Festa
transferida do dia 19 de março
São José com o menino Jesus de Guido Reni
“Lembrai-vos de nós, o beatíssimo São José, e intercede junto a seu
filho adotivo com sua poderosa intercessão; e faze-nos também propícia a
beatíssima Virgem tua esposa.” - São Bernardino de Siena
Duplo de I classe –
param. brancos
O
culto de São José foi introduzido muito tarde, sendo necessário que fossem
antes bem definidos a divindade do redentor e a Maternidade de Maria. Os
primeiros sinais desse culto encontram-se em alguns calendários coptas do
Séculos VII-IX. No Ocidente, embora o Santo patriarca tendo sido alvo de louvores
por parte dos Santos Padres, seu culto aparece apenas no Século XI. No Século seguinte,
os Cruzados edificaram uma basílica no lugar onde a tradição indicava ter sido
a casa e oficina do Carpinteiro.
Igreja de São José, também é chamado “da Nutrição”
|
Seu
culto alcançou grande desenvolvimento em 1400, especialmente por obra de João
Gerson, de São Bernardino de Sena, dos Franciscanos e dos Carmelitas. Sua festa
foi inserida no Missal por Sixto IV¹. Com rito simples, e fixada para o dia 19
de março, talvez para contrastar com a festa da deusa Minerva, a grande festa
dos profissionais. Gregório XV² tornou-a de preceito e Clemente X³ elevou-a a
rito duplo de II classe. A 8 de dezembro de 1870, Pio IX4 declarou
São José Patrono da Igreja Universal. Não há hoje igreja em que não se encontre
um altar ou quadro ao menos, em sua honra5.
São
José filho de Jacó, era descendente dos reis de Judá e da estirpe de Davi. Segundo
a lenda6, desposou Maria Santíssima depois do milagroso
florescimento de seu bastão (Al.). Teve
de viver dias amargos, causados pela inesperada Maternidade da Esposa, mas um
Anjo veio-lhe em auxílio, revelando-lhe o mistério da Encarnação, realizada por
obra do Espírito Santo (Ev.). Salvou
o Menino Jesus das mãos de Herodes e cuidou dele no Egito e depois em Nazaré, onde,
com suas fadigas, provia às necessidades Sagrada Família. Morreu entre os
braços de Jesus e de Maria.
O
Senhor amou com predileção a São José (Lição),
cobrindo-o de benções e colocando-lhe na cabeça uma brilhante coroa de três
fulgidíssimas estrelas: Jesus, Maria e a Igreja (Gr.). Sua eminente santidade é comparada à palma que floresce de
modo delicado e suave, e ao cedro, que cresce robusto e altaneiro acima de
todas as plantas (Intr.).
São
José preparou-se para a oferta suprema de sua existência com uma vida de pobreza,
de sacrifícios, de escondimento, de trabalho, de oração, de recolhimento e de
união íntima e perene com Jesus e Maria. Também nós, se quisermos chegar ao
céu, devemos percorrer o mesmo caminho e procurar guardar sempre em nós “o
Filho de Deus e de Maria”, que na Comunhão se entrega totalmente a nós.
Missal Romano Cotidiano Latim-Português – Edições Paulinas –
1959
A morte de São José representada num vitral inferior na Igreja de São Austremônio de Clermont em Issoire. |
¹ - Sixto IV (1471-1484)
² - Gregório XV – (1621-1623)
³ - Clemente X (1670-1676)
4- Pio IX (1846-1878)
5- Estamos falando de
antes do CVII, o Missal do qual retiramos o texto é da edição de 1959.
6- 1. José separou seu
bastão e se reuniu aos demais [viúvos]. Então cada um pegou seu bastão e foram
procurar o sumo sacerdote. Este pegou todos os bastões e, adentrando ao Templo,
pôs-se a orar. Ao concluir as orações, pegou os bastões e devolveu-os aos seus
respectivos donos, mas em nenhum deles manifestou sinal algum. Contudo, quando
José pegou o último bastão, uma pomba saiu dele e pôs-se a sobrevoar-lhe a
cabeça. Então o sacerdote disse: "A ti caberá receber sob teu teto a
Virgem do Senhor". - Proto-Evangelho de Tiago
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