08/05/2017

Ele veio! Ele Veio!


“Toda a luz do dia fugiu para a porta. E esta luz crescia, crescia, até chegar a ser como um globo de fogo”.


A história que vamos narrar ocorreu, na Hungria, dominada pelo erro do comunismo, no ano de 1956.
Em uma escola da cidade de Budapeste, capital húngara, havia uma professora por nome Gertrudes, ateia militante, que tinha como programa destruir a fé dos corações das crianças. Suas lições giravam em torno da impiedade e da negação de Deus, denegrir e ridicularizar a Igreja Católica.
Na sala, havia uma menina de 10 anos chamada Ângela; era a mais inteligente e aquela que sustentava as companheiras com seu exemplo.
Poucos dias antes do Natal, no dia 17 de dezembro, a professora interrogou Ângela: “diga-me, minha pequena, o que você faz, quando seus pais a chamam?
- Eu vou! Respondeu a pequena.
- Muito bem! Você vai porque você existe. E se chamar o barba-azul, o que aconteceria?
- Não viria ninguém, porque é uma fábula! Respondeu Ângela.
- Vejam meninas, disse a professora, somente aqueles que existem respondem. Agora, se o Menino Jesus existe, deve ouvir a voz de vocês. Chamem-no, então, todas juntas e bem forte: “Vem Menino Jesus”! Vamos: um, dois, três, já... As meninas baixaram a cabeça.
A professora riu gostosamente: Eis a minha prova. Vocês não querem chamá-lo porque sabem que não virá, porque não existe. O Menino Jesus é uma fábula...
As crianças continuavam em silêncio. Nisto Ângela correu ao meio da sala e gritou:
- Bem! Nós O chamaremos. Num instante todas as meninas ficaram de pé, as mãos juntas, o coração cheio de imensa emoção e esperança. E gritaram: “VEM, MENINO JESUS! VEM”!
A professora, apanhada de surpresa, recuou assustada. Foi então que aconteceu o milagre: a porta se abriu sem nenhum barulho. São as meninas que contam: “Toda a luz do dia fugiu para a porta. E esta luz crescia, crescia, até chegar a ser como um globo de fogo. Tivemos medo. O globo se abriu como uma noz e mostrou um menino tão bonito como nunca tínhamos visto, que sorria sem dizer palavra. Sua presença era uma imensa doçura, mas só uma imensa alegria.
O menino estava vestido de branco e assemelhava-se a um pequeno sol. Era Ele que irradiava tanta luz. Não dizia nada, só sorria. Depois desapareceu no globo de luz, que desapareceu devagarinho. A porta se fechou docemente, sozinha”.
As meninas se calaram, incapazes de dizer uma palavra. O coração delas estava cheio de alegria.
De repente, um grito quebrou o silêncio. Alucinada, com os olhos arregalados, a professora gritava: “Ele veio, ele veio!...” e fugiu batendo a porta.
Ângela parecia sair de um sonho. Disse somente: “Vocês viram? Ele existe. Agora vamos agradecer-lhe”.
E todas se ajoelharam e rezaram cheias de gratidão e alegria.

A história me foi contada por um Padre durante o sermão em uma Missa. Há outras versões, em uma, que pode ser lida AQUI, finaliza com o destino da professora: “Quanto à professora Gertrudes, teve o fim que merecia: enlouquecida, teve de ser internada numa casa de saúde. E ali, sob o impacto de tremendo abalo que sofreu, não cessava de repetir: “Ele veio! Ele Veio”!”

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