Seja por sempre e em todas partes conhecido, adorado, bendito, amado, servido e glorificado o diviníssimo Coração de Jesus e o Imaculado Coração de Maria.
Pax Domini sit semper tecum
Item 4º do Juramento Anti-modernista São PIO X: "Eu sinceramente mantenho que a Doutrina da Fé nos foi trazida desde os Apóstolos pelos Padres ortodoxos com exatamente o mesmo significado e sempre com o mesmo propósito. Assim sendo, eu rejeito inteiramente a falsa representação herética de que os dogmas evoluem e se modificam de um significado para outro diferente do que a Igreja antes manteve. Condeno também todo erro segundo o qual, no lugar do divino Depósito que foi confiado à esposa de Cristo para que ela o guardasse, há apenas uma invenção filosófica ou produto de consciência humana que foi gradualmente desenvolvida pelo esforço humano e continuará a se desenvolver indefinidamente" - JURAMENTO ANTI-MODERNISTA
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“Eu conservo a MISSA TRADICIONAL, aquela que foi codificada, não fabricada, por São Pio V no século XVI, conforme um costume multissecular. Eu recuso, portanto, o ORDO MISSAE de Paulo VI”. - Declaração do Pe. Camel.
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“Ao negar a celebração da Missa Tradicional ou ao obstruir e a discriminar, comportam-se como um administrador infiel e caprichoso que, contrariamente às instruções do pai da casa - tem a despensa trancada ou como uma madrasta má que dá às crianças uma dose deficiente. É possível que esses clérigos tenham medo do grande poder da verdade que irradia da celebração da Missa Tradicional. Pode comparar-se a Missa Tradicional a um leão: soltem-no e ele defender-se-á sozinho”. - D. Athanasius Schneider
"Os inimigos declarados de Deus e da Igreja devem ser difamados tanto quanto se possa (desde que não se falte à verdade), sendo obra de caridade gritar: Eis o lobo!, quando está entre o rebanho, ou em qualquer lugar onde seja encontrado".- São Francisco de Sales
“E eu lhes digo que o protestantismo não é cristianismo puro, nem cristianismo de espécie alguma; é pseudocristianismo, um cristianismo falso. Nem sequer tem os protestantes direito de se chamarem cristãos”. - Padre Amando Adriano Lochu
"MALDITOS os cristãos que suportam sem indignação que seu adorável SALVADOR seja posto lado a lado com Buda e Maomé em não sei que panteão de falsos deuses". - Padre Emmanuel
23/05/2012
HOMILIA DE SÃO JOÃO DAMASCENO SOBRE A NATIVIDADE DE MARIA
21/05/2012
Profissão: feminista
É comum que os jornais, quando intentam mostrar a opinião das
mulheres sobre algum assunto, interroguem justamente aquelas que se dizem
"feministas".
Ora, este equívoco
é lamentável. Não é justo chamar um curandeiro para representar os médicos, um
arrancador de dentes representar os odontólogos, um misturador de massas de
modelar para representar os químicos, um consertador de rádios para representar
os engenheiros eletrônicos, uma prostituta para representar as mulheres.
Este último
exemplo, por esdrúxulo que seja, não é tão humilhante para as mulheres do que
serem representadas por uma "feminista". Explico-me: as meretrizes
entregam seu corpo em troca de dinheiro. As feministas fazem algo mais
degradante: em troca dos dólares que recebem do exterior, entregam, não o seu
corpo, mas aquilo que há de mais nobre na mulher: sua vocação à maternidade.
Associam-se em entidades fartamente remuneradas com a condição de fazerem tudo
e somente aquilo para que são contratadas. Ao contrato do que possa parecer,
elas são a expressão máxima da subserviência, do rebaixamento e da degradação
feminina.
O que o patrão
delas deseja? Que elas, renunciando ao instinto materno, ao desejo natural de
fazer tudo por sua prole, até de dar a vida por ela, convertam-se em defensoras
da legalização do hediondo crime do aborto. O poder corrosivo do dinheiro vai a
ponto de fazê-las defender o direito que a mulher tem (?) de matar seus filhos.
Nada mais estranho à índole da mulher e à psicologia feminina.
Os argumentos por
elas utilizados para este macabro fim oscilam entre o hipócrita e o ridículo.
Para referir-se à prática infanticida nunca usam o verbo "matar", e
muito menos "assassinar". A palavra criança é evitada a todo custo, e
para isto usam-se vários eufemismos e metonímias: concepto, produto conceptual,
embrião, feto, blastocisto. Para o aborto o substitutivo mais comum é
"interrupção da gravidez", embora nunca utilizem "interrupção da
vida" para o assassinato de um adulto.
O aborto seria um
direito de a mulher de dispor do seu próprio corpo, como se a criança fosse uma
verruga, um quisto, um tumor, uma unha ou um fio de cabelo, um pedaço do corpo
humano.
A atenção é
concentrada sobre o drama das mulheres que morrem em "abortos mal
feitos", sem que haja nenhuma lamentação pelas crianças que, bem ou mal
assassinadas, foram jogadas fora como lixo. Paradoxalmente elas não se
preocupam em legalizar o roubo, embora haja muitos ladrões de baixo poder
aquisitivo, que morrem em "roubos mal feitos". Também não está na sua
pauta a legalização do "sequestro", pois não há condolência pelos
sequestradores que morrem em "sequestros mal feitos". O aborto,
enquanto assassinato de um inocente e indefeso, supera em muito a monstruosidade
de qualquer roubo ou sequestro. Mas aquela que pratica tal crime deve ter
atenção especial por parte do Estado, a fim de que o extermínio de sua prole
seja feito dentro das normas da "higiene" e da "segurança".
Ao defender o
aborto, as feministas ousam dizer (pasmem!) que somente os homens o condenam, e
isto apenas porque são homens. As mulheres sem dúvida, dizem elas, estão a seu
favor. Quando recebem manifestações contrárias de mulheres pró-vida, procuram
classificá-las não como mulheres, mas como "fundamentalistas
religiosas" que querem impor sua "crença", sua
"doutrina", a um Estado "laico". O respeito à vida nascente
não seria então uma lei natural, mas apenas o capricho de uma seita, como a
proibição de comer carne de porco ou de fazer transfusão de sangue.
O grito de guerra
delas é a defesa da "vida das mulheres". Esquecem ou não querem
lembrar, que cinquenta por cento das crianças abortadas são do sexo feminino, e
que elas próprias já habitaram o útero.
Quantas são as
feministas? Um número reduzidíssimo. No Congresso Nacional funciona "a
todo vapor" um lobby pró-aborto chamado CFEMEA (lê-se cefêmea): Centro
Feminista de Estudos e Assessoria. Freqüentam o Congresso diariamente, como se
não tivessem outras ocupações com a família ou o emprego. Nas sessões
legislativas não passam de uma dúzia ocupando a galeria. No entanto seu
trabalho é eficientíssimo. Fazem pesquisas, enquetes, pressões individuais
sobre os deputados, promovem seminários, conferências, e para tanto, trazem
abortistas de toda a parte do país. Imprimem livros e panfletos e os distribuem
fartamente. Além disso, obtêm sempre um bom espaço nos meios de comunicação
social. O dia da votação é cuidadosamente preparado, bem como os itens da pauta
e a ordem em que serão apreciados. Em caso de perceberem uma possibilidade de
derrota, conseguem habilmente, com algum dispositivo do regimento interno, o
adiamento da votação.
Nenhum de nós,
pró-vida, teríamos tempo e dinheiro para fazer o que elas fazem. De onde vem
seu financiamento? A resposta encontra-se na ficha editorial (página 2) de
qualquer boletim mensal do CFEMEA. Lá se encontra sempre em letras miúdas após
a palavra "Apoio": Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP),
Fundo das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM) e duas entidades privadas: a
Fundação Ford e a Fundação Mc Arthur. No Guia
dos Direitos da Mulher, por elas publicado, aparece ainda um outro
financiador: a UNICEF, que recentemente deixou de receber ajuda do Vaticano por
estar patrocinando o aborto.
O CFEMEA não é a
única entidade feminista. Há várias outras como o Fórum de Mulheres de
Brasília, a União Brasileira de Mulheres, o Conselho Nacional de Direitos da
Mulher, a Rede Nacional de Saúde e Direitos Reprodutivos... Mas o leitor não deve
estranhar se descobrir que elas são apenas um punhado de pessoas, associando-se
de diversas formas, com nomes pomposos, com o fim de causar impacto na opinião
pública.
Verifica-se nas
entidades feministas brasileiras aquilo que já planejava o Relatório Kissinger para
o controle demográfico de treze países-chave, entre eles o Brasil. Dizia o
referido documento, datado de 1974:
"A
condição e a utilização das mulheres nas sociedades dos países subdesenvolvidos
são de extrema importância na redução do tamanho da família" (NSSM
200, p. 151).
Quanto as
feministas recebem? Isto é um enigma. Certamente é um salário alto, pois muitos
são os doadores. Em 1994 o CFEMEA recebeu somente da Fundação Ford 175.000 dólares para "consolidar
uma rede de saúde reprodutiva e direitos reprodutivos da mulher" (Fonte:
New York - Civil Rights). Dados mais atuais e mais completos eu deixo para a
investigação do leitor.
No dia 27 de
fevereiro de 1997 tive oportunidade de presenciar como são marionetizadas as
feministas. Naquele dia elas conseguiram reunir no Espaço Cultural da Câmara
dos Deputados aborteiros de toda a parte: São Paulo, Campinas, Recife,
Brasília, com o único fim de fazer propaganda do projeto de lei abortista
20/91. No final, a presidente da mesa, Guacira César de Oliveira, prestou seus
agradecimentos ao "patrão": "Nós queremos agradecer ao Fundo
das Nações Unidas para a População, que patrocinou este seminário".
Pelo que me consta, não havia na sala nenhum representante da entidade
patrocinadora. Mas a conferência estava sendo gravada e provavelmente o
empregador gostaria de ouvir a um ato de gratidão das assalariadas.
O objetivo de
instrumentalizar as mulheres para fins de controle demográfico transparece no
investimento de 1,92 milhões de dólares feito pelo BID (Banco Interamericano de
Desenvolvimento) para a criação de um Centro de Liderança da Mulher no Rio de
Janeiro. Segundo a notícia, veiculada no dia 6/12/96, tal centro poderia
proporcionar cursos de "treinamento" (sic) para 270 mulheres (Correio
Braziliense, Economia e Trabalho, p. 13).
A legalização do
aborto, depois da esterilização, é importantíssima para o controle demográfico.
Já dizia o Relatório Kissinger:
"Certos
fatos sobre o aborto precisam ser entendidos:
- nenhum país
já reduziu o crescimento de sua população sem recorrer ao aborto" (NSSM 200, p. 182).
Os dados acima
relatados creio sejam suficientes para o leitor descobrir que legalizar o
aborto não é um desejo insano de alguns desocupados. É uma decisão consciente e
minuciosamente planejada pelos organismos internacionais. Os quais no Brasil
contam com as feministas como suas melhores servidoras.
Concluindo,
perguntar se uma feminista é ou não a favor do aborto é uma redundância. Ela
não pode se opor publicamente àquele que a financia. Ser feminista não é uma
questão de convicção, mas de profissão. Profissão degradante, sem dúvida,
abaixo mesmo da prostituição.
Assim sendo,
quando o fim de uma entrevista for descobrir o que pensam as entidades
estrangeiras sobre o aborto, as feministas são as pessoas indicadas. Assim, se
quisermos saber o que o FNUAP pensa sobre o aborto, uma ótima ideia é
entrevistar um membro do CFEMEA. Se quisermos saber o pensamento da Fundação
Ford sobre o assunto, podemos entrevistar as "Católicas pelo Direito de
Decidir". Se quisermos saber o que acha a Fundação Mc Arthur acerca do
aborto, um ótimo recurso é entrevistar alguém do Grupo Transas do Corpo.
Porém nenhum jornalista
pode cometer o crime de entrevistar os grupos acima como se eles representassem
"as mulheres". Mulheres são seres humanos dos quais as feministas são
grosseiras caricaturas. Para saber o que as mulheres pensam sobre o aborto, que
tal entrevistar uma mãe de família, apaixonada pelos seus filhos e que nunca
viu na sua frente um centavo de dólar?
Pe. Luiz Carlos
Lodi da Cruz
18 de fevereiro de 1998
18 de fevereiro de 1998
O CREDO POR SÃO TOMÁS DE AQUINO – VII ARTIGO
Devemos considerar nesse juízo três coisas: Primeiro, a sua forma; segundo, que ele deve ser temido, e, terceiro, como para ele devemos nos preparar.
No juízo devemos ainda distinguir três elementos componentes: quem é o juiz, quem deve ser julgado e qual a matéria do julgamento.
Cristo é o juiz, conforme se lê no Livro dos Atos: Ele que foi constituído por Deus juiz dos vivos e dos mortos(10,42). Pode este texto ser interpretado, ou chamando de mortos os pecadores e, de vivos, os que vivem retamente; ou designando vivos, por interpretação literal, os que agora vivem, e, mortos, todos os que morreram.
Ele é juiz não só enquanto Deus, mas também como homem, por três motivos:
Primeiro, porque é necessário, aos que vão ser julgados, verem o juiz. Como a Divindade é de tal modo deleitável que ninguém a pode ver sem se deleitar, e nenhum condenado poderia vê-la sem que não sentisse logo alegria, foi necessário que Cristo
aparecesse em forma só de homem, para que fosse visto por todos. Lê-se em S. João: Deu-lhe o poder de julgar, porque é o Filho do Homem (5,27).
Segundo, porque Ele mereceu este ofício como homem. Ele, enquanto homem, foi injustamente julgado e, por isso, Deus O fez juiz de todos Lê--se: A tua causa foi julgada como a de um ímpio; receberás o julgamento das causas (Jo 36,17).
Terceiro, para que os homens não mais desesperem, vendo-se julgados por um homem. Se somente Deus julgasse, os homens ficariam desesperados. devido ao temor. (Mas todos verão um homem julgar), pois se lê em São Lucas: Verão o Filho do Homem vindo na nuvem (21.27). Serão julgados os que existiram, os que existem e existirão, conforme ensina São Paulo: Convém que todos nós sejamos apresentados diante do tribunal de Cristo, para que cada um manifeste o que fez de bom e de mal enquanto estava neste corpo (2 Cor 5,10).
Há quatro diferenças, segundo São Gregório, entre os que devem ser julgados.
Estes, ou são bons, ou são maus.
Entre os maus, alguns serão condenados, mas não julgados, como os infiéis, cujas ações não serão discutidas, porque, como está escrito, o que não crer já está julgado (10 3,18).
Outros, porém, serão condenados e julgados, como os fiéis que morreram em estado de pecado mortal. Disse o Apóstolo: o salário do pecado é a morte (Rom 6,23). Estes não serão excluídos do julgamento por causa da fé que tiveram.
Entre os bons também haverá os que serão salvos sem o julgamento, os pobres de espírito por amor de Deus. Lê-se em São Mateus: vós que me seguistes, na regeneração, quando o Filho do Homem estiver sentado em seu trono majestoso, sentar-vos-eis também sobre doze tronos, julgando as doze tribos de Israel (19,28).
Estas palavras não se dirigem só aos discípulos, mas a todos os pobres de espírito. Caso assim não fosse, São Paulo que trabalhou mais que todos, não estaria nesse número. Este texto deve, portanto, ser aplicado a todos os que seguiram os Apóstolos, e aos varões apostólicos. Eis porque São Paulo escreve:Não sabeis que julgamos os Anjos? (1 Cor 6,3). Lê-se ainda em Isaías: O Senhor virá com seniores e com os príncipes do seu povo (Is 3,14).
Outros serão salvos e julgados, isto é, aqueles que morreram em estado de justificação. Bem que tivessem morrido neste estado, erraram, todavia, em alguma coisa durante a vida terrestre. Serão, por isso, julgados, mas receberão a salvação.
Todos serão julgados pelos atos bons e maus que praticaram. Lê-se na Escritura: Segue os caminhos do teu coração. .. mas fica certo de que Deus te levará ao julgamento por causa deles (Ecle 11,9); Deus citará no julgamento todas as tuas ações, até as ocultas, quer sejam boas, quer sejam más (EcIe 13,14). Serão julgados também pelas palavras inúteis: Toda palavra inútil pronunciada por alguém, este dará conta dela no dia do juízo (Mt 12,36).
Serão julgados, por fim, pelos pensamentos que tiveram. Lê-se no livro da Sabedoria: Os ímpios serão argüidos a respeito dos seus pensamentos (1,9).
Fica assim esclarecida qual a matéria do julgamento.
Haverá neste juízo também testemunhas infalíveis, isto é, as próprias 'consciências dos homens, segundo se lê em São Paulo: A consciência deles servirá de testemunho no dia em que o Senhor julgar as coisas ocultas dos homens, enquanto pelos pensamentos se acusam ou se defendem (Rom 2,15,16).
Segundo, devido ao poder do juiz, porque Ele é em si mesmo todo-poderoso. Lê-se: Eis que o Senhor virá com fortaleza (Is 11,10). É poderoso também sobre os outros, porque toda criatura estava com Ele: Lê-se:O universo inteiro combaterá com ele contra os insensatos (Sab 5,2); Ninguém há que possa livrar-se da vossa mão (Jo 10,7); e ainda: Se subo aos céus, vós ali estais; se desço aos infernos, estais lá também(SI 138,8).
Terceiro, devido à justiça inflexível do juiz. Agora é o tempo da misericórdia. Mas o tempo futuro é tempo só de justiça. Por isso, o tempo de agora é nosso; mas o tempo futuro será só de Deus. Lê-se: No tempo que eu determinar, farei justiça (SI 134,3). O varão furioso de ciúmes não lhe perdoará no dia da vingança, não atenderá às suas súplicas, nem receberá como satisfação presentes, por maiores que. sejam (Prov 6,34).
Esta ira em Deus não significa uma comoção de espírito, mas signnica o efeito da ira, a pena infligida aos pecados, isto é, a pena eterna. A propósito disso escreveu Orígenes: Como serão estreitos os caminhos no juízo! No fim estará o juiz irado.
O segundo, é a confissão dos pecados cometidos e a penitência feita por eles. Na confissão deve haver três coisas: a dor interior, a vergonha da confissão dos pecados e o rigor da satisfação por eles. São essas três coisas que redimem a pena eterna.
O terceiro remédio é a esmola que toma tudo puro, segundo as palavras do Senhor: Conquistai amigos com o dinheiro da iniqüidade, para que, quando cairdes, eles vos recebam nas lendas eternas (Lc 26,9). (41)
O quarto remédio é a caridade, quer dizer, o amor de Deus e do próximo, pois conforme a Escritura: A caridade cobre uma multidão de pecados (lPed 4,8; cir. Prov 10,12).
18/05/2012
O CREDO POR SÃO TOMÁS DE AQUINO – VI ARTIGO
Explica-se isto de três maneiras:
Primeiro porque Ele subiu acima de todos os céus corpóreos, conforme se lê em São Paulo: Subiu acima de todos os céus (Ef 4,10). Tal ascenção foi realizada pela primeira vez por Cristo, porque até então o corpo terreno estivera somente na terra, sendo o paraíso onde esteve Adão, situado também na terra.
Segundo porque subiu sobre todos os céus espirituais, isto é, acima das naturezas espirituais, como se lê também em São Paulo: Colocando (o Pai) Jesus à sua direita nos céus, sobre todo principado, Potestade, Virtude, Dominação e acima de todo nome que se pronuncia não só neste século, mas também nos futuros e tudo colocou sob os seus pés (Ef 1,20) .
Terceiro porque subiu até ao trono do Pai. Lê-se nas Escrituras: Eis que vinha sobre as nuvens do céu como um Filho de Homem; Ele dirigiu-se para o Ancião, e foi conduzido à sua presença (Dan 7,13). Lê-se também em São Marcos: E o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado subiu ao céu, e sentou-se à direita de Deus (16,19). A expressão direita de Deus não deve ser entendida em sentido corporal, mas em sentido metafórico. Enquanto Deus, diz-se que Cristo está sentado à direita de Deus, porque é igual ao Pai; enquanto homem, diz-se que Cristo está sentado à direita do Pai, porque goza dos melhores bens. O diabo aspirou também semelhante elevação, como se lê em Isaías: Subirei ao céu, acima dos astros de Deus colocarei o meu trono; sentar-me-ei no Monte da Promessa, que está do lado do Aquilão; subirei acima da elevação das nuvens, serei semelhante ao Altíssimo (14,13). Mas a tal altura não se elevou senão Cristo, razão pela qual se diz no Credo: Subiu aas céus e está sentado à direita do Pai, o que é confirmado no Livro dos Salmos: Disse o Senhor ao meu Senhor, senta-te a minha direita (SI 109,1).
A Ascensão de Cristo foi racional por três motivos.
Primeiro, porque o céu era devido a Cristo por exigência da sua natureza. É, com efeito, natural que cada coisa retome à sua origem. Cristo tem sua origem em Deus, que está acima de todas as coisas, conforme Ele mesmo disse: Saí do Pai, e vim ao mundo; deixo agora o mundo e volta para o Pai (J o 16,18). Disse também: ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do Homem que está no céu (Jo 3,13),
Apesar de os Santos irem para o céu, todavia não o fazem como Cristo: porque Cristo o fez por seu próprio poder; os santos, porém, levados por Cristo. Lê-se no Livro dos Cânticos: Leva-me na Vossa sequência (Cant 1,3). Pode-se explicar de outra maneira porque se diz que ninguém subiu ao céu a não ser Cristo: os Santos não sobem senão enquanto membros de Cristo; que é a cabeça da Igreja, conforme está escrito em São Mateus: Onde estiver o corpo, aí as águias se congregarão (24,28).
Em segundo lugar, a Ascensão de Cristo foi racional devido à sua vitória. Sabemos que Cristo veio ao mundo para lutar contra o diabo, e o venceu. Por isso mereceu ser exaltado sobre todas as coisas. Confirma-o o Apóstolo: Eu venci, e sentei-me com o Pai no seu trono (Ap 3,21).
A Ascensão de Cristo foi racional, em terceiro lugar, por causa da humildade de Cristo, que, sendo Deus, quis fazer-se homem; sendo Senhor, quis suportar a condição de escravo, fazendo-se obediente até à morte, segundo se lê na Carta aos Filipenses (2,1), descendo ainda até ao inferno. Por isso mereceu ser exaltado até ao céu e sentar-se à direita de Deus. A humildade é, com efeito, o caminho da exaltação, como se lê em São Lucas: Quem se humilha, será exaltado (14,11). Escreveu também São Paulo:
O que desceu do céu, este é o que subiu acima de todos os céus (Ef 4,10).
A Ascensão de Cristo foi além de sublime e racional, também útil.
Essa afirmação pode ser esclarecida em três dos seus aspectos.
O primeiro, refere-se ao fim da Ascensão, pois Cristo foi para o céu para nos conduzir até lá. Desconhecíamos o caminho, mas Ele no-lo ensinou, Lê-se: Subiu abrindo o caminho na frente deles (Mt 2,13). Subiu ao céu também para nos fazer seguros da posse do reino celeste, conforme se lê em São João: Vou preparar-vos o lugar (Jo 14,2).
O segundo, refere-se à segurança que a Ascensão nos trouxe, pois subiu aos céus ;para interceder por nós. Lê-se: Subiu por si mesmo aa Deus sempre vivo para interceder por nós(Heb 7,25). Lê-se também: Temos um advogado junto do Pai, Jesus Cristo (1 J o 21),
O terceiro, para atrair a si os nossos corações, segundo está escrito em São Mateus: Onde está o teu coração está o teu tesouro (6,21), e para que desprezemos as coisas temporais, como nos exorta o Apóstolo S. Paulo: Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alta, onde Cristo está sentado à direita de Deus; saboreai as coisas do alta e não as da terra (Col 3,1).
17/05/2012
EPÍSTOLA DE EFRÉM DA SÍRIA A UM MONGE SOBRE A HUMILDADE, A CARIDADE E A FIDELIDADE À FÉ DA IGREJA CATÓLICA
Em defesa da Santa Fé: SOLENIDADE DA ASCENSÃO DO SENHOR
16/05/2012
O CREDO POR SÃO TOMÁS DE AQUINO – V ARTIGO
A segunda razão da descida de Cristo aos infernos, foi ir em socorro de todos os Seus amigos. Tinha ele os Seus amigos não só no mundo, mas também nos infernos. Manifestam-se alguns como amigos de Cristo, nisto: têm caridade. Muitos estavam nos infernos que para lá desceram possuindo caridade e fé no Esperado, como Abraão, Isaac, Jacó, Davi e muitos outros homens justos e perfeitos.
Como Cristo visitara os seus amigos no mundo, e os socorrera pela própria morte, quis também visitar aqueles amigos que estavam no inferno, e socorrê-los, indo também a eles. Lê-se no Livro do Eclesiástico: Penetrarei em todas as partes interiores da terra, e verei todos os que aí dormem, e iluminarei todos os que esperam no Senhor (24,25).
A terceira razão, foi para que Cristo tivesse uma vitória perfeita contra o diabo.
Alguém só tem um perfeito triunfo sobre outrem, não apenas quando o vence no campo de batalha, mas até quando ainda lhe invade a própria casa, e se apodera da sede do reino e do palácio.
Cristo já havia triunfado do diabo e já o vencera da cruz, pois se lê em São João: Agora é o julgamento do mundo, agora o príncipe deste mundo (isto é, o diabo) será lançado fora (Jo 12,31). Para que Cristo triunfasse sobre o diabo de um modo completo, quis tirar-lhe a sede do reino e prendê-lo na sua própria casa, que é o inferno.
Por isso aí desceu, tirou-lhe todos os bens, aprisionou-o e apoderou-se da sua presa. Lê-se: Despojando os principados e as sociedades, exibiu-os publicamente, triunfando deles na cruz (Col 2,15). Devemos considerar que como Cristo recebera o poder e a posse do céu e da terra, deveria também ter a posse do inferno, como se lê na Carta aos Filipenses: Ao nome de Jesus dobre-se todo joelho, dos que estão nos céus, na terra e nos infernos (Fil. 2,10). O próprio Jesus dissera: Em meu nome expulsarão os demônios.(Ma 16,17).
A quarta e última razão, foi para libertar os santos que estavam nos infernos.
Assim como Cristo quis submeter-se à morte para libertar os vivos, da morte, quis também descer aos infernos, para libertar os que aí se encontravam: Lê-se: Vós também (Senhor), pelo Sangue do vosso testamento, tírastes os Seus que estavam presos na fossa, onde não havia água .. (Zac 9,11). – O morte, serei a tua morte, ó inferno, serei para ti como uma mordida. (Os 13,14).
Bem que Cristo tivesse totalmente destruido a morte, não destruiu completamente o inferno, mas como que o mordeu, por que não libertou todos os que nele estavam, mas somente os que não tinham pecado mortal, nem o pecado original.
Deste, foram libertados, enquanto pessoas indivíduas, pela circuncisão, e, antes da instituição da circuncisão, as crianças privadas do uso da razão, pela fé dos pais fiéis; os adultos, pelos sacrifícios e pela fé no Cristo que esperavam. Estavam no inferno devido ao pecado original causado por Adão, do qual não poderiam ser libertados, enquanto pecado que era da natureza humana, senão por Cristo.
Deixou então os que aí desceram com pecado mortal e as crianças incircuncisas . Por isso disse ao descer ao inferno: Serei para ti como uma mordida (Os 13,14)
Do exposto, podemos tirar quatro ensinamentos para nossa instrução: Primeiro, uma firme esperança em Deus, pois quando o homem está em aflição, deve sempre esperar do auxílio divino e Nele confiar. Nada há de mais sério do que cair no inferno. Se portanto, Cristo libertou os que estavam nos infernos, cada um, se é de fato amigo de Deus, deve muito confiar para que Ele o liberte de qualquer angústia. Lê-se: Esta (isto é, a sabedoria) não abandonou o justo que foi vencido (. . .), desceu com ele na fossa, e na prisão o não abandonou (Sab 10,13-14). Como Deus auxilia aos seus servos de um modo todo especial, aquele que O serve deve estar sempre muito seguro. Lê-se: O que teme ao Senhor por nada trepidará e nada temerá por que Ele é a sua esperança (Ecl 39,16).
Segundo, devemos despertar em nós o temor, e de nós afastar presunção. Pois, apesar de Cristo ter suportado a paixão pelos pecadores, e ter descido aos infernos, não libertou a todos mas somente àqueles que estavam sem pecado mortal, como acima foi dito. Aqueles que morreram em pecado mortal, deixou-os abandonados. Por isso ninguém que desça lá com pecado mortal espere perdão. Mas ficarão no inferno o tempo em que os Santos Patriarcas estiverem no Paraíso, isto é, para toda a eternidade. Lê-se em São Mateus: Irão os malditos para o suplício eterno, os justos, porém, para o Paraíso (25,46).
Terceiro, devemos viver atentos, porque se Cristo desceu aos infernos para a nossa salvação, também nós devemos, com solicitude lá descer em espírito, meditando sobre as penas nele existentes, imitando o Santo Ezequias, que dizia: Irão os mal; para o suplício eterno, os justos, porém, para o Paraíso (Is 38,10). Desse modo, aquele que em vida, vai lá pela meditação, não descerá facilmente para o inferno na morte, porque tal medi¬tação o afasta do pecado. Ao vermos como os homens deste mundo evitam as más ações por temor das penas temporais", como não deveriam eles muito mais se resguardarem do pecado por causa das penas do inferno, que são muito mais longas, mais cruéis e mais numerosas? Eis porque lê-se nas Escrituras: Lembra-te dos teus últimos dias, e não pecarás para sempre (Ecle 7,40).
O quarto ensinamento tirado da descida de Cristo aos infernos, é nos ter Ele oferecido um exemplo de amor. Cristo desceu aos infernos para libertar os seus. Devemos também nós descer pela meditação, para auxiliar os nossos. Eles, por si mesmos, nada podem conseguir. Nós é que devemos ir em socorro dos que estão no purgatório. Se alguém não quisesse socorrer um ente querido que estivesse na prisão, como isso nos pareceria cruel! No entanto, seria muito mais cruel aquele que não viesse em socorro do amigo que está no purgatório, pois não há comparação entre as penas deste mundo e aquelas. Lê-se a esse respeito: Tende piedade de mim, tende piedade de mim, pelo menos vós, Ó meus amigos, porque a mão de Deus me feriu (Jo 19,21); - É santo e salutar o pensamento de orar pelos defuntos para que sejam livres dos pecados (Mc 19,46).
São auxiliados, conforme disse Agostinho, os que estão no purgatório, principalmente por três atos: pelas Missas, pelas orações e pelas esmolas. Gregório acrescenta um quarto: o jejum. Não deve causar que assim seja, porque também neste mundo o amigo pode satisfazer pelo amigo. A mesma coisa acontece com os que estão no purgatório.
É necessário que o homem conheça duas coisas: a glória de Deus e a pena do inferno.
Elevados pela glória de Deus, e aterrorizados pela pena do inferno, os homens cuidam melhor das suas ações e afastam-se do pecado. Mas é muitíssimo difícil para o homem conhecer essas duas coisas. Com relação à glória, lê-se: Quem poderá conhecer as coisas do céu? (Sab 9,16). Isso é realmente muito difícil para os habitantes da terra, porque se lê em São João: O que é da terra, fala das coisas da terra (Jo 3,31). Para os espirituais; porém, não o é, porque o que veio do céu, está acima de todos, conforme continua aquele texto. Por conseguinte, Deus desceu do céu e se encarnou, para nos ensinar as coisas do céu.
Com relação à pena do inferno, era também muito difícil conhecê-la. Lê-se no Livro da Sabedoria: Não se conhece quem tenha voltado dos infernos (Sab 2,1). Essa passagem da Escritura refere-se às pessoas dos ímpios. Mas agora isso não mais pode ser dito, porque, como Ele desceu do céu para ensinar as coisas do céu, também ressurgiu dos infernos para esclarecer-nos sobre as coisas do inferno.
É necessário, pois, que creiamos não apenas que Ele se fez homem e que morreu, bem como ressurgiu dos mortos. Por que esse motivo é professado no Credo: Ao terceiro dia res¬surgiu dos mortos. Lemos nos Evangelhos que muitos ressuscitaram dos mortos, como Lázaro, o filho da viúva e a filha do chefe da Sinagoga.
Mas a Ressurreição de Cristo difere daquelas e de outras, em quatro aspectos. Primeiro, devido à causada ressurreição, porque os outros que ressuscitaram, não ressusitaram por próprio poder, mas pelo poder de Cristo ou das orações de algum santo. Cristo ressus¬citou por próprio poder, porque não era apenas homem, mas também Deus, e a divindade do Verbo jamais se separou nem da sua alma, nem do seu corpo. Por isso, o corpo reassumia a alma e a alma o corpo, quando queria. Lê-se: Tenho poder para entregar a minha alma, bem como para a reassumir (Jo 10,18). Bem que tenha sido morto, não o foi por fraqueza ou por necessidade, mas, espontaneamente. Isto é verdade, porque quando Cristo entregou o seu espírito, deu um grito. Os outros, porém, que morrem, não O podem dar, porque morrem por fraqueza. O centurião exclamou no Calvário: Ele era verdadeiramente o Filho de Deus (Mt 87,54).
Como Cristo por sua própria força entregou a alma, reassu¬miu-a também por própria força. Por isso é dito no Credo ressuscitou e não - foi ressuscitado, como se o fosse por outro. Lê-se nos Salmos: Dormi, caí em profundo sono e res¬surgi (3,6). Não há, porém, contradição entre este texto e o dos Atos dos Apóstolos: Este Jesus, ressuscitou-O Deus (Act 2,32) porque o Pai O ressuscitou, e o Filho também O ressuscitou, já que a virtude do Pai e a do Filho são a mesma virtude.
Difere, em segundo lugar, devido à vida que fora ressuscitada. Cristo ressuscitou para a vida gloriosa e incorruptível, con¬forme se lê na Carta aos Romanos: Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai (Cor 6,4). Os outros, para a mesma vida que antes possuíam, como se verificou em Lázaro e nos outros ressuscitados.
Difere ainda a Ressurreição dc Cristo da dos outros quanto à sua eficácia e quanto ao seu futuro, porque foi cm virtude daquela que todos ressuscitaram. Lê-se: Muitos corpos dos Santos que dormiam ressuscitaram (Mt 2,7,52). Cristo ressurgiu dos mortos, primícia dos que dormem (Cor 15,20). Vede bem que Cristo pela Paixão chegou à glória, conforme está escrito em São Lucas: Não foi conveniente que Cristo assim padecesse, para poder entrar na sua glória? (Is 24,26), para nos ensinar como podemos chegar à glória: Por muitas tributações devemos passar para entrar no reino de Deus (Mt 14,21).
A quarta diferença é relativa ao tempo, porque a ressurreição dos outros foi retardada para o fim dos tempos, a não ser que tenha sido concedida por privilégio, como a da Virgem Santa, e, conforme se crê piedosamente, a de São João Evangelista. Cristo, porém, ressuscitou ao terceiro dia porque a sua Ressurreição e a sua Morte realizaram-se para a nossa salvação, e Ele, portanto, só quis ressurgir quando fosse isso vantajoso para a nossa salvação. Ora, se ressuscitasse imediatamente após a morte, não se acreditaria que Ele tivesse morrido. Se fosse demasiadamente protelada a ressurreição, os discípulos não perseverariam na fé, e nenhuma utilidade teria a sua Paixão. Lê-se nos Salmos: Que utilidade haveria em ter eu derramado o sangue, se desci ao lugar da corrupção? (29,10). Ressuscitou no terceiro dia para que se acreditasse na sua morte e para que os discípulos não perdessem a fé.
Sobre o que acabamos de expor, podemos fazer quatro consi¬derações para nossa instrução. Primeiro,que devemos nos esforçar para ressurgirmos espiri¬tualmente da morte da alma, contraída pelo pecado, para a vida da justificação que se obtém pela penitência. Escreve o Apóstolo: Surge, tu que dormes, ressurge dos mor¬tos, e Cristo te iluminará (Ef 5,14). Esta é a primeira ressurreição da qual nos fala o Apocalipse: Feliz o que teve parte na primeira ressurreição (Ap 20,6).
Segundo, que não devemos protelar esta nossa ressurreição da morte, mas realizá-la já, porque Cristo ressuscitou no terceiro dia. Lê-se: Não tardes na conversão para o Senhor, e não a delon¬gues dia por dia(Ecle 5,8). Por que estás agravado pela fraqueza, não podes pensar nas coisas da salvação, e porque perdes parte de todos os bens que te são concedidos pela Igreja, incorres em muitos males, perseverando no pecado Como disse o Venerável Beda, o diabo, quanto mais tempo possui uma pessoa, tanto mais dificilmente a deixa
Terceiro, que devemos também ressurgir para a vida incorruptível, de modo que não mais morramos, isto é, que devemos perseverar no propósito de não mais pecar. Lê-se na Carta Romanos: Assim também vós vos considereis mortos para pecado: Vivendo para Deus em Cristo Jesus. Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo, obedecendo-lhes as concuspicências; não exibais os vossos membros como armas de maldade para o pecado, mas deveis vos exibir a vós mesmos para como vivos que saíram da morte (Rom 6,9; 11-13).
Quarto, que devemos ressurgir para uma vida nova e gloriosa evitando tudo o que antes nos foi ocasião e causa de morte e pecado. Lê-se na Carta aos Romanos: Como Cristo ressurge entre os mortos pela glória do Pai, também nós deve mos ¬andar na novidade de vida (Rom 5,4). Esta vida nova é da de justiça, que renova a alma e a conduz para a glória.
15/05/2012
O CÂNON BÍBLICO
2Isto é, os dois livros das Crônicas (1Cr/2Cr).
3Ou seja: Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria e Eclesiástico.
4A saber: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
5Incluindo as "Lamentações" e "Baruc", segundo a Septuaginta.
6Isto é, o livro de Esdras e o livro de Neemias.
7Mateus, Marcos, Lucas e João.
8Aos Romanos, duas aos Coríntios, aos Gálatas, aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses, duas aos Tessalonicenses, duas a Timóteo, a Tito e a Filemon.
9Curiosa distinção resultada, provavelmente, dos escrúpulos que a Igreja Africana tinha a respeito da autenticidade literária paulina dessa epístola.
10Percebe-se, assim, que o cânon coincide perfeitamente com o cânon definido pelo Concílio de Trento.
11Trata-se da Igreja de Roma.
12Alusão ao culto dos santos mártires.
13Os Concílios regionais de Cartago simplesmente repetem, com as mesmas palavras, o conteúdo do cânon 36 do Concílio regional de Hipona. A diferença está somente na conclusão.
14Interessante distinção, já que antiquíssima tradição de Éfeso distinguia o João Apóstolo de um João Presbítero, da mesma região.
15cf. Decreto "Pro Iacobitis" (da Bula "Cantate Domino", de 04.02.1441): "...O Sacrossanto Concílio professa que um e o mesmo Deus é o autor do Antigo e do Novo Testamento, isto é, da Lei, dos Profetas e do Evangelho, pois os santos de ambos os Testamentos falaram sob a inspiração do mesmo Espírito Santo. Este Concílio aceita e venera os seus livros que vêm indicados pelos títulos seguintes: Cinco livros de Moisés (isto é, Gênese, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), Josué, Juízes, Rute, quatro livros dos Reis, dois dos Paralipômenos, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester, Jó, o Saltério de Davi, as Parábolas (Provérbios), Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria, Eclesiástico, Isaías, Jeremias, Baruc, Ezequiel, Daniel, os Doze Profetas menores (isto é, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias) e dois livros dos Macabeus. Quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), catorze epístolas de Paulo (uma aos Romanos, duas aos Coríntios, uma aos Gálatas, uma aos Efésios, uma aos Filipenses, uma aos Colossenses, duas aos Tessalonicenses, duas a Timóteo, uma a Tito, uma a Filemon, uma aos Hebreus), duas epístolas de Pedro, três de João, uma de Tiago, uma de Judas, os Atos dos Apóstolos e o Apocalipse de João".
16cf. Decreto sobre o Cânon (sessão IV, de 08.04.1546).