“O
esplendor de vossa glória brilhou sobre a terra, e ela estremeceu e tremeu. ”
Duplo
de II classe – Param. brancos
A festa da Transfiguração, já
comemorada no sábado das Têmporas da primavera¹, e no II Domingo da Quaresma, foi
instituída em 1457, por Calisto III², em ação de graças ao Senhor pela vitória
de Belgrado, alcançada por São João Capistrano e pelos cristãos contra os
turcos.
“A gloriosa Transfiguração” é um dos
maiores milagres, que demonstra de maneira solene – pelo testemunho da SS.
Trindade, dos principais patriarcas do antigo testamento e de três apóstolos –
a divindade de Jesus Cristo e de sua doutrina (Or., Ep., Ev.) e que “proclama de modo admirável a nossa adoção de
filhos” de Deus (Or.).
O Mestre Divino, “o mais belo dos
filhos dos homens” (Gr.), “o
esplendor da luz eterna” e “imagem da bondade” de Deus (Al), quis fazer prelibar aos apóstolos prediletos as delícias do
céu (Ev., Of.), revelando-lhe os fulgores da glória divina (Intr.).
Os ensinamentos da festa são muito
salutares: para sermos filhos de Deus devemos receber em nosso coração a Jesus
Cristo e imitá-lo com as obras (Or.);
durante a vida presente devemos crer, mesmo sem ver (Ep.); devemos afadigar-nos na semeadura, mesmo sem colher (Ev.); devemos esconder na humildade e no
silêncio os favores recebidos (Com.).
Estejamos certos de que o sofrimento é causa de grande glória (Com.). Deste modo realizaremos “em nossa
alma purificada” o mistério da Transfiguração (Pós-Com.).
Pensemos frequentemente nas belezas do
céu (Or.). Assim, amaremos muito
menos as coisas da terra, purificaremos paulatinamente a nossa alma “das
manchas dos pecados” (Secr.) e
superaremos as mais duras provas da vida.
“Missal Romano Quotidiano – Latim/Português
– Edições Paulinas 1959
¹ Têmporas
de Setembro: embora no Missal estejam colocadas entre o 17º e 18º Domingo
depois de Pentecoste, celebra-se todavia na quarta-feira, sexta e sábado que
seguem a festa da Exaltação da Santa Cruz, oscilando entre o dia 15 e 24 de
setembro.
²
Papa Calisto III: Nasceu em Valência aos 31 de dezembro de 1378 e faleceu aos
06 de agosto de 1458. Foi papa de 08 de abril de 1455 até a sua morte. Foi o
responsável por rever a condenação a Santa Joana D’arc reconhecendo a sua
inocência.
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