15/07/2017

Drama, caos, agonia e violência no Brasil


"Vários assassinatos são praticados para eliminar integrantes de grupos rivais. Enfim, vários crimes são decorrentes do crescimento absurdo do consumo e tráfico de drogas."

Paulo Roberto de Oliveira Santos
Sob vários pontos de vista, em diversos setores, o Brasil está caótico, agonizante. Um dos casos mais gritantes é a segurança, ou melhor, a falta dela. A violência atinge o país de norte a sul, de leste a oeste, ricos e pobres, homens e mulheres, adultos e crianças, todas as raças.
Há o drama vivido pelos policiais, que saem para trabalhar sem armamento e sem treinamento adequado, e além de serem vítimas dos bandidos, ainda são vítimas de muitos veículos de imprensa e ativistas de direitos humanos, que os acusam de truculência, violência e tantas outras coisas; já houve proposta de os policiais só atirarem se forem alvejados primeiro.
Há o drama vivido pelas crianças, que saem de casa para estudar e são assassinadas pelas balas perdidas; até mesmo dentro do ventre de suas mães, há crianças vítimas da violência. Há o drama dos comerciantes, que fazem de seus estabelecimentos verdadeiras prisões para tentar evitar os assaltos, mas muitas vezes não tem sucesso.
A situação é dramática para toda a sociedade brasileira, que apesar de pagar pesadíssimos impostos, ainda é constrangida a pagar por câmeras, interfones, blindagem, cerca elétrica e tantas outras medidas extras para tentar viver em paz, e muitas vezes não tem sucesso.
Grande parte desta violência relaciona-se com o tráfico de drogas, cujo roteiro é conhecido por muitos: entra pelas fronteiras, de onde é distribuído para as cidades, e não apenas os grandes centros; nas cidades, iniciam-se guerras entre traficantes e seus aliados pela hegemonia da venda das drogas. Inúmeros roubos ou furtos são realizados para financiar atividades deste tipo, ou para pagar dívidas e poder consumir mais. Vários assassinatos são praticados para eliminar integrantes de grupos rivais. Enfim, vários crimes são decorrentes do crescimento absurdo do consumo e tráfico de drogas.
Nos Estados Unidos, Trump quer ampliar o muro na fronteira com o México, cuja construção foi iniciada por seu rival partidário, Bill Clinton, e investir na segurança da fronteira na mesma medida que seu antecessor e também rival de partido, Barack Obama. O intuito é proteger sua população, já que o principal meio de entrada de drogas nos Estados Unidos é pelo México. Enquanto burocratas e ideólogos brasileiros criticam tal medida, as fronteiras do Brasil estão escancaradas para as drogas e todo tipo de desgraça que elas trazem para o Brasil.
Obviamente, não são apenas as drogas as culpadas pela violência. De uma forma geral, é a falta de moral que leva as pessoas a tanta brutalidade e aberrações. E isso evidencia novamente o drama do Brasil: um povo sem moral, sem educação, imbecilizado pela doutrinação ideológica promovida pela educação estatal; um povo vítima do mínimo desenvolvimento da inteligência, que não conhece ou se interessa pela verdade, pelo bem, e pelo belo; sem a razão bem desenvolvida, é impossível conhecer o bem verdadeiro, e sem tal conhecimento, é impossível inclinar a vontade a praticar esse bem. Desta forma, o que sobra é a vida animalesca, brutal, imoral, que leva necessariamente à criminalidade e imoralidades diversas.
Dramática, caótica e agonizante é a situação do Brasil: enquanto os responsáveis por governar a pátria recebem salários nababescos, e não contentes, ainda desviam o dinheiro público, o povo sofre com a violência; enquanto os burocratas e ideólogos se ocupam em sua doutrinação, o povo se aprofunda em sua ignorância; enquanto os políticos e empresários ganham dinheiro e poder através de barganhas políticas e interesses eleitoreiros, o povo morre por falta de hospitais decentes. Que o povo brasileiro se levante contra tudo isso e, com a graça e auxílio de Deus, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, possamos voltar a ser a Terra de Santa Cruz.

3 comentários:

  1. Bem, eis os problemas expostos e a cena elaborada, mas, de fato, dentro de um País que assiste inerte a última votação na CCJ, o que esperar? A pior violência, acredito, é a que parte de cima para baixo. Vivemos o efeito de uma crise do descobrimento: onde o povo ainda hoje vende sua dignidade por pedaços de espelho que refletem o que sabemos, realmente, a mudança não beneficiaria grupos e elites no poder e, tão pouco, renderia milhões a alguns poucos que estiveram/estão/ estarão no poder. O reino justo é possível quando o governante for justo. O que me entristece ao olhar além das janelas.

    ResponderExcluir
  2. Para onde quer que se olhe hoje, só vemos o mal. E não há perspectiva alguma de melhora, ao menos do ponto de vista humano. As profecias apocalípticas parecem cumprir-se.

    Podem os nossos tempos não serem os últimos?

    ResponderExcluir
  3. Não raro me assalta uma imensa vontade de ir viver em algum lugar isolado, uma vida simples de oração, estudo e trabalho. Viver servindo a Deus.

    Viver longe da moderna sociedade, ateísta até a medula, onde a vida de um cristão mais se assemelha a nadar contra uma imensa correnteza: tudo à nossa volta concorre para nos arrastar ao pecado, à insensibilidade e ao ateísmo. Sem a Fé Católica, seria impossível não sucumbir ao desepero, ao vício, à insanidade mental e ao suicídio.

    Mas viver assim onde, como e com quem? Seria possível formar uma comunidade de católicos com esta mesma aspiração? Seria coisa difícil, visto que as pessoas estão amarradas à vida nas cidades. Não se muda de vida assim de uma hora para a outra. E além disso, seria necessária a orientação espiritual de sacerdotes. Mas onde estão os verdadeiros sacerdotes hoje?

    De qualquer modo, Deus permite o mal para fazer o Bem ser ainda mais exaltado. Não devemos ser inertes perante as dificuldades, mas enquanto Deus as permitir, elas devem servir para fortalecer os homens na virtude. Em meio às dificuldades da vida moderna, esforcemo-nos em crescer na santidade.

    ResponderExcluir

Antes de postar seu comentário sobre a postagem, leia: Todo comentário é moderado e deverá ter o nome do comentador. Comentário que não tenha a identificação do autor (anônimo), ou sua origem via link e ainda que não tenha o nome do emitente no corpo do texto, bem como qualquer tipo de identificação, poderá ser publicado se julgar pertinente o assunto. Como também poderá não ser publicado, mesmo com as identificações acima tratadas, caso o assunto for julga impertinente ou irrelevante ao assunto. Todo e qualquer comentário só será publicado se não ferir nenhuma das diretrizes do blog, o qual reserva o direito de publicar ou não qualquer comentário, bem como de excluí-los futuramente. Comentários ofensivos contra a Santa Madre Igreja não serão aceitos. Comentários de hereges, de pessoas que se dizem ateus, infiéis, de comunistas só serão aceitos se estiverem buscando a conversão e a fuga do erro. De indivíduos que defendem doutrinas contra a Verdade revelada, contra a moral católica, de apoio a grupos ou ideias que contrários aos ensinamentos da Igreja, ao catecismo do Concílio de Trento, ferem, denigrem, agridem, cometem sacrilégios a Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo, a Mãe de Deus, seus Anjos, Santos, ao Papa, ao clero, as instituições católicas, a Tradição da Igreja, também não serão aceitos. Apoio a indivíduos contrários a tudo isso, incluindo ao clero modernista, só será publicado se tiver uma coerência e não for qualificado como ofensivo, propagador do modernismo, do sedevacantismo, do protestantismo, das ideologias socialistas, comunistas e modernistas, da maçonaria e do maçonismo, bem como qualquer outro tópico julgado impróprio, inoportuno, imoral, etc. Alguns comentários podem ser respondidos via e-mail, postagem de resposta no blog, resposta do próprio comentário ou simplesmente não respondido. Reservo o direito de publicar, não publicar e excluir os comentários que julgar pertinente. Para mensagens particulares, dúvidas, sugestões, inclusive de publicações, elogios e reclamações, pode ser usado o quadro CONTATO no corpo superior do blog versão web. Obrigado! Adm do blog.