Desejaríamos recordar neste artigo qual é o alcance do princípio que acabamos de lembrar, para o itinerário espiritual. Será este um modo de completar praticamente o que muitas vezes dissemos sobre o caminho normal da santidade onde é preciso, contrariamente aos quietistas, evitar tanto a presunção como a preguiça espiritual, não avançando nem muito cedo nem muito tarde mas, como deseja o Senhor, fortiter e suaviter.
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A intenção do fim deve preceder, é claro, a consideração e a escolha dos meios e por mais forte razão a execução deles.
Quais devem ser desde o começo da vida espiritual as qualidades desta intenção?
A intenção do fim deve ser reta, pura, elevada e eficaz e isto desde o começo de nossa viagem até o fim; sem o que os atos que devem ser praticados não teriam nem retidão nem eficácia.
Deve ser reta, segundo a direção da reta razão, esclarecida pela fé. Em outros termos, ela deve-se voltar com toda pureza para o fim que o próprio Senhor nos assinala. Jesus nos diz no Sermão da Montanha (Mt 6, 22): “Se teus olhos são simples, todo o teu coração será luminoso; mas se teus olhos forem maus, todo teu corpo será tenebroso”. Da mesma maneira, se nossa intenção é reta e pura, toda nossa vida, inspirada nela, terá luz.
A intenção deve ser elevada: “Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça e tudo mais vos será dado por acréscimo” (Mt 6, 33). Nós devemos desejar primeiro nosso fim sobrenatural, a vida da eternidade, a possessão inamissível de Deus pela visão beatífica e a glória que deve vir dele. Nossa intenção deve ser pois muitíssimo elevada; por meio dela devemos constantemente tender para Deus sem limitar nossa aspiração a um determinado grau da glória pois não sabemos qual nos foi reservado. Devemos tender também para a plena perfeição cristã, que é realizável aqui na terra, como para o prelúdio normal da vida eterna. É por isto que Nosso Senhor começou seu primeiro sermão da montanha falando aos homens a respeito das bem-aventuranças. Não há objeto mais elevado e mais oposto às máximas da sabedoria humana. “Bem-aventurados os pobres, os mansos, os que choram, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os de coração puro, bem-aventurados os pacíficos, os que sofrem perseguição pela justiça”. Estas bem-aventuranças, diz Santo Tomás depois de Santo Agostinho, são os atos mais elevados das virtudes e dos dons[1], e no entanto Nosso Senhor fala delas desde o início de sua pregação, para mostrar às almas o fim para o qual elas devem tender, o ideal a que elas devem aspirar. Pela mesma razão Santo Tomás começa a exposição da teologia moral pelas questões do fim último e da bem-aventurança no Céu. O fim, que é o último na ordem da execução deve ser, com efeito, o primeiro na ordem da intenção.
Em terceiro lugar a intenção deve ser eficaz e deve até se tornar cada vez mais eficaz sem o que não empregaremos os meios, algumas vezes penosos, que são necessários para obter esse fim; recuaremos diante da cruz. Muitos se contentam com um amor de admiração pelo fim entrevisto, amor que não passa de uma veleidade. Nosso Senhor nos diz sobre isto (Mt 7, 21): Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus, mas quem faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Não basta um idealismo belo que nada realiza.
Mas também se enganaria no sentido inverso quem, querendo ser muito prático, dissesse: “A via purgativa me basta” e não quisesse aspirar mais alto. A via purgativa, como a mortificação, não passa de um meio em vista à união com Deus, que é preciso primeiramente desejar eficazmente; sem o que não teríamos a coragem de praticar efetivamente as virtudes da via purgativa, a renúncia, com a qual pretenderíamos contentar-nos.
O fim sendo o primeiro na ordem da intenção, a perfeição cristã não diminuída deve ser, desde o começo da vida espiritual, vivamente desejada, querida por uma vontade reta, pura, elevada e eficaz e à medida que avançamos, estas qualidades de intenção devem aumentar com a caridade que deve sempre crescer aqui na terra em nossas almas pelos nossos méritos e pela freqüente comunhão.
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Após a intenção do fim, é preciso passar à consideração e à escolha dos meios, e depois à execução. Esta consideração deve descer da apreciação do fim desejado para a apreciação dos meios que lhe são subordinados, até aos meios mais ínfimos porém indispensáveis, que devemos empregar todos os dias na prática de nossos deveres de estado, alguns às vezes muito modestos segundo o lugar onde a Providência nos colocou. É preciso, aqui, não negligenciar a consideração do que São Francisco de Sales chama as pequenas virtudes que são como flores da caridade sem as quais as relações com o próximo se tornam tensas e quase impossíveis: doçura, afabilidade, prontidão no prestar serviço, em interpretar acontecimentos com bons olhos, etc... É preciso não se contentar com vagas generalidades sobre o fim proposto; não é suficiente dizer: “É preciso fazer tudo pelo amor de Deus”; é preciso ver, cada dia, em que consistem nossos deveres de estado, que são um dos grandes meios de santificação para nós, de conformidade com a vontade de Deus. É preciso não negligenciar os deveres de estado por uma piedade idealista e sentimental, mal entendida, que não passará de uma fantasia piedosa. É preciso descer portanto até o detalhe dos meios a empregar para se santificar na vida quotidiana, pois os atos humanos são atos contingentes e particulares, postos hic et nunc, em circunstâncias muito determinadas. Aqui, é preciso estar atento a todas as direções da obediência, e a prudência deve aproveitar tudo que pode assegurar a retidão de nossa marcha para frente, no meio em que nos encontramos, no relacionamento com nossos superiores e com nossos iguais. Deste ponto de vista não há nada de pequeno na vida cristã: os atos mais simples, necessários para a prática dos deveres de estado mais elementares, têm alguma coisa de grandioso em relação ao fim último sobrenatural e à caridade que nos deve inspirar em vista deste fim. Compreende-se assim que a perfeição não consiste em fazer coisas brilhantes, extraordinárias, mas em fazer extraordinariamente bem as coisas ordinárias da vida cristã: assistir bem à santa missa, preparar-se seriamente para a santa comunhão, fazer bem a ação de graças, e viver deste tesouro da vida divina, praticando nossos deveres com uma intenção sempre mais pura e mais firme, apesar das dificuldades e atropelos, com o que Nosso Senhor chama “fome e sede de justiça de Deus”.
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Enfim, assim como a consideração dos meios deve descer até os meios mais ínfimos, a execução deve-se elevar destes meios até o fim a conquistar. A execução deve ser uma ascensão contínua que começa pelos meios inferiores indispensáveis, que se deve ensinar aos principiantes, sob pena de comprometer-lhes o futuro espiritual, do mesmo modo como, para ir fazer uma visita a um personagem importante, veste-se uma roupa conveniente para a ocasião ou para reparar um doutorado na Universidade, é preciso fazer a inscrição e seguir os cursos.
Aqui, nesta ascensão, é preciso não se precipitar e querer chegar ao termo mais rápido do que convém. Em nossa época de vida efervescente é muito comum levar as inteligências e as vontades à maturidade antes da hora, como que pondo numa estufa frutos que amadureceriam antes da estação. Mas um fruto amadurecido à força não se conserva por muito tempo e logo estará passado.
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Que nos diz Nosso Senhor para nos curar de tal defeito? Notemos que ele começou sua pregação pelas bem-aventuranças para nos mostrar o altíssimo fim ao qual devemos tender: “Procurai primeiro o reino de Deus e sua justiça e todo o resto vos será dado por acréscimo”. (Mt 6, 33) Mas quando se trata de passar a execução, de começar a caminhada em direção a tão alto fim, entrevisto e desejado, Nosso Senhor, sobretudo formando os Apóstolos, insiste na humildade. Nosso Senhor, que não cessa de elevar seus corações, lhes diz também: “Se não vos tornardes semelhantes a uma criancinha, não entrareis no reino dos céus” (Mt 18, 3) Lembremo-nos em que ocasião estas palavras foram pronunciadas. São Marcos nos conta que Jesus, caminhando com os apóstolos pela Galiléia, lhes anunciava uma Paixão mas os apóstolos não compreendiam suas palavras e temiam interrogá-lo. “E chegaram a Cafarnaum”, diz São Marcos (9, 32). Quando estavam já em casa, perguntou-lhes Jesus: “De que faláveis vós outros pelo caminho?”. Mas eles se calaram porque pelo caminho haviam discutido entre si qual deles seria o maior. Sentando-se, pois, ele chamou os doze e lhes disse: “Se alguém quer ser o primeiro seja o último de todos e o servo de todos”. Está bem clara, na linguagem simples e elevada de Jesus, a oposição entre a ordem da intenção e a da execução: para atingir este fim tão alto que é a santidade é preciso começar pela humildade. Quanto mais algo for o edifício espiritual, mais profundos devem ser os alicerces. E além disso não basta cavar os alicerces de uma vez por todas no começo da obra mas será preciso cavar mais profundamente, aqui e ali à medida que cresce o edifício, para a humildade crescer com a caridade. É isto que Jesus quer dizer aos Apóstolos: “E tomando um menino, diz São Marcos, pô-lo no meio deles; depois de o abraçar, disse-lhes:— Todo aquele que recebe um desses meninos em meu nome, a mim é que recebe; todo o que me recebe, não recebe a mim mas Àquele que me enviou”.
São Lucas (9, 46) conta também que os Apóstolos não compreenderam então que Jesus lhe anunciava sua Paixão: “Veio-lhes então o pensamento de qual deles seria o maior. Mas Jesus, conhecendo os pensamentos de seus corações, tomou um menino, pô-lo junto de si e lhes disse: — Todo o que recebe esse menino em meu nome, a mim recebe; e quem recebe a mim recebe Aquele que me enviou; pois quem dentre vós todos é o menor, esse é o maior”. São Mateus (18, 4) dá-nos a explicação dessas últimas palavras: “Todo aquele pois que se humilha como esse menino, esse será o maior no reino dos céus”. A criancinha está isenta de orgulho, de malícia, de concupiscência, de rancor, esquece logo o mal que lhe fazem; depois, é simples e consciente de sua fraqueza, pede socorro a seu pai e a sua mãe.
Assim deve ser o cristão diante de Deus para entrar no reino dos céus; isento de orgulho, simples, consciente de sua fraqueza. É aos humildes que Deus dá a sua graça. Assim também nós somos levados a nos inclinar para a criancinha, a ajudá-la e dar-lhe tudo que podemos, enquanto que nos afastamos da criança pretensiosa que perdeu sua graça e a simplicidade da infância em troca de uma vaidade ridícula.
O cristão quando é verdadeiramente humilde, começa e continua como deve sua viagem para a eternidade; sem precipitação alguma, ele chegará muito alto. Ele não deseja de modo desregrado sua própria excelência, não se estima como digno de grandes coisas; mais ele é humilde, mais ele ama a Deus e deseja glorificá-lo, desprezando sua própria excelência, cuja procura diminuiria em si o esplendor da glória divina.
Este princípio de infância espiritual foi ensinado por todos os santos, especialmente os fundadores da Ordem, na formação de seus discípulos. O Senhor, nos últimos tempos, nos lembrou de uma maneira singularmente eloqüente e persuasiva este espírito na pessoa de Santa Teresa do Menino Jesus. Esta necessidade se fazia sentir. Nossa época não conhecia mais, por causa de sua presunção e de seu frenesi, estas qualidades da verdadeira infância sem as quais não se terá nunca as qualidades da adolescência nem as de uma idade mais avançada. Ao mesmo tempo em que ela nos lembra a humildade, Santa Teresa do Menino Jesus nos diz toda a confiança filial que devemos ter em Deus e tudo o que Ele está pronto a nos dar para nos prender mais intimamente a Ele. Ela nos mostra admiravelmente as graças sempre novas de luz e de amor que se encontram no caminho normal da santidade.
Para isso não se trata de receber a verdade somente do modo intelectual assim como se escuta com atenção uma conferência interessante. É preciso que a alma inteira, inteligência e vontade, receba a verdade e o bem que lhe são propostos em uma doutrina que, como o dom da sabedoria, [3] é ao mesmo tempo especulativa e prática, doutrina de vida.
É preciso recebê-la humildemente, pelos intermediários que Deus quis que fossem os nossos e que têm a graça de estado para nos esclarecer. Receber “como uma criancinha”, diz Nosso Senhor, com simplicidade, pondo em seguida em prática o que nos foi dito; pois, nesse caso, é pela prática que se vai à teoria, no sentido de que é pela prática das virtudes que nos preparamos para receber a contemplação verdadeiramente viva e saborosa dos mistérios da salvação.
Assim recebe aquele que entrou nesta infância espiritual da qual falava Jesus aos seus discípulos e que é o antípoda das criancices de uma vã e tola pretensão. A presunção, querendo-se elevar muito depressa, não atinge nem mesmo os degraus inferiores da escala espiritual. O espírito de infância de que fala Jesus, ao contrário, predispõe a chegar em tempo normal à verdadeira maturidade que só virá na hora marcada por Deus.
Há, pois, uma grande diferença entre um intelectual apressado em se instruir e um contemplativo. Nosso Senhor alude a isto dizendo: “Eu vos dou graças, Pai, porque escondestes estas coisas aos prudentes e sábios e as revelastes aos pequeninos”.
São José, que não era um intelectual foi certamente um dos maiores contemplativos de todos os tempos; quem pode descrever o aumento de caridade, de inteligência e de sabedoria que ele recebia do Verbo de Deus feito homem, quando, no silêncio da casa de Nazaré, ele o contemplava com amor! O Santo Cura d’Ars que tampouco era um intelectual, também foi, em sua aldeia, um grande contemplativo. Nada via do imenso bem que realizava todos os dias mas via se elevar cada vez mais o ideal do sacerdócio, e dele se julgava sempre mais afastado.
Para ser contemplativo, é preciso não ter a alma inflada de orgulho, é preciso ser simples e humilde em relação a Deus, como uma criança. “Deus superbis resistit humilibus autem dat gratiam” (Tg 4, 6). É aos humildes que Deus dá sua graça e os faz humildes para os cumular de graça. Então seu reino se estabelece verdadeiramente nestas almas, nestas inteligências, nestas vontades, nestes corações.
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Finalmente se realiza o ideal entrevisto e desejado no primeiro dia, segundo o princípio que citamos no começo: em tudo é preciso primeiramente considerar e querer o fim, que só se realizará em último lugar. É preciso não negligenciar os meios inferiores, indispensáveis para a prática cotidiana de nossos deveres de estado, às vezes muito modestos; é preciso não saltar por cima dos degraus mas acelerar lentamente e finalmente se chega ao fim. Com dizia um santo diretor: “Quando trabalhamos assim para o bom Deus chegamos a fazer mais e menos do que tínhamos sonhado”; menos porque sobram sempre lacunas que esperávamos preencher mais ligeiro, e que o Senhor deixa para nos manter humildes; mas também avançando seriamente, fazemos mais do que havíamos sonhado, pois o bom Deus, por sua graça, fecunda nossos esforços além de nossas esperanças. “Deus, qui dives est in misericordia... convivificavit nos in Christo, et conresuscitavit et conculis supervenientibus abundantes divitias gratiæ suæ in bonitate super nos in Christo Jesu” (Ef 2, 4). “Deus que é rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, mesmo quando estávamos mortos pelos pecados, nos convivificou em Cristo (por cuja graças fostes salvos); e com ele nos ressuscitou e fez sentar nos céus com Cristo Jesus, para mostrar, nos séculos futuros, a infinita riqueza da sua graça, por sua bondade para conosco em Jesus Cristo”.
Uma vida bela, diz-se, é um pensamento da juventude realizado na idade madura, e realizado muitas vezes sem que saibamos, porque a alma voltada para Deus, não se volta mais para si mesma.
Evitamos assim dois tropeços: o dos idealistas que nada realizam, ou fazem só a aparência do bem, e o daqueles que se dizem práticos e perdem de vista a altura do fim a atingir.
Os idealistas no mais das vezes, se contentam em conceber o ideal e admirá-lo; quando procuram realizá-lo não pensam, como deviam, nos meios inferiores e no entanto indispensáveis. Esquecem que para fazer uma bela estátua de Cristo, não é suficiente se ter um belo modelo, é preciso também ver se a argila que se vai usar não é nem muito úmida nem muito seca. Estando atentos apenas à forma e não à matéria, podem muitas vezes fazer monstros, aplicando uma forma belíssima a um objeto que está longe de ter a disposição necessária para recebe-la. Ou ainda fazem uma imitação no campo da espiritualidade, dando aos iniciantes uma direção que convém aos adiantados.
Por outro lado a atenção dada aos meios às vezes ínfimos, porém necessários, não deve nos deixar cair em minúcias, como acontece com o espírito esmiuçador que, sob o pretexto de ser muito prático, perde de vista a elevação do fim a atingir. Falando desses meios ínfimos, o tom e o acento devem lembrar a grandeza do fim; é preciso sentir, na prática das virtudes morais, o sopro e o élan das virtudes teologais que devem inspirá-las, o espírito de fé, de confiança e de amor de Deus.
É por isso que convém ler livros ascéticos escritos por espirituais que, como o autor da Imitação, não esquecem que a ascese é ordenada à mística, como coroamento normal, que as almas generosas alcançarão na hora querida pelo Senhor.
Assim são resolvidas muitas dificuldades e evitam-se muitos erros práticos em espiritualidade. Não nos intrometemos, como os quietistas, nas vias místicas nem simulamos, antes da hora, o repouso da contemplação. Esta é infusa e só Deus pode dá-la. Mas Ele tem o hábito de concedê-la às almas verdadeiramente humildes e generosas que, fazendo cada coisa a seu tempo, não negligenciaram as virtudes pequenas, a prática exata de seus deveres de estado, e que, pela comunhão quotidiana, cada dia mais fervorosa, pela aceitação sobrenatural da cruz, se encaminham para a intimidade da união divina.
Então, no crepúsculo da vida, a realização se encontra com a intenção primeira. Esta, desde o começo, devia ser reta, pura, elevada e eficaz; essas qualidades não cessaram de aumentar nela; ultrapassou-se o idealismo e chegou-se a um santo realismo que não foi obtido pela diminuição do ideal mas pela fidelidade constante Àquele único que pode, como Ele o disse, dar a vida e a dar com abundância: Veni ut vitam habeant, et abundantius habeant (Jo 10, 10).
(Trad: Anna Luiz Fleichman. "Perfection Chretienne et Contemplation", págs. 779ss, vol. II. Revista Permanência, Set.-Out. 77)
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