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Primeira Missa — Óleo de Victor Meirelles — Museu Nacional (RJ). Nossa Pátria nasceu à sombra da Cruz, presente no altar em que se celebrou a primeira Missa, cujo oficiante foi o franciscano Frei Henrique de Coimbra.
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“Ai do mundo por causa dos
escândalos! Eles são inevitáveis, mas ai daquele homem por quem vem o
escândalo!”
Pe. David Francisquini
Na sua labuta diária, o agricultor adquire habitualmente um
grau de conhecimento e perspicácia que poucas pessoas em outros ofícios
conseguem obter. Ele conhece a sua terra, sabe o que ela pode produzir ou não.
No contato com a ordem estabelecida por Deus na natureza, o homem do campo
conhece o tempo, as estações, o momento de semear e de colher, sabe tratar a
terra como propriedade sua, pois a mão que semeia é a mesma que cuida.
A variedade do plantio obedece a algumas regras claras,
baseadas até há pouco na experiência. Mesmo cuidando da terra, o agricultor é
obrigado a ter os olhos voltados para o céu, pois se guia pelas estrelas, pelo
sol, pela lua, pelas nuvens ou a ausência delas. Ouve e sabe interpretar o
canto dos pássaros, a voz dos animais nas matas, o coaxar dos sapos nas lagoas,
o movimento das formigas. Sabe sentir a secura ou a umidade do ar, a direção do
vento. Os menores sinais emitidos pela natureza lhe servem de orientação.
Em suma, o agricultor é um sábio, como o confirma São Lucas.
Ao ver levantar-se uma nuvem no poente, logo ele poderá dizer: “aí vem chuva”;
e assim sucede. E quando sente soprar o vento do Sul, poderá dizer: “a
temperatura vai subir”; e assim sucede. Assim como o lavrador adquire a sua
sabedoria pela experiência e perspicácia, chegando a conhecer o caminhar da
História, um povo verdadeiro — e não a massa manipulada pela mídia — é capaz de
reconhecer a saúde ou a doença da sociedade em que vive, sobretudo, se
assistido por graças especiais do Espírito Santo.
O que vem ocorrendo no Brasil de hoje demonstra que muita
coisa mudou. O brasileiro vem dando mostras de que passou a conhecer melhor a
terra onde nasceu. Por ter aprofundado sua análise política, tornou-se capaz de
fazer juízo de valor e agir em consequência.
Devido ao sofrimento, nosso povo amadureceu e passou a
colocar em xeque os meios de comunicação, que procuravam pensar, interpretar e
dar todas as soluções por ele…
Nestas eleições, as coisas mudaram: o povo brasileiro vê e julga tais
meios, os interesses que os movem e a ideologia à qual servem, e os vem
colocando na contramão da História.
Tudo se passou e vem se passando como se a alma do
brasileiro tivesse sido trabalhada por uma graça divina, e o Brasil parecesse
querer retomar seu verdadeiro rumo histórico encetado por Nóbrega, Anchieta e
os colonizadores que aqui aportaram.
Volta a aflorar nos corações de nossa gente que a família
deve ser preservada e os filhos educados na moralidade dos princípios cristãos
e ordeiros, pois Deus é o Ser supremo que deve ser adorado, seguido e
reconhecido acima de tudo.
Com as certezas revigoradas, aumentou nos brasileiros a
convicção de que a vida é algo sublime e inviolável, devendo ser respeitada desde
a concepção até a morte natural. Tornou-se claro que o Estado não deve
ideologizar as crianças como algo híbrido e indefinido no seu próprio ser.
O brasileiro tem presente em seu espírito estas palavras de
Nosso Senhor: “Ai daquele que escandalizar um desses pequeninos que crê em mim,
melhor lhe fora que lhes pendurassem ao pescoço a mó de um moinho, e que o lançassem
ao fundo do mar. Ai do mundo por causa dos escândalos! Eles são inevitáveis,
mas ai daquele homem por quem vem o escândalo!”.
Por tais razões, o brasileiro não se sente representado
pelos políticos de esquerda que procuram introduzir a ideologia de gênero, o
pseudo casamento homossexual, o aborto, as drogas e a prostituição. Percebe que
os políticos social-comunistas querem introduzir uma ideologia nefasta que
aniquile a nossa tradição e, sobretudo, a fidelidade do nosso povo à doutrina e
à lei de Jesus Cristo.
Introduzir num currículo escolar erros dessa monta é romper
com o nosso passado, é cavar a própria sepultura para nela se cair num futuro
próximo. Uma tirania irreverente, uma crueldade satânica, desrespeitadora da
própria natureza, a qual impõe a diversidade estabelecida por Deus entre um
homem e uma mulher. É a repetição do “non serviam” de Lúcifer.
Trata-se de algo que contraria a própria racionalidade de
ser homem e mulher. E o povo brasileiro vem se afirmando contrário a essa
mentalidade impingida goela abaixo. Nosso povo é religioso, temente a Deus, e
mexer com os seus filhos é atingir os olhos da nação brasileira.
As eleições estão aí, e o povo brasileiro anela por um
Brasil que respeite a lei natural e, sobretudo, as Leis de Deus. Um Brasil
profundo e real que diz não à ideologia de gênero, não à destruição da família,
não à eliminação dos bons costumes e da moral, um Brasil que reconhece o
casamento entre um homem e uma mulher como fundamento de uma sociedade sadia.
Assistimos nestes dias de eleições a algo de sintomático: um
povo que se levanta contra certa mídia, contra os políticos corruptos e
desordeiros, contra os partidos de esquerda que procuram utilizar todos os
subterfúgios para tomar o poder e impor seus nefastos objetivos para forjar um
anti-Brasil.
Um povo que deseja o seu Brasil de volta, um povo que afirma
que a nossa bandeira jamais terá a foice e o martelo, um povo que deseja um
Brasil respeitador de suas mais belas tradições. Ele rejeita o comunismo e o
socialismo, que negam a Deus e a vida futura.
Ainda que de modo meio inconsciente, o brasileiro faz a sua
profissão de fé, tornando-se apto assim a ser contemplado por esta promessa de
Nosso Senhor Jesus Cristo: “Todo aquele, portanto, que me confessar diante dos
homens, também eu o confessarei diante do meu Pai que está nos Céus.”
Mas para aqueles que infelizmente não professam essa mesma
fé — aqueles que, por exemplo, colocam a nossa atual Constituição acima dos
preceitos de Nosso Senhor —, Ele também deixou um ensinamento: “Aquele que me
negar diante dos homens, também Eu o negarei diante do meu Pai que está nos
Céus. Não julgueis que vim trazer a paz à Terra; não vim trazer a paz, mas a
espada”.
É a luta pela fidelidade aos princípios cristãos! É a luta
dos brasileiros contra os corruptos, os poderosos agentes de Satanás, que
desejam eliminar da Terra de Santa Cruz a civilização cristã.
Os valores da nação brasileira estão impressos na alma do
nosso povo. Nós os recebemos dos nossos antepassados, cujo heroísmo impregnado
de fé continua a latejar em nossos corações. Que a grande Mãe de Deus, Maria
Santíssima. Nossa Senhora da Conceição Aparecida, continue a proteger o Brasil!
O autor deste artigo é completamente modernista ao pensar que o povo brasileiro é crente. Na realidade o povo brasileiro, como aliás o povo portuguê, são e sempre foram catolicos nominais, puramente nominais. Quanto ao resto vivem na mais negra superstição e o unico "deus" que conhecem é o futebol e no Brasil também o carnaval.
ResponderExcluirAlberto Carlos Rosa Ferreira das Neves Cabral. Lisboa