“Mas também pelos demais homens rezai sem cessar. Pois
neles existe esperança de conversão, de chegarem a Deus. Permiti-lhes que se
instruam junto a vós por vossas obras.”
Roosevelt
Maria de Castro
Santo
Inácio de Antioquia, nascido provavelmente entre os anos 30 e 35 da Era Cristã
em Antioquia, martirizado por volta do ano 107 em Roma.
Inácio,
nome derivado da expressão latina “nascido do fogo” (igne=fogo; natus=nascido)
também era conhecido como Teóforo ou o conduzido, transportado por Deus, onde
alguns o citam como sendo a criança a qual Nosso Senhor Jesus Cristo tomou aos
braços e dito: “Todo o que receber um
destes meninos em meu nome, a mim me recebe, e todo o que receber a mim, não me
recebe a mim, mas aquele que me enviou” (Mc 9, 36).
Discípulo
de São João Evangelista, que por ele foi ordenado, sucessor de São Pedro na
Catedra da dita cidade, também conheceu a São Paulo Apóstolo. Eusébio o cita
como segundo bispo de Antioquia, São Jerônimo o coloca como o terceiro.
Antioquia
situava na Síria, ás margens do rio Orontes, capital da província e terceira
cidade do império atrás de Roma e Alexandrina. Foi em Antioquia que pela
primeira vez se diz “cristão” em alusão aos seguidores de Cristo: “Em Antioquia é que foi dado pela primeira
vez aos discípulos o nome de cristãos”. (At 11, 26) Na mesma cidade, São Paulo,
pela primeira vez fala em uma sinagoga: “Então
Paulo, levantando-se e fazendo com a mão sinal de silêncio, disse: Varões
Israelitas, e vós que temeis a Deus, ouvi”. (At 13, 16)
Trajano
(Marco Úlpio Nerva Trajano, imperador entre 98 e 117 D.C.), ascendeu ao trono e
ao visitar Antioquia, publicou um dos seus editos que equiparava os cristãos
aos pagãos e deveriam adorar aos ídolos e caso negassem seriam presos e executados.
Intencionado a fazer executar o édito e sabendo da existência de Santo Inácio,
o mandou levar a sua presença, exigindo que adorasse os ídolos pagãos.
Com
seus argumentos, Santo Inácio demonstrou um verdadeiro testemunho de fé,
coragem e eloquência na defesa do cristianismo, mandando então, o imperador que
o prendesse e acorrentado fosse mandado a Roma para ser entregue as feras no
anfiteatro Flaviano, “onde serviria de alimento”.
Na
condução do santo a Roma, houve grande comoção e por onde passava muitos
cristãos procuravam aproximar de Santo Inácio que mesmo encarcerado e sobre vigilância
da guarda romano, fazia exortações para que evitassem as heresias e não
abandonassem as tradições apostólicas.
Nas
paradas, além dos contatos com os cristãos, escreveu cartas as igrejas de Éfeso,
Magnésia, Trali, Roma, Filadélfia, Esmirna e uma ao bispo Policarpo de Esmirna
discípulo de São João Evangelista.
A
primeira parada foi em Esmirna, onde Santo Inácio teria escrito as quatro
primeiras cartas e em Tróade escritos as três últimas, que durante algum tempo foram
lidas nas igrejas, um verdadeiro tesouro cristão de amor a Nosso Senhor Jesus
Cristo, Igreja e a fé.
Santo
Inácio foi o primeiro a usar a expressão católica referindo a Igreja: “Onde
quer que se apresente o bispo, ali também esteja a comunidade, assim como a
presença de Cristo Jesus também nos assegura a presença da Igreja Católica”. Carta aos Erminenses.
Chegado
em Roma, Inácio de Antioquia, o Teóforo foi torturado com os mais bárbaros
suplícios, na presença de todo o Senado e depois jogado a saciar a fome das
feras no pátio do anfiteatro: “Sou trigo de Deus e sou moído pelos
dentes das feras, para encontrar-me como pão puro de Cristo”, escreveu ele aos romanos, prosseguindo:
“Acariciai antes as feras, para que se
tornem meu túmulo e não deixem sobrar nada de meu corpo, para que na minha
morte não me torne peso para ninguém. Então de fato serei discípulo de Jesus
Cristo, quando o mundo nem mais vir meu corpo.”
O martírio de Santo Inácio teria ocorrido em 20
de dezembro, conforme o Martirológio Romano e a sua festa em 01 de fevereiro.
Cartas de Santo Inácio:
Fontes
Missal Romano Quotidiano – Latim/Português
– Edições Paulinas 1959;
Martirológio Romano – Editora Permanência
2014;
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