Por Dom Lourenço Fleichman, OSB
A Missa e outras
obrigações
O Santo Sacrifício
da Missa
1) O que é a Missa?
A missa é o sacrifício da Cruz de
Nosso Senhor Jesus Cristo que se realiza sobre o altar.
2) Como pode ser a Missa o sacrifício
de Jesus se este morreu na Cruz há dois mil anos?
Pelo rito da Santa Missa, o mesmo
sacrifício realizado há dois mil anos torna-se presente novamente, de um modo
novo, um modo sacramental, ritual, incruento, ou seja, sem derramamento do
Sangue, mas verdadeiro e eficaz.
3) Porque dizemos que a missa é o
mesmo sacrifício, presente de modo sacramental?
Por que nela aquele mesmo sacrifício
de Jesus se apresenta diante de nós através de sinais sensíveis que realizam a
graça sacramental. Estes sinais, no caso da missa são as espécies consagradas,
o pão e o vinho que, na consagração, se transformam no Corpo e Sangue de Jesus
pelas palavras que o sacerdote pronuncia.
4) A Missa é, então, um Sacramento?
Sim, a Missa é a cerimônia na qual se
realiza o Sacramento da Eucaristia, que é a presença real de Jesus na hóstia
consagrada.
5) Essa presença de Jesus na hóstia
consagrada é um símbolo de Jesus?
Não podemos dizer que seja apenas um
símbolo. Jesus está realmente presente com todo seu ser. Toda a natureza humana
e toda a natureza divina estão presentes na Sagrada Hóstia. Toda a substância
do pão e do vinho se transformaram milagrosamente no Corpo, Sangue, Alma e
Divindade de Cristo.
6) A Igreja católica dá um nome
especial a esta transformação?
Sim, a Igreja definiu o termo de
“transubstanciação” como sendo o único capaz de exprimir o milagre que se opera
na transformação do pão e do vinho no Corpo e Sangue de Jesus.
7) Porque dizemos que a Missa é um
sacrifício eficaz?
Por que pela presença real de Jesus
nós recebemos não apenas a graça sacramental da Eucaristia, mas o autor mesmo
da graça, Jesus Cristo, nosso Deus, a quem adoramos de joelhos. A presença real
de Jesus é a maior graça que uma alma pode receber nesta vida.
8 ) De que modo podemos receber Jesus
na Eucaristia?
Pela Santa Comunhão. Sendo um sinal
sensível do sacrifício de Cristo, quando comungamos, recebemos Jesus como
alimento de nossas almas. Ele vem ao nosso coração de um modo muito real e
eficaz.
9) Como podemos nos preparar para
receber Jesus no coração?
Antes de tudo, uma boa confissão, um
arrependimento sincero dos nossos pecados. Devemos também viver sempre na
presença de Deus, consagrando nosso dia a Ele, desde o levantar e agradecendo
sempre as graças recebidas ao deitar. Na Santa Missa, estar atento ao que
acontece no altar, de preferência seguindo o texto mesmo da missa no missal.
10) Existe algum momento da missa que
seja mais importante do que outros?
O mais importante momento da missa é
a Consagração. Assim que foram ditas as palavras da forma sacramental,
o padre eleva a hóstia e o cálice para serem vistos pelos fiéis. Todos devem
estar de joelhos, compenetrados, silenciosos e em adoração.
11) Existe algum outro momento em que
devemos estar de joelhos obrigatoriamente?
Sim. Quando o sacrário está aberto,
quando a comunhão é distribuída aos fiéis, quando o padre dá a bênção final.
O templo de Deus
A Igreja é a casa de Deus. Lugar de
oração, lugar de silêncio. Nela, nada de profano deve entrar. Toda a vida de
uma igreja gira em torno das coisas de Deus, principalmente do seu culto, do
seu louvor, do seu sacrifício.
12) Qual é a parte principal de uma igreja?
É o altar. Ele é o centro e a razão
de ser da igreja. Todo altar é de pedra, pois é sobre a pedra que se realiza um
sacrifício. No Antigo Testamento vemos diversos exemplos de sacrifícios
oferecidos sobre altares de pedra. Noé, quando sai da arca; Abraão quando vai
sacrificar Isaac; Jacó quando acorda do sonho etc.
A Igreja mantém este costume. Mas o
sacrifício oferecido já não é apenas figurativo do verdadeiro sacrifício, como
no Antigo Testamento, mas o próprio sacrifício por excelência, o único
agradável a Deus, o sacrifício de seu Filho.
13) Qual a primeira coisa que devemos
fazer ao entrar numa igreja?
Molhando os dedos na água benta,
fazemos o Sinal da Cruz. Caminhamos até o lugar em que vamos rezar, fazemos a
genuflexão e nos ajoelhamos para rezar.
14) O que é uma genuflexão?
É um ato de adoração pelo qual dobramos
nosso joelho direito até tocar o solo e voltamos à posição normal.
15) Em que momento devemos fazer a
genuflexão?
Quando entramos na igreja, antes de
sair da igreja e cada vez que passamos na frente do sacrário.
16) Existe algum outro tipo de genuflexão?
Sim. Devemos genuflectir com os dois
joelhos sempre que o Sacrário estiver aberto, ou que um padre estiver elevando
a hóstia na consagração de uma missa e que entrarmos nessa hora na igreja, ou
ainda se o padre estiver distribuindo a comunhão. Também devemos fazer esta
genuflexão com os dois joelhos quando o Santíssimo Sacramento estiver exposto
na Custódia, para nossa adoração.
17) Como se faz esta genuflexão com
os dois joelhos?
Devemos nos por de joelhos
completamente, fazer uma leve inclinação com a cabeça e nos levantar-mos em
seguida.
18) Além da água benta, da genuflexão
e da oração, o que mais se pede quando se entra numa igreja?
Devemos estar vestidos corretamente,
sem bermudas ou shorts, sem chinelos mas bem calçados, sem camisetas de alça,
mas com camisas de mangas. Os homens e rapazes devem evitar as blusas com
desenhos espalhafatosos, de esportes e coisas parecidas. As mulheres não podem
entrar numa igreja com os ombros descobertos, sem mangas ou com mini-saias.
19) É obrigatório para as mulheres o
uso do véu?
Desde São Paulo até bem pouco tempo
sempre foi pedido às mulheres que cobrissem a cabeça dentro da Igreja. Esse é o
costume que mantemos em nossas igrejas. Não somente porque está assim na
Bíblia, mas também porque isso favorece o recolhimento e a oração.
20) Porque as mulheres devem vir à
igreja de saias?
Porque as calças compridas dão a elas
um ar menos feminino, diminuindo a distinção entre os sexos e favorecendo uma
atitude menos recatada. Também por isso a saia deve ser abaixo do joelho. Estes
são os critérios para as vestimentas em nossas capelas e isso tem mantido um
ambiente muito bom, próprio para a oração.
21) Como podemos saber que a Sagrada
Hóstia está presente no Sacrário?
O principal sinal da presença do
Santíssimo é o véu que cobre o Sacrário. Este véu se chama “conopeu” e costuma
ter a cor dos paramentos do dia. Além do conopeu, deve sempre haver uma
lamparina acesa perto do Sacrário.
22) Se o Sacrário estiver vazio, devemos
fazer a genuflexão?
Não. Diante do Sacrário vazio fazemos
apenas uma profunda inclinação ao altar e ao Crucifixo. Neste caso a lamparina
deve estar apagada e o conopeu levantado ou ausente.
A Missa vai começar
23) Em que momento devemos entrar na igreja para o início da Missa?
Devemos chegar sempre alguns minutos
antes para nos recolhermos na oração, preparar o missal e, sendo necessário,
nos confessarmos para poder comungar.
24) É permitido chegar atrasado na
Missa?
Não é permitido chegar atrasado
porque seria uma falta de respeito para com Deus, além de evidente prejuízo
espiritual para as almas.
25) Existe alguma ordem formal da
Igreja sobre isso?
Sim, um dos mandamentos da Igreja
diz: assistir missa completa todos os domingos.
26) E se acontecer algum imprevisto
no meio do caminho?
A Igreja tolera pequenos atrasos não
culposos. Por isso ela considera que, chegando na missa dominical (ou festa de
preceito) até o Evangelho, pode-se ainda comungar. É preciso, no entanto,
evitar sempre o atraso. O prejuízo é muito grande quando se perde as leituras e
o sermão da missa.
27) Qual o melhor lugar para se
assistir à missa?
Em princípio qualquer banco da igreja
deveria servir para a boa assistência. Na prática, constata-se que as pessoas
que ficam no fundo têm a tendência a se dispersar, se distrair, conversar,
fazer sinais aos vizinhos, chamando a atenção para coisas que distraem do
essencial. Evidentemente estes costumes são prejudiciais para as almas e podem
chegar a ser pecado.
28) Qual o melhor modo de se assistir
à Missa?
Usando o missal Latim-Português
podemos acompanhar as belíssimas orações que a Igreja reza durante o Santo
Sacrifício. Com o missal, também podemos acompanhar melhor os gestos e ritos
que são explicados passo a passo.
29) Existe um modo de se entender
melhor as diversas orações que compõem uma missa?
Uma divisão lógica dos textos pode
ajudar a se localizar:
Devemos antes de tudo distinguir
entre
Ordinário da Missa: são as orações
fixas que se rezam em todas as missas
Próprio da Missa: são as orações
daquele dia em particular.
No Próprio de toda missa existem:
- 3 antífonas :
Intróito, Ofertório e Comunhão – As antífonas são pequenos textos que
introduzem um salmo. Na missa, os salmos que seguem estas 3 antífonas ficam
reduzidos a um versículo, como podemos ver no missal.
- 3 orações: Coleta,
Secreta e Pós-comunhão – A Coleta é a oração sobre os fiéis, nossas
necessidades espirituais. A Secreta é a oração sobre as secretas, termo antigo
que designava o pão e vinho separados no Ofertório para serem consagrados. A
pós-comunhão é a oração de ação de graças pelo alimento sacramental que
acabamos de receber.
- 2 leituras, Epístola e
Evangelho. Entre as duas curtas meditações que variam de acordo com a época
do Ano Litúrgico: Gradual, Aleluia, Trato.
30) Existe ainda outras divisões que possam
ajudar a assistir à Missa?
Sim. Considerando a missa de modo
cronológico, podemos distinguir três partes.
31) Como se chama a primeira parte da
missa?
Chama-se Missa dos Catecúmenos. Assim
chamada porque, sendo formada pela parte penitencial e de instrução, era
assistida também pelas pessoas que se preparavam para o batismo (os
catecúmenos). Estes deviam deixar a igreja após o Credo. Os Santos Mistérios só
podiam ser assistidos pelos batizados. Já não se tem este costume, mas o nome
permanece. Também se chama a esta parte de Ante-missa.
32) Quais as orações da Missa dos
Catecúmenos?
Orações ao pé do altar, com o
Salmo Judica me (42) e o Confiteor.
Intróito, Coleta e a parte da
Instrução: epístola, evangelho, sermão e o Credo, que é a profissão de fé
católica.
33) Qual a segunda parte da Missa?
É a Missa dos Fiéis. Na antiguidade,
todos os que, já sendo batizados e tendo podido confessar-se, estavam aptos
para assistir o Santo Sacrifício e comungar.
34) Quais as orações ou partes da
Missa dos Fiéis?
Ofertório, com o oferecimento do pão
e do vinho que serão consagrados
Prefácio, longo canto que exprime o
mistério da missa do dia.
Cânon, parte central da Missa. São as
mais belas orações que o padre reza em silêncio e que têm seu ápice na
Consagração.
Pai Nosso, rezado apenas pelo
celebrante porque este ocupa o lugar de Cristo, que o rezou sozinho para
ensinar aos Apóstolos
Comunhão
Orações finais
35) Qual a posição que devemos adotar
ao longo da missa?
De joelhos:
- orações ao pé do altar até o final
do Kyrie (nas missas de roxo ou preto até o fim da Coleta)
- do final do Sanctus até antes do
Pai Nosso
- do Agnus Dei, durante toda a
comunhão, até que o padre venha rezar a antífona da comunhão
- na bênção final
De pé:
- no Glória
- no Evangelho
- no Orate Fratres até o fim do
Sanctus
- no Pai-Nosso até o Agnus Dei
- na antífona da comunhão até o fim
do Ite Missa Est.
- no último Evangelho
Sentado:
- durante a Epístola até que o padre
entoe o Evangelho
- durante o ofertório até que o padre
entoe o Orate Fratres
- é permitido, mas não recomendado,
sentar-se após o sacrário ser fechado, depois da comunhão (nunca se sentar
durante a distribuição da comunhão ou com o sacrário aberto).
Seria uma falta não estar de joelhos: (salvo
doença)
- na consagração
- a partir do Ecce Agnus Dei, quando
o padre mostra a hóstia, até que o Sacrário seja fechado
- na bênção final
36) O que se deve fazer após a
comunhão?
Quando nos levantamos da mesa de
comunhão, carregamos Jesus no coração. Toda nossa atenção deve estar voltada ao
hóspede divino que nos vem visitar com tanto amor e misericórdia. Uma atitude
compenetrada, o olhar voltado para baixo, silêncio na alma e no corpo. Chegando
ao nosso lugar, ficamos de joelhos, procuramos fechar os olhos e rezar em
silêncio, saboreando este encontro sublime com Nosso Salvador. Podemos também,
para ajudar a concentração, rezar as orações tradicionais de “ação de graças”,
como se encontram no próprio missal ou nos livros de oração.
37) Quando o padre sai da igreja, no
final da missa, devemos sair também?
Quanto vale um só instante com Jesus
presente em nós? Vale a pena prolongar nossas orações e nosso silêncio,
principalmente se considerarmos que durante a semana, são raros os momentos de
silêncio e oração. Fiquemos alguns instantes com Jesus em ação de graças, após
a Santa Missa. O padre também volta à igreja para rezar sua ação de graças.
Procuremos não impedi-lo, com nossas necessidades, de fazer sua ação de graças.
O uso do missal
38) Como podemos nos localizar melhor
quando seguimos a missa no missal?
- O Ordinário da Missa fica no meio
do missal. Ponha um marcador reservado para o Ordinário. É a parte fixa que se
reza em todas as missas.
- Temporal : Toda a parte que precede
o Ordinário é chamado de Temporal (missas próprias para o tempo): engloba todas
as missas dos domingos ao longo do ano além de algumas outras missas que podem
cair em dia de semana mas que estão inseridas nos mistérios da vida de Jesus
Cristo: Natal, Epifania e outras. Ponha um marcador reservado também para
esta parte
- Santoral : Logo depois do Ordinário
vem o Santoral. Missas dos Santos. Dividido em duas partes:
- Comum dos Santos – são missas indicadas para diversos santos : comum dos
confessores, ou comum dos mártires etc. No dia do santo está indicada a página
quando se deve usar a missa do comum. Ponha um marcador par o Comum dos santos.
- Próprio dos Santos – são as missas indicadas no dia mesmo do santo. Junto com
a missa vem uma breve notícia histórica sobre a vida do santo. Vale a pena
abrir todos os dias o missal para acompanhar os santos de cada dia. Ponha um
marcador para o próprio dos santos.
- Missas votivas – São missas que
rememoram algum mistério fora de época, para quando não houver nenhuma missa
indicada naquele dia.
- Missa dos defuntos – todas as
orações que devemos fazer nos enterros e nas doenças graves para pedir a Deus
pelos nossos parentes e amigos.
- Manual de orações – muitas orações,
ladainhas, consagrações, hinos, cânticos se encontram ainda no fim do missal.
Não deixe de conhecer profundamente todas elas.
Outras obrigações
dos fiéis
39) Além da assistência à Santa
Missa, o que mais é pedido aos fiéis?
A Santa Igreja em sua sabedoria e
para o bem de nossas almas, maior glória de Deus e para nossa salvação, pede
ainda outras obrigações, que devemos procurar realizar com espírito de
obediência e amor por Deus Nosso Senhor. São os chamados “Mandamentos da
Igreja”.
40) Quais são esses Mandamentos?
São cinco:
- Assistir a missa inteira aos
domingos e dias Santos de Guarda
- Confessar-se uma vez por ano pelo
menos
- Comungar por ocasião da Páscoa
- Fazer jejum e abstinência nos dias
prescritos
- Dar o dízimo segundo o costume
41) Porque a Igreja nos obriga a
confessar e comungar na Páscoa?
Sendo a mais importante festa do Ano
Litúrgico, centro dos mistérios da vida de Nosso Senhor, a Igreja considera que
todos os católicos devem realizar este mínimo de amor por Jesus Sacramentado.
Não significa que esta comuhão seja suficiente. O ideal seria que comungássemos
todos os domingos. Mas a obrigação da comunhão pascal nos impele a fazer um bom
exame de consciência. Quantas pessoas receberam a graça da conversão devido à
confissão para a comunhão pascal.
42) Quais os dias Santos de Guarda?
Na Igreja Universal são dias santos
de Guarda:
- Oitava de Natal (1º de janeiro)
- Epifania (6 de janeiro)
- São José (19 de março)
- Ascensão de Nosso Senhor
- Corpus Christi
- São Pedro e São Paulo (29 de junho)
- Assunção de N. Senhora (15 de
agosto)
- Todos os Santos (1º de novembro)
- N. Sra da Conceição (8 de dezembro)
Em cada país a legislação muda quanto
aos dias feriados. Todos os católicos devem fazer um esforço para ir à Santa
Missa nos dias santos de Guarda quando não for feriado.
43) Quais os dias de jejum obrigatório?
Atualmente, apenas na Quarta-feira de
Cinzas e na Sexta-feira Santa. Mas o espírito da Quaresma nos move a jejuar com
maior frequência, mesmo não sendo de obrigação.
44) Ainda é de rigor a abstinência de carne nas sextas-feiras?
Sim. Toda sexta-feira do ano devemos
nos abster de comer carne (podemos comer peixe), em honra e em memória das
dores da Paixão de Cristo.
45) Porque existe a obrigação do dízimo?
Os padres não recebem salários, mas
se dedicam em tempo integral às almas. Vivem atentos a todas as necessidades
espirituais, e muitas vezes, às necessidades materiais dos seus fiéis. Nada
mais justo que as famílias prevejam a subsistência do seu padre.
46) Como se paga o dízimo em nossas
Capelas?
Cada família costuma deixar no início
do mês uma quantia para este fim. Ela varia de acordo com as possibilidades de
cada. Mas todos devem estar atentos para não faltar, de modo a cumprir esta
grave obrigação que a Igreja nos impõe, em nome da Caridade e que não deixa de
reverter-se para o bem dos próprios fiéis.
Fonte:
http://osegredodorosario.blogspot.com.br
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