“Eu sou protestante e li na Bíblia a palavra de Cristo: “Eu estarei
convosco todos os dias até o fim do mundo”. Portanto, antes de Lutero onde
estava Cristo?”
Dr. B. M. B., que
de modo especial se dedicava aos convertidos, conta o seguinte: Eu estava no
meu escritório. De repente batem à porta. Apenas disse “entre!” e uma jovem
desconhecida estava em pé diante de mim. Sem apresentação alguma foi dizendo:
— O Senhor teria a
bondade de responder-me a uma pergunta?
— Mas posso saber,
primeiro, com quem tenho a honra de falar?
— Isso lhe direi
depois. Primeiro peço-lhe o obséquio de responder a minha pergunta.
Embora admirado
daquela insistência, respondi:
— Se estiver em
mim...
— Pois bem, a
pergunta é esta: Onde estava Cristo antes de Lutero? Eu sou protestante e li na
Bíblia a palavra de Cristo: “Eu estarei convosco todos os dias até o fim do
mundo”. Portanto, antes de Lutero onde estava Cristo?
— Sua pergunta está
logo respondida: Ele estava ai, onde está até hoje, isto é, na Igreja Católica,
pois outra Igreja não houve antes de Lutero.
— Muito agradecida.
Foi isso mesmo que eu pensei. — Eu sou Margarida K., e o sr. ainda ouvirá falar
de mim.
Passaram-se duas
semanas. Batem a minha porta. Era Margarida. Depois de cumprimentar-me, disse:
— Falei a minha mãe
da visita, que, há poucos dias, fiz ao senhor. Então ela me disse que mandaria
convidar ao pastor protestante para responder a minha pergunta. E ele veio à
nossa casa. Quando me perguntou o que queria, dirigi-lhe a mesma pergunta que
fizera ao sr. A principio ficou estupefato; depois, furioso, disse que eu
estava possessa do demônio e na iminência de perder a fé; que eu não era digna
de pertencer à Igreja de Lutero, o homem de Deus, e portanto devia tornar-me
logo católica.
Respondi-lhe com
toda a calma que apenas fizera uma pergunta, que, ao 1er a Bíblia, fizera a mim
mesma e queria saber se ele podia responder-me. Levantou-se, então, inopinadamente
e exclamou:
— De gente possessa
do demônio não quero saber nada!
E saiu
apressadamente.
— Ah! foi assim que
ele a tratou?
— Sim; e agora
estou aqui e quero, se for possível, fazer-me católica. Quero estar na Igreja,
onde está Cristo.
Seis meses mais tarde
— no Natal — tive a felicidade de ver à mesa da comunhão uma grande
neo-comungante, que, com lágrimas nos olhos, oferecia seu coração para servir
de berço ao Salvador. Agora ela sabia e experimentava onde está Jesus Cristo.
Retirado do livro:
Tesouro de Exemplos.
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