Seja por sempre e em todas partes conhecido, adorado, bendito, amado, servido e glorificado o diviníssimo Coração de Jesus e o Imaculado Coração de Maria.
Pax Domini sit semper tecum
Item 4º do Juramento Anti-modernista São PIO X: "Eu sinceramente mantenho que a Doutrina da Fé nos foi trazida desde os Apóstolos pelos Padres ortodoxos com exatamente o mesmo significado e sempre com o mesmo propósito. Assim sendo, eu rejeito inteiramente a falsa representação herética de que os dogmas evoluem e se modificam de um significado para outro diferente do que a Igreja antes manteve. Condeno também todo erro segundo o qual, no lugar do divino Depósito que foi confiado à esposa de Cristo para que ela o guardasse, há apenas uma invenção filosófica ou produto de consciência humana que foi gradualmente desenvolvida pelo esforço humano e continuará a se desenvolver indefinidamente" - JURAMENTO ANTI-MODERNISTA
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“Eu conservo a MISSA TRADICIONAL, aquela que foi codificada, não fabricada, por São Pio V no século XVI, conforme um costume multissecular. Eu recuso, portanto, o ORDO MISSAE de Paulo VI”. - Declaração do Pe. Camel.
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“Ao negar a celebração da Missa Tradicional ou ao obstruir e a discriminar, comportam-se como um administrador infiel e caprichoso que, contrariamente às instruções do pai da casa - tem a despensa trancada ou como uma madrasta má que dá às crianças uma dose deficiente. É possível que esses clérigos tenham medo do grande poder da verdade que irradia da celebração da Missa Tradicional. Pode comparar-se a Missa Tradicional a um leão: soltem-no e ele defender-se-á sozinho”. - D. Athanasius Schneider
"Os inimigos declarados de Deus e da Igreja devem ser difamados tanto quanto se possa (desde que não se falte à verdade), sendo obra de caridade gritar: Eis o lobo!, quando está entre o rebanho, ou em qualquer lugar onde seja encontrado".- São Francisco de Sales
“E eu lhes digo que o protestantismo não é cristianismo puro, nem cristianismo de espécie alguma; é pseudocristianismo, um cristianismo falso. Nem sequer tem os protestantes direito de se chamarem cristãos”. - Padre Amando Adriano Lochu
"MALDITOS os cristãos que suportam sem indignação que seu adorável SALVADOR seja posto lado a lado com Buda e Maomé em não sei que panteão de falsos deuses". - Padre Emmanuel
24/04/2012
Regina Cæli
23/04/2012
Teologia da Libertação: o Comunismo invade a Igreja
A “Teologia da Libertação” (TL) é o nome dado a esta vertente do modernismo, peculiar à América Latina. Este nome, na verdade, é enganoso; “Teologia” significa “conhecimento, estudo de Deus”- e esta heresia aplica-se apenas à organização social humana. Do mesmo modo, o termo “Libertação” é por eles utilizado como significando algo diametralmente contrário à noção cristã de libertação.
Os erros da TL são muitos, todos eles baseados em uma negação da ação sobrenatural de Deus. “Sobrenatural” é um termo teológico que significa “acima da natureza humana”.
Sabemos, porque a Igreja o ensina, que é pela ação sobrenatural de Deus, pela graça de Deus, que podemos evitar o pecado e alcançar a Santidade.
Sabemos, porque a Igreja o ensina, que o nosso objetivo maior é sermos Santos.
Sabemos, porque a Igreja o ensina, que no fim dos tempos Nosso Senhor Jesus Cristo voltará em glória para julgar os vivos e os mortos e então, só então, haverá um paraíso na terra.
A TL, porém, prega um conceito marxista (inspirado pelo teórico do marxismo - do comunismo -, Carlos Marx) segundo o qual haverá um paraíso na Terra quando os pobres retirarem dos ricos as riquezas e as distribuírem, criando assim uma sociedade sem classes.
O mecanismo desta revolução seria a “luta de classes”: os pobres, revoltando-se contra a sua pobreza, conquistariam o poder e assegurariam uma distribuição igualitária de todos os bens materiais. Para o marxista, logo para o TL, o único pecado que existe é a acumulação de riquezas, vista por eles como essencialmente ruim. Do mesmo modo, eles vêem em qualquer hierarquia um pecado contra a “igualdade” que eles crêem existir entre os homens.
Assim, a TL considera que o que realmente importa é pregar entre os pobres a revolta contra os ricos, com o fim de estabelecer uma sociedade igualitária. Para a TL, a hierarquia eclesiástica é na verdade um “roubo” do poder que pertenceria ao Povo feito pelos Bispos e padres.
Para a TL, a Doutrina da Igreja não interessa, assim como não interessa o céu. Interessa sim a organização de movimentos populares para lutar por reivindicações puramente materiais: terras (como o MST), aumentos salariais, etc.
Vejamos portanto quais são as principais diferenças entre a Doutrina Cristã e a ideologia da TL:
1 - a) Pela Doutrina Cristã, sabemos que o homem tende ao mal devido às conseqüências do Pecado Original. É mais fácil fazer o mal que o bem, e assim os vícios devem ser combatidos e as virtudes incentivadas.
b) Para a TL, o homem é naturalmente bom, mas a organização social “opressora” é má e deve ser combatida.
2 - a) Pela Doutrina Cristã, sabemos que é pela Graça de Deus, infundida e aumentada pelos Sacramentos, que podemos fazer o bem.
b) Para a TL, a graça de Deus é apenas uma expressão, e os Sacramentos são apenas símbolos - a Eucaristia é símbolo da partilha do pão material, o Batismo é símbolo de compromisso com a causa da Revolução comunista, etc.
3 - a) Pela Doutrina Cristã, sabemos que somos chamados à Santidade, ou seja, à libertação do pecado, de que só gozaremos em plenitude no Céu após a nossa morte e na Terra após a nossa ressurreição.
b) Para a TL, “Libertação” significa a obtenção de condições materiais adequadas na terra através de reivindicações políticas: terra, casa própria, sistemas sanitários, etc.
4 - a) Pela Doutrina Cristã, sabemos que a propriedade particular é uma coisa boa e querida por Deus; é perigoso o apego aos bens materiais, mas ser rico não é pecaminoso.
b) Para a TL, a propriedade particular é uma abominação, o único pecado existente. O apego aos bens materiais - terra, casa, etc. - porém, é visto por eles como um bem. O objetivo do homem, para eles, é justamente lutar por bens materiais.
5 - a) Pela Doutrina Cristã, sabemos que a Hierarquia da Igreja é instituída e mantida por Deus.
b) Para a TL a existência da Hierarquia é sinal de um roubo de poder que deveria pertencer ao “Povo”. É por isso que nas dioceses ainda em poder da TL, não são incentivadas as vocações sacerdotais e as paróquias são substituídas por comunidades dirigidas por leigos.
6 - a) Pela Doutrina Cristã, sabemos que é essencial conhecer e seguir a Verdade para podermos chegar à Santidade.
b) Para a TL qualquer pessoa que “lute contra a opressão”, ou seja, que participe da subversão comunista, é um modelo a ser seguido, ao passo que, por exemplo, um Santo que tenha se dedicado apenas à oração é um exemplo do que deve ser evitado. Assim Che Guevara, Fidel Castro e outros comunistas são considerados por eles como modelos a seguir, enquanto Santa Terezinha do Menino Jesus é para eles um exemplo de vida inútil.
7 - a) Pela Doutrina Cristã, sabemos que a oração é de suma importância, e a alma, por ser imortal, deve ser cuidado com mais cuidado que o corpo, evitando-se o pecado e buscando-se a Virtude.
b) Para a TL, a alma não importa, a oração é vista apenas como uma preparação para a ação política e o pecado pessoal não existe. Não há problema em roubar, mentir, cometer adultério, matar até. O único pecado seria o pecado social, ou seja: ter bens materiais em quantidade maior que outras pessoas. Assim, para a TL, todo pobre é santo e todo rico é bandido.
Devemos, portanto, procurar evitar ao máximo a leitura de livros e folhetos escritos pela TL, assim como procurar sempre impedir suas investidas em nossas regiões, principalmente através da oração. Alguns dos autores TL mais conhecidos são: Gutiérrez, Leonardo Boff (frade franciscano que apostatou, traiu seus votos e hoje vive com uma mulher casada), Frei Betto, Marcelo Barros...
22/04/2012
Por que usar o véu?
USE SUA MANTILHA COM PRAZER
É bom esconder o que se passou?
19/04/2012
A má prática como a má doutrina
Texto retirado do livro "O Derradeiro Combate do Demônio", Cap. 13
18/04/2012
17/04/2012
A SANTA MISSA - UMA BREVE EXPLICAÇÃO SOBRE O SANTO SACRIFÍCIO
Além de utilizar os fatos ocorridos no Antigo Testamento com a finalidade de preparar os homens para o que seria revelado no Novo Testamento, Deus se utilizou também das profecias.
E é assim que vemos, no Antigo Testamento, a Santa Missa prefigurada por muitos fatos e também predita pelos profetas.
O profeta Malaquias nos mostra Deus irritado com as negligências e as provas de má vontade dos sacerdotes judeus da Antiga Lei quando ofereciam os sacrifícios:
“O filho honra seu pai, e o servo reverencia o seu senhor. Se eu, pois, sou vosso pai, onde está a minha honra? E se eu sou o vosso Senhor, onde está o temor que se me deve? diz o Senhor dos exércitos. Convosco falo, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome, e que dizeis: em que desprezamos nós o teu nome? Vós ofereceis sobre o meu altar um pão imundo, e dizeis: Em que te profanamos nós? Nisso que dizeis: A mesa do Senhor está desprezada. Se vós ofereceis uma hóstia cega para ser imolada, não é isto mau? E se ofereceis uma que é coxa e doente, não é isto mau? Oferecei estes animais ao vosso governador, e vereis se eles lhe agradarão, ou se ele vos receberá com agrado, diz o Senhor dos Exércitos” (Mal. 1, 6-8).
Diante disto, Deus, pela boca do profeta, se mostra resolvido a rejeitar e abolir os sacrifícios antigos: “O meu afeto não está em vós, diz o Senhor dos exércitos; nem eu receberei algum donativo de vossa mão” (Mal 1, 10).
E passa a anunciar um Sacrifício Novo, oferecido em toda a terra: “Porque desde o nascente do sol até o poente é o meu nome grande entre as gentes, e em todo lugar se sacrifica e se oferece ao meu nome uma oblação pura” (Mal. 1, 11).
A expressão “do nascente do sol até o poente” é usada nas Escrituras para significado mundo inteiro. A palavra “gentes” é sempre empregada na Escritura para significar os gentios, os povos que não são o povo israelita.
Esta oblação a que o profeta se refere não é tomada no sentido metafórico de oração ou sacrifício espiritual ou esmola: ela vem substituir os sacrifícios dos sacerdotes da Antiga Lei.
E não se refere diretamente ao Sacrifício cruento da Cruz, pois este foi oferecido em um só lugar, uma vez só, no monte Calvário, ao passo que aqui se trata de um sacrifício oferecido em todo lugar, de modo a tornar o nome do Senhor engrandecido entre as gentes: a Santa Missa, renovação incruenta daquele mesmo Sacrificio do Calvário.
O fato de Deus ter usado de figuras e profecias no Antigo Testamento com a finalidade de preparar o povo escolhido para aceitar o Sacrifício da Missa mostra-nos a grande importância deste mesmo Sacrifício e a grande estima que Deus tem por ele. A finalidade deste pequeno trabalho é tornar mais conhecido este Sacrifício tão estimado por Deus e que tem tão grande valor, expondo seu significado e as verdades que ele exprime, e que estão contidas em cada palavra e ação do sacerdote.
Primeira parte: o Sacramento da Eucaristia
Do que é a Santíssima Eucaristia e da presença real de Jesus Cristoneste Sacramento
A Eucaristia é um Sacramento que, pela admirável conversão de toda a substância do pão no Corpo de Jesus Cristo, e de toda a substância do vinho no seu preciso Sangue, contém verdadeira, real e substancialmente o Corpo, Sangue, Alma e Divindade do mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor, debaixo das espécies de pão e de vinho, para ser nosso alimento espiritual.
Sim, na Eucaristia está verdadeiramente o mesmo Jesus Cristo que está no Céu e que nasceu, na terra, da Santíssima Virgem.
Eu acredito que no Sacramento da Eucaristia está verdadeiramente presente Jesus Cristo porque Ele mesmo o disse, e Ele, sendo Deus, não pode mentir. E assim no-lo ensina a Santa Igreja.
A hóstia antes da consagração é pão de trigo.
Depois da consagração, a hóstia é o verdadeiro Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo, debaixo das aparências de pão.
No cálice, antes da consagração, está vinho de uva com algumas gotas de água.
Depois da consagração, há no cálice o verdadeiro Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, debaixo das aparências de vinho.
A conversão do pão no Corpo e do vinho no Sangue de Jesus Cristo de faz precisamente no ato em que o sacerdote, na Santa Missa, pronuncia as palavras da consagração.
A consagração é a renovação, por meio do sacerdote, do milagre operado por Jesus Cristo na Última Ceia, quando mudou o pão e o vinho no seu Corpo e no seu Sangue adorável, por estas palavras: Isto é o meu Corpo; este é o meu Sangue.
Esta miraculosa conversão, que todos os dias se opera sobre os nossos altares, é chamada pela Igreja de transubstanciação.
Foi o mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor, Deus onipotente, que deu tanto poder às palavras da consagração.
Jesus Cristo instituiu o Sacramento da Eucaristia na Última Ceia que celebrou com seus discípulos, na noite que precedeu sua Paixão.
Jesus Cristo instituiu a Santíssima Eucaristia por três razões principais: 1a. para ser o sacrifício da Nova Lei; 2a. para ser alimento de nossa alma; 3a. para ser um memorial perpétuo da sua Paixão e Morte, e um penhor precioso do seu amor para conosco e da vida eterna.
A Eucaristia não é somente um Sacramento; é também o sacrifício permanente da Nova Lei, que Jesus Cristo deixou à Igreja, para ser oferecido a Deus pelas mãos dos seus sacerdotes.
Este sacrifício da Nova Lei chama-se Santa Missa.
A Santa Missa é a renovação do sacrifício que Jesus Cristo fez no Calvário. Entretanto, o sacrifício do Calvário foi feito por Jesus Cristo de forma cruenta, isto é, com derramamento de sangue, ao passo que na Santa Missa esse mesmo sacrifício é renovado por Jesus Cristo de forma incruenta, isto é, sem derramamento de sangue. Na Santa Missa Nosso Senhor Jesus Cristo se imola novamente para nossa salvação, como Ele fizera no Calvário, embora na Santa Missa seja sem sofrimento físico.
Sim, o Sacrifício da Missa é substancialmente o mesmo que o da Cruz, porque o mesmo Jesus Cristo, que se ofereceu sobre a Cruz, é que se oferece pelas mãos dos sacerdotes, seus ministros, sobre os nossos altares. Mas quanto ao modo como é oferecido, o sacrifício da Missa difere do da Cruz, conservando todavia a relação mais íntima e essencial com ele.
Entre o Sacrifício da Missa e o sacrifício da Cruz há esta diferença e esta relação: Jesus Cristo sobre a Cruz se ofereceu derramando o seu sangue e merecendo para nós; ao passo que sobre os altares Ele se sacrifica sem derramamento de sangue, e nos aplica os frutos de sua Paixão e Morte.
O Sacrifício da Cruz é o único sacrifício da Nova Lei, porque por meio dele Nosso Senhor aplacou a Justiça Divina, adquiriu todos os merecimentos necessários para nos salvar, e assim consumou de sua parte a nossa redenção. São estes merecimentos que Ele nos aplica pelos meios que instituiu na sua Igreja, entre os quais está o Santo Sacrifício da Missa.
Oferece-se o Santo Sacrifício da Missa para quatro fins: 1o. para adorá-lo como convém, e sob este aspecto o sacrifício é latrêutico; 2o. para Lhe dar graças pelos seus benefícios, e sob este aspecto o sacrifício é eucarístico; 3o. para aplacá-lo, para Lhe dar a devida satisfação pelos nossos pecados, e sob este aspecto o sacrifício é propiciatório; 4o.para alcançar todas as graças que nos são necessária, e sob este aspecto o sacrifício é impetratório.
Foi o próprio Jesus Cristo quem instituiu o Santo Sacrifício da Missa, quando instituiu o Sacramento da Eucaristia, e disse que ele fosse feito em memória de sua paixão.
O Santo Sacrifício da Missa oferece-se só a Deus.
A Missa celebrada em honra da Santíssima Virgem e dos Santos é sempre um sacrifício oferecido só a Deus; diz-se, porém, celebrada em honra da Santíssima Virgem e dos Santos para louvar a Deus neles pelos dons que lhes concedeu, e para alcançar, pela intercessão deles, em maior abundância, as graças de que necessitamos.
Toda a Igreja participa dos frutos da Missa, mas particularmente: 1o. o sacerdote e os que assistem à Missa; 2o. aqueles por quem se aplica a Missa, a que podem ser vivos ou defuntos.
Terminada a Missa, devemos das graças a Deus por nos ter concedido a graça de assistir a este grande sacrifício e pedir-Lhe perdão das faltas cometidas enquanto a assistíamos.
Referências:
Extraído do Catecismo Maior de São Pio X ± Quarta parte, Capítulo IV.
Um ato de religião praticado com tanta frequência, tão precioso em suas graças, e tão consolador em seus frutos, é desejoso que se conheça o mais possível, na medida de nossas capacidades.
Podemos conhecê-la mais profundamente estudando seus mistérios, seus dogmas, a moral que ela encerra, e até os menores detalhes de suas cerimônias e orações.
Para que a Santa Missa, que é o centro do culto católico, desperte os mais vivos sentimentos de religião e de piedade.
Devemos conhecer suas palavras sagradas; cada ação e cada movimento do sacerdote; cada palavra que ele pronuncia para nos lembrar que um Deus se imola por nós, e que nós também devemos nos imolar com Ele e por Ele.
Devemos saber as grandes vantagens espirituais que um conhecimento mais íntimo da Santa Missa proporciona aos fiéis, com a explicação literal de suas orações e cerimônias.
Não. Deus supre com a fé o conhecimento que não foi possível adquirir e jamais irá desprezar o sacrifício de um coração arrependido e humilhado (Sal. 50, 19).
Não. Na Igreja nada há de oculto e Ela jamais pretendeu ocultar qualquer mistério aos fiéis, seja da Santa Missa ou de qualquer outra cerimônia litúrgica.
Devemos deixar fora da igreja a indiferença e o tédio, a dissipação e o escândalo e sermos, na igreja, adoradores em espírito e verdade.
Podemos estabelecer o seguinte paralelo:
Cenáculo
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Santa Missa
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Jesus dirige-se ao Cenáculo: acompanhado dos seus
apóstolos, chega ao Cenáculo, onde estava preparada a mesa do sacrifício e da
comunhão.
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O sacerdote dirige-se ao altar, precedido dos seus
ministros, onde tudo está disposto para o sacrifício da Santa Missa.
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Jesus deixa a mesa depois da ceia prescrita pela Lei, humilha-se
ao lavar os pés dos apóstolos e os manda que se lavem mutuamente, voltando,
depois, a ocupar o seu lugar à mesa.
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O sacerdote desce ao pé do altar, mesmo puro de faltas graves,
para lavar-se e purificar-se das faltas mais leves. Por isso o sacerdote faz
a confissão mútua com os assistentes, subindo depois ao altar.
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Jesus senta-se à mesa eucarística: instrui seus apóstolos e lhes dá o
resumo de sua doutrina, dizendo: “ Eu vos dei o exemplo para que façais como
eu fiz” (Jo. 13).
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O sacerdote faz no altar a instrução pública e preparatória, com o
objetivo de explanar estes dizeres profundos de S. Justino: “ Só pode
participar da eucaristia aquele que crê que nossa doutrina é verdadeira, que
recebeu a remissão dos pecados e que vive como Jesus ensina” (Apologia, 2).
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Jesus toma o pão e o vinho num cálice, e os abençoa.
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O sacerdote toma o pão e o vinho num cálice: eis a oblação,
as orações e bênçãos que a acompanham.
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Jesus deu graças, elevando os olhos aos céus: embora os evangelistas
não registrem as palavras de que Jesus se serviu nesta ação de graças,
sabemos pela tradição que Ele enumerou os benefícios da criação, da
providência e da redenção, que iriam se concentrar nesta vítima adorável;
depois o Senhor partiu o pão e o deu aos seus discípulos dizendo: “ Isto é o
meu corpo”; em seguida os deu também o cálice, dizendo: “ Isto é o meu
sangue”. Eis a fórmula da consagração. É a comunhão no Cenáculo.
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O sacerdote emprega as mesmas palavras e gestos no Cânon da
Missa, repetindo a fórmula da consagração: É a comunhão na Santa Missa.
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Jesus pronuncia um hino de ação de graças
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O sacerdote termina o Santo Sacrifício da Missa com a ação de
graças.
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Os apóstolos saíram do Cenáculo com o seu Mestre, e se dirigiram ao Horto das Oliveiras, para serem testemunhas da renovação e da consumação do grande sacrifício da Cruz, da mesma forma que o sacerdote se dirige ao santuário, subindo ao altar.
Podemos estabelecer o seguinte paralelo:
Cenas da Paixão, Morte e Ressureição de Nosso Senhor Jesus
Cristo
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Cenas da Missa
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Jesus ora no Horto, com o rosto prostrado na terra em agonia.
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O sacerdote, ao pé do altar, recita o Confiteor, em humilde
postura.
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Jesus, amarrado, sobe a Jerusalém.
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O sacerdote, cingido com todos os paramentos, sobe ao
altar.
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Jesus foi, de tribunal em tribunal, instruindo o povo, seus acusadores
e seus juizes.
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O sacerdote vai de um ao outro lado do altar, para multiplicar e
difundir a instrução preparatória
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Jesus Cristo, assim que sentenciado
e despojado de suas roupas, oferece seu corpo à flagelação, prelúdio da
sua execução e morte.
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O sacerdote descobre as oblações, retirando o véu que cobre o
cálice e a hóstia, ainda não consagrados, e faz a oferenda do pão e do
vinho, que vão ser consagrados, e cuja substância vai ser
consumida.
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Jesus é pregado na cruz.
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Jesus se torna presente no altar com as palavras da Consagração.
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Jesus é suspenso na Cruz, entre o céu e a terra.
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Como no momento da Elevação, na Missa.
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Jesus expira na cruz.
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O sacerdote parte a Hóstia, indicando, visivelmente, esta morte.
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Jesus é colocado no sepulcro.
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Na Comunhão, Jesus é recebido
pelo sacerdote e pelos fiéis.
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Jesus ressuscita glorioso.
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A ressurreição é significada pelo lançamento de um fragmento da
hóstia consagrada (o corpo de Cristo) no cálice que contém o sangue
de Cristo, na hora em que o sacerdote diz a oração “ Pax Domini sit
semper vobiscum”, fazendo cinco cruzes sobre o cálice e fora dele.
O sacerdote pede o efeito desta vida nova através das orações após a
Comunhão.
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Jesus sobe aos céus, abençoando sua Igreja.
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O sacerdote se despede dos fiéis e os abençoa.
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Jesus envia o Espírito Santo aos seus discípulos.
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No final da missa, é lido o início do Evangelho de S. João, que
nos exorta a tornar‑nos filhos de Deus, dirigidos e movidos pelo seu Espírito,
conforme estas palavras do apóstolo S. Paulo: "aqueles que são
conduzidos pelo Espírito
de Deus, são filhos de Deus" (Rom. 8, 14).
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Nosso Senhor instituiu, após a Última Ceia, a parte essencial das orações e cerimônias da Santa Missa.
As orações e cerimônias das outras partes foram estabelecidas pelos apóstolos, pela Tradição e pela Igreja, que acrescentaram o que convinha à dignidade do Santo Sacrifício, em nada alterando o substancial da Instituição Divina.
3ª Da celebração da primeira Missa e da sua relação com a Paixão e a Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo: as vestimentas do sacerdote
Sim, o sacerdote deve usar vestes específicas para rezar a Santa Missa.
Sim, as vestes que o sacerdote deve usar na Santa Missa nos remetem ao que Nosso Senhor sofreu em sua Paixão e em sua Morte na Cruz.
Sim. Estas vestes nos lembram diversas virtudes que devemos nos esforçar para possuir e diversas boas obras que devemos praticar.
As vestimentas do sacerdote que vai celebrar a Santa Missa são o amito, a alva, o cíngulo, o manípulo, a estola e a casula.
O amito é um véu branco que o sacerdote passa sobre a cabeça e com que cobre os ombros. Remete a coroa de espinhos com a qual Nosso Senhor Jesus Cristo foi coroado. O amito recorda-nos que devemos sempre ter pensamentos puros, combatendo sobretudo aqueles que nos vêm contra a castidade. Lembra-nos também a modéstia das palavras e o cuidado que devemos ter de não conversar inutilmente na Igreja.
A estola é um ornato que o sacerdote traz em torno do pescoço e que cruza sobre o peito. Remete-nos à Cruz que Nosso Senhor carregou. Ela é o símbolo da dignidade e do poder do sacerdote, e nos lembra o respeito que devemos ter para com os padres. O fato da estola ser cruzada no peito do sacerdote significa também a troca que os judeus e gentios fizeram na crucificação de Jesus Cristo, passando os judeus da mão direita para a esquerda e os gentios da mão esquerda para a direita de Deus.
A casula é um manto aberto dos lados e que o sacerdote põe por cima de todos os outros paramentos. Remete-nos ao pano vermelho com o qual os soldados romanos vestiram a Nosso Senhor, para zomba-lo (Jo. 19, 1-3). Lembra-nos a virtude da caridade, que deve animar as nossas obras e orações. Lembra-nos também o jugo da Cruz de Cristo que assumimos no Batismo. E por isso que se desenha uma cruz atrás da casula.
Extraído do “ Catecismo de Perseverança” ± Quarta parte,lição XII ± Abade Gaume ± Porto, Livraria Chardron, 1901, 4ë Edição.
14 de Julho de 1570
Pio Bispo
Servo dos Servos de Deus
Para perpétua memória
Se alguém, contudo, tiver a audácia de atentar contra estas disposições, saiba que incorrerá na indignação de Deus Todo-poderoso e de seus bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo.