Muitos perguntam, mesmo frequentando todos os dias, o que é a Santa Missa?
Ouvimos constantemente a palavra litúrgia e também rito que muitas vezes fazendo referência a Missa.
Missa é um ato litúrgico instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, que pode ser celebrado em diversos ritos.
Litúrgia é o culto público que Jesus Cristo rende ao Pai, e que os fiéis rendem o mesmo culto ao Pai, por meio de seu Filho Jesus Cristo.
Já o rito é a forma exterior dos atos litúrgicos ou a forma de celebrar o que Jesus Cristo instituiu.
A litúrgia então, é um complexo de sinais sensíveis e coisas sagradas, instituídas por Cristo e pela Igreja, eficazes a seu modo que, por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo, cabeça e sacerdote, na presença do Espírito Santo, santifica a Igreja e presta culto a Deus.
Portanto a litúrgia é um culto e a Missa é um dos atos do culto, que pode ser celebrada em diversos ritos.
Dizer então, Missa Tridentina, Missa de São Pio V, Missa de Sempre etc, é um termo errôneo pois Missa é Missa. Usa-se para distinguir de outras formas de ritos existentes na Igreja, principalmente do rito instituído pelo papa Paulo VI, a chamada Missa Nova, o correto dizer é, Missa no Rito Romano ou ainda no Rito Romano Tradicional.
A Missa é uma obra de Deus, opus Dei, e por tal Ele tem estimas pelas cerimônias, pelo valor que elas representam, sustentadas por três princípios:
- Ele próprio ditou;
- como Ele ditou;
- os castigos para quem não cumprir corretamente as cerimônias.
No Antigo Testamento há citações demostrando o zelo de Deus pelas cerimônias, por seus ritos, pelas rubricas, onde aplica castigos mortais a quem transgredissem:
- como eregir o Tabernáculo: Êxodo 25 ao 27;
- sobre as vestes (paramentos): Êxodo 28;
- transgressão da Lei: Levítico 26, 11;
- o cuidado com o Tabernáculo: Números 1, 50,
- castigo à Nadab e Abiu por não observarem o rito corretamente: Números 3, 4;
- castigo à Oza por não ter o devido zelo pelas rubricas: 2° Reis 6, 6 e 7;
- importância de aprender as cerimônias: Deuteronômio 5, 1.
A litúrgia foi instituída para os padres (sacerdotes) a fim de prepará-los para as ações divinas, aumentar a fé e para terem respeitos para com as cerimônias e ao povo para melhor conhecer as grandezas dos mistérios e melhor estimá-los.
O culto pode ser interior, exercido pelas faculdades sensíveis ou exterior, exercido pelos órgãos corporais. No culto interior inclui o exterior.
As excelências da litúrgia, as suas aplicações, nos dá princípios e meios para a santificação, não apenas particular, mas para toda sociedade, é um meio de aprendizado, aprender as virtudes e expressar a nossa fé.
A Missa é a renovação do Sacrifício da Cruz no Calvário realizado nos altares.
Sacrifício, de forma larga, é uma mortificação, uma renúncia e de forma estrita, é um ato de virtude de religião derivada da justiça (doar a cada um o que é seu e a religião dar a Deus o que é devido, impossível, mas é uma parte potencial).
Atos da virtude são: a oração, a devoção, a adoração e a oblação.
Quanto mais perfeito é o Sacrifício mais perfeito são os atos da virtude e mais frutos valos colher.
O Sacrifício é, por tanto, o oferecimento externo de uma coisa sensível ou a destruição dela, realizada pelo sacerdote, para honrar a Deus e testemunhar o seu soberano domínio sobre nós e a nossa total submissão a Ele.
Como a destruição do Templo de Jerusalém, os judeus deixaram de realizar o Sacrifício buscando, desde então, a construção do terceiro Templo, para voltarem a realizar sacrifícios e como a Missa é um Sacrifício evidente em seu Rito Romano Tradicional, os judaizantes (judeus, protestantes, maçons, socialistas, comunistas, islâmicos e etc) odeiam, detestam, têm completa aversão à Santa Missa decodificado na Bula Quo Primum Tempore que, além de evidenciar o Sacrifício, oferece a vítima Santa e o realiza o culto devido à Deus.
O Sacrifício só pode ser oferecido à Deus e só o sacerdote pode oferecê-lo.
A Missa possui quatro fins, sem os quais não há sacrifício: latrêutico ou adoração; eucarístico ou ação de graças; impetratório ou petição (pedir a Deus os benefícios que necessitamos) e expiatório ou propiciatório (reparação de nossos pecados).
A sua eficácia pode ser:
- Finita: tanto por parte do sacrifício como pelo agente (Antigo Testamento);
- Infinita: pelo Sacrifício (calvário/Cruz) como pelo Sacerdote (Jesus Cristo)
- Infinita pelo Sacerdote (Jesus Cristo) e finita pelos quem os beneficia (Missa).
Frutos da Missa:
- Generalíssima: para a Igreja, para toda humanidade. Todos obtem graças por cada Missa rezada, toda humanidade se beneficia, todas as almas do purgatório.
- Geral: para todos aqueles que assistem à Missa, que se faz presente (Memento dos Vivos): “Lembrai-Vos, Senhor, de vossos servos e servas N. e N. e de todos os que aqui estão presentes, cuja fé e devoção conheceis, e pelos quais Vos oferecemos, ou eles Vos oferecem, este Sacrifício de louvor por si e por todos os seus, pela redenção de suas almas, pela esperança de sua salvação e de sua conservação e consagram suas dádivas a Vós, o Deus eterno vivo e verdadeiro”.
- Especiais: alcançadas pelas intenções particulares do padre.
O rito da Missa faz diferença e tem três funções, criar respeito, reverência e para instruir (pelos gestos e palavras) e também serve para dispor a alma para receber a graça do sacramento. O rito não é essencial, nem supérfluo, mas necessário.
O culto deve ser “o mais perfeito possível”. O culto perfeito somente no céu com os anjos, que estão em sintonia com o culto realizado na terra.
Fala-se muito em participação ativa interpretada como uma participação exterior (responder, gesticular). A verdadeira participação é a espiritual, saber o que está acontecendo e ter em mente as quatro finalidades da Missa.
Jesus Cristo é o sumo sacerdote e a Missa é um ato de culto da Igreja que é renovada através do Ministério Sacerdotal, ou seja, o Sacerdote agindo em Persona Cristi, representa com isso a participação no sacerdócio de Nosso Senhor.
Os fiéis devem revestir dos mesmos sentimentos de Jesus Cristo, os sentimentos que Ele teve ao oferecer Ele mesmo na Cruz, buscar as quatro finalidades. Isso é o essencial da participação, nos unindo à Nosso Senhor Jesus Cristo, por meio do sacerdote e com as quatro finalidades adoração, ação de graças, propiciatório e impetratório.
Devemos nos oferecer em oblação unindo ao sacrifício da Missa, oferecer nossas alegrias e nossas tristezas, nos vitórias e nossas derrotas, nossa riqueza e nossa pobreza, nossa saúde e nossa doença.
Participar não é imitar gestos, não é, primeiramente, um ato exterior, não é repetir orações, é oferecer-se como vítima.
O rito serve para nos dar as disposições para que possamos receber os sacramentos, o seu desenvolvimento nos levam a isso, a evolução do Rito Romano nos movem a cada gesto a praticar as quatro finalidades.
Quando vamos a Missa recebemos mais graças do que todas as Missas celebradas por nossas intenções.
“Suplico-vos, não vos transformeis em benevolência inoportuna para mim. Deixai-me ser comida para as feras, pelas quais me é possível encontrar Deus. Sou trigo de Deus e sou moído pelos dentes das feras, para encontrar-me como pão puro de Cristo” – Santo Inácio de Antioquia – Carta aos Romanos.
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