"E o que é a tese democratista de que o poder emana do povo, senão um culto prestado a esse mesmo povo?"
A idéia de que o poder emana do povo é uma
estultice, pois os acontecimentos da história humana são primeiramente guiados
por forças que estão além das forças humanas. A história é regida em última
instância por Deus, obviamente, mas nela também se desenrola um combate
espiritual entre o bem e o mal, entre as forças das trevas e as forças da luz.
Logo, as principais causas que regem a história são de origem espiritual: a
Providência (que em tudo manda) e o demônio que busca frustrar os planos de
Deus e, embora nunca se sobreponha à Providência e nada possa fazer que não
seja permitido por ela, pode, no entanto, agir e de fato age na história.
As decisões humanas também interferem na história,
mas de modo secundário. Postular que o todo o poder emana do povo é um erro
filosófico e um grande truque do demônio para tentar usurpar o poder de Deus.
Uma sociedade que se entrega a essa mistificação entrega-se ao poder diabólico,
pois deixar de cultuar a Deus para cultuar a si mesmo equivale a cultuar o
inimigo de nossas almas. E o que é a tese democratista de que o poder emana do
povo, senão um culto prestado a esse mesmo povo? Trata-se de um culto ao homem,
do homem antropo-excêntrico como dizia Gustavo Corção.
A Constituição Federal estabelece que: “Todo
poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta constituição”, pelos frutos que vemos da
sociedade estabelecida nesse erro, podemos vislumbrar quem são seus reais
representantes. Não são certamente aqueles eleitos pelo voto, pois esses são secundários;
são, de fato, aqueles que foram precipitados no inferno por ordem do
Todo-Poderoso. Exercem mandato por tempo indeterminado, até que se reordene a
sociedade ao Reinado Social de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Pobre sociedade! Querendo eleger a si mesma para
guiar-se acaba caindo nas garras do maligno. Pobre homem, que querendo ser
senhor de si mesmo, elege para si, como real senhor, o pior dos tiranos! Essa é
a natureza das coisas. A autonomia das criaturas é limitada: no caso do homem,
ele pode sim entregar-se a Deus, ele pode entregar-se ao demônio, mas não pode
entregar-se a si mesmo; e quando procura a si mesmo entregar-se, sabemos a quem
se entrega, com efeito o enganador disse: “Mas Deus bem sabe que, no dia em que
dele comerdes, vossos olhos se abrirão, e sereis como deuses, conhecedores do
bem e do mal”; mas o Redentor disse: “Até o cabelo de vossas cabeças estão
todos contados”. Cristo prega a dependência que nos conduz à verdadeira
liberdade; o demônio prega a falsa liberdade que conduz à opressão do inferno.
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