“O justo florescerá como a palma e crescerá como o cedro
do Líbano, porque está plantado na casa do Senhor, nos átrios do santuário de
nosso Deus.”
Duplo de I classe – param. brancos
O culto de São José
foi introduzido muito tarde, sendo necessário que fossem antes bem definidos a
divindade do redentor e a Maternidade de Maria. Os primeiros sinais desse culto
encontram-se em alguns calendários coptas do Séculos VII-IX. No Ocidente, embora
o Santo patriarca tendo sido alvo de louvores por parte dos Santos Padres, seu
culto aparece apenas no Século XI. No Século seguinte, os Cruzados edificaram
uma basílica no lugar onde a tradição indicava ter sido a casa e oficina do
Carpinteiro.
Seu culto alcançou
grande desenvolvimento em 1400, especialmente por obra de João Gerson, de São
Bernardino de Sena, dos Franciscanos e dos Carmelitas. Sua festa foi inserida
no Missal por Sixto IV. Com rito simples, e fixada para o dia 19 de março,
talvez para contrastar com a festa da deusa Minerva, a grande festa dos
profissionais. Gregório XV tornou-a de preceito e Clemente X elevou-a a rito
duplo de II classe. A 8 de dezembro de 1870, Pio IX declarou São José
Patrono da Igreja Universal. Não há hoje igreja em que não se encontre um altar
ou quadro ao menos, em sua honra.
São José filho de
Jacó, era descendente dos reis de Judá e da estirpe de Davi. Segundo a lenda1,
desposou Maria Santíssima depois do milagroso florescimento de seu bastão (Al.). Teve
de viver dias amargos, causados pela inesperada Maternidade da Esposa, mas um
Anjo veio-lhe em auxílio, revelando-lhe o mistério da Encarnação, realizada por
obra do Espírito Santo (Ev.). Salvou o Menino Jesus das mãos de Herodes
e cuidou dele no Egito e depois em Nazaré, onde, com suas fadigas, provia às
necessidades Sagrada Família. Morreu entre os braços de Jesus e de Maria.
O Senhor amou com
predileção a São José (Lição), cobrindo-o de benções e colocando-lhe na
cabeça uma brilhante coroa de três fulgidíssimas estrelas: Jesus, Maria e a
Igreja (Gr.). Sua eminente santidade é comparada à palma que floresce de
modo delicado e suave, e ao cedro, que cresce robusto e altaneiro acima de
todas as plantas (Intr.).
São José preparou-se
para a oferta suprema de sua existência com uma vida de pobreza, de
sacrifícios, de escondimento, de trabalho, de oração, de recolhimento e de
união íntima e perene com Jesus e Maria. Também nós, se quisermos chegar ao
céu, devemos percorrer o mesmo caminho e procurar guardar sempre em nós “o
Filho de Deus e de Maria”, que na Comunhão se entrega totalmente a nós.
Missal Romano Cotidiano Latim-Português – Edições
Paulinas – 1959
1. José separou seu bastão e se reuniu aos demais
[viúvos]. Então cada um pegou seu bastão e foram procurar o sumo sacerdote.
Este pegou todos os bastões e, adentrando ao Templo, pôs-se a orar. Ao concluir
as orações, pegou os bastões e devolveu-os aos seus respectivos donos, mas em
nenhum deles manifestou sinal algum. Contudo, quando José pegou o último bastão,
uma pomba saiu dele e pôs-se a sobrevoar-lhe a cabeça. Então o sacerdote disse:
"A ti caberá receber sob teu teto a Virgem do Senhor". - Proto-Evangelho
de Tiago
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