“Claramente
os homens têm um direito igual ao das mulheres de evitar palavras ou ações
provocativas e evitar qualquer tipo de vestuário que possa mostrar a sua pessoa
ou seu corpo, levando à vaidade”
Por Pe. Peter Scott
(Traduzido por Andrea Patricia)
A modéstia é uma
virtude moral, e uma parte da virtude da temperança, pelo qual uma pessoa traz
moderação para suas ações externas e para dentro (na medida em que pode ser
refletida por certos sinais exteriores), a fim de mantê-las sob o controle da
razão correta (Summa Theologica, IIa IIae Q.160, a.2). São Tomás de Aquino
enumeraquatro tipos de modéstia em matéria comum, que são obrigatórias para
todos:
* A primeira é o
movimento da mente em direção a alguma excelência, e este é moderado pela
humildade.
* A segunda é o
desejo de coisas relativas ao conhecimento, e esta é moderada pelo estudo
cauteloso que se opõe à curiosidade.
* A terceira
refere-se a movimentos corporais e ações (incluindo palavras), que se requer
que sejam feitas de forma conveniente e honestamente, se agirmos a sério ou
numa brincadeira [em jogos].
* A quarta se refere
aparência exterior, por exemplo, vestir e coisas do gênero. (Ibid.)
Se todos os quatro
aspectos da modéstia são igualmente importantes, não resta nenhuma dúvida de
que os dois últimos, que não têm nome especial, são mais comumente entendidos
pelo termo modéstia. Além disso, é mais especialmente o último que é referido
por modéstia, por causa da desordem da natureza humana caída, que é mais
facilmente derrotada pela atração desordenada para o mais baixo tipo de
imodéstia.
Claramente os homens
têm um direito igual ao das mulheres de evitar palavras ou ações provocativas e
evitar qualquer tipo de vestuário que possa mostrar a sua pessoa ou seu corpo,
levando à vaidade. Como as mulheres, eles são proibidos, portanto, de mostrar
seus corpos em público de uma forma indecorosa, ou de uma forma que pode
produzir uma atração desordenada no sexo oposto. Os homens devem sempre vestir
uma camisa para praticar exercícios, e shorts* não devem ser usados em público,
mas só serão utilizados para o esporte, e não devem ser muito curtos ou muito
apertados.Da mesma forma, os homens devem vestir-se modestamente para a Missa
de Domingo, com camisa, gravata, blazer, calça, tudo isso que simboliza um
senso de responsabilidade do homem, conduzindo sua família para a
auto-disciplina ordenada do vestuário modesto, e cumprindo com o seu dever na
verdadeira adoração a Deus.
No entanto, existem
duas diferenças importantes na aplicação destes princípios aos homens, em
comparação com as mulheres, e que são a razão pela qual os documentos da Igreja
sobre o assunto referem-se a modéstia em mulheres. A primeira é que a natureza
de uma mulher faz dela muito mais propensa à tentação da vaidade, para mostrar
o seu corpo, e a natureza de um homem faz dele muito mais tentado por ver isto.
Conseqüentemente, as infrações mais graves e mais perigosas contra o pudor,
entendido em seu quarto e mais restrito sentido, ou seja, contra a pureza, são
feitas por mulheres.
É por esta razão que
a Igreja tem sido muito mais inflexível sobre o vestuário da mulher, como na
seguinte citação de um decreto da Sagrada Congregação do Concílio de 18 de
janeiro de 1930:
Sua Santidade, Pio
XI, nunca deixou de inculcar na palavra e na escrita o preceito de São Paulo (I
Tim 2, 5-10) “As mulheres também em vestuário decente; adornem-se com modéstia
e sobriedade”, "como mulheres que fazem profissão de piedade com boas
obras.”
E em muitas
ocasiões, o mesmo Sumo Pontífice reprovou e condenou vigorosamente a imodéstia
no vestir que hoje está em voga em todos os lugares, até mesmo entre as
mulheres e meninas que são católicas, uma prática que fere gravemente a virtude
suprema e a glória das mulheres e, além disso infelizmente leva não apenas a
sua desvantagem temporal, mas, o que é pior, a sua ruína eterna e a de outras
almas.
Não é de admirar,
então, que os Bispos e outros Ordinários dos lugares, quando tornam-se
ministros de Cristo, têm em sua diocese respectivas resistido por unanimidade
em todos os sentidos a estas maneiras licenciosas e desavergonhadas e com isso
têm alegremente e corajosamente suportado o escárnio e o ridículo, por vezes,
dirigidos a eles pelos mal dispostos…
Há uma segunda razão
pela qual a modéstia no vestir é especialmente aplicável às mulheres acima dos
homens. É que há uma forma especial de imodéstia que é característica de nossos
tempos modernos, e é a imodéstia das mulheres vestindo roupas masculinas,
principalmente calças e shorts. Isso prejudica a percepção psicológica que uma
mulher tem de si mesma e de sua diferença do homem, que por sua vez a
desfeminiza, corrói a relação natural entre homens e mulheres, remove a defesa
da excessiva familiaridade, e, eventualmente, degrada as relações entre homens
e mulheres para o nível da sensualidade. É esta forma de imodéstia que é, em
última análise, de longe, a mais destrutiva das relações humanas e da virtude
da pureza.
Se, portanto, há
certamente um padrão de modéstia para os homens, deve sempre ser lembrado que a
batalha pela modéstia das mulheres é tanto mais crucial quanto mais difícil de
vencer.
Homens de verdade,
no entanto, ensinam e lideram pelo exemplo. Se eles têm dificuldade ao insistir
na modéstia de suas esposas ou filhas, eles vão se lembrar de praticar com
muita precisão todos os quatro tipos de modéstia mencionadas acima, e as suas
admoestações darão frutos.
Fonte: Blog Segredo do Rosário
Antes de tudo, deve procurar-se que as ALMAS SE SANTIFIQUEM, QUE AMEM SOBRENATURALMENTE A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO PRÓXIMO POR AMOR DE DEUS. É extremamente hipócrita colocar a virtude no fato e gravata.É certo que na Verdade Moral nem toda a forma pode qualificar qualquer matéria.Verifica-se uma proporção trascendental entre a santidade da intenção e a operação em que ela incarna. Mas tal proporção é substancial, e não material. Seguindo o raciocínio,não Tomista,do autor deste artigo,fàcilmente desaguaríamos nos patológicos usos muçulmanos de cobrir as mulheres integralmente. Mas os muçulmanos assim procedem porque são uma raça de tarados sexuais. Eles, tal como infelizmente muitos católicos, ignoram totalmente que o extremo formal de uma virtude quase nunca coincide com a seu extremo de expressão material.
ResponderExcluirAlberto Carlos Rosa Ferreira das Neves Cabral - Lisboa