“A ordem temporal é uma criatura de Deus, devendo dar mais glória ao Criador do que a lua e as estrelas. Por certo, pertencem à Igreja os meios próprios para promover a salvação das almas, mas a sociedade e o Estado possuem meios instrumentais para alcançar o mesmo fim”.
Julgamos útil analisar alguns aspectos de uma das teses fundamentais da doutrina católica quanto ao problema das relações entre [a ordem] espiritual e a temporal, que é a “ministerialidade” (*) desta última em relação àquela. (*) Nota da Redação: Minister, em latim, significa servo, servidor; ministerialidade significa pois aquele que serve; ou seja, a ordem temporal deve servir a desígnios de Deus e da verdadeira Igreja, a Igreja Católica, Apostólica, Romana, pois, esses desígjnios são mais altos do que a ordem temporal, que já se inserem na ordem sobrenatural. Em outros termos, a sociedade e o Estado devem ser, a seu modo, instrumentos de santificação das pessoas, ajudando-as a atingir seu fim último que é alcançar o Céu.