04/12/2017

Santa Bárbara, virgem e mártir

Santa Bárbara - Vieira Lusitana, séc XVIII
“Ficai sempre ao meu lado para que possa enfrentar de fronte erguida e rosto sereno todas as tempestades e batalhas de minha vida, para que, vencedor de todas as lutas, com a consciência do dever cumprido, possa agradecer a Deus, criador do céu e da terra”

Segundo a tradição, Santa Bárbara, nasceu em Nicomédia, atual Izmit na Turquia, por volta do ano 280, martirizada em 305 ou 306, era filha única de Dióscoro e Ineria, ele rico e nobre, funcionário do Império Romano.
Seu pai temendo pela integridade de sua bela filha e para protegê-la da ímpia sociedade a trancou em uma torre.
Recebendo visitas apenas de algumas pessoas que a ensinavam as letras, artes, cultura, história e a crendice pagã, a jovem Bárbara tinha do mundo a visão de uma mata a qual ficava aos fundos da propriedade de seu pai.
Aos dezessete anos foi permitida que ela saísse do clausulo e recebesse visitas, não permitindo, porém que ela fosse a cidade.
A beleza e a riqueza de Santa Bárbara atraíram muitos pretendentes os quais eram todos repudiados pela santa.
O pai imaginando que a repulsa poderia ser o tempo passado na torre, decidiu deixa-la conhecer a cidade, afinal era obrigação dele de providenciar um casamento para a sua filha.
Santa Bárbara ao frequentar a cidade teve contato com os cristãos os quais reportaram a ela os ensinamentos e a vida de Jesus Cristo, os mistérios da Santíssima Trindade e a Sabedoria Divina, obtendo as respostas de seus questionamentos sobre a criação do mundo por Deus.
Convertida ao cristianismo foi batizada por um Padre vindo de Alexandria, passando a ser uma fervorosa e virtuosa cristã, encontrando na religião fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo o sentido da vida.
Seu rico pai, Dióscoro, resolveu construir um luxuoso quarto de banho para sua filha com duas janelas. Santa Bárbara, aproveitando da ausência de seu pai, ordenou que fosse colocada uma terceira janela e sobre a porta de entrada uma cruz esculpida pela própria jovem.
Ao visitar a obra, Dióscoro notou as mudanças, sendo informado que sua filha tinha mandado fazer. Ao questioná-la, Santa Bárbara relatou que tinha convertido a Jesus Cristo, fora batizada e as três janelas representava a Santíssima Trindade.
Tomado de ira, Dióscoro, tomando uma espada tentou matar a santa, que fugiu, chegando a uma colina que abriu-se escondendo Bárbara em seu interior.
Na busca pela filha, Dióscoro, foi informado que ela estava em uma caverna, encontrando-a, a espancou terrivelmente, impôs um jejum, tudo para abdicasse de sua fé, o que não ocorreu. Então, como um reto cidadão romano e vendo que não conseguia convencer a sua filha, a denunciou ao prefeito Martiniano o qual determinou a sua prisão e aplicou inúmeras torturas, chicoteando-a, espancando de várias modos e salgando suas feridas, tudo para que renunciasse a Cristo e adorasse os ídolos.
Santa Bárbara manteve irredutível, não cedeu aos intentos dos algozes, rezou a Jesus que em uma noite apareceu a ela e curou suas feridas.
Tomado de mais ira, tanto o pai quanto o prefeito, infligiram ainda mais sofrimento a Santa Bárbara, a conduzindo pelas ruas da cidade, sobre agressões de toda sorte, onde a população, em deleite de fúria gritavam contra a santa, que por fim teve os seis arrancados, mesmo assim manteve a sua fé.
Tomada de compaixão por Bárbara, uma jovem por nome de Juliana começou a denunciar os carrascos em voz alta, sendo também aprisionada e flagelada e por fim ambas condenadas à morte por decapitação.
Levadas as duas mártires para fora dos limites da cidade, foram degoladas, Santa Bárbara pelo próprio pai.
Enquanto a cabeça da santa rolava pelo chão um trovão sou aos céus e um raio caiu sobre seu ímpio pai matando-o instantaneamente.
Suas relíquias estão dispostas por várias localidades, Veneza, Sevilla, Pamplona, Kiev, Roma e outras.
Reliquia de Santa Bárbara
Retirada do "novo" calendário romano de Paulo VI, na década de 1960, como também Santa Catarina, São Simão de Trento e outros, por serem considerados de duvidosas existência histórica, muitos renomados especialistas atestam a veracidade de sua existência através da antiguidade de seu culto e de suas relíquias, é celebrada e mantida, assim como os demais, no calendário Romano tradicional.
Santa Bárbara é a protetora contra relâmpagos e tempestades, padroeira dos artilheiros, dos mineiros e de todos que lidam com fogo, incluindo o corpo de bombeiros, é uma dos catorze santos auxiliares.

É festejada em 04 de dezembro.
Fontes
Missal Romano Quotidiano, Latim/Português - Edições Paulinas 1959
Martirológio Romano - Editora Permanência 2014

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