Não lanceis aos cães as coisas santas, não atireis aos porcos as vossas pérolas, para que não as calquem com os seus pés, e, voltando-se contra vós, vos despedacem. Mt 7,6
O Concílio Vaticano II, foi
convocado com o intuito de melhor expor a doutrina católica ao homem moderno.
Mas se nós abrirmos as páginas do nosso Evangelho, não veremos essa preocupação
em Jesus. Veremos sim, ele falando em parábolas para proteger a revelação de
cães, lobos e porcos. Faltando está preocupação a Igreja, ela própria, pérola
que é, fica desprotegida da ação nociva, destes “animais” nocivos, que acabaram
sendo absorvidos no seio da Igreja, pelo culto do homem.
Na década de 1960 na Igreja
Católica, reproduziu-se o mesmo efeito que a Renascença produziu em Martinho
Lutero. O pseudo-reformador naquele tempo, já julgava que a raça dos cães, dos
porcos e dos lobos, estava extinta, por isso deu a bíblia ao povo.
Os
resultados de se entregar aquilo que é santo na mão de todos, sem distinguir a
quem se dava, podem ser visto em “igrejas” que fundamentaram (e fundamentam) a
sua existência em fábulas ou naquilo que antes era claramente considerado
heresia. Hoje por exemplo, existem “igrejas” que defendem os direitos dos
homossexuais e outras coisas que nem de longe foram desejadas por Jesus. Embora
os resultados da pseudo-reforma tenham sido devastadores em todos os campos de
atuação da Igreja. Isto não foi o suficiente para que precauções fossem tomadas
no último Concílio Ecumênico realizado na Igreja. Por um otimismo ingênuo,
também acreditou-se que na década de 1960, apenas existia o homem. Cães, porcos
e lobos, eram coisa apenas da magnífica Idade Média. Então conferiu-se a todos,
a liberdade para se interpretar um Concílio Ecumênico e o resultado disto,
podemos ver em toda Igreja, onde, seja no púlpito, na celebração da Missa, nas
homílias e sermões, eles se fazem presentes. Seguiu-se a isto, o efeito óbvio
de se desobedecer o Senhor (que já advertira a Igreja através de Pio XII e de
sua Humani Generis*) e se dar o que é santo, a quem não deve ser dado, a
“pérola” foi despedaçada pela hermenêutica da ruptura (Bento XVI) que teria
gerado uma “para-ideologia” (segundo Mons. Guido Pozzo).
Pois bem, deram o que é santo a
quem não devia ser dado, para melhor falar ao homem moderno. Romperam radicalmente
com nosso Senhor, que não procurou inculturar o Evangelho para que cães, porcos
e lobos pudessem entender (ele falou por parábolas…). Mas como na década de
1960 para o Concílio estes “animas” entre os homens estavam extintos, existindo
só o homem, eles foram absorvidos no interior da Igreja. Logo em seguida se viu
a obra que estavam dispostos a fazer no interior da Igreja: a sua demolição ou
o despedaçamento da pérola. Isto aparece na alocução “Livrai-nos do mal” do
Papa Paulo VI. Quando este falou em auto-demolição da Igreja, apenas reconheceu
a obra dos cães, lobos e porcos. Não existe homens da Igreja que queiram
demolí-la, o que existe são estes animais despedançando a pérola. Mas o que foi
feito? E embora saltem aos olhos, a ação despedaçadora destes elementos (frutos
da desobediência ao Senhor), em Roma o otimismo com relação ao homem, não
cessa. Pedem nos que interpretemos o Concílio a luz da tradição e falam da
hermenêutica da continuidade, como se fosse toda Igreja que devesse fazê-la. Não
reconhecem a existência dos “animais” estranhos entre as ovelhas. E ainda pedem
para que façamos, aquilo que compete ao magistério da Igreja fazer: tanto um
quanto o outro e ao menos a interpretação do Concílio, este magistério deve
proteger por
DEVER DIVINO E CATÓLICO, contra a atuação dos cães e dos porcos.
Enquanto o magistério não voltar
a ser o que sempre foi e tomar para si a responsabilidade de se interpretar o
Concílio, os porcos continuaram tendo a liberdade para despedeçar a pérola e
não saberemos o que realmente aconteceu na década de 1960. Uma coisa é certa,
na década de 1960 através do culto do homem, cães, lobos e porcos, foram
assumidos pela Igreja, iniciaram nela um processo de demolição e nada foi feito
por parte do magistério para se conter as suas ações.
*Também é verdade que os teólogos
devem sempre voltar às fontes da revelação; pois, a eles cabe indicar de que
maneira "se encontra, explícita ou implicitamente" na Sagrada
Escritura e na divina Tradição o que ensina o magistério vivo. Ademais, ambas
as fontes da doutrina revelada contêm tantos e tão sublimes tesouros de verdade
que nunca realmente se esgotarão. Por isso, com o estudo das fontes sagradas
rejuvenescem continuamente as sagradas ciências; ao passo que, pelo contrário,
a especulação que deixa de investigar o depósito da fé se torna estéril, como
vemos pela experiência. Entretanto, isto não autoriza a fazer da teologia,
mesmo da chamada positiva, uma ciência meramente histórica. Pois, junto
com as sagradas fontes, Deus deu à sua Igreja o magistério vivo para esclarecer
também e salientar o que no depósito da fé não se acha senão obscura e como que
implicitamente. E o divino Redentor não confiou a interpretação autêntica desse
depósito a cada um dos fiéis, nem mesmo aos teólogos, mas exclusivamente ao
magistério da Igreja. Se a Igreja exerce esse múnus (como o tem feito com
freqüência no decurso dos séculos pelo exercício, quer ordinário, quer
extraordinário desse mesmo ofício), é evidentemente falso o método que pretende
explicar o claro pelo obscuro; antes, pelo contrário, faz-se mister que todos
sigam a ordem inversa. Eis porque nosso predecessor de imortal
memória, Pio IX, ao ensinar que é dever nobilíssimo da teologia mostrar como
uma doutrina definida pela Igreja está contida nas fontes, não sem grave motivo
acrescentou aquelas palavras; "com o mesmo sentido com o qual foi definida
pela Igreja".(3) Humani Generis - Pio XII
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