“Na verdade, nossa vida deve ser uma constante
preparação para a morte; uma meditação constante sobre nossos últimos momentos na Terra; sobre a vaidade do mundo, seus “amores”, atrações, alegrias...”
Padre Juan Manuel Rodríguez de la Rosa
Queridos irmãos, lembro-me das palavras da Beata Isabel da
Trindade, uma Carmelita Descalça, que suspirou em seu leito de morte ante ao
crucifixo que segurava entre suas mãos: Quanto nós te amamos! Que herança linda e alegre! Esta é a verdadeira herança da alma, uma herança que é passada,
presente e futura; na realidade, é uma herança
única, porque é um presente eterno. Herança imperfeita na terra,
perfeita no céu.
Se quisermos considerar a herança que deixaremos após a nossa
morte, não há mais do que uma: minha herança nas virtudes, minha herança
virtuosa e sagrada; minha herança cheia do amor de Deus; minha herança de morte para mim mesmo. Herança da rejeição do pecado, do mundo e do diabo. Hereditariedade crucificada com Cristo na “cruz” pessoal de cada
um.
Pode haver outra herança no momento da morte? Pobre e infeliz a alma, se em
seus últimos momentos apenas pensa em sua herança “terrena”, em suas obras
materiais, nas ações que o mundo elogiou e aplaudiu; em seus méritos pessoais, em suas habilidades pessoais, em seu
valor pessoal; em seu “trabalho” que ele deixa
para os outros. Infeliz a alma que em seus
últimos momentos olha para trás, e não para frente, para o futuro iminente em
que será julgado por tudo o que fez e parou de fazer no passado. Infeliz se você olhar para trás, não se arrepender de seus
pecados, mas se gabar da “herança” que você construiu. Bem-aventurada a alma que no leito de morte olha para trás com uma
dor real por não ter cumprido o seu plano divino. Bem-aventurada a alma que, em seus últimos momentos, anseia pelo
perdão divino, pelos últimos sacramentos.
Nossa vida será julgada, todos nossos atos serão pesados na
balança da justiça divina. A liberdade que recebemos de Deus será colocada à luz da vontade
divina em nossas vidas. Devemos responder às nossas
decisões e ações tomadas livremente. O tempo da misericórdia dará
lugar ao tempo do julgamento. É justo e santo. É o plano de Deus para cada alma. É o amor infinito de Deus que ama justamente, como somente Ele
pode fazê-lo, e Ele o faz.
Olhe para trás, para cada
instante da sua vida, tenha medo e tremor, busque o verdadeiro amor de Deus
para o tempo que resta e que o futuro seja um tempo de reparação, de
purificação, de perfeita contrição pelos esquecimentos de Deus; tenha uma vida crucificada com Jesus Cristo; uma vida virtuosa, santa, com verdadeiro
desprezo do pecado e desejo de cumprir perfeitamente a vontade de Deus.
Quão belo e lindo poder dizer
no nosso leito de morte:
Jesus, como te amamos!
Ave Maria Puríssima.
Tradução: Blog Salve Regina!
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