11/10/2017

11 de outubro - Maternidade Divina de N. Senhora

“Eis que uma Virgem conceberá e dará à luz um Filho que se chamará Emanuel”.


Duplo de II classe – Param. brancos
O culto da Virgem, já arraigado no coração dos primeiros fiéis, desenvolveu-se vigorosamente depois do Concílio de Éfeso (431) que condenou a heresia de Nestório¹ e proclamou solenemente, como dogma de fé, a Maternidade divina de Nossa Senhora, mistério que a liturgia logo honrou, consagrando a Nossa Senhora a oitava de Natal (1 de jan.). No século seguinte, a comemoração tornou-se cotidiana, por obra do Papa Símaco², o qual quis que no Communicantes da Missa fosse expressamente nomeada a Virgem como “Mãe de Deus”. São Gregório Magno (Século VI), introduziu-lhe a recordação também no Libera nos. Hoje a divina Maternidade é venerada em todas as festas da Virgem, no Ofício divino (Antífona final) e no pequeno ofício de Nossa Senhora.
Uma festa particular, em honra deste mistério, fundamental da teologia mariana, foi instituída somente pela metade do Século XVIII, e concedida primeiramente a Portugal e depois a muitos outros países. Pio XI, por ocasião do XV centenário do Concílio de Éfeso, estendeu a festa a toda a Igreja.
Maria é “verdadeiramente Mãe de Deus” (Or., Al., Secr., Com., Pós-com.) porque concebeu e gerou Jesus Cristo; a segunda Pessoa da Santíssima Trindade tomou realmente dela a natureza humana que se uniu, em uma única pessoa, à natureza divina. Esta verdade, já proclamada por Isaías (Intr., Gr.) é confirmada muitas vezes pelo Evangelho, particularmente nas duas circunstâncias recordadas hoje na Missa (Ev., Of.).
Maria não retém Jesus só para si. Pelo contrário, deseja dá-lo e formá-lo nas almas: “Vinde e saciai-vos de meus frutos...” (Lição). A Virgem conduz as almas a Jesus e à Comunhão, em que elas recebem “o filho do Pai eterno” (Com.).
Missal Romano Quotidiano – Latim/Português – Edições Paulinas 1959

¹ Nestório: Nasceu em 386 na atual Kahramanmaras Turquia falecendo em 451. Bispo de Constantinopla entre 10 de abril de 428 e 22 de junho de 431. Defendia que em Cristo havia duas pessoas distintas, uma humana e outra divina, completas que constituem dois seres independentes. Rejeitava o título de Theotokos (Mãe de Deus) a Virgem Maria. Foi acusado de heresia, deposto de sua sede, recolhendo a um mosteiro onde terminou seus dias. https://pt.wikipedia.org/wiki/Nest%C3%B3rio

²Papa São Símaco: Nasceu na Sardenha, possivelmente em 460, eleito em 22 de novembro de 498 reinando até 19 de julho de 514 quando faleceu. Foi o 51º Papa.

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