“Cân.
IX - Se alguém
disser que deve ser condenado o ritual da Igreja Romana devido ao fato que
algumas palavras do Cânon, e as palavras da consagração são ditas em voz baixa,
ou que a Missa deve ser dita sempre em língua vulgar, ou que não se deve
misturar água ao vinho do cálice que será oferecido, porque isto é contra a
instituição de Cristo, seja excomungado”. - CONCÍLIO ECUMÊNICO DE TRENTO Sessão XXII
(1) A venerável e imemorial Missa Romana, incluindo seus ricos detalhes
rituais, é teocêntrica – centrada e direcionada a Deus
Todo-Poderoso. Ela dá glória constante ao Deus Trino: um sacrifício de
adoração, ação de graças, propiciação e impetração, direcionado a Deus, tanto
teológica quanto ritualmente.
(2) A venerável Missa Romana (Missa Tradicional) é a “Missa de Sempre”;
é a Missa que sempre foi oferecida pela Igreja una, santa e
católica. Assim, ela é a verdadeira e autêntica Missa Católica. Ela é a Missa
que foi transmitida pela tradição de Roma, a cidade consagrada
pelo sangue de dois príncipes, os santos apóstolos São Pedro e São Paulo. Ela é
a obra prima de dois mil anos da Tradição, vida e culto
católicos.
(3) Através da Missa Tradicional podemos ser supremamente fiéis a
nossa religião católica, isto é, fiéis (exatamente à mesma) lei da fé (lex
credendi) e (exatamente à mesma) lei da oração (lex orandi) que
foram professadas por todos os nossos ancestrais na Fé, remontando aos próprios
Apóstolos.
(4) A venerável Missa Romana, incluindo seus ricos detalhes, professa,
manifesta e honra o inefável Mistério que acontece: Jesus
Cristo, o único Sumo Sacerdote, oferece a Sua vida, através do ministério de
Seus sacerdotes, de maneira incruenta. Nosso Redentor volta a morrer por nós de
maneira mística.
(5) A venerável Missa Romana, incluindo seus ricos detalhes rituais,
professa, manifesta, reverencia e adora o inefável Mistério que acontece: o
Corpo e Sangue de Jesus Cristo, junto com a Sua alma e Divindade, se tornam
realmente presentes através do Milagre da Transubstanciação no momento da
Consagração.
(6) É Dogma da Fé Católica que o culto de Adoração (latria) deve
ser dado a Cristo presente na Eucaristia. A venerável Missa Romana, incluindo
seus ricos detalhes rituais, realiza esse culto de maneira perfeita.
(7) A venerável Missa Romana realça o fato de que a Santa Missa é o
próprio sacrifício de Cristo, santo, perfeito e completo em cada aspecto,
através do qual cada fiel honra a Deus de maneira nobre, confessando ao mesmo
tempo o seu próprio nada e o supremo domínio que Deus tem sobre ele.
(8) A venerável Missa Romana é imutável. Ela se
caracteriza por uma santa permanência e estabilidade. Ela é extremamente
importante, porque reflete a lex credendi (a Fé), que não
muda. Deus é imutável, as santas verdades da Fé Católica são imutáveis, a
Sagrada Escritura é imutável. . . A Santa Missa é imutável.
(9) A Missa Romana clássica é universal. Ela nos une
não somente a todos os católicos do mundo (espaço), mas também a todos os
nossos ancestrais católicos ao longo dos séculos (tempo), especialmente, às
multidões de santos, cujas almas foram nutridas e fortalecidas pela mesma
Liturgia celeste.
(10) O nosso Rito Antigo expressa a Fé Católica Romana de maneira clara
e completa, com beleza sublime e nobre precisão, como, por exemplo, os
mistérios da Santíssima Trindade e da Encarnação, a santidade e grandeza de
Deus Todo-Poderoso, o mistério da graça e a realidade do pecado, a veneração da
Santíssima Virgem Maria, os anjos e os santos, a Missa como o Sacrifício de
Cristo oferecido ao Pai Eterno para a nossa salvação, o sacerdócio como uma
perpetuação do próprio Sacerdócio de Cristo, a natureza hierárquica da Igreja,
morte, juízo, céu e inferno.
(11) A venerável Missa Romana professa, manifesta e exalta os seguintes
efeitos do Santo Sacrifício da Missa: a Santíssima Trindade é adorada, honrada
e glorificada, Jesus Cristo renova [misticamente] a Sua Morte na Cruz, Jesus
Cristo intercede pela Igreja, a Virgem Maria e os santos são honrados, a Igreja
é auxiliada na batalha contra o demônio e em seu esforço para alcançar o céu,
as santas almas são libertadas do purgatório.
(12) As orações da Missa Tradicional expressam, transmitem e exaltam a
doutrina católica, como, por exemplo, o ensinamento católico sobre o inferno, o
juízo divino, a ira de Deus, a punição pelo pecado, a maldade do pecado como o
mal maior, o desapego do mundo, o purgatório, as almas dos falecidos, o reinado
de Cristo na terra, a Igreja Militante, o triunfo da Fé Católica, os males da
heresia, cisma e erro, a conversão de não católicos, os méritos dos santos e os
milagres.
* Padre Michael Rodriguez é sacerdote da diocese de El Paso,
Estados Unidos.
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ResponderExcluirPode-se sustentar a tese segundo a qual a "missa nova" é perversa - ao ponto de recomendar-se aos fiéis evitá-la - e simultaneamente repelir a posição sedevacantista?
Qual o sentido de elencar 62 razões para evitar a missa (?) inventada pela igreja do CV-II - com a deliberada intenção de minar a Fé das pessoas - e simultaneamente defender com unhas e dentes a autoridade dos mesmos demolidores da Igreja que inventaran a tal "missa"?
Esperam que os fiéis jurem lealdade aos "papas" quando se trata de repelir o sedevacantismo - ao mesmo tempo em que esperam que os fiéis prefiram a autoridade de algum bispo, padre ou leigo erudito tradicionalisa quando se trata de evitar a missa que esses mesmos "papas" impõem? Por acaso um homem erudito, mesmo se padre ou bispo, é mais digno de obediência que o Sumo Pontífice e todos os demais padres e bispos?
É CLARO QUE ISSO É UM ABSURDO.
Esse é o "tradicionalismo" católico: na revolução da Igreja, ele representa o mesmo papel que a direita representa na revolução política - é a oposição controlada, o braço da revolução responsável por inclulcar as mudanças aos poucos, seduzindo e cooptando em favor da revolução a massa de pessoas avessas a mudanças violentas - sem que elas percebam.
[segue]
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ResponderExcluir[seguindo]
Tanto a direita política quanto o tradicionalismo opõem-se à revolução de um modo superficial, sendo fiéis a seu âmago. Assim, na política, a direita levanta bandeiras conservadoras, que qualquer cristão também levantaria, ao mesmo tempo em que, no fundo, permanece laica, capitalista e republicana - ou seja: promove as bandeiras conservadoras, mas nega a religião e a apropriada ordem política e econômica que são seus fundamentos.
Mesma coisa no tradicionalismo católico: falam muito em restaurar a liturgia, em questões disciplinares - enquanto, no fundo, defende aquilo que é a causa de todos esses problemas. PREOCUPAM-SE COM O SUPERFICIAL COMO SE FOSSE O ESSENCIAL - E, SORRATEIRAMENTE, DEIXAM O ESSENCIAL DE LADO. Veja que excelentes soldados da revolução: o fiel justamente aborrecido com as mudanças do Concílio Vaticano II, em vez de compreender a causa do problema e entrar para as fileiras de uma verdadeira reação, entra para o INOFENSIVO movimento tradicionalista, onde o apuro com os paramentos e o latim lhe darão a certeza de que ali é o lugar certo. Que engodo! Na verdade, o tradicionalismo irá canalizar a indignação do fiel para questiúnculas superficiais. E os modernistas estarão pouco se lixando se, de vez em quando, tiverem que ceder a algumas pressões tradicionalistas. Não diz um mandamento da revolução que, às vezes, é preciso dar um passo atrás para dar dois à frente?
Ora! A liturgia é importante sim; mas fazer dela a solução para a crise da Igreja? POR ACASO SE ESQUECEM QUE ANTES DO CONCÍLIO VATICANO II TUDO O QUE HAVIA ERA LITURGIA TRADICIONAL? E mesmo assim deu no que deu. Esta simples constatação deveria instigar os tradicionalistas a considerar que o problema é muito mais profundo. Não é a mudança na liturgia, não é a permissividade: É A APOSTASIA. É A COMPLETA PERDA DA FÉ POR PARTE DOS BISPOS, PADRES, RELIGIOSOS E PESSOAS EM GERAL.
Force todos a adotar a liturgia antiga; tudo o que você terá é um monte de almofadinhas farisaicos que falam bom latim. Dentro de alguns anos se cansarão disso, e então haverá um Concílio Vaticano III para "renovar" tudo de novo. POIS O PROBLEMA NÃO É A LITURGIA, NEM A DISCIPLINA, NEM QUALQUER OUTRA QUESTÃO SUPERFICIAL: O PROBLEMA É A PERDA DA FÉ!
RESTAURE A FÉ, E TUDO O MAIS SERÁ RESTAURADO.
Mas como restaurar a Fé, se a apostasia vem não de fora, mas desde a própria cabeça da Igreja? Eis aí porque essa classe de católicos evita considerar o problema apropriadamente. SERIAM FORÇADOS A RECONHECER QUE AQUILO QUE PENSAM SER A CABEÇA DA IGREJA, É NA VERDADE UM REMENDO FRANKENSTEINIANO. TERIAM QUE ASSUMIR A POSIÇÃO SEDEVACANTISTA QUE TANTO ODEIAM! Esta sim, a veradeira reação.
Somente o respeito humano, a covardia, e os interesses escusos podem explicar tamanha obstinação em não levar os princípios às últimas consequências.
Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo.