“Quem nos livrará dessa
farsa descomunal? Quem nos defenderá de nossa própria ignomínia?”
Welder Ayala
Estive pensando, nesses dias, como é
triste e ao mesmo tempo absurdo ser obrigado a debater e provar certas coisas.
Já me vi em muitas discussões tentando provar a existência da dicotomia “bem e
mal”, diante de interlocutores sutis que negavam a existência dessa dicotomia;
quantas vezes disputei a existência da verdade diante de oponentes
intransigentes? E dessa forma despendi longo tempo tentando provar que dois
mais dois é quatro, diante de pessoas que não mais são capazes de enxergar o
que é evidente.
Essa tendência da filosofia
contemporânea gera os frutos mais pérfidos concebíveis, espalha-se e passa a
ser parâmetro mental para julgar coisas de interesse público e que dizem
respeito à integridade do homem. Vejam a questão do aborto: as pessoas que
ainda possuem o mínimo de bom senso são obrigadas a reunir provas de que
um zigoto é uma vida, porque os debatedores e argumentadores do século acham
que isso é uma questão a ser debatida, porque eles impuseram que é
necessário debater essa questão tão evidente. Não! A existência de vida
num zigoto não é algo a ser discutido, dementes! É evidente! Assim como eu não
admito que debatam se eu existo, pois desse debate podem concluir que eu não
existo e então resolvam me matar! É o que acontece no aborto. O valor
da vida humana não pode ser posto em xeque num debate como se faz com uma
questão de economia, esse valor é inalienável, intocável e ninguém, por mais
ares de intelectual e de bonzinho que se dê, tem o direito de ousar diminuir
esse valor através de debates. Pois existem debates que por sua própria
natureza são ilegítimos.
Somos obrigados a apelar para a
ciência para resolver um problema que só existe porque foi levantado por
dementes, e nós, outros dementes, aceitamos a discussão. Não preciso da ciência
para provar que amo minha mãe, para provar que o bem existe, assim como não
preciso de seu aval infame para provar que um zigoto com um dia, uma
hora, um minuto já é um ser humano, porque eu que vos escrevo já fui um
zigoto de um dia, e vós que me leem também. Não preciso de um aval imoral da
ciência para provar que minha filha era um ser humano quando tinha uma hora, um
segundo no ventre de minha esposa.
Estamos a ponto de cogitar um
plebiscito para descriminalizar ou não o aborto, obviamente os abortistas
perderiam feio, no entanto a própria existência do plebiscito não se justifica,
pois não se faz plebiscito para algo claramente criminoso.
Enquanto isso, todo e qualquer juízo
moral ou filosófico contra o homossexualismo é combatido
"heroicamente". Nesse caso eles defendem que não deve haver debate,
deve haver pura e simples aceitação incondicional.
A energia de alguns heróicos
religiosos estão sendo direcionados para esclarecer, provar, demonstrar e
sensibilizar para uma questão de bê-a-bá moral. Dois milênios de cristianismo e
a Santa Igreja de Jesus Cristo se vê em luta encarniçada contra o paganismo
mais abjeto. A maldade no mundo é impressionante, mais impressionante é a
demência.
Quem nos livrará dessa farsa
descomunal? Quem nos defenderá de nossa própria ignomínia?
Alguns setores do movimento
comunista, enquanto mentores dessa abjeção, provam o quanto estão fadados ao
fracasso! Podem tomar o poder e continuarão sendo um fracasso! Podem
desapropriar a sociedade e continuarão sendo um fracasso! Podem concretizar
todos seus planos macabros e continuarão sendo um fracasso! Porque a essência
do mal é o fracasso, a essência de seus desígnios é a derrota mais flagrante,
não pode ser vitorioso aquilo que é por natureza destinado a sucumbir. Façam o
que fizerem, não farão o bem tornar-se mal, nem a mentira tornar-se verdade. E
como esse movimento não pode ser vitorioso, visa unicamente à derrocada da
sociedade, visa destruí-la e tornar derrotados todos os homens, por isso apela
tanto para o ódio, discórdia, inveja, desunião, promiscuidade, etc. O sinal
mais visível de sua essência decaída é a luta covarde encampada contra a
inocência, da qual o nascituro é o maior símbolo. A contraposição dessa torpeza
é a cruz de Cristo; o filho triunfante de Deus, que nos mostrou a face do
Pai, que trouxe a libertação do pecado. Em sua mansidão e humildade não usou da
violência, nem de estratégias, nem de artimanhas; sua arma é a verdade e a
santidade. Sua morte na cruz e sua ressurreição é a vitória e a herança do
verdadeiro cristão, que zomba dos exércitos ruidosos dos homens cujo prêmio é
esta vida. Além do mais, quem com ferro fere, com ferro será ferido: “o inimigo
afia sua espada, retesa o arco e aponta, mas é para si que faz armas de morte e
fabrica suas flechas flamejantes. Ei-lo gerando a iniqüidade: concebe a maldade
e dá à luz à mentira. Ele cava e aprofunda um buraco, mas cai na cova que fez.
Sua maldade se volta contra ele, sobre o crânio lhe cai a própria violência.”
Que os cristãos unam-se à Igreja,
boicotem as novelas, façam penitência. Que os soldados de cristo salvem o
Brasil da infâmia e do crime. Que as vozes dos servos de Deus se levantem
contra essa excrescência que clama ao mais alto dos céus.
A vós, comunistas bem intencionados,
que desejam o bem da humanidade, levem a mão à consciência e ponderem se é
realmente justo e necessário defender a descriminalização do aborto e abrir a
porta para o massacre herodiano de milhões de vidas. Ponderem se isso é
realmente heróico e emancipatório. Que percebam quanta contradição há
entre a suposta defesa do proletário contra a exploração e
avanço contra o nascituro indefeso. Saibam que um bebê no ventre de sua
mãe é muito mais indefeso que um trabalhador, e tão importante quanto. Se
desejam o bem da humanidade, saiam dessa demência e abandonem os partidos que
apóiam essa causa sinistra. E doravante possa Deus vos converter totalmente à
única e verdadeira doutrina, aquela revelada por Deus ao mundo através da
Igreja Católica, a Igreja de Deus, a única verdadeira.
Viva o nascituro!
Fonte: http://intelectualidadecrista.blogspot.com.br/2011/10/demencia-de-nossos-dias.html
Fiz m/parte, repassei...
ResponderExcluirMas porque não se preocupa o signatário com o aborto clandestino? Um milhão todos os anos só no Brasil. É nisto que se vê a hipocrisia dos pró vida. Só lhes interessa a aparência legal, pois que a lei nem é aplicada. Isto porque a aparência legal é ela mesma hipócrita num país pagão até à medula, aliás como Portugal. Todos sabemos que os políticos que falam contra o aborto, se tiverem um pequeno problema, resolvem-no de imediato com toda a impunidade e toda a hipocrisia, já que as classes superiores nunca necessitaram de qualquer tipo de legalização do aborto, POIS QUE O PODER ECONÔMICO E A POSIÇÃO SOCIAL FAZEM A LEI.
ResponderExcluirAlberto Carlos Rosa Ferreira das Neves Cabral - Lisboa