Muitos são os chamados e poucos os escolhidos (Mt 20, 16). Muitos, com
efeito, chegam à fé, mas bem poucos ao Reino dos Céus. O rebanho da Igreja
acolhe tanto os bodes como os cordeiros; mas, segundo o testemunho do
Evangelho, quando o Juiz vier, há de separar os bons e os maus. Pois os que se
fazem na terra escravos dos prazeres da carne, não poderão, no céu, serem
contados entre as ovelhas. Vedes, caros fiéis, muitas dessas pessoas na
Igreja, mas não deveis imitá-las; nem, por outro lado, desesperar de que possam
salvar-se. De fato, vemos bem o que uma pessoa é hoje, mas ignoramos como será
amanhã. Muitas vezes quem parece vir atrás de nós
passa à nossa frente pelo impulso de uma boa ação. E, às vezes, mal podemos seguir amanhã o que hoje deixávamos para trás.
passa à nossa frente pelo impulso de uma boa ação. E, às vezes, mal podemos seguir amanhã o que hoje deixávamos para trás.
Quando Estevão morria pela fé, Saulo tomava conta das vestes daqueles
que o lapidavam. Ele o lapidava, portanto, pelas mãos de todos os seus algozes,
que então podiam mover-se mais à vontade, para atirar as pedras. E, no entanto,
por seus trabalhos pela Santa Igreja, Paulo superou aquele do qual fizera um
mártir, ao persegui-lo.
Há, por conseguinte, duas coisas a que devemos estar atentos, uma vez
que há muitos chamados e poucos escolhidos. A primeira coisa é que ninguém deve
jamais presumir de si próprio; pois, ainda que chamado à fé, ignora se será
digno do Reino eterno. A segunda é que jamais devemos ter a ousadia de
desesperar do próximo, ainda que o vejamos mergulhado nos vícios, pois não
conhecemos os tesouros da misericórdia divina.
Homilia 19 in Evangelia, liber I, 5.6 (Patrologia Latina 76, 1157-1158
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