“Senhor, Senhor, minha fortaleza e minha
salvação: sede o elmo para a minha cabeça no dia da batalha.”
A origem da Semana Santa remonta aos primórdios do
Cristianismo. No tempo dos Apóstolos celebravam-se unicamente a Sexta-feira e o
Sábado, os dois dias “em que o Esposo fora tirado”, na expressão do Batista,
aplicada por Tertuliano; mais tarde acrescentou-se a Quinta-feira, “em que os
judeus deram início aos perversos desígnios de traírem o Senhor”, no dizer de
São Pedro Alexandrino. Pelo ano 247 todos os dias da Semana Santa eram
consagrados à preparação da Páscoa.
Nessa Semana observava-se rigoroso jejum com longas
vigílias noturnas, que compreendiam leituras, cantos, homilias e orações. O
Sacrifício da Missa era celebrado somente nalguns dias. Nos tempos de Leão I¹
(440-461), eram dias litúrgicos a Quarta e a Quinta-feira. Com o Papa Hilário²,
falecido no ano de 468, foi que se começou a celebrar a Missa na Segunda e
Terça-feira. Jamais se admitiu o Santo Sacrifício na Sexta-feira e no Sábado.
Em 1955 a Semana Santa teve reformada a sua
liturgia, que fixou a celebração dos mistérios da Paixão nos mesmos dias e
horas em que deram os fatos comemorados.
As funções da Semana Santa podem celebrar-se em
qualquer igreja ou oratório público e semipúblico. A função da Quinta-feira é
independente da de Sexta-feira, e esta só se realiza quando no dia precedente se
tenha feita a Reposição do Santíssimo Sacramento. A função do Sábado pode
efetuar-se mesmo que nos dias anteriores função nenhuma se tenha celebrado.
As funções podem desenrolar-se de modo solene
(Celebrante, Diácono e Subdiácono), de modo menos solene (Celebrante e
Diácono), e de modo simples (Celebrante). Requer-se a presença de três
ajudantes para o Domingo de Ramos e Quinta-feira e quatro para a Sexta-feira e
o Sábado.
Domingo de Ramos ou
II da Paixão
Duplo de I classe
Param. vermelhos na benção de Ramos; roxos na Missa
(Chama-se “Domingos de Ramos” porque hoje são bentos
e levados em procissão ramos de oliveira, palmeiras ou de outras árvores quaisquer).
A Solene Procissão
de Ramos
Efetuaram-se no Século IV, em Jerusalém, as primeiras
procissões de Ramos. Tinham por escopo prestar testemunho público de amor e
gratidão a Cristo-Rei.
A procissão
simboliza a peregrinação da Igreja nos séculos à espera da segunda vinda do
Cristo, vinda essa que há de marcar o fim dos tempos e o aperfeiçoamento final
das criaturas na eternidade. O ingresso da procissão na igreja representa o
cortejo dos justos que Jesus Cristo, em força de sua Paixão, introduz no Reino
dos Céus.
O ramo de palmeira é o troféu de vitória de Cristo,
Rei Pacifico. E o ramo de oliveira simboliza a paz entre o céu e a terra, fruto
de misericórdia de Deus para com os homens.
“Missal
Romano Cotidiano Latim-Português – Edições Paulinas - 1959”
¹ - Papa Leão I – São Leão
Magno (440~461) Papa, Doutor da Igreja, Magno (o Grande).
² - Papa Hilário (461~468)
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