"Quem achará uma mulher forte? - Mulierem fortem quis inveniet?"
O Senhor estabelece as suas obras duas a duas, diz a Sagrada Escritura, e o contraste é uma lei da criação: Intuere in omnia opera Altimissi: duo et duo et unam contra unum (Eccl. XXXIII, 15).Provérbios XXXI: "Palavras do rei Lamuel. Visão com que o instruiu sua mãe. Que te direi eu, meu amado filho? Que te direi eu, amado fruto das minhas entranhas? Que te direi eu, terno objeto dos meus desejos? Não dês os teus bens a mulheres, nem empregues as tuas riquezas em destruir reis.
Não dês aos reis, ó Lamuel, não dês vinho aos reis, porque não há segredo onde reina a embriaguez. E para que não suceda que eles bebam e se esqueçam da justiça, e atraiçoem a causa dos filhos do pobre. Dá aos que estão aflitos um licor forte, e vinho aos que estão em amargura de coração; para que eles bebam e se esqueçam da sua pobreza, e não se lembrem mais a sua dor.
Abre a tua boca a favor do mundo, e para defenderes as causas de todos os filhos abandonados. Abre a tua boca, ordena o que é justo, e faze justiça ao necessitado e ao pobre.
Quem achará uma mulher forte? O seu valor excede tudo o que vem de longe, e dos últimos confins da terra. O coração de seu marido põe nela a sua confiança, e ele não necessitará de despojos. Ela lhe dará o bem, e não o mal, em todos os dias da sua vida. Buscou lã e linho, e fez labôres com a indústria de suas mãos. Ela é como a nau do negociante, que traz de longe o seu pão. Ela levanta-se ainda de noite, e distribui alimento pelos seus domésticos, e o sustento pelas suas criadas. Pôs a mira em um campo, e comprou-o; plantou uma vinha com o ganho das suas mãos. Cingiu os seus rins de fortaleza, e fortaleceu o seu braço. Tomou-lhe o gosto, e viu que o seu trabalho fortifica; a sua candeia não se apagará de noite. Aplicou a sua mão a coisas fortes, e os seus dedos pegaram no fuso. Abriu a sua mão para o necessitado, e estendeu os seus braços para o pobre. Não temerá que venham sobre a sua família os rigores da neve, porque todos os seus domésticos trazem vestidos forrados. Ela fêz para si um vestido acolchoado; vestiu-se de linho finíssimo e de púrpura. Seu marido será ilustre na assembléia dos juízes, quando estiver assentado com os anciãos da terra. Fêz uma túnica de linho e vendeu-a, e entregou um cinto ao Cananeu. A fortaleza e o decôro são os seus ativos; e ela rirá no último dia. Abriu a sua boca com sabedoria, e a lei da clemência está na sua língua. Considerou as veredas da sua casa, e não comeu o pão ociosa. Levantaram-se seus filhos, e aclamaram-na ditosíssima; levantou-se seu marido, e louvou-a. Muitas filhas ajuntaram riquezas; tu excedeste a todas. A graça é enganadora, e a formosura é vã; a mulher que teme ao Senhor, manifestou-se um insensato, depois essa é a que será louvada. Dai-lhe o fruto das suas mãos; e as suas obras a louvem na assembléia dos juízes."
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Este contraste é frisantíssimo na criação do homem e da mulher, e na distribuição das suas qualidades diferentes. Ao homem, d'um modo mais especial, conferiu a inteligência, o conselho e a força; a mulher, a inteligência do coração, a flexibilidade. É certo que as riquezas d'uma destas duas maravilhosas criaturas não são completamente recusadas à outra: designo somente as qualidades que, segundo as leis ordinárias, dominam n'uma mistura, em que os dons são continuamente variáveis.
Assim, a força não é geralmente tida como caráter próprio e predominante da mulher, o que, por sem dúvida, não é afirmar que a mulher não possa ser forte e corajosa, nem tão pouco que o homem em muitas circunstâncias não seja mais fraco que a mulher. Trata-se unicamente do que mais habitualmente se apresenta, do que resulta da constituição primitiva, dos dons especiais concedidos a mulher e da sua missão neste mundo.
Diremos ainda que, ao lado de cada uma das nossas boas qualidades, se acha um defeito posto, e que em consequência das enfermidades da natureza e das misérias do pecado, a flexibilidade de caráter, e agilidade de constituição facilmente degeneram em fraqueza e inconstância. Foi isto o que fez dizer a São Tomás que as imperfeições do temperamento entram por muito na fraqueza censurada às mulheres – propter imperfectionem corporalis naturae. (Eth. I.VII, liç. 5.) Também o sábio responde ao pensamento dos séculos e ao julgamento da experiência, quando exclama: - Quem encontrará a mulher forte?
Talvez que a resposta fosse mais fácil se se perguntasse: Quem encontrará a mulher volúvel, inconstante, sucessivamente ardente e fria? Quem encontrará esses caracteres entusiastas, que passam com extrema rapidez duma e outra convicção, cheios de indolência e inconsistência, e semelhantes aos seres gelatinosos, que se decompõem sobre a área, na praia, junto ao mar? Quem encontrará as naturezas móveis como o vento, que mudam de opinião conforme as variações do tempo, ou os caprichos da multidão insensata?
A tais interrogações seriam imediatamente as respostas e numerosas as aplicações.
Quem achará uma mulher forte? Essa mulher que sabe beber n'uma quotidiana coragem e energia necessária para fazer face a todas as dificuldades da sua posição, aos enfados diários, as preocupações de todas as horas e as contrariedades incessantes? A mulher forte que resiste aos numerosíssimos embates da vida, as tristezas da família, aos atritos da vida interna e a todos os íntimos pesares, que, semelhantes às legiões de insetos do outono, de contínuo cercam o coração da mulher?
A mulher forte, que preside com imperturbável sabedoria aos trabalhos da sua casa, as minudências da vida do lar, aos cuidados dos filhos, a vigilância dos criados, e a ordenança dessa multidão de pequenos serviços, que, na família, se sucedem tão rapidamente como as nuvens no céu? Quem encontrará a mulher forte, mais forte que a desgraça, que os enlaces da fortuna, que as calúnias, que a maldade humana, e que, após a passagem de todas as ondas, permanece como uma coluna do farol, em pleno mar, para iluminar e fortalecer os pobres náufragos? Mulierem fortem quis inveniet?
Sede verdadeiras cristãs, sede profundas e sinceramente piedosas, fazei de Deus o alimento habitual de vossas vidas, e só então vos podereis aproximar do ideal da força e do vigor, de que as heroínas cristãs nos deram sobejos exemplos, e que faziam exclamar os filósofos pagãos: - Que admiráveis mulheres não são as cristãs! Papae! Quales mulieres apud christianos sunt! (Chrysost. t.I)
Á força de provar Deus, de O saborear e de constituir como amigo e confidente de vossos pesares e alegrias, indentificar-vos-ei com Ele, pois esse contato superior será o cimento invisível dos vossos pensamentos, dos vossos desejos, das vossas resoluções e sentimentos. As pedras da vossa vida, isto é, as vossas ações, serão conjuntamente unidas e consolidadas, como nos edifícios do povo romano, de que tantas vezes reza e história e que afrontaram a injúria das idades, porque um cimento tão duro como o bronze as converteu em monumentos imperecíveis. Foi assim que se formaram todas as mulheres cristãs que deram tão admiráveis exemplos a posteridade; foi em tal escola que beberam o seu heroísmo as virgens e as mulheres mártires, as Inezes, as Perpétuas, as Apolonias; foi nessas escolas que outras mulheres, cuja força se desenvolveu numa esfera menos brilhante, tomaram a energia que sofre o martírio lentamente, o martírio da vida diária, o martírio em que a natureza se imola e arde sobre o altar do dever, imolação sublime de que santo Ambrósio dizia: -"Que desconhecido número de mártires de Cristo, na secreta obscuridade da vida quotidiana!" e São Gregório o Grande: - " Se conservamos a verdadeira paciência no meio dos pesares da existência somos mártires, sem necessidade de algozes e cutelos!".
É ainda ali, e em consequência d'uma infiltração divina, que se exercem e crescem a paciência cheia de doçura e o espantoso vigor dessas virgens consagradas a Deus, nas escolas dos pobres, nos orfanatos, nos hospitais e nas visitas aos desgraçados de toda a espécie. Nada menos é preciso do que a força que criava os mártires, para multiplicar todos os dias semelhantes prodígios. No cristianismo não deve, pois, ser tão difícil a esta interrogação: - Quem encontrará a mulher forte? O sangue de Cristo fez a sementeira e ela germinou por toda a parte. Possa a graça multiplicar-lhe os frutos na nossa Associação! E se houver embaraços em encontrar uma solução às palavras da Bíblia, que facilmente se possa vir procurá-la entre vós, e entre vós se encontrem sempre os exemplos duma rara virtude: - Mulierem fortem quis inveniet? Não foi a uma mulher cristã que São Crisóstomo dirigiu este magnífico elogio? – “Vós possuis uma ciência superior a todas as tempestades; tendes a energia dum espírito superior, que é mais poderoso que numeráveis exércitos, e mais seguro que as altas muralhas e elevadas torres.” (Epist. 6. Olymp.)
Dificilmente poderemos acreditar que a raça de caracteres tão belos se extingue entre as mulheres cristãs. A Sagrada Escritura ajunta, que a mulher forte é mais preciosa que as pérolas que vêm das extremidades do mundo. - “Nada é melhor que uma excelente mulher, diz São Gregório Nazianzo, e nada pior do que uma mulher má." (Orat. in funere patris)
A mulher excelente é um preciosíssimo tesouro para a sua casa; é a vida do lar, a luz com os seus mil reflexos graciosos, a alma que tudo penetra, e em toda a parte deixa vestígios dos seus contatos deliciosos. O Espírito Santo tratando este assunto, não receia empregar um termo de comparação, que ordinariamente é o reservado para descrever a ação benéfica e misericordiosa da Divindade: - "Assim como o sol derrama das alturas a luz e o calor e parece vivificar a natureza inteira, assim o rosto d'uma mulher virtuosa é o ornamento da sua casa."
Assim, a força não é geralmente tida como caráter próprio e predominante da mulher, o que, por sem dúvida, não é afirmar que a mulher não possa ser forte e corajosa, nem tão pouco que o homem em muitas circunstâncias não seja mais fraco que a mulher. Trata-se unicamente do que mais habitualmente se apresenta, do que resulta da constituição primitiva, dos dons especiais concedidos a mulher e da sua missão neste mundo.
Diremos ainda que, ao lado de cada uma das nossas boas qualidades, se acha um defeito posto, e que em consequência das enfermidades da natureza e das misérias do pecado, a flexibilidade de caráter, e agilidade de constituição facilmente degeneram em fraqueza e inconstância. Foi isto o que fez dizer a São Tomás que as imperfeições do temperamento entram por muito na fraqueza censurada às mulheres – propter imperfectionem corporalis naturae. (Eth. I.VII, liç. 5.) Também o sábio responde ao pensamento dos séculos e ao julgamento da experiência, quando exclama: - Quem encontrará a mulher forte?
Talvez que a resposta fosse mais fácil se se perguntasse: Quem encontrará a mulher volúvel, inconstante, sucessivamente ardente e fria? Quem encontrará esses caracteres entusiastas, que passam com extrema rapidez duma e outra convicção, cheios de indolência e inconsistência, e semelhantes aos seres gelatinosos, que se decompõem sobre a área, na praia, junto ao mar? Quem encontrará as naturezas móveis como o vento, que mudam de opinião conforme as variações do tempo, ou os caprichos da multidão insensata?
A tais interrogações seriam imediatamente as respostas e numerosas as aplicações.
Quem achará uma mulher forte? Essa mulher que sabe beber n'uma quotidiana coragem e energia necessária para fazer face a todas as dificuldades da sua posição, aos enfados diários, as preocupações de todas as horas e as contrariedades incessantes? A mulher forte que resiste aos numerosíssimos embates da vida, as tristezas da família, aos atritos da vida interna e a todos os íntimos pesares, que, semelhantes às legiões de insetos do outono, de contínuo cercam o coração da mulher?
A mulher forte, que preside com imperturbável sabedoria aos trabalhos da sua casa, as minudências da vida do lar, aos cuidados dos filhos, a vigilância dos criados, e a ordenança dessa multidão de pequenos serviços, que, na família, se sucedem tão rapidamente como as nuvens no céu? Quem encontrará a mulher forte, mais forte que a desgraça, que os enlaces da fortuna, que as calúnias, que a maldade humana, e que, após a passagem de todas as ondas, permanece como uma coluna do farol, em pleno mar, para iluminar e fortalecer os pobres náufragos? Mulierem fortem quis inveniet?
Sede verdadeiras cristãs, sede profundas e sinceramente piedosas, fazei de Deus o alimento habitual de vossas vidas, e só então vos podereis aproximar do ideal da força e do vigor, de que as heroínas cristãs nos deram sobejos exemplos, e que faziam exclamar os filósofos pagãos: - Que admiráveis mulheres não são as cristãs! Papae! Quales mulieres apud christianos sunt! (Chrysost. t.I)
Á força de provar Deus, de O saborear e de constituir como amigo e confidente de vossos pesares e alegrias, indentificar-vos-ei com Ele, pois esse contato superior será o cimento invisível dos vossos pensamentos, dos vossos desejos, das vossas resoluções e sentimentos. As pedras da vossa vida, isto é, as vossas ações, serão conjuntamente unidas e consolidadas, como nos edifícios do povo romano, de que tantas vezes reza e história e que afrontaram a injúria das idades, porque um cimento tão duro como o bronze as converteu em monumentos imperecíveis. Foi assim que se formaram todas as mulheres cristãs que deram tão admiráveis exemplos a posteridade; foi em tal escola que beberam o seu heroísmo as virgens e as mulheres mártires, as Inezes, as Perpétuas, as Apolonias; foi nessas escolas que outras mulheres, cuja força se desenvolveu numa esfera menos brilhante, tomaram a energia que sofre o martírio lentamente, o martírio da vida diária, o martírio em que a natureza se imola e arde sobre o altar do dever, imolação sublime de que santo Ambrósio dizia: -"Que desconhecido número de mártires de Cristo, na secreta obscuridade da vida quotidiana!" e São Gregório o Grande: - " Se conservamos a verdadeira paciência no meio dos pesares da existência somos mártires, sem necessidade de algozes e cutelos!".
É ainda ali, e em consequência d'uma infiltração divina, que se exercem e crescem a paciência cheia de doçura e o espantoso vigor dessas virgens consagradas a Deus, nas escolas dos pobres, nos orfanatos, nos hospitais e nas visitas aos desgraçados de toda a espécie. Nada menos é preciso do que a força que criava os mártires, para multiplicar todos os dias semelhantes prodígios. No cristianismo não deve, pois, ser tão difícil a esta interrogação: - Quem encontrará a mulher forte? O sangue de Cristo fez a sementeira e ela germinou por toda a parte. Possa a graça multiplicar-lhe os frutos na nossa Associação! E se houver embaraços em encontrar uma solução às palavras da Bíblia, que facilmente se possa vir procurá-la entre vós, e entre vós se encontrem sempre os exemplos duma rara virtude: - Mulierem fortem quis inveniet? Não foi a uma mulher cristã que São Crisóstomo dirigiu este magnífico elogio? – “Vós possuis uma ciência superior a todas as tempestades; tendes a energia dum espírito superior, que é mais poderoso que numeráveis exércitos, e mais seguro que as altas muralhas e elevadas torres.” (Epist. 6. Olymp.)
Dificilmente poderemos acreditar que a raça de caracteres tão belos se extingue entre as mulheres cristãs. A Sagrada Escritura ajunta, que a mulher forte é mais preciosa que as pérolas que vêm das extremidades do mundo. - “Nada é melhor que uma excelente mulher, diz São Gregório Nazianzo, e nada pior do que uma mulher má." (Orat. in funere patris)
A mulher excelente é um preciosíssimo tesouro para a sua casa; é a vida do lar, a luz com os seus mil reflexos graciosos, a alma que tudo penetra, e em toda a parte deixa vestígios dos seus contatos deliciosos. O Espírito Santo tratando este assunto, não receia empregar um termo de comparação, que ordinariamente é o reservado para descrever a ação benéfica e misericordiosa da Divindade: - "Assim como o sol derrama das alturas a luz e o calor e parece vivificar a natureza inteira, assim o rosto d'uma mulher virtuosa é o ornamento da sua casa."
Fonte: A Mulher Forte: 1a Conferência, com edições. Monsenhor Landriot, 1876.
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