28/12/2017

28 de dezembro - Os Santos Inocentes, Márires

“Como os meninos de Belém “não com palavras, mas com a morte” deram testemunhos da divindade do salvador, tal deve ser a nossa vida: “uma profissão das verdades da fé””

Duplo de II classe – Param. roxos
Estação em São Pedro
A festa dos Inocentes assinalada por diversos Calendários orientais desde o século IV, não se sabe quando foi introduzida em Roma, onde revestia-se de um toque de alegria. Mais tarde, a influência galicana impôs-lhe os sinais de luto e penitência que ainda hoje apresenta.
Quando a festa não cai em dia de Domingo, usam-se paramentos roxos e omitem-se o Glória e o Aleluia, porque, escreve Callewaert, o triunfo dos Inocentes “não foi logo completo, pois tiveram que esperar no Limbo o Salvador, para lhes abrir as portas do céu. No Domingo, ao invés – que é a comemoração da Ressurreição e portanto, coroação do triunfo dos Inocentes – usa-se o vermelho dos Mártires e o ofício é regular”.
Herodes, vendo-se iludido pelos Magos, que regressaram aos próprios países por outro caminho, ordenou a horrível matança dos meninos de Belém e dos arredores, de idade inferior a dois anos, no intuito de envolver no morticínio o “Rei dos judeus” recém-nascido. O sangue jorrou em muitas casas (Tr.), mas a perversidade do tirano, em vez de atingir o Salvador que fugira com seus pais para o Egito, preparou para o céu uma bela falange (Ev.) de uns trinta meninos, os quais, como primícias dos Mártires, formam a coroa do Cordeiro e seguem-no por toda a parte (Lição).
Como os meninos de Belém “não com palavras, mas com a morte” deram testemunhos da divindade do salvador, tal deve ser a nossa vida: “uma profissão das verdades da fé” (Or.).
Devemos mortificar, em nós mesmos, todas as paixões desordenadas, receber das mãos de Deus as provas e os infortúnios, corrigir os defeitos, desprezar o mundo e as suas máximas, cumprir fielmente os deveres cotidianos, praticar as virtudes cristãs e perdoar àqueles que nos fazem mal. Destarte, “nossa alma, como o pássaro, livrar-se-á dos laços” da terra e gozará da liberdade dos filhos de Deus (Of.). Morrendo incessantemente a nós mesmos e aos nossos defeitos, conseguiremos o Paraíso.

Missal Romano Quotidiano -Latim/Português – Edições Paulinas 1959

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