“Alegra-te, Jerusalém! E vós todos que a amais, reuni-vos: enchei-vos
de alegria.”
Duplo
de I classe – Param. roxos ou rosa
Estação em santa
Cruz de Jerusalém
A
basílica é um salão do palácio Sessoriano, de propriedade imperial. O trabalho
foi executado (cerca de 350) por Santa helena que depôs no santuário as Relíquias
da Santa Cruz, trazidas da Palestina e aí guardadas até hoje. A igreja foi
denominada outrora simplesmente “Sancta Jerusalem”, donde as frequentes alusões
na Missa a Jerusalém, imagem da Igreja (Int.,
Ep., Gr., Com.).
O
Domingo é chamado “Laetare” por causa
da primeira palavra no introito; é ainda intitulado “Mediano”, porque marca a metade da Quaresma.
A
Igreja prorrompe em sentimentos de alegria e de júbilo pela aproximação da
Páscoa. Por isso, permite o uso dos paramentos rosa, das flores e do órgão e
faz ministros revestirem-se da dalmática e da túnica.
No
século X entrou na liturgia deste dia, a singular cerimônia da benção da “Rosa
de ouro”. O Papa ia à igreja estacional levando na mão uma rosa de ouro, cujo
significado explicava ao povo, e, regressando, presenteava com ela o Prefeito
de Roma. Daqui deriva o costume ainda hoje em vigor de que o Pontífice conceda
esta rosa somente aos príncipes católicos e a prescrição de usar a rosa nas
funções litúrgicas. Este rito provém provavelmente dos Bizantinos os quais, no
III Domingo da Quaresma, celebrava uma festa em honra ao sagrado lenho da Cruz,
ao qual prestavam homenagens com flores. É também provável que a cerimônia
derive do uso popular com que Roma, Século X, celebrava a vitória da primavera sobre
o inverno. Nas espalhafatosas festas, adornavam-se com flores (cuja rainha é a
rosa) as pessoa, as casas e as ruas.
Que
o nosso coração transborde de sentimentos de alegria (Intr.), de louvor e de reconhecimento a Deus, pela abundância dos dons
que está para dar-nos (Of., Com.).
Com efeito, aproxima-se a comemoração do dia em que Jesus libertou-nos da
escravidão de Satanás, restitui-nos a liberdade de filhos de Deus (Ep.) e, com o Batismo, fez-nos entrar na
celeste Jerusalém, a Igreja (Trato, Com.),
onde nos alimenta com suas carnes eucarísticas, de que é figura a multiplicação
dos pães (Ev.).
Missal Romano Quotidiano – Latim/Português – Edições Paulinas 1959
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