“Estas pedras das quais nada sai são graças
que os homens se esquecem de Me pedir”
Há 187 anos a Medalha
Milagrosa de Nossa Senhora das Graças era revelada a Santa Catarina Labouré
Em 1830, Nossa Senhora
apareceu, em Paris, a Santa Catarina Labouré, então jovem religiosa, e lhe ensinou a devoção da
Medalha Milagrosa.
“Fazei cunhar uma medalha com este modelo. Todas
as pessoas que a usarem receberão grandes graças, trazendo-a ao pescoço. As
graças serão abundantes para as pessoas que a usarem com confiança“ – prometeu a Santíssima
Virgem.
A
promessa se cumpre
A promessa efetivamente se cumpriu. Em março de
1832, quando iam ser confeccionadas as primeiras medalhas, uma terrível
epidemia de cólera, proveniente da Europa oriental, atingiu Paris. Mais de 18
mil pessoas morreram em poucas semanas. Num único dia, chegou a haver 861
mortes.
No fim de junho, as primeiras medalhas ficaram
prontas e começaram a ser distribuídas entre os flagelados. Na mesma hora
refluiu a peste e tiveram início, em série, os prodígios que em poucos anos
tornariam a Medalha Milagrosa mundialmente célebre.
Em 1876, ano da morte de Santa Catarina Labouré,
mais de um bilhão de Medalhas Milagrosas já espalhavam graças pelo mundo. Em
1894, a Santa Igreja instituiu a festa litúrgica de Nossa Senhora da Medalha
Milagrosa, a ser celebrada neste mesmo dia 27 de novembro*.
*Extraído do livro: “Cada dia tem seu santo…” de A
de França Andrade
FONTE: www.adf.org.br
O impressionante relato de
Santa Catarina Labouré sobre a aparição de Nossa Senhora e a revelação da
Medalha Milagrosa
Palavras escritas pela Santa Catarina
Labouré: “Vi a
Santíssima virgem à altura do quadro de São José. A Santíssima Virgem, de
estatura média, estava de pé, vestida de branco, com um vestido de seda
branco-aurora… com um véu branco que Lhe cobria a cabeça e descia de cada lado
até em baixo.
Sob o véu, vi os cabelos lisos repartidos ao meio e por cima uma renda a mais ou menos três centímetros de altura, sem franzido, isto é, apoiada ligeiramente sobre os cabelos.
Sob o véu, vi os cabelos lisos repartidos ao meio e por cima uma renda a mais ou menos três centímetros de altura, sem franzido, isto é, apoiada ligeiramente sobre os cabelos.
O rosto bastante descoberto, bem
descoberto mesmo, os pés apoiados sobre uma esfera, quer dizer, uma metade da
esfera… tendo uma esfera de ouro, nas mãos, que representava o globo. Ela tinha
as mãos elevadas à altura do cinto de uma maneira muito natural, os olhos elevados
para o Céu… seu rosto era magnificamente belo.
Eu não saberia descrevê-lo… e
depois, de repente, percebi anéis nos dedos, revestidos de pedras, mais belas
umas que as outras, umas maiores e outras menores, que despediam raios mais
belos uns que os outros.
Partiam das pedras maiores os
mais belos raios, sempre alargando para baixo, o que enchia toda a parte de
baixo. Eu não via mais os seus pés… Nesse momento em que estava a contemplá-La,
a Santíssima Virgem baixou os olhos, olhando-me. Uma voz se fez ouvir, e me
disse estas palavras:
A esfera, que vedes, representa o mundo inteiro,
particularmente a França e cada pessoa em particular.
Aqui eu não sei exprimir o que
senti e o que vi; a beleza e o fulgor; os raios tão belos…
- É o símbolo das graças
que derramo sobre as pessoas que as pedem, fazendo-me compreender quanto
era agradável rezar à Santíssima Virgem e quanto ela era generosa para com as
pessoas que rezam a Ela, quantas graças concedia às pessoas que rezam a Ela,
que alegria Ela sente concedendo-as…
Formou-se um quadro em trono da
Santíssima Virgem, um pouco oval, onde havia, no alto, estas palavras: Ó
Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós, escrita
em letras de ouro.
A inscrição, em semicírculo, começava à altura da
mão direita, passava por cima da cabeça e acabava na altura da mão esquerda.
Então, uma voz se fez ouvir, e me disse:
“Fazei, fazei cunhar uma medalha
com este modelo. Todas as pessoas que a usarem receberão grandes graças,
trazendo-a ao pescoço. As graças serão abundantes para as pessoas que a usarem
com confiança.”
No mês seguinte, outra vez Santa
Catarina viu Nossa Senhora. Ela estava, como em novembro, segurando o globo de
ouro, encimado por uma pequena cruz também de ouro, e dos anéis jorravam os
mesmos raios de luz desigual.
“Dizer-vos o que entendi no
momento em que a Santíssima Virgem oferecia o globo a Nosso Senhor, é
impossível transmitir. Como eu estivesse ocupada em contemplar a Santíssima
Virgem, uma voz se fez ouvir no fundo do meu coração, e me disse: Estes
raios são o símbolo das graças que a Santíssima Virgem obtém para as pessoas
que as pedem”.
Santa Catarina reparou que, de
algumas pedras dos anéis não partiam raios. Uma voz lhe esclareceu o porquê
disso: “Estas pedras das quais nada sai são graças que os homens se
esquecem de Me pedir”.
Extraído do livro: “A verdadeira
História da Medalha Milagrosa” – Armando Alexandre dos Santos
FONTE: www.adf.org.br
Conversão de Afonso
Ratisbonne - Fundador da Congregação de Nossa Senhora de Sion
Judeu e ateu,
Afonso Ratisbonne, jovem estrasburguês, cedendo ao zelo apostólico de um de
seus compatriotas, o barão Teodoro de Bussière, aceitou colocar sobre o peito a
imagem da Medalha milagrosa e a copiar - apenas copiar, porque recusava-se a
pronunciar - o "Lembrai-vos", oração criada por São Bernardo de
Clairvaux.
No dia 20 de janeiro de 1842, um
acontecimento memorável se deu em Roma, na bela igreja de Santo André
Delle Fratte, situada perto da praça de Espanha. Afonso, então com 27 anos, por
volta de meio dia, entrou na igreja, postando-se de pé, logo à entrada,
enquanto aguardava Teodoro de Bussière, o amigo católico. Subitamente, sua vista
se embaça, uma força irresistível o arrasta e o lança aos pés do altar do
arcanjo São Miguel, situado à esquerda na igreja, próximo à entrada. A Virgem
Maria lhe apareceu. Afonso escreveria mais tarde: "Eu estava na Igreja
fazia pouco, quando, de repente, senti algo inexprimível; levantei os olhos e
tudo estava turvo. Toda a luz havia-se concentrado numa única capela e, do
centro desta irradiação (deste esplendor) apareceu, de pé, sobre o altar,
brilhante, cheia de majestade e meiguice, a Virgem Maria. Raios luminosos
jorravam de suas mãos, exatamente como representado na Medalha Milagrosa. Ela
fez sinal, com a mão, para que eu me ajoelhasse. Uma força irresistível me
empurrou em sua direção. Ela parecia dizer: 'muito bem!' mas não precisou
falar, porque eu compreendi tudo."
Afonso Ratisbonne estava
transformado, com o rosto em lágrimas, sacudido por profunda emoção, incapaz de
se expressar. Balbuciava, apenas: "...eu a vi ...eu a vi ...agora que eu a
vi... conduze-me a um padre."
Desta Aparição, Ratisbonne colheu
luzes extraordinárias sobre o mistério da Fé. Depois de um breve retiro,
meditação e oração, ele foi solenemente batizado, no dia 31 de janeiro de 1842,
em Roma, e recebeu, no mesmo dia, a Santa Comunhão e o sacramento da Confirmação.
Em 1848, tornou-se Padre, acrescentando "Maria" ao seu nome, que
passou a ser Afonso Maria Ratisbonne. Então Sacerdote, ele se instalou na
Palestina e consagrou sua vida ao catecumenato dos convertidos de origem
judaica, no seio da congregação (masculina e feminina) de Nossa Senhora de Sion
criada e dirigida por seu irmão, igualmente Sacerdote, Teodoro, por mais de
cinqüenta anos.
Pode-se adivinhar a impressão
profunda que causou no mundo católico, a repentina conversão deste jovem judeu.
Tanto que a Igreja não tardou em declarar, após pesquisa canônica exigente, que
a conversão de Afonso foi um milagre obtido pela intercessão da Bem Aventurada Virgem
Maria. A imagem da Virgem que converteu Afonso Ratisbonne foi denominada Nossa
Senhora do Milagre, hoje padroeira da Ordem dos Mínimos.
Simbolismo da Medalha
Milagrosa
A serpente: Maria aparece esmagando
a cabeça da serpente. A mulher que esmaga a cabeça da serpente, que é o
demônio, já estava predita na Bíblia, no livro do Gênesis: "Porei
inimizade entre ti e a mulher... Ela te esmagará a cabeça e tu
procurarás, em vão, morder-lhe o calcanhar". Deus declara iniciada a luta
entre o bem e o mal. Essa luta é vencida por Jesus Cristo, o "novo
Adão", juntamente com Maria, a co-redentora, a "nova Eva". É em
Maria que se cumpre essa sentença de Deus: a mulher finalmente esmaga a cabeça
da serpente, para que não mais a morte pudesse escravizar os homens.
Os raios: Simbolizam as graças que Nossa
Senhora derrama sobre os seus devotos. A Santa Igreja, por isso, a chama Tesoureira
de Deus.
As 12 estrelas: Simbolizam as 12 tribos de
Israel. Maria Santíssima também é saudada como "Estrela do Mar" na
oração Ave, Stella Maris.
O coração cercado de espinhos: É o Sagrado Coração de Jesus.
Foi Maria quem o formou em seu ventre. Nosso Senhor prometeu a Santa Margarida
Maria Alacoque a graça da vida eterna aos devotos do seu Sagrado Coração,
que simboliza o seu infinito e ilimitado Amor.
O coração transpassado por uma
espada: É o
Imaculado Coração de Maria, inseparável ao de Jesus: mesmo nas horas difíceis
de Sua Paixão e Morte na Cruz, Ela estava lá, compartilhando da Sua dor, sendo
a nossa co-redentora.
O M: Significa Maria. Esse M sustenta
o travessão e a Cruz, que representam o calvário. Essa simbologia indica a
íntima ligação de Maria e Jesus na história da salvação.
O travessão e a Cruz: Simbolizam o calvário. Para a
doutrina católica, a Santa Missa é a repetição do sacrifício do Calvário,
portanto, ressaltam a importância do Sacrifício Eucarístico na vida do
cristão.
Nossa Senhora das Graças
1ª Aparição
Na noite de 18 para 19 de julho
de 1830, em Paris (Rue du Bac), Nossa Senhora apareceu a irmã Catarina Labouré,
filha da Caridade de São Vicente de Paulo. Por volta das onze e meia da noite,
Catarina, que dormia, foi acordada por um chamado insistente: "Irmã, Irmã,
Irmã!" Olhou para o lado de onde vinha a voz, e viu um menino vestido de
branco, a quem reconheceu como seu anjo da guarda. Ele lhe disse: "Venha à
capela, a Santa Virgem te espera". Conduzida à capela, Catarina espera e
reza. Passada uma meia hora, o anjo anunciou de súbito "Eis a Santíssima
Virgem". Ao lado do altar, onde normalmente se lê a epístola, Maria desceu,
dobrou o joelho diante do Santíssimo Sacramento e vai sentar-se numa cadeira no
coro dos sacerdotes. Num abrir e fechar de olhos a vidente se atirou aos seus
pés, apoiando suas mãos sobre os joelhos maternais de Nossa Senhora. Foi esse o
momento mais belo de sua vida.
Durante duas horas Maria falou
com Catarina duma missão que Deus queria confiá-la e também das dificuldades
que iria encontrar na realização da mesma. Depois Maria desapareceu, e o anjo a
reconduz ao dormitório.
2ª Aparição
Em 27 de novembro de 1830, ela
aparece novamente e encarrega Catarina de mandar cunhar uma medalha e depois
difundi-la. Nessa aparição, Nossa Senhora apresentou-se vestida de seda branca
como a aurora. Suas mãos erguidas à altura do peito, seguravam um globo
dourado, encimado por uma cruz. Tinha os olhos elevados ao céu, e seu rosto
iluminava -se enquanto oferecia o globo ao Senhor. Em seguida as mãos da Virgem
pareceram carregar-se de anéis preciosos. Os raios que partiam de suas mãos
alargavam-se à medida que desciam, a ponto de não deixarem ver os pés de Nossa
Senhora.
Enquanto contemplava Maria,
Catarina ouviu interiormente: "Este globo que vês representa o mundo
inteiro e especialmente a França, e cada pessoa em particular. Os raios são o
símbolo das Graças que derramo sobre as pessoas que me pedem".
Enquanto Maria estava rodeada
duma luz brilhante, o globo desaparece de suas mãos. Forma-se então um quadro
de forma oval em que havia em letras de ouro as seguintes palavras: "Ó
Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós".
Então Nossa Senhora revelou:
"Faze cunhar uma medalha conforme este modelo. As pessoas que a trouxerem
ao pescoço receberão grandes graças. As graças serão abundantes para os que a
trouxerem com inteira confiança". No mesmo instante, a imagem luminosa
transformou-se. As mãos carregadas de anéis, que seguravam o globo,
abaixaram-se, abrindo e despejando raios, sobre o globo agora abaixo dos pés da
Virgem, esmagando a serpente infernal.
Depois o quadro voltou-se, mostrando
no reverso um conjunto de emblemas. No centro um grande M, o monograma de
Maria, encimado por uma cruz sobre uma barra, e embaixo dois corações: o da
esquerda cercado de espinhos, o da direita transpassado por uma espada. Eram os
Sagrados Corações de Jesus e Maria. Cercando esse conjunto, uma constelação de
12 estrelas, em forma oval. A Santa tinha de fato uma grandiosa missão pela
frente. Como o padre confessor Gian Maria Aladel não lhe deu crédito (nisso
residiriam as dificuldades prenunciadas por Maria), Nossa Senhora apareceu
novamente e insistiu para que se fizesse a medalha. Catarina fala novamente com
o confessor, que se reúne com o bispo tendo em vista uma decisão. Finalmente,
em 1832 seria cunhada a medalha de acordo com as instruções da Virgem Maria.
Prodígios
e propagação da Medalha Milagrosa
Quando iam ser cunhadas as
primeiras medalhas, uma terrível epidemia de cólera, proveniente da Europa
oriental, atingia Paris. O flagelo se manifestou a 26 de março de 1832 e se
estendeu até meados do ano. A 1º de abril, faleceram 79 pessoas; no dia 2, 168;
no dia seguinte, 216, e assim foram aumentando os óbitos, até atingirem 861 no
dia 9. No total, faleceram 18.400 pessoas, oficialmente; na realidade, esse
número foi maior, dado que as estatísticas oficiais e a imprensa diminuíram os
números para evitar a intensificação do pânico popular. No dia 30 de junho,
foram entregues as primeiras 1500 medalhas que haviam sido encomendadas à Casa
Vachette, e as religiosas Filhas da Caridade começaram a distribuí-las entre os
flagelados. Na mesma hora refluiu a peste e começaram, em série, os prodígios
de conversão, proteção e cura, que em poucos anos tornaram a Medalha Milagrosa
mundialmente conhecida. Perante os fatos, o Arcebispo de Paris, Monsenhor de
Quélen, ordenou um inquérito oficial sobre a origem e os efeitos da Medalha da
Rue du Bac. Deste concluiu-se que "A rápida propagação, o grande número de
medalhas cunhadas e distribuidas, os admiráveis benefícios e as graças
singulares obtidas, parecem sinais do Céu, que confirmam a realidade das
aparições, a veracidade das narrativas da vidente e a difusão da medalha."
A Medalha Milagrosa continua
sendo distribuída aos milhares. Maximiliano Kolbe, fundador da Milícia da
Imaculada, morto num campo de extermínio nazista, foi um grande propagador da
Medalha Milagrosa. A medalha é um sinal de que seu portador pertence à Virgem
Maria. Por isso, Maria tem por ele um carinho de Mãe, todo especial.
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