No início de Outubro de 1717, chegou a notícia de que o novo Governador da
Província de São Paulo e Minas passaria, em sua viagem, pela vila de
Guaratinguetá.
As autoridades recrutaram os pescadores da vila a fim de recolherem no Rio Paraíba uma grande quantidade de peixes que permitisse fazer um banquete para receber o Governador. Vários barcos de pesca se incumbiram da tarefa, no dia 16 de Outubro.
Após 12 horas no rio, que normalmente tinha peixes em abundância, quase todos desistiram, ficando apenas 2 canoas. Elas pertenciam a Domingos Alves Garcia e seu filho João Alves, e a Felipe Pedroso, cunhado de Domingos e tio de João.
Considerando que estava anoitecendo, tentaram mais uma vez jogar as redes. João Alves recolheu a rede vazia, exceto por uma pequena imagem sem cabeça, de uma santa, com cerca de 40 cm.
Confusos, eles a embrulharam em suas camisas e tentaram novamente jogar a rede. A surpresa maior veio então: a pequenina cabeça da escultura, muito menor do que as malhas da rede, foi trazida ao barco, sem que eles entendessem como não havia escapado da rede e caído nas águas.
Novamente colocaram a imagem com cuidado envolta em suas roupas e lançaram a rede ao rio. Para surpresa de todos, a rede ficou tão pesada, cheia de peixes, que, em apenas dois lançamentos, eles encheram os barcos, e voltaram à vila.
Antes de se dirigir à Câmara, entregaram os pedaços da estátua a Silvana da Rocha Alves, esposa de Domingos, irmã de Felipe e mãe de João, que reuniu as 2 partes com cera, e a colocou num pequeno altar de família, agradecendo à Nossa Senhora o milagre dos peixes que rendeu o suficiente para sua família se estabelecer.
A estátua é feita de terracota, argila que foi modelada e queimada em forno, e mede 39 cm de altura. Pesa cerca de 4 quilos. Pode ter sido originalmente pintada, mas depois de ficar anos no leito do rio o material escureceu, adquirindo uma cor castanho dourada.
Conseguiu-se analisar a argila de que foi feita, e constatou-se que se origina da região de Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo, mas a autoria da escultura é obscura. Sabe-se que na época vivia em Santana do Parnaíba um monge beneditino escultor, Frei Agostinho de Jesus, cujo estilo é bem definido: lábios sorridentes, covinha no queixo, flores em relevo nos cabelos e broche com perolas no cabelo, e todos estes detalhes existem na imagem aparecida do rio.
Especialistas em arte barroca reconhecem nela o estilo seiscentista.
As duas partes da imagem foram definitivamente reunidas no ano de 1946, quando um especialista as uniu com um pino de ouro interno e completou o acabamento externo.
A estátua passou por uma destruição considerável em 1978, quando, num atentado, foi quebrada em 200 fragmentos. Foi totalmente reconstituída pelas mãos da especialista em restauração do Museu de Arte de São Paulo, Maria Helena Chartuni.
A cor de canela da escultura tem sido interpretada como um vínculo simbólico com a mistura racial da população brasileira, e de fato um dos primeiros milagres operados por intercessão de Nossa Senhora Aparecida foi a libertação de escravos acorrentados.
Ainda hoje é possível ver as correntes que se soltaram sozinhas dos escravos, no teto da Sala dos Milagres da Basílica.
As autoridades recrutaram os pescadores da vila a fim de recolherem no Rio Paraíba uma grande quantidade de peixes que permitisse fazer um banquete para receber o Governador. Vários barcos de pesca se incumbiram da tarefa, no dia 16 de Outubro.
Após 12 horas no rio, que normalmente tinha peixes em abundância, quase todos desistiram, ficando apenas 2 canoas. Elas pertenciam a Domingos Alves Garcia e seu filho João Alves, e a Felipe Pedroso, cunhado de Domingos e tio de João.
Considerando que estava anoitecendo, tentaram mais uma vez jogar as redes. João Alves recolheu a rede vazia, exceto por uma pequena imagem sem cabeça, de uma santa, com cerca de 40 cm.
Confusos, eles a embrulharam em suas camisas e tentaram novamente jogar a rede. A surpresa maior veio então: a pequenina cabeça da escultura, muito menor do que as malhas da rede, foi trazida ao barco, sem que eles entendessem como não havia escapado da rede e caído nas águas.
Novamente colocaram a imagem com cuidado envolta em suas roupas e lançaram a rede ao rio. Para surpresa de todos, a rede ficou tão pesada, cheia de peixes, que, em apenas dois lançamentos, eles encheram os barcos, e voltaram à vila.
Antes de se dirigir à Câmara, entregaram os pedaços da estátua a Silvana da Rocha Alves, esposa de Domingos, irmã de Felipe e mãe de João, que reuniu as 2 partes com cera, e a colocou num pequeno altar de família, agradecendo à Nossa Senhora o milagre dos peixes que rendeu o suficiente para sua família se estabelecer.
A estátua é feita de terracota, argila que foi modelada e queimada em forno, e mede 39 cm de altura. Pesa cerca de 4 quilos. Pode ter sido originalmente pintada, mas depois de ficar anos no leito do rio o material escureceu, adquirindo uma cor castanho dourada.
Conseguiu-se analisar a argila de que foi feita, e constatou-se que se origina da região de Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo, mas a autoria da escultura é obscura. Sabe-se que na época vivia em Santana do Parnaíba um monge beneditino escultor, Frei Agostinho de Jesus, cujo estilo é bem definido: lábios sorridentes, covinha no queixo, flores em relevo nos cabelos e broche com perolas no cabelo, e todos estes detalhes existem na imagem aparecida do rio.
Especialistas em arte barroca reconhecem nela o estilo seiscentista.
As duas partes da imagem foram definitivamente reunidas no ano de 1946, quando um especialista as uniu com um pino de ouro interno e completou o acabamento externo.
A estátua passou por uma destruição considerável em 1978, quando, num atentado, foi quebrada em 200 fragmentos. Foi totalmente reconstituída pelas mãos da especialista em restauração do Museu de Arte de São Paulo, Maria Helena Chartuni.
A cor de canela da escultura tem sido interpretada como um vínculo simbólico com a mistura racial da população brasileira, e de fato um dos primeiros milagres operados por intercessão de Nossa Senhora Aparecida foi a libertação de escravos acorrentados.
Ainda hoje é possível ver as correntes que se soltaram sozinhas dos escravos, no teto da Sala dos Milagres da Basílica.
Fonte:
http://www.brazilsite.com.br
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