavelmente para combater essa heresia que a Igreja do Oriente instituiu a festa da Epifania, isto é, das várias manifestações do salvador.

Na solenidade de hoje são celebrados três mistérios: A adoração dos Magos (é o pensamento dominante), o Batismo de Jesus e o milagre das bodas de Caná.

Na noite de Natal o divino Infante manifestou-se como homem; hoje, revela-se como Deus “em cujas mãos acha-se todo poder” (Intr.). Isaías, em uma grandiosa visão, contempla reis e povos que acorrem em grande número a Jerusalém (figura da Igreja), para deixar as trevas do pecado e conhecer a verdadeira luz, isto é, Deus (Lição, Gr). O Evangelho mostra a realização da profecia na pessoa dos Magos que, “guiados por uma estrela” milagrosa (Or.), vêm a Belém “adorar o Senhor” (Al., Com.).

Realizemos em nossa vida “esse mistério celebrado com solenidade” (Pós-com.), tornando-nos uma teofania ou manifestação vivente de Deus, com fidelidade às boas aspirações, com uma vida de amor a Jesus, com a oração fervorosa e a adoração, com o espírito de penitência e de imolação. Essas nossas boas obras, os méritos e a Paixão de Jesus, são os tesouros preciosíssimos, simbolizados pelos dons dos Magos, que podemos oferecer cada dia a Deus (Secr.).


Missal Romano Cotidiano Latim-Português – Edições Paulinas - 1959

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