14/03/2016

O simbólico gesto do Papa Francisco comemorando o heresiarca Lutero

Lutero queima, em praça pública, a bula papal

“Sim, eu o digo, todos os prostíbulos, condenados, entretanto, severamente por Deus, todos os homicídios, mortes, roubos e adultérios, são menos prejudiciais do que a abominação da Missa papista”
Muitas vezes os atos e gestos simbólicos têm maior força de persuasão do que as palavras e os raciocínios, embora ambos se completem. Foi assim com o Divino Salvador, que alternava continuamente sua pregação com gestos simbólicos e o uso de metáforas e parábolas.
Também por essa razão a Igreja sempre se cercou de símbolos, a fim de tornar mais perceptíveis a beleza de sua doutrina, a sacralidade de sua liturgia, a dignidade e a autoridade de seus hierarcas. O Papa era coroado solenemente, para simbolizar o poder a ele conferido por Nosso Senhor como sucessor de São Pedro no governo da Igreja e orientação da Cristandade.
Magistério por atos simbólicos
O Sumo Pontífice atual faz muito uso dos gestos simbólicos e tem um magistério mais feito de atos e atitudes do que propriamente de palavras, embora as utilize, infelizmente com frequência, de modo confuso e mesmo escandaloso, como o famoso “quem sou eu para julgar?”
Na linha de seu magistério através de atos e gestos, reveste-se de suma gravidade sua anunciada participação nas comemorações da revolta do monge apóstata e heresiarca Martinho Lutero.
Com efeito, como informou o “Vatican Informative Service” de 25 de janeiro último, Francisco irá neste ano à cidade de Lund, na Suécia, onde “presidirá uma comemoração conjunta da Reforma em 31 de Outubro”(1) com dirigentes luteranos Como se recorda, foi nessa data que, em 1517, Lutero teria afixado as suas 95 teses na porta da igreja do castelo de Wittenberg.(2)
A comemoração de um fato histórico não é uma simples lembrança do mesmo, como poderia ocorrer numa aula de história. É a rememoração festiva e com louvor de algo que se julga digno de admiração, imitação ou mesmo de devoção. É assim que o orbe católico comemorará em 2017 o centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima.
Como pode o Papa Francisco participar ativamente das comemorações da revolta de Lutero contra a Igreja e o Papado sem dar a impressão a católicos e não-católicos de que ele admira os atos e as doutrinas do heresiarca? 
Condenação solene dos erros de Lutero
Convém lembrar que na Bula Exurge Domine, de 15 de junho de 1520, o Papa Leão X condenou solenemente 41 dos erros defendidos por Lutero em 1517:
“Pela autoridade do Deus Todo-Poderoso, dos santos apóstolos Pedro e Paulo, e de nossa própria autoridade, nós condenamos, reprovamos, e rejeitamos completamente cada uma dessas teses ou erros como heréticos, escandalosos, falsos, ofensivos aos ouvidos piedosos ou sedutores das mentes simples, e contra a verdade católica. Listando-os, nós decretamos e declaramos que todos os fiéis de ambos os sexos devem considerá-los como condenados, reprovados e rejeitados [...] Nós os proibimos a todos em nome da santa obediência e sob as penas de uma automática excomunhão…”
Do mesmo modo, o Papa condenava os outros escritos de Lutero:
“Ainda mais, por causa dos precedentes erros e de muitos outros contidos nos livros ou escritos e sermões de Martinho Lutero, nós do mesmo modo condenamos, reprovamos e rejeitamos completamente os livros e todos os escritos e sermões do citado Martinho, seja em Latim seja em qualquer outra língua, que contenham os referidos erros ou qualquer um deles; e desejamos que sejam considerados totalmente condenados, reprovados e rejeitados. Proibimos a todos e a qualquer um dos fiéis de ambos os sexos, em nome da santa obediência e sob as penas acima em que incorrerão automaticamente, de ler, sustentar, pregar, louvar, imprimir, publicar ou defendê-los”.(3)
Lutero queimando a bula do papal

Furor contra o Papado
Em seu estilo arrogante e vulgar, a resposta do heresiarca foi o panfleto de 4 novembro desse mesmo ano, Contra a Execrável Bula do Anticristo, no qual proclamava:
“Tu, então, Leão X, e vós cardeais e o resto de vós em Roma, eu vos digo em vossa face [...] a renunciar à vossa blasfêmia diabólica e impiedade audaciosa, e, se não mudardes, teremos vosso lugar como possuído e oprimido por Satanás e como o maldito assento do Anticristo.”
O furor de Lutero contra o Papado levou-o a incorrer sempre mais na vulgaridade, chegando a usar termos e a encomendar e promover gravuras inimagináveis [um exemplo ao lado].
Com um pedido de desculpas ao leitor, transcrevemos aqui uma amostra. Trata-se da apreciação feita por um historiador protestante do libelo de Lutero Contra o Papado em Roma, fundado pelo diabo,publicado na revista Concordia Theological Quarterly da Igreja Luterana do Sínodo de Missouri:
“Lutero superou até mesmo a violência e a vulgaridade da Contra Hanswurst [na qual atacava o duque católico Henrique de Brunswick] em seu libelo de 1545 intitulado Contra o Papado em Roma, fundado pelo diabo. Na esteira desses tratados, publicou uma série de xilogravuras escatológicas e violentas que, de um modo gráfico, sugeria como os bons cristãos deviam tratar o Papado. Nesses e em outros tratados, Lutero bestializava seus oponentes, com maior frequência comparando-os com suínos ou burros, ou chamando-os de mentirosos, assassinos, e hipócritas. Eles eram todos os asseclas do demônio. [...] [chamou o Papa Paulo III, 1534-1549] ‘Sua Sodomita Infernal’ Papa Paula III, e utilizou palavras como excremento por toda parte com toda naturalidade. Nas xilogravuras por Lucas Cranach, que Lutero encomendou no final de sua vida, a Igreja papista era apresentada como saindo de uma enorme diaba, e sugeria, mais uma vez, que o Papa, os cardeais e bispos deviam ser pendurados na forca com suas línguas de fora”.(4)
O mesmo artigo informa:
“Quando perguntado por que havia publicado as caricaturas, Lutero respondeu ter percebido que não tinha muito tempo de vida e que ainda tinha muito a ser revelado sobre o Papado e seu reino. Por esta razão, ele havia publicado as figuras, cada uma valendo por um livro, do que deveria ser escrito sobre o Papado. Era – afirmou ele – seu testamento”.(5)
Em 1529, Lutero proclamava:
“Sob o papismo nós estávamos possuídos por cem mil diabos”(6).
Uma das mais suaves críticas de Lutero ao Papa é este seu comentário nas Conversas à mesa:
“Anticristo é o papa e o Turco [o Grão-Turco] em conjunto; uma besta cheia de vida deve ter um corpo e uma alma; o espírito ou alma do anticristo é o papa, sua carne ou o corpo, o Turco. O segundo assalta e persegue a igreja de Deus corporalmente; o primeiro, espiritual e também corporalmente, com enforcamentos, fogueiras, assassinatos etc.”(7)
Doutrina da falsa misericórdia
Martin Lutero retratrado por Karl Bauer
A essência da doutrina de Lutero é a justificação somente pela fé. Mas a consequência dessa doutrina é um falso conceito da misericórdia de Deus. Analisando o livro do Cardeal Walter Kasper, Misericórdia: A Essência do Evangelho e a chave da vida cristã, Frei Serafino Lanzetta escreve:
“Historicamente, segundo julga Kasper, apoiado por O. H. Pesch, ‘a idéia de um Deus vingativo e castigador lançou muitos na angústia em relação à sua salvação eterna. O caso mais conhecido, e um prenúncio de graves consequências para a História, é o do jovem Martin Lutero, que foi durante muito tempo atormentado pela pergunta: ‘Como posso encontrar um Deus bondoso?’, até que ele reconheceu um dia que, no sentido da Bíblia, a justiça de Deus não é a sua justiça punitiva, mas a sua justiça justificadora e, portanto, sua Misericórdia’”.(8)
Essa doutrina está bem sintetizada na famosa carta de Lutero a Melanchthon em 1521:
“Se você é um pregador da misericórdia, não pregue uma misericórdia imaginária, mas a verdadeira. Se a misericórdia é verdadeira, você deve levar em conta um verdadeiro pecado, não um pecado imaginário. Deus não salva aqueles que são apenas pecadores imaginários. Seja um pecador, e peque fortemente, mas que sua confiança em Cristo seja mais forte, e alegre-se em Cristo, que é o vencedor do pecado, da morte e do mundo. [...] Basta que através da glória de Deus reconheçamos o Cordeiro que tira o
pecado do mundo. Nenhum pecado pode nos separar d’Ele, mesmo que matemos e cometamos adultério milhares de vezes por dia. Você acha que tal Cordeiro exaltado pagou apenas um pequeno preço com um magro sacrifício pelos nossos pecados? Reze forte porque você é um grande pecador. No dia da Festa de São Pedro Apóstolo, 1521”.(9)
Em outro lugar, escreveu Lutero:
“É conveniente que nós nos tornemos injustos e pecadores, a fim que Deus seja reconhecido justo em suas palavras”.(10)
Alguns escritores, mesmo católicos, procuram apresentar essas palavras de Lutero como meras hiperbóles, uma vez que ele também fala contra o pecado. No entanto, essa doutrina do pecca fortiter(peca fortemente)é a consequência da “iluminação” que ele recebeu na cloaca do convento, ou seja, de que é somente a fé, sem as obras — a “sola fide” — que salva.(11)
Já em 1516, portanto antes de sua revolta pública, Lutero escrevia ao seu confrade agostiniano George Spenlein:
“Sê um real pecador, porque Cristo habita apenas nos pecadores”.(12)
No seu panfleto A Igreja no Cativeiro da Babilônia, Lutero deixa claro que o único pecado pelo qual uma pessoa pode se perder é o da incredulidade. Crendo, uma pessoa, por maior pecador que seja, estará salva:
“Veja quão rico é, portanto, um cristão, aquele que é batizado! Mesmo que ele queira, ele não poderá se perder, por mais que peque, a menos que deixe de crer. Porque nenhum pecado pode condená-lo, fora a incredulidade. Todos os outros pecados, enquanto retorne ou permaneça a fé na promessa de Deus feita no batismo, todos os outros pecados, digo eu, são imediatamente apagados por essa mesma fé, ou melhor, através da verdade de Deus, porque Ele não pode negar a si mesmo”.(13)
Em um sermão de 1532, Lutero pregava:
“Tirando a incredulidade, não há mais pecados: todo o resto são bagatelas. Quando meu pequeno Joãozinho vai defecar em um canto, a gente ri e acabou-se. Fides facit ut stercus non feteat [A fé faz com que as fezes não cheirem]. Resumo dos resumos: a incredulidade é o único pecado em relação ao Filho [de Deus]”.(14)
Lutero: a Missa católica, pior que um prostíbulo
Lutero pregava em 1524:
“Sim, eu o digo, todos os prostíbulos, condenados, entretanto, severamente por Deus, todos os homicídios, mortes, roubos e adultérios, são menos prejudiciais do que a abominação da Missa papista”.(15)
No já citado panfleto O Cativeiro da Igreja na Babilônia, Lutero dizia que o padre “oferecendo a missa como um sacrifício [...] é o auge da perversidade!”.(16)
O Papa São Gregório Magno (540 – 604) celebra a Santa Missa tão odiada por Lutero

O Espirito de Verdade não induz ao erro
As citações poderiam continuar, mas os textos apresentados são suficientes para deixar claro que as doutrinas e a personalidade do heresiarca — cuja revolta arrastou nações inteiras para fora do único redil de Cristo — nada têm de comum com a Igreja Católica.
Não se entende então por que o atual Papa, ele mesmo um jesuíta, Ordem religiosa suscitada por Deus para combater o Protestantismo, empreenda uma viagem para comemorar o centenário de uma revolta contra a Igreja.
A missão dada a São Pedro foi a de alimentar as ovelhas de Cristo;(17) o encargo de confirmar os irmãos na fé;(18) ele recebeu as chaves do reino dos Céus(19) para conduzir as almas à bem-aventurança eterna.
O Concílio Vaticano I deixou claro que
“O Espírito Santo foi prometido aos sucessores de Pedro não para que eles possam, por sua revelação, dar a conhecer algumas novas doutrinas, mas que, pela sua assistência, possam guardar religiosamente e expor fielmente a revelação ou depósito da fé transmitida pelos apóstolos”.(20)
Com efeito, o Espírito Santo é um “Espírito de Verdade”(21) e não pode inspirar o erro, seja por meio de palavras, atos, gestos ou atitudes.
“Um sinistro supermercado de religiões”
Em situação semelhante, por ocasião do quinto centenário do nascimento do monge apóstata, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, que dedicou sua vida à defesa da Igreja e do Papado, escreveu estas palavras de advertência:
“Não compreendo como homens da Igreja contemporâneos, inclusive dos mais cultos, doutos ou ilustres, mitifiquem a figura de Lutero, o heresiarca, no empenho de favorecer uma aproximação ecumênica, de imediato com o protestantismo e indiretamente com todas as religiões, escolas filosóficas etc.
E concluiu:
“Não discernem eles o perigo que a todos nos espreita, no fim deste caminho, ou seja, a formação, em escala mundial, de um sinistro supermercado de religiões, filosofias e sistemas de todas as ordens, em que a verdade e o erro se apresentarão fracionados, misturados e postos em balbúrdia? Ausente do mundo só estaria — se até lá se pudesse chegar — a verdade total; isto é, a fé católica apostólica romana, sem nódoa nem jaça”.(22)
A Igreja vencerá mais esta crise
No seu luminoso ensaio Revolução e Contra-Revolução, o mesmo pensador católico escreveu estas palavras cheias de esperança sobre a Igreja:
“Alios ego vidi ventos; alias prospexi animo procellas, poderia ela dizer ufana e tranquila em meio às tormentas por que passa hoje. A Igreja já lutou em outras terras, com adversários oriundos de outras gentes, e por certo enfrentará ainda, até o fim dos tempos, problemas e inimigos bem diversos dos de hoje”(23).
Aproximando-se o centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima, peçamos a Ela que apresse o cumprimento da promessa feita nessa ocasião: “Por fim o meu Imaculado Coração triunfará”.

Notas:
 1.       http://www.news.va/en/news/joint-ecumenical-commemoration-of-the-reformation (Salvo indicação em contrário, todas as ênfases nos textos aqui citados são do autor deste artigo).
2.       O historiador Pe. Ricardo Garcia-Villoslada, S.J., em seu livro sobre Lutero, apresenta argumentos e documentação muito convincentes de que este ato não se deu. Nem Lutero o menciona em seus escritos, nem tal fato é registrado por cronistas contemporâneos. Foi somente depois de sua morte que Melanchthon, que não estava em Wittenberg nessa época, mencionou o suposto ato. Caso ele tivesse ocorrido, posto que era véspera de Todos os Santos, uma festa muito concorrida na igreja do Castelo de Wittenberg, teria chamado muito a atenção e seria referido nas crônicas. (Ricardo García-Villoslada, Lutero El Frayle Hambriento de Dios, BAC, Madrid, 1973, v. 1, pp.334-338). Mas o que importa é que, real ou não, esse fato ficou como símbolo da revolta luterana
3.       Leão X, EXSURGE DOMINE, 15.06.1520, Tradução: José Fernandes Vidal, at http://agnusdei.50webs.com/exsdom1.htm, acessado em 2/2/16
4.       Mark U. Edwards, Jr., Luther’s Last Battles, CONCORDIA THEOLOGICAL QUARTERLY, Volume 48, Numbers 2 & 3 APRIL-JULY 1984, pp. 126-127 (emphasis original), http://www.ctsfw.net/media/pdfs/edwardslutherslastbattles.pdf, acessado em 29/1/16.
5.       Idem, p. 133.
6.       Werke, t. XXVIII, p. 452, 11, apud J. Paquier, Luther, Dictionnaire de Théologie Catholique, v. IX, premire partie, col.1170.
7.       THE TABLE-TALK OF MARTIN LUTHER ,TRANSLATED BY WILLIAM HAZLITT, Esq.
8.       Philadelphia: The Lutheran Publication Society. 1997, at http://reformed.org/master/index.html?mainframe=/documents/Table_talk/table_talk.html, (acessado 27/1/16).
 Fr Serafino M. Lanzetta, Kasper’s Perplexing Notion of “Mercy” Is Not What Church Has Always Taught – an extensive book review, and its implications for Marriage, at http://rorate-caeli.blogspot.com/2014/09/kaspers-perplexing-notion-of-mercy-is.html, acessado 1/2/126.
9.       Let Your Sins Be Strong: A Letter From Luther to Melanchthon, Letter no. 99, 1 August 1521, From the Wartburg (Segment) Translated by Erika Bullmann Flores from: _Dr. Martin Luther’s Saemmtliche Schriften Dr, Johannes Georg Walch, Ed. (St. Louis: Concordia Publishing House, N.D.), Vol. 15,cols. 2585-2590. http://www.iclnet.org/pub/resources/text/wittenberg/luther/letsinsbe.txt(acessado 27/1//16).
10.   Werke, t. IV, p. 343, 22, apud J. Paquier, Luther, Dictionnaire de Théologie Catholique, v. IX, premire partie, col. 1212.
11.   Em 1532 Lutero fazia a seus convivas a seguinte confidência, recolhida nas Conversas à mesa: “O Espírito Santo me deu essa intuição nesta cloaca” (T.R., t. II, n. 1681, t. III, n. 3232ª, in Paquier, col. 1207).
12.   Enders, Luthers Briefwechsel, I, p. 29, in Hartmann Grisar, S.J., Martim Luther his Life and Work, The Newman Press, Wstminster, Maryland, 1960, p. 68.
13.   Martin Luther, The Babylonian Captivity of the Church – A prelude 1520, 3.8, at http://www.lutherdansk.dk/Web-babylonian%20Captivitate/Martin%20Luther.htm (acessado281//16).
14.   Werke, t. XXXVI, p. 183, 7, in Paquier, col. 1249.
15.   Werke, t. XV, p. 774, 18, apud J. Paquier, col. 1170.
16.   The Babylonian Captivity of the Church, n.7.11, http://www.lutherdansk.dk/Web-babylonian%20Captivitate/Martin%20Luther.htm.
17.   São João 21:15-17.
18.   São Lucas 22:32.
19.   São Mateus 16:19.
20.   Denzinger 1836.
21.   São João 14:21.
22.   Lutero pensa que é divino!, 10 de janeiro de 1984 , Folha de S. Paulo, at http://www.pliniocorreadeoliveira.info/FSP_84-01-10_Lutero_pensa.htm#.VrE9ilkwCZM, acessado 2-2-16.
23.   Revolução e Contra-Revolução, II, 12, at http://www.pliniocorreadeoliveira.info/RCR.pdf. acessado 3-2-16.

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