“Vossa Paixão, Senhor, cravou na alma da Virgem
Maria, vossa Mãe, o gládio de dor predito por Simeão”
Duplo maior – Param. brancos
A devoção às dores da Virgem remonta ao século IV,
mas uma verdadeira literatura ascética a esse respeito só se formou em 1300. Em
1423 o Concílio de Colônia introduziu na Alemanha a festa das Dores de Nossa
Senhora que Bento XIII (1727)¹, fixando-a para toda a sexta-feira depois do
Domingo da Paixão, estendeu á Igreja Universal.
A festa de hoje, diversamente da que se celebra em
setembro para comemorar o triunfo das dores, relembra o sofrimento e o martírio
moral de Maria, durante a Paixão de Jesus. A Igreja quer hoje recordar a
Maternidade espiritual de Maria, proclamada do alto da cruz pelo divino
Sofredor e que passa quase despercebida na Sexta-feira Santa, em que
consideração se dirige ao mistério da Cruz (Ev.).
A liturgia da Missa apresenta-nos a Virgem Dolorosa,
qual nova Judite (Lição), aos pés da
cruz (Intr., Or., Tr., Seq., Ev., Secr.),
oferecendo, juntamente com seu Filho divino, o sacrifício da própria vida pela
salvação dos homens (Of., Pós-com.).
Passemos a Semana Santa em companhia da Virgem
Dolorosa e partilhemos sua dor, para que nos faça sentir e compreender intima e
profundamente a Paixão de Jesus e nos alcance a graça de, mediante uma vida
santa, aproveitarmos abundantemente seus frutos copiosos (Seq.).
Missal Romano Cotidiano Latim-Português – Edições
Paulinas – 1959
¹ - Papa Bento XIII (1724 a 1730). Pietro Francesco
Orsini, teve como parentes os Papas Estevão III (768 a 772), Paulo I (757 a
767), Celestino III (1191 a 1198), Nicolau III (1277 a 1280), Pio II (1458 a
1464) e Pio III (1503 – 27 dias).
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