Abre os braços, levanta os olhos e o rosto em direcção ao grande Crucifixo de marfim, particularmente adequado para Pio XII. In medio Ecclesiae aperuit os eius: et implevit eum. A Epístola, o Gradual, o Evangelho adquiriam, pronunciados pelo Santo Padre, uma especial solenidade. Sursum corda! Segue-se o Prefácio. Pode isto ser recitado de maneira mais bela e comovente? Depois, um momento de silêncio.
O Santo Padre recorda todos aqueles que se confiaram a ele e contam com a sua oração: reza por todos os seus filhos espalhados pelo vasto mundo. Um dia, perguntei-lhe porquê que o seu Memento durava sempre tanto tempo. Respondeu-me: «Pedem-me continuamente orações: o Sacrifício Divino é, precisamente, o momento em que o Pai Eterno não pode recusar nada e eu uso-o da melhor maneira possível».
A Missa aproxima-se do ponto culminante: rezando com seráfico fervor e com grande paixão, o Santo Padre pronuncia as palavras da Consagração tão lentamente, mas também tão pausadamente, tão ardentes de fé e ricas de amor, que todos os presentes são como que arrastados no sagrado prodígio. Da Cruz, o Eterno Sacerdote olha para o Seu Vigário e concede-lhe o que ele lhe apresenta com fervorosa oração. Novamente, uma longa pausa. Mesmo os entes queridos falecidos não são esquecidos. A Sagrada Comunhão é o momento da união mais íntima com Aquele a quem ele é chamado a imitar e representar na Terra.
De seguida, os braços abrem-se mais uma vez num amplo abraço voltado para o Crucifixo e a bênção do Vigário de Cristo desce não apenas sobre os presentes, mas sobre o mundo inteiro.
Pascalina Lehnert, in Pio XII. Il privilegio di servirlo
Fonte: https://www.diesirae.pt/2020/07/a-missa-do-papa-pio-xii.html?m=1
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