01/09/2013

Arianismo - HERESIAS

Quem foi Ário?

Nascido no Egito, por volta de 256, era homem austero, distinto, eloquente e hábil; porém também era obstinado em suas idéias, cheio de si e muito ambicioso. Foi encarregado como sacerdote de uma importante Igreja na grande Alexandria. Lá entrou em conflito doutrinal com o Bispo Alexandre o qual convocou um Concílio.

Uma das heresias que mais dano causou à Igreja, a partir do século III, foi o Arianismo, devido ao apoio que encontrou da parte de muitos bispos e imperadores. Esta heresia do século IV cuja doutrina sustentava que o Filho de Deus não era verdadeiramente divino, mas criado; não era eterno mas temporal.


Os Padres deste Concílio ( cerca de 300, quase todos da Igreja Oriental), depois de lerem o livro de Ário, consideraram que não era aceitável, porque afirmava que o Filho de Deus não é da mesma natureza ou substância do Pai, nem igual a Ele em dignidade, nem coeterno. A palavra chave usada, e que entrou depois no Credo da Missa ou de Niceia, foi homoousios, isto é Consubstancial. O Credo anatematiza  explicitamente aqueles que negavam a eternidade do Filho ou sustentavam que Ele tinha uma natureza diferente da do Pai. Constantino aceitou com entusiasmo a asserção deste Concílio, segundo a orientação
do seu conselheiro teológico, o bispo Hósio de Córdova. Todavia, os conflitos continuaram ainda por cinco anos. Depois da morte de Constantino (337), o partido do Arianismo ganhou mais força contra a definição do Concílio, com o apoio de Constantino II, Imperador até ao ano 350.

S. Atanásio, que esteve presente no Concílio, como diácono, sucedeu a Alexandre como bispo, tornando-se assim o responsável pela opinião católica. Mas o conflito era muito forte, Atanásio empregou os seus melhores esforços, mas foi exilado da sua Sé de Alexandria, quase todo o resto da sua vida.

Depois de 379 a situação política melhorou e a contribuição teológica dos Capadócios levou-os a convocar um novo Concílio em Constantinopla (381), que reafirmou a doutrina de Niceia e ensinou a Consubstancialidade do Espírito Santo. O Arianismo foi acusado de heresia Trinitariana, mas a sua doutrina tinha implicações Cristológicas.

"Jamais, talvez, nenhum chefe de heresia possuiu em mais alto grau que Ário as qualidades próprias para esse maldito e funesto papel. Instruído nas letras e na filosofia dos gregos, dotado de uma rara fineza de dialética e de linguagem, ele conseguia dar ao erro o aspecto e o atrativo da verdade. Seu exterior ajudava a sedução. Seu orgulho se disfarçava sob uma simples vestimenta, sob um olhar modesto, recolhido, mortificado, que lhe dava um falso ar de santidade, e ao qual ele sabia aliar um trato gracioso e um tom doce e insinuante". Isso lhe abriu a porta dos grandes e poderosos do mundo. Eusébio de Cesaréia lhe concedeu asilo e o protegeu. Eusébio de Nicomédia tornou-se seu mais forte defensor. Por isso sua heresia estendeu-se séculos afora, provocando grande mal à Igreja
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