Seja por sempre e em todas partes conhecido, adorado, bendito, amado, servido e glorificado o diviníssimo Coração de Jesus e o Imaculado Coração de Maria.

Nota do blog Salve Regina: “Nós aderimos de todo o coração e com toda a nossa alma à Roma católica, guardiã da fé católica e das tradições necessárias para a manutenção dessa fé, à Roma eterna, mestra de sabedoria e de verdade. Pelo contrário, negamo-nos e sempre nos temos negado a seguir a Roma de tendência neomodernista e neoprotestante que se manifestou claramente no Concílio Vaticano II, e depois do Concílio em todas as reformas que dele surgiram.” Mons. Marcel Lefebvre

Pax Domini sit semper tecum

Item 4º do Juramento Anti-modernista São PIO X: "Eu sinceramente mantenho que a Doutrina da Fé nos foi trazida desde os Apóstolos pelos Padres ortodoxos com exatamente o mesmo significado e sempre com o mesmo propósito. Assim sendo, eu rejeito inteiramente a falsa representação herética de que os dogmas evoluem e se modificam de um significado para outro diferente do que a Igreja antes manteve. Condeno também todo erro segundo o qual, no lugar do divino Depósito que foi confiado à esposa de Cristo para que ela o guardasse, há apenas uma invenção filosófica ou produto de consciência humana que foi gradualmente desenvolvida pelo esforço humano e continuará a se desenvolver indefinidamente" - JURAMENTO ANTI-MODERNISTA

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Eu conservo a MISSA TRADICIONAL, aquela que foi codificada, não fabricada, por São Pio V no século XVI, conforme um costume multissecular. Eu recuso, portanto, o ORDO MISSAE de Paulo VI”. - Declaração do Pe. Camel.

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Ao negar a celebração da Missa Tradicional ou ao obstruir e a discriminar, comportam-se como um administrador infiel e caprichoso que, contrariamente às instruções do pai da casa - tem a despensa trancada ou como uma madrasta má que dá às crianças uma dose deficiente. É possível que esses clérigos tenham medo do grande poder da verdade que irradia da celebração da Missa Tradicional. Pode comparar-se a Missa Tradicional a um leão: soltem-no e ele defender-se-á sozinho”. - D. Athanasius Schneider

"Os inimigos declarados de Deus e da Igreja devem ser difamados tanto quanto se possa (desde que não se falte à verdade), sendo obra de caridade gritar: Eis o lobo!, quando está entre o rebanho, ou em qualquer lugar onde seja encontrado".- São Francisco de Sales

“E eu lhes digo que o protestantismo não é cristianismo puro, nem cristianismo de espécie alguma; é pseudocristianismo, um cristianismo falso. Nem sequer tem os protestantes direito de se chamarem cristãos”. - Padre Amando Adriano Lochu

"MALDITOS os cristãos que suportam sem indignação que seu adorável SALVADOR seja posto lado a lado com Buda e Maomé em não sei que panteão de falsos deuses". - Padre Emmanuel

“O conteúdo das publicações são de inteira responsabilidade de seus autores indicados nas matérias ou nas citações das referidas fontes de origem, não significando, pelos administradores do blog, a inteira adesão das ideias expressas.”

10/02/2012

Nossa Senhora de Lourdes


Em 11 de fevereiro de 1858, na vila francesa de Lourdes, às margens do rio Gave, Nossa Mãe, Santa Maria manifestou de maneira direta e próxima seu profundo amor para conosco, aparecendo-se a uma menina de 14 anos, chamada Bernadete (Bernardita) Soubirous.
A história da aparição começa quando Bernadete, que nasceu em 7 de janeiro de 1844, saiu, junto com duas amigas, em busca de lenha na Pedra de Masabielle. Para isso, tinha que atravessar um pequeno rio, mas como Bernadete sofria de asma, não podia entrar na água fria, e as águas daquele riacho estavam muitas geladas. Por isso ela ficou de um lado do rio, enquanto as duas companheiras iam buscar a lenha.
Foi nesse momento, que Bernadete experimenta o encontro com Nossa Mãe, experiência que marcaria sua vida, “senti um forte vento que me obrigou a levantar a cabeça. Voltei a olhar e vi que os ramos de espinhos que rodeavam a gruta da pedra de Masabielle estavam se mexendo. Nesse momento apareceu na gruta uma belíssima Senhora, tão formosa, que ao vê-la uma vez, dá vontade de morrer, tal o desejo de voltar a vê-la”.
“Ela vinha toda vestida de branco, com um cinto azul, um rosário entre seus dedos e uma rosa dourada em cada pé. Saudou-me inclinando a cabeça. Eu, achando que estava sonhando, esfreguei os olhos; mas levantando a vista vi novamente a bela Senhora que me sorria e me pedia que me aproximasse. Ms eu não me atrevia. Não que tivesse medo, porque quando alguém tem medo foge, e eu teria ficado alí olhando-a toda a vida. Então tive a idéia de rezar e tirei o rosário. Ajoelhei-me. Vi que a Senhora se persignava ao mesmo tempo em que eu. Enquanto ia passando as contas ela escutava as Ave-marias sem dizer nada, mas passando também por suas mãos as contas do rosário. E quando eu dizia o Glória ao Pai, Ela o dizia também, inclinando um pouco a cabeça. Terminando o rosário, sorriu para mim outra vez e retrocedendo para as sombras da grupa, desapareceu”.
Em poucos dias, a Virgem volta a aparecer a Bernadete na mesma gruta. Entretanto, quando sua mãe soube disso não gostou, porque pensava que sua filha estava inventando histórias –embora a verdade é que Bernadete não dizia mentiras–, ao mesmo tempo alguns pensavam que se tratava de uma alma do purgatório, e Bernadete ficou proibida de voltar à gruta Masabielle.
Apesar da proibição, muitos amigos de Bernadete pediam que voltasse à gruta; com isso, sua mãe disse que se consultasse com seu pai. O senhor Soubiruos, depois de pensar e duvidar, permitiu que ela voltassem em 18 de fevereiro.
Desta vez, Bernadete foi acompanha por várias pessoas, que com terços e água benta esperavam esclarecer e confirmar o narrado. Ao chegar todos os presentes começaram a rezar o rosário; é neste momento que Nossa Mãe aparece pela terceira vez. Bernadete narra assim a aparição: “Quando estávamos rezando o terceiro mistério, a mesma Senhora vestida de branco fez-se presente como na vez anterior. Eu exclamei: ‘Aí está’. Mas os demais não a via. Então uma vizinha me deu água benta e eu lancei algumas gotas na visão. A Senhora sorriu e fez o sinal da cruz. Disse-lhe: ‘Se vieres da parte de Deus, aproxima-te’. Ela deu um passo adiante”.
Em seguida, a Virgem disse a Bernadete: “Venha aqui durante quinze dias seguidos”. A menina prometeu que sim e a Senhora expressou-lhe “Eu te prometo que serás muito feliz, não neste mundo, mas no outro”.
Depois deste intenso momento que cobriu a todos os presentes, a notícia das aparições correu por todo o povoado, e muitos iam à gruta crendo no ocorrido embora outros zombassem disso.
Entre os dias 11 de fevereiro e 16 de julho de 1858 houve 18 aparições. Estas se caracterizaram pela sobriedade das palavras da Virgem, e pela aparição de uma fonte de água que brotou inesperadamente junto ao lugar das aparições e que deste então é um lugar de referência de inúmeros milagres constatados por homens de ciência.


A Mensagem da Virgem

A Mensagem que a Santíssima Virgem deu em Lourdes, pode ser resumida nos seguintes pontos:
1.- É um agradecimento do céu pela definição do dogma da Imaculada Conceição, que tinha sido declarado quatro anos antes por Pio IX (1854), ao mesmo tempo que assim apresenta Ela mesma como Mãe e modelo de pureza para o mundo que está necessitado desta virtude.
2.- Derramou inumeráveis graças físicas e espirituais, para que nos convertamos a Cristo em sua Igreja.
3.- É uma exaltação às virtudes da pobreza e humildade aceitas cristanamente, ao escolher a Bernadete como instrumento de sua mensagem.
4.- Uma mensagem importantíssima em Lourdes é o da Cruz. A Santíssima Virgem repete que o importante é ser feliz na outra vida, embora para isso seja preciso aceitar a cruz. "Eu também te prometo fazer-te ditosa, não neste mundo, mas no outro"
5.- Em todas as aparições veio com seu Rosário: A importância de rezá-lo.
6.- Importância da oraçao, da penitência e humildade (beijando o solo como sinal disso); também, uma mensagem de misericórdia infinita para os pecadores e do cuidado com os doentes.
7.- Importância da conversão e a confiança em Deus.
PARA VISUALIZAR A MATÉRIA COMPLETA ACESSE: http://www.aveluz.com/lourdes/nossa_senhora_de_lourdes.htm

07/02/2012

NOSSA SENHORA DA DIVINA PROVIDENCIA

A devoção e culto a Nossa Senhora da Divina Providência tem origem na Itália no século XIII. Foi uma devoção muito difundida e popular que posteriormente passou a Espanha onde se levantou o Santuário em Tarragona, Cataluña. 
Ao ser nomeado Bispo de Porto Rico, o catalão Gil Esteve trouxe consigo essa devoção que conheceu nos seus anos de seminarista. Nas mãos da Divina Providência teve que colocar toda sua diocese, pois encontrou a Catedral praticamente em ruínas e a economia em condições ainda piores. A confiança do Bispo e seu trabalho deram frutos rapidamente e antes dos cinco anos já havia sido possível reconstruir o templo, no qual se estabeleceu o culto e a devoção a Virgem da Providência. 
A imagem original venerada pelos Servos de Maria e outras Ordens religiosas italianas, é uma bela pintura a óleo onde aparece a Virgem com o Menino dormindo placidamente em seus braços. Conta-se que o título “Divina Providência” se deve a São Felipe Benício, quinto superior dos Servos de Maria, quem ao invocar a proteção da Virgem um dia em que seus frades não tinham nada que comer, encontrou na porta do convento duas cestas repletas de alimentos sem que se pudesse conhecer sua procedência. 
O título Nossa Senhora da Divina Providência não é novo, pois já era usado em vários santuários da Itália desde o século XII, tendo sempre por objeto quadros e afrescos representando a Virgem Santíssima com o Menino nos braços. Mas só em 1732 se inicia o movimento religioso oficialmente reconhecido pela Santa Sé, o qual se espalhou em todo o mundo, atraindo multidões. 
Um contratempo deu ocasião à inauguração do quadro célebre exposto à veneração pública em Roma. Em 1659 O papa Alexandre VII, da família Chigi, resolveu engrandecer a praça Colonna, e, quando os clérigos de São Paulo entregaram seu convento aos demolidores, cortaram uma parte da parede na qual um artista desconhecido pintara uma imagem de Maria, milagrosa, para levá-la consigo. 
Mas, quando se tratou de colocá-la no lugar que lhe destinaram, o precioso afresco caiu e fez-se em mil pedaços. O arquiteto, sentindo vivamente a perda do afresco, quis indenizar os religiosos, e a grande custo adquiriu um quadro da Virgem, obra-prima de Scipione Puizone. A pintura, que tem 54 cm de altura por 42 de largura, foi colocada no altar do oratório situado no primeiro andar do convento de São Carlos, por ser o local em que os religiosos se reuniam para os exercícios de piedade. 
Descrição da imagem (pintura) que representa Nossa Senhora da Divina Providencia: a Virgem Maria esta revestida de uma túnica purpúrea e de um manto azul; um véu transparente lhe cobre a cabeça, recaindo elegantemente sobre os ombros; ela aperta amorosamente ao seio virginal a criança que segura nos braços e dirige suave olhar para o rosto adorável do mais belo dentre os filhos dos homens. O Menino não tem auréola, o que indica, na opinião de um cônego distinto, que Ele, além de ser o Filho de Deus, representa também os filhos dos homens. A mãozinha de Jesus, agarrada a mão da Virgem, indica a confiança, o abandono, a fé inquebrantável com que o coração humano deve, na hora do perigo, recorrer aquela que é o Refúgio dos atribulados. 
Um dia, revolvendo com a alma cheia de amor os papéis do arquivo, descobriu o jovem Pe. Januário Maffetti um manuscrito da lavra do Pe. Palma, o qual conseguira, a custa de mil angústias, edificar o convento e a igreja de São Carlos. 
A cada página o Pe. Palma proclamava que Maria fora sua única Providência. 
A relação jazia, havia mais de um século, oculta no fundo da biblioteca. 
Movido por celestial inspiração, o jovem religioso mandou tirar uma cópia do quadro original e, não achando na igreja um lugar apropriado para a pintura, suspendeu-a no corredor entre a igreja e o convento. Abaixo do quadro colocou a seguinte inscrição, ditada por seu amor: "Mater Divinae Providentiae". 
Era o dia 13 de julho de 1732, sexto domingo depois de Pentecostes 
Desde então cresceu e se expandiu por toda a parte, autorizada pelos sumos pontífices, a devoção a Nossa Senhora da Divina Providencia, a qual começou a ser divulgada no Brasil com a chegada dos padres barnabitas, em agosto de 1903.

FONTE: http://www.igreja-catolica.com

27/01/2012

Como assistir a Missa?

Era opinião de São João Crisóstomo, opinião aprovada e confirmada por Gregório, no quarto de seus Diálogos, que, no momento em que o padre celebra a Missa, os céus se abrem, e multidões de Anjos descem do Paraíso para assistir ao santo Sacrifício. São Nilo abade, discípulo do mesmo São Crisóstomo, afirma que via, quando este santo doutor celebrava, uma grande multidão daqueles espíritos celestes assistindo os ministros sagrados em suas augustas funções.


Eis o meio mais adequado para assistir com fruto à Santa Missa:
Consiste em irdes à Igreja como se fôsseis ao Calvário, e de vos comportardes, diante do altar, como o faríeis diante do trono de DEUS, em companhia dos Santos Anjos. Vede, por conseguinte, que modéstia, que respeito, que recolhimento são necessários para receber o fruto e as graças que DEUS costuma conceder àqueles que honram, com sua piedosa atitude, mistérios tão santos. Entre os hebreus, enquanto se celebravam os sacrifícios da antiga Lei, nos quais se ofereciam apenas touros, cordeiros e outros animais, era coisa digna de admiração ver com quanto recolhimento, modéstia e silêncio o povo todo acompanhava. E, se bem que o número de assistentes fosse incalculável, além dos setecentos ministros que sacrificavam, parecia, no entanto, que o templo estava vazio, pois não se ouvia o menor ruído, nem um sopro.

Ora, se havia tanto respeito e veneração por esses sacrifícios que afinal, não eram mais que uma sombra e figura do nosso, que silêncio, que atenção, que devoção não merece a Santa Missa, na qual o próprio Cordeiro Imaculado, o Verbo de DEUS, se imola por nós?!

Bem o compreendia Santo Ambrósio. No testemunho de Cesário, quando ele celebrava a Santa Missa, após o Evangelho virava-se para o povo e o exortava a um piedoso recolhimento e impunha a todos guardar o mais rigoroso silêncio, não só proibindo a menor palavra, mas ainda abstendo-se de tossir ou fazer qualquer ruído. E era obedecido. Quem quer que assistisse à Santa Missa do santo Bispo, sentia-se tomado de profundo respeito e comovido até ao fundo da alma, tirando assim grande proveito e acréscimo de graças.

(As excelências da Santa Missa - Leonardo de Porto Maurício, págs. 41 e 42)

FONTE: http://escravasdemaria.blogspot.com

24/01/2012

COMUNHÃO NA BOCA, DE JOELHOS E DAS MÃOS DO SACERDOTE

CATECISMO ROMANO
“Devemos, pois, ensinar que só aos sacerdotes foi dado poder de consagrar a Sagrada Eucaristia, e de distribuí-la aos fiéis cristãos. Sempre foi praxe da Igreja que o povo fiel recebesse o Sacramento pelas mãos dos sacerdotes, e os sacerdotes comungassem por si próprios, ao celebrarem os Sagrados Mistérios. Assim o definiu o Santo Concílio de Trento; e determinou que esse costume devia ser religiosamente conservado, por causa de sua origem apostólica, e porque também Cristo Nosso Senhor nos deu o exemplo, quando consagrou Seu Corpo Santíssimo, e por Suas próprias mãos O distribuiu aos Apóstolos.

De mais a mais, com o intuito de salvaguardar, sob todos os aspectos, a dignidade de tão augusto Sacramento, não se deu unicamente aos sacerdotes o poder de administrá-lo: como também se proibiu, por uma lei da Igreja, que, salvo grave necessidade ninguém sem Ordens Sacras ousasse tomar nas mãos ou tocar vasos sagrados, panos de linho, e outros objetos necessários à confecção da Eucaristia.

Destas determinações podem todos, os próprios sacerdotes e os demais fiéis, inferir quão virtuosos e tementes a Deus devem ser aqueles que se dispõem a consagrar, a ministrar, ou a receber a Sagrada Eucaristia“.

CATECISMO MAIOR DE SÃO PIO X
“No ato de receber a sagrada Comunhão, devemos estar de joelhos, com a cabeça medianamente levantada, com os olhos modestos e voltados para a sagrada Hóstia, com a boca suficientemente aberta e com a língua um pouco estendida sobre o lábio inferior. Senhoras e meninas devem estar com a cabeça coberta”.



MISSAL ROMANO (Forma Extraordinária)
O Missal Romano determina que a partir do momento da consagração, o sacerdote deve manter juntos os dedos indicador e polegar, de tal forma que, ao elevar o cálice, ao virar as páginas do missal ou ao abrir o sacrário, aqueles dedos toquem somente a Hóstia consagrada. No final da missa, o sacerdote passa com a patena sobre o corporal e limpa-o para dentro do cálice, para que possa ser recolhida e consumida com reverência a menor Partícula que possa ter aí ficado. Após a comunhão, as mãos do sacerdote são lavadas sobre o cálice com água e vinho – consumidos reverentemente, impedindo que alguma Partícula seja profanada.



SANTO TOMÁS DE AQUINO
“Pertence ao sacerdote distribuir o Corpo de Cristo por três motivos.
Primeiro, porque é ele que consagra na pessoa de Cristo. Assim como Cristo consagrou o seu corpo na Ceia, assim também distribuiu-o aos discípulos. Por isso, assim como pertence ao sacerdote consagrar o Corpo de Cristo, assim também o de distribuí-lo.
Segundo, porque o sacerdote se constitui intermediário entre Deus e o povo. Portanto, como lhe pertence apresentar a Deus as oferendas do povo, assim também lhe pertence distribuir ao povo os dons divinamente santificados.

Terceiro, porque por respeito à Eucaristia, nada a deve tocar que não esteja consagrado. Por isso, consagram-se os corporais, os cálices, igualmente as mãos do sacerdote para tocarem este sacramento. Não é lícito, pois, a ninguém mais tocá-lo, a não ser em caso de necessidade, por exemplo se cair no chão ou em outro caso semelhante” (Suma Teológica, III, q.82, a.III).
“Depois da consagração, o celebrante une os dedos, isto é o polegar com o indicador, que tocaram o Corpo consagrado de Cristo, para que, se alguma partícula aderira a eles, não desprenda. Manifesta o respeito devido ao sacramento” (Suma Teológica, III, q.83, a.VI, ad5).



SÃO FRANCISCO DE SALES
“Começa já na véspera do dia da comunhão a te preparar com repetidas aspirações do amor divino e deita-te mais cedo que de costume, para te levantares também mais cedo. Se acordas durante a noite, santifica esses momentos por algumas palavras devotas ou por um sentimento que impregne tua alma de felicidade de receber o divino esposo; enquanto dormes, ele está velando sobre o teu coração e preparando as graças que te quer dar em abundância, se te achar devidamente preparada. 

Levanta-te de manhã com este fervor e alegria que uma tal esperança te deve inspirar, e depois da confissão aproxima-te com uma grande confiança e profunda humildade da mesa sagrada, para receber este alimento celeste, que te comunicará a imortalidade. Depois de pronunciares as palavras: “Senhor, eu não sou digno …”, já não deves mover a cabeça ou os lábios para rezar ou suspirar; mas, abrindo um pouco a boca e elevando a cabeça de modo que o padre possa ver o que faz, estende um pouco a língua e recebe com fé, esperança e caridade aquele que é de tudo isso ao mesmo tempo o princípio, o objeto, o motivo e o fim“.

22/01/2012

Origem da oração ‘Salve, Rainha’.



"Salve, Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! 
A vós bradamos, os degredados filhos de Eva; 
A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. 
Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei; 
e depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre, 
ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria".
No século XI, vivia num mosteiro, perto do lago de Constança, Suíça, o monge Germano Contractus. Paralítico desde seu nascimento (18.7.1013), aos sete anos foi confiado pelos pais aos monges do Mosteiro de São Galo para ser instruído nas ciências e nas artes. Tempos depois foi admitido como monge no próprio mosteiro e ficou famoso como astrônomo, físico, matemático, teólogo, poeta e músico. Sua vida foi marcada pelo sofrimento, a ponto de escrever: “De três modos pode-se sofrer: estando inocente, como Nosso Senhor na cruz; estando-se culpado, como o bom ladrão; e para fazer penitência. Eu quero carregar minha cruz para satisfazer por meus pecados e pelos pecados dos outros. É este o meio mais seguro de se chegar à glória do céu. Mas, sinto-me 
muito fraco. O demônio quer fazer-me vacilar. Mãe do céu, ajudai-me, para que, como vós, eu não murmure e não me queixe, mas reconheça no sofrimento uma prova do amor de Deus.”    
Dia 15 de novembro de 1049, sofrendo de modo especial, rezou em sua cela, diante de um quadro de Nossa Senhora, por quem tinha uma devoção especial. Em seu coração, nasceu a prece: “Salve, Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos, os degredados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas”.  Pouco depois, entrou em sua cela o irmão enfermeiro. Germano manifestou-lhe o desejo de ir à capela, dedicada a  Nossa Senhora. Ali, continuou sua meditação e prece. Rezou: “Eia, pois, advogada nossa, esses 
vossos olhos misericordiosos a nós volvei; e, depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce Maria!” A expressão “sempre virgem” – “ó doce sempre Virgem Maria” – foi acrescentada mais tarde. 
A partir daí, multidões de fiéis passaram a rezar essa oração, que se 
tornou uma das mais populares preces marianas. Mereceu até um belíssimo livro, Glórias de Maria, de Santo Afonso de Ligório, bispo, fundador da Congregação Redentorista e doutor da Igreja. 
Fonte: Livro “Com Maria, A Mãe de Jesus”, de Dom Murilo S.R.Krieger, scj (pág. 204) extraído do site "Maria Mãe da Igreja": http://www.mariamaedaigreja.net/

19/01/2012

FORA DA IGREJA NÃO HÁ SALVAÇÃO


"Fora da Igreja é possível tudo, exceto a salvação. É possível ter honras, é possível ter sacramentos, é possível cantar aleluias, é possível responder 'amém', é possível possuir o Evangelho, é possível ter fé no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e pregar; mas em nenhum lugar, senão na Igreja Católica, é possível encontrar a salvação". Santo Agostinho Doutor da Igreja. (Epístola 53,1).

"De coração cremos e com a boca confessamos uma só Igreja, que não de hereges, só a Santa, Romana, Católica e Apostólica, fora da qual cremos que ninguém se salva". Papa Inocêncio III (1198-1216)

Canon I - "...Há apenas uma Igreja universal dos fiéis, fora da qual absolutamente ninguém é salvo...". IV Concílio de Latrão(1215)
Canon III - "Nós excomungamos e anatematizamos toda heresia erguida contra a santa, ortodoxa e Católica fé sobre a qual nós, acima, explanamos...". IV Concílio de Latrão(1215)

Teses condenadas, pelo Papa Pio IX (1846-1878), no Syllabus:
15a "É livre a qualquer um abraçar o professar aquela religião que ele, guiado pela luz da razão, julgar verdadeira".
16a "No culto de qualquer religião podem os homens achar o caminho da salvação e alcançar a mesma eterna salvação"..
17a "Pelo menos deve-se esperar bem da salvação eterna daqueles todos que não vivem na verdadeira Igreja de Cristo".
18a "O protestantismo não é senão outra forma da verdadeira religião cristã na qual se pode agradar a Deus do mesmo modo que na Igreja Católica".
21a "A Igreja não tem poder para definir dogmaticamente que a religião da Igreja Católica é a única religião verdadeira"

11/01/2012

Nossa Senhora, A Veneração da Virgem Maria.

"Por você se alegra, Cheia de Graças, toda a vida animal, todos os Anjos e todos os seres humanos." 

Desde os primeiros tempos do cristianismo, a Sagrada Virgem Maria, pelas suas graças maravilhosas, por ser a escolhida de Deus e pela sua permanente ajuda aos necessitados, sempre obteve a veneração e a gratidão dos cristãos. 
A veneração da Sagrada Virgem Maria, começou desde o momento em que o Arcanjo Gabriel A saudou e lhe comunicou o mistério da maternidade divina do Filho de Deus: "Avé Maria! Cheia de Graça o Senhor é convosco! Bendita és tu entre as mulheres e Bendito é o fruto do teu ventre!" 
Com esta mesma saudação, acrescentada das palavras: "Bendito é o Fruto de teu ventre!" a Sagrada Virgem Maria foi recebida por Isabel, mulher do sacerdote Zacarias, à qual o Espírito Santo revelou que estava perante a Mãe de Jesus Cristo (Lucas 1:41). 
A dedicada veneração da Sagrada Virgem Maria na igreja cristã é realizada em numerosas datas, que a igreja destaca como recordações de inúmeras circunstâncias da vida da Sagrada Virgem. Importantes santos e pastores da igreja elaboraram hinos preces em honra da Virgem Maria, e se expressaram profundamente inspirados espiritualmente por Ela. Juntamente com esta intensa veneração da Sagrada Virgem Maria, é importante para a nossa própria aprendizagem sabermos como Ela viveu, como Se preparou, como cresceu e amadureceu até este elevado nível de evolução, - ser o receptáculo da Palavra de Deus. 
As escrituras do Antigo Testamento, que previram o nascimento do Filho de Deus, fazem referências também à Sagrada Virgem Maria. Desta forma, a primeira menção ao Cristo Salvador, que já incluía também uma profecia em relação à Sagrada Virgem, foi feita no julgamento a serpente: 
"Criarei o litígio (como sinónimo de diferença) entre você e a Mulher e entre a sua semente e a semente Dela" (Génesis 3:15). a profecia que já se refere ao futuro Cristo-Salvador, aqui nesta citação é representado pela referência à semente Dela enquanto em todas as outras situações os descendentes são citados como sementes de qualquer um dos descendentes masculinos. 
O profeta Isaías clarifica mais ainda esta profecia, indicando que Ela, a Mulher escolhida para gerar o Messias-Emanuel, será Virgem: "Pois por isso o Senhor Deus vos dará este sinal" - diz o profeta aos pouco crentes descendentes de David. E apesar do termo "Virgem" parecer estranho aos antigos povos judeus, (uma vez que necessariamente pressupõe uma relação conjugal), eles não se atreveram a trocar a palavra "Virgem" por outra do tipo "Mulher". Portanto: "Uma Virgem conceberá e dará a luz um filho, e seu nome será Emanuel" - nome que significa: Deus está connosco" (Isaías 7:14). 

Nossa Senhora, A vida terrena da Mãe de Deus 

Com base nas escrituras sagradas e na herança histórica da Igreja 
O evangelista Lucas, que conheceu de perto a Sagrada Virgem Maria, registou a partir das palavras Dela, inúmeros factos importantes relativos aos primeiros anos da Sua vida. O evangelista Lucas era médico e também pintor, tendo pintado uma imagem da Virgem, ícone a partir do qual outros pintores fizeram outras cópias. 
O nascimento da Sagrada Virgem Maria. Quando se aproximava o momento do nascimento do Salvador do mundo na cidade de Nazaré, na Galileia, morava aí um descendente do rei David, chamado Joaquim com a sua mulher, Ana. Ambos eram pessoas reconhecidamente de boa índole e eram conhecidos pela sua compaixão, humildade e generosidade. Joaquim e Ana atingiram uma idade muito avançada, mas não tinham filhos. Este facto entristecia-os especialmente. Mas apesar da idade, eles continuavam a orar incessantemente e a pedir a Deus para que Ele lhes concedesse um filho. Para isso fizeram até uma promessa de que se eles recebessem a dádiva do nascimento de um filho, o destinariam para servir a Deus. Naqueles tempos não ter filhos era considerado um castigo divino pelos pecados cometidos. Joaquim em particular sofria muito com a falta de filhos, principalmente porque, de acordo com a as profecias, na sua família deveria nascer o Messias-Jesus. Pela paciência e fé Deus deu a Joaquim e Ana uma grande alegria: finalmente conceberam uma filha e a Ela foi dado o nome de Maria, o que em hebreu significa: "Senhora, Esperança." 
A entrada no Templo. Quando a Virgem Maria completou 3 anos, os seus beneméritos pais prepararam-na para cumprir a promessa fixada por eles: levaram-na a um templo em Jerusalém para que Ela pudesse dedicar a Sua vida a Deus. A Virgem Maria ficou a residir junto ao templo. Aí, Ela e outras companheiras estudavam as leis de Deus e executavam trabalhos manuais, rezavam e liam as Escrituras Sagradas. Junto a este templo a Virgem Maria viveu perto de 11 anos, cresceu, desenvolvendo em si uma profunda compaixão, em tudo entregue à vontade de Deus, imensamente modesta e dedicada em seus esforços. Desejando viver e dedicar-se exclusivamente a Deus, ela fez um voto de não se casar e permanecer para sempre virgem. 
A Sagrada Virgem Maria e José. Os já bastante idosos Joaquim e Ana não viveram muito mais tempo e a Virgem Maria ficou órfã. Quando completou 14 anos, Ela não poderia mais continuar, pelas leis, a residir junto ao templo e era necessário que se casasse. O pároco principal, conhecendo o voto por Ela feito, para não o prejudicar, celebrou apenas pró-forma o Seu casamento com um parente distante, que enviuvara na casa dos 80 anos - um ancião de nome José. José comprometeu-se a cuidar Dela e a proteger a Sua condição de Virgem. José vivia em Nazaré. Ele também era descendente da família de David, mas era um homem sem posses e trabalhava como marceneiro. Do seu primeiro casamento José tivera os filhos Judas, Ócio, Simão e Jacób., os quais nas escrituras são denominados "irmãos" de Jesus. A Sagrada Virgem Maria, levava na casa de José a mesma vida modesta e disciplinada que levara antes no templo. 
A Anunciação. No sexto mês após a aparição do Arcanjo Gabriel a Zacarias, por motivo do nascimento de São João Baptista, o mesmo Arcanjo Gabriel foi enviado por Deus para a cidade de Nazaré ao encontro da Sagrada Virgem Maria com a feliz notícia que Deus A escolhera para ser a Mãe do Salvador do mundo. O Arcanjo Gabriel surge perante Ela e anuncia-Lhe: "Deus te salve, cheia de graça; o Senhor é contigo. Abençoada és Tu entre as mulheres!" - Ela ao ouvir estas palavras, perturbou-se e começou a pensar que saudação seria esta. O Arcanjo disse-lhe: "Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus, eis que conceberás no teu ventre e darás a luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Este será grande, será chamado Filho do Altíssimo e o Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David, reinará sobre a casa de Jacob eternamente e o Seu reino não terá fim." 
Maria disse ao anjo: "Como se fará isso, pois eu não conheço varão?" Respondendo o Arcanjo disse-lhe: "O Espírito Santo descerá sobre Ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra, por isso mesmo o Santo que há de nascer de Ti, será chamado Filho de Deus. Eis que também Isabel, tua parente, concebeu um filho na sua velhice e este é o sexto mês da que se dizia estéril, porque a Deus nada é impossível." Então disse Maria: "Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em Mim segundo a tua palavra." E o Arcanjo afastou-se dela. 
Maria visita Isabel. A Sagrada Virgem Maria, após ter recebido do Arcanjo a notícia que a sua parente Isabel, mulher de Zacarias, daria proximamente à luz um filho, apressou-se a ir visitá-la. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Aconteceu que apenas Isabel ouviu a saudação da Virgem Maria, o menino saltou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo e constatou Que sim, a Virgem Maria fora consagrada para ser a Mãe de Jesus Cristo. Exclamou em voz alta "Bendita és Tú entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre. Donde a mim esta dita, que a mãe do meu Senhor venha ter comigo?" Então a Virgem Maria disse: "Minha alma glorifica o Senhor, e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador." Porque lançou os olhos para a humilhação da sua serva, portanto eis que de hoje em diante, todas as gerações me chamarão Bem-Aventurada. Porque o Todo-Poderoso fez em mim grandes coisas, o Seu nome é santo. E a sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. A Virgem Maria ficou a morar durante aproximadamente 3 meses junto a Isabel e depois voltou para sua casa em Nazaré. 
Deus informou também José do nascimento de Cristo. O anjo de Deus, apareceu-lhe em sonhos e comunicou-lhe que a Virgem Maria iria ter um filho, por obra do Espírito Santo, como Deus já havia avisado através do profeta Isaías (7:14) e ordenou que Lhe fosse dado o nome de "Jesus, nome que em hebraico significa Salvador, porque Ele salvará as pessoas de seus pecados." 
Os acontecimentos seguintes relatados pelo Evangelho, recordam a Virgem Maria ligada diretamente aos factos da vida de seu Filho - Nosso Senhor Jesus Cristo. Os factos falam Dela aquando do nascimento de Cristo em Belém, depois na altura da circuncisão, das saudações dos reis magos, da apresentação no templo no 40o dia, da fuga para o Egipto, da residência em Nazaré, da viagem a Jerusalém na Páscoa, quando Cristo completou 12 anos e assim por diante. Estes factos não necessitam de maiores esclarecimentos. Porém é importante destacar que apesar do Evangelho citar a Virgem Maria sucintamente, estas referências demonstram com clareza aos leitores a grandeza da sua condição espiritual: a Sua modéstia e humildade, a Sua enorme fé, paciência, coragem, aceitação da vontade de Deus e total entrega e dedicação a Seu Filho, Filho de Deus. Nós vemos portanto porque foi Ela, pelas palavras do Arcanjo, contemplada para adquirir a graça de Deus. 
O primeiro milagre realizado por Jesus Cristo, foi num casamento na Galileia, o qual nos dá com clareza a imagem da Virgem Maria como Defensora perante Seu Filho de todas as pessoas que se encontram em dificuldades. Percebendo a falta de vinho na festa de casamento, a Virgem Maria chama para este facto a atenção de Seu Filho e, apesar de Cristo lhe ter respondido como se se estivesse a esquivar: "O que diz isto respeito a Mim e a Você Mulher? Ainda não chegou a minha hora." Ela, sem se perturbar com esta meia resposta, estando confiante que o Filho não deixaria um pedido Dela sem atenção adequada, disse aos servos: "O que Ele lhes disser, façam!" Como é clara neste alerta aos servos a preocupada compaixão da Mãe de Cristo, para que o iniciado por Ela seja conduzido até um final feliz! De facto, o seu pedido não ficou sem ser atendido e Jesus Cristo realizou aqui seu primeiro milagre, tirando de uma situação constrangedora pessoas que não tinham muitas posses, após o que "acreditaram Nele seus discípulos" (João 2:11). 
Os factos seguintes narrados pelo Evangelho mostram-nos a Virgem Maria, permanentemente ansiosa por Seu Filho, acompanhando as Suas viagens e deslocações, próxima Dele em diversas circunstâncias difíceis e preocupada com as condições do seu repouso doméstico e paz, coisas que Ele nunca aceitava ou considerava como desnecessárias. Finalmente, vemo-La em pé e numa indescritível dor junto ao seu Filho crucificado, ouvindo as suas últimas palavras e pedidos (Cristo entregou-A ao seu discípulo preferido, para que cuidasse dela). Nenhuma palavra de queixa ou desespero sai de Sua boca. Ela entrega tudo à vontade de Deus. 
Ainda de forma resumida fala-se sobre a Virgem Maria no livro dos Actos dos Apóstolos, quando sobre Ela e sobre os apóstolos no dia de Pentecostes pousa o Espírito Santo em forma de línguas de fogo. Após este facto, segundo a Tradição da igreja, Ela viveu mais 10 ou 20 anos. O apóstolo João, a pedido de Nosso Senhor Jesus Cristo, acolheu-a em sua casa com grande amor, como se fosse Sua mãe, e cuidou Dela até o Seu final. Quando a fé cristã se espalhou por outros países, muitos cristãos vinham de países distantes para A ver e ouvir. Desta época em diante, a Sagrada Virgem Maria tornou-se para todos os discípulos de Cristo uma Mãe comum e um elevado exemplo de conduta a ser seguido. 
O falecimento. Certa vez, quando a Virgem Maria estava a rezar no monte Eleon, perto de Jerusalém, apareceu-lhe o Arcanjo Gabriel com um ramo de figueira em suas mãos e diz-Lhe que dali a 3 dias a Sua existência na Terra estará terminada e que Jesus Cristo virá buscá-la para a levar com Ele. Cristo fez tudo de maneira a que nessa época todos os apóstolos vindos de países diferentes estivessem todos em Jerusalém. No momento do seu final, uma luz intensa iluminou o quarto onde estava a Virgem Maria. Jesus Cristo, rodeado de Seus anjos surgiu e recebeu a Sua alma puríssima. Os apóstolos sepultaram o sagrado corpo da Virgem Maria, de acordo com a Sua vontade, ao pé da montanha Eleon, no Jardim Gethsemani, na mesma caverna-túmulo onde estavam sepultados os corpos de seus pais e também de José. Durante o funeral aconteceram muitos milagres. Apenas por tocarem o caixão da Virgem Maria, cegos começavam a ver, maus espíritos eram expulsos dos possuídos e todas as doenças curadas. Três dias após o funeral da Virgem Maria, chega a Jerusalém, atrasado, o apóstolo Tomé. Tomé estava muito triste porque não conseguira despedir-se da Mãe de Cristo e do fundo da alma desejava orar e prestar homenagens em seu túmulo. Quando abriram a caverna, onde a Virgem Maria havia sido sepultada, não encontraram o Seu corpo, somente os véus utilizados no funeral. Impressionados, os apóstolos voltaram para suas casas. À noite durante as suas orações eles ouviram anjos a cantar. Olhando para cima, os apóstolos viram no alto, no ar, a Virgem Maria cercada de anjos, iluminada por uma intensa luz celestial. Ela disse aos apóstolos: "Alegrem-se, Eu estou com vocês todos os dias!" Esta sua promessa de ajudar e defender os cristãos Ela mantém até os dias de hoje, assumindo-se como nossa Mãe celeste. Em virtude de seu imenso amor e ajuda poderosa, os cristãos desde épocas antigas consideram-Na e procuram-Na em busca de ajuda, chamando-A defensora incansável de todos os cristãos existentes, alegria de todos os que sofrem, Aquela que mesmo após a sua morte, nunca nos abandonará. 
Desde os tempos mais antigos, a exemplo do profeta Isaías e de sua parente Isabel, os cristãos passaram a chamá-la de Mãe de Cristo e Mãe de Deus. Esta denominação vem do facto de Ela ter dado vida e corpo Àquele Que sempre foi e sempre será o Deus verdadeiro. A Sagrada Virgem Maria é por si só um grande exemplo para ser seguido por todos os que querem agradar a Deus. Ela foi a primeira quem se decidiu inteiramente a dedicar a sua vida a Deus. 
Ela demonstrou que a sua voluntária condição de Virgem está acima da vida em família e do casamento. Seguindo o seu exemplo, a partir dos primeiros séculos, muitos cristãos optaram por viver as suas vidas na castidade, virgindade, em orações, jejum e pensamento em Deus. Assim surgiu e se consagrou a prática dos conventos e mosteiros. Que pensar do mundo contemporâneo, que absolutamente não valoriza e até humilha a virtude da castidade, virgindade, esquecendo as palavras de Cristo: "Há eunucos que a si mesmo se fizeram eunucos por amor do reino dos céus. Quem pode compreender, compreenda!" (Mat.19:1-2) ?!. Resumindo este breve relato da vida terrena da Sagrada Virgem Maria, é necessário dizer que Ela, em Seu momento máximo de graça e alegria, quando foi escolhida para ser a Mãe do Salvador do mundo e também no momento da sua máxima dor aos pés da cruz (conforme profecia de Simeão "Seu coração foi dilacerado") demonstrou total autocontrole. Assim, Ela demonstrou toda a força e beleza de suas bençãos e graças: Fé inabalável, paciência, coragem, esperança em Deus e amor a Êle, aceitação. 

Nossa Senhora, Aparições da Mãe de Deus 
Desde os primeiros dias após o seu falecimento até aos dias de hoje que a Sagrada Virgem Maria ajuda aos cristãos. Prova disso são os seus inúmeros milagres e aparições. Vamos narrar alguns deles: 
O Dia da Protecção da Mãe de Cristo foi fixado como lembrança da visão que Andrew de Constantinopla teve da Virgem Maria, cobrindo com o seu véu os cristãos no templo na cidade de Blachernae durante o ataque pelos inimigos a Constantinopla no século X. Às 4 horas da manhã André viu uma impressionante e majestosa imagem da Virgem Maria, caminhando a partir do altar no templo, apoiada por São João Baptista e pelo apóstolo João com inúmeros outros Santos caminhando à sua frente e outros tantos seguindo-A, e cantando diversos hinos. André aproximou-se de seu assistente Epifânio e perguntou-lhe se ele também estava a ver a Mãe de Cristo. "Vejo" - respondeu Epifânio. Enquanto eles olhavam Ela, ajoelhando-se no centro da igreja, rezou durante longo tempo, derramando muitas lágrimas. Depois Ela aproximou-se do altar e rezou pelos cristãos. No fim das Suas orações Ela tirou de sua cabeça o véu que A cobria, abriu-o e estendeu-o sobre todos os presentes. A cidade foi salva. 

Nossa Senhora, Orações seleccionadas 
Nossa abençoada Rainha, nossa esperança, Mãe de Jesus Cristo, refúgio dos órfãos e desabrigados, defensora dos perdidos e desorientados. Alegria dos que sofrem, defensora dos injustiçados, olhe a nossa dor. Veja as nossas perdas, ajude-nos na nossa impotência, oriente-nos que estamos sem rumo. Você sabe o que nos falta. Apoie-nos, alivie-nos como só Você pode e deseja. Porque não temos outra ajuda a não ser a Sua. Não temos outra que nos defenda. Proteja- nos acalme-nos, só Você ó Mãe de Jesus Cristo Nosso Salvador, proteja-nos, defenda-nos por todo o sempre. Amem. 

Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Abençoada és Tu entre as mulheres, abençoado é o fruto de teu ventre, porque de Ti nasceu o Salvador de nossas almas! 

Em verdade é dever consagrar Você Mãe de Jesus Cristo, sempre cheia de graças e sem pecados, Mãe de Nosso Senhor. Você é acima dos querubins e incomparavelmente acima dos serafins. A você Virgem que concebeu a Cristo, nos Te saudamos.


FONTE: IGREJA CATOLICA: http://www.igreja-catolica.com

07/01/2012

O Simbolismo do ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro


O quadro foi pintado no estilo bizantino da Igreja Oriental. O objetivo desse estilo de arte não é mostrar uma cena ou pessoas, mas transmitir uma bela mensagem espiritual.


1. Em grego as letras significam: Mãe de Deus.
2. O quadro original foi coroado em 1867.
3. A estrela representa que Maria nos guia até Jesus, guindo-nos no mar da vida até o porto da salvação.
4. Abreviação de Arcanjo São Miguel.
5. O Arcanjo São Miguel apresenta a lança, a vara com a esponja e o cálice da amargura.
6. A boca de Maria guarda silêncio.
7. Túnica vermelha cor da realeza.
8. O Menino Jesus segura as mãos de Maria que não segura as mãos do Menino Deus, permanecendo aberta nos convidando a por as nossas mãos na sua, unindo-nos a Jesus e os dedos apontando a Teu Filho nos mostrando que Ele é o caminho.
9.  Abreviação de Arcanjo São Gabriel.
10. Maria olha diretamente para você, não para Jesus, nem para o céu, nem para os anjos.
11. São Gabriel com a cruz e os cravos.
12. Abreviatura de Jesus Cristo em grego.
13. Jesus veste roupas da realeza. O halo ornado com uma cruz proclama que ele é Jesus Cristo.
14. A mãe esquerda de Maria sustenta Jesus: a mão do consolo que Maria estende a todos que a ela recorrem nas lutas da vida.
15. A sandália desatada, simboliza a humildade de Nosso Senhor Jesus Cristo e também a esperança de um pecador que agarrando a Jesus busca a Sua misericórdia. O Menino ainda levanta o pé, para não deixar a sandália cair, para salvar aquele pecador.
16. Manto azul, com o forro verde sobre a túnica vermelha são as cores da realeza. Somente a Imperatriz podia usar estas combinações de cores. O Azul também era o emblema das mães da época.
Todo o fundo dourado mostra a importância de Maria, é o simbolo de poder e nobreza, da glória do paraíso para onde iremos, levados pelo perpétuo socorro da Santíssima Mãe de Deus.

04/01/2012

O ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Muitos autores afirmam que o primeiro Ícone de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO foi pintado em madeira por São Lucas, no século I, na época em que a VIRGEM MARIA morava em Jerusalém. Revela a tradição que Ela com o MENINO JESUS aos braços viu a pintura e apreciou muito, abençoando o artista e o seu trabalho.
Quando Lucas completou o Ícone, é tradição que ele deu de presente ao seu amigo pessoal e patrono Teófilo, e viajou em companhia de São Paulo, no prosseguimento do trabalho de evangelização.  
Consta ainda de informações antigas, que em meados do século V, o Ícone da VIRGEM foi encontrado no Império Bizantino. Santa Pulquéria, que era Rainha e governava o país, ergueu um Santuário em honra da VIRGEM MARIA em Constantinopla, e segundo fontes fidedignas, aquele Ícone permaneceu lá por muitos anos, onde nossa MÃE SANTÍSSIMA era venerada por milhares de cristãos: reis, imperadores, santos e pecadores, homens, mulheres e crianças, ricos e pobres, e sobre todos derramava, uma quantidade incontável de graças, milagres e benefícios. Também neste período, se tem conhecimento de que já existia pelo menos uma copia do original, que se encontrava no salão imperial de audiências da Rainha em Constantinopla.
Por outro lado, desde tempos remotos, a arte sempre foi influenciada pela religiosidade popular, e mais especificamente nos séculos XII e XIII, com muito fervor foi colocada em grande evidência a Natureza Humana de JESUS, sendo divulgados com frequência os sofrimentos da Paixão, o Drama do Calvário do SENHOR e as Dores de NOSSA SENHORA. Aqueles fatos tristes e terríveis centralizavam a devoção das pessoas, que pelo cultivo deles, revelavam a grandeza de seu piedoso amor e carinho a JESUS e a VIRGEM MARIA. Neste sentido, dois grandes Santos da época contribuíram exercendo uma forte influência com suas pregações, para que existisse de fato um acentuado exercício da devoção aos sofrimentos do SENHOR: foram São Bernardo de Claraval e São Francisco de Assis.
E esta ênfase foi sentida principalmente no Oriente, através da obra evangelizadora dos Padres Franciscanos. E desta realidade, resultou o aparecimento de uma manifestação artística denominada “Kardiotissa”, derivada da palavra grega (kardia ou kardio, que significa coração). Assim, a denominação artística “Kardiotissa”ou “Kariotissa” significava (revelar misericórdia e piedade, mostrar um sentimento de compaixão). Então, esta corrente de pintores colocava as imagens sacras de seus quadros, expressando algum tipo de dor e sofrimento em relação à Paixão do SENHOR.
Historicamente fomos encontrar informações fidedignas relacionadas à pintura de São Lucas, somente a partir desta época, e mais precisamente no ano 1207, num despacho do Papa Inocêncio III, em face da admirável quantidade de milagres que NOSSO SENHOR realizava, pela intercessão de sua MÃE, representada numa pintura em madeira, com o MENINO JESUS ao colo, que afirmavam ser a pintura de São Lucas. Sua Santidade o Papa declarou que “verdadeiramente a alma de MARIA parecia se encontrar na imagem, uma vez que era tão bonita e tão milagrosa”.
Segundo afirma a tradição, São Lucas era grego, da mesma maneira que os seus pais. Assim o estilo bizantino originário daquela região, estava por assim dizer, no seu sangue. Então, nos séculos XII, XIII e XIV, os pintores fizeram diversas cópias em madeira e tela, criando o Ícone de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO, procurando mesclar o estilo bizantino de Bizâncio, com aquela nova manifestação artística, buscando colocar expressões de sofrimento, dor e expectativa, nas faces da VIRGEM MARIA e do MENINO DEUS.
Importante, todavia, era que o poder da graça Divina continuava operando de maneira notável naqueles Ícones benzidos e consagrados, que se tornaram verdadeiros intercessores milagrosos. A VIRGEM MÃE DE DEUS continuou vivendo naquelas imagens, ajudando, socorrendo as necessidades das pessoas, protegendo, inspirando, e estimulando todos os seus filhos que buscavam a ternura de seu inefável afeto e tão querido amor.
Entretanto o Ícone original desapareceu misteriosamente. A tradição comenta que foi durante o cerco de Constantinopla.
A conquista da capital bizantina pelo Império Otomano, no dia 29 de Maio de 1453, causou o desaparecimento de diversas relíquias cristãs, de valor inestimável. Descreve a tradição que na véspera da queda da Cidade, durante o reboliço vivido pela multidão, cada pessoa se movimentava articulando alguma providência para escapar do cerco turco. À noite alguém se apossou do Ícone da VIRGEM e da Coroa Imperial, dos quais, nunca mais se teve qualquer notícia!
Este fato nos faz presente, que a passagem dos séculos não alterou e nem modificou o comportamento e a dedicação de MARIA em relação a humanidade, Ela continua demonstrado o mesmo carinho, a preciosa atenção e o perpétuo auxílio, através do Ícone pintado por São Lucas, assim como de todos os outros Ícones cópias e imagens, que visam, sobretudo, fazer com que Ela, a MÃE DE DEUS, seja mais conhecida e amada pelos seus filhos.
Assim o Ícone (“eikon”, palavra grega cuja tradução é imagem) de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO que normalmente conhecemos, é desse tipo: tradicional bizantino ligeiramente modificado pelo medieval estilo“Kardiotissa”. Nele observamos a VIRGEM MARIA segurando o MENINO JESUS aos braços, e ELE, com uma expressão de expectativa um pouco assustado, segurando fortemente com as duas pequenas mãos, o polegar direito de sua MÃE, e olhando na direção do Arcanjo Gabriel. O Arcanjo Gabriel está com a Cruz da Redenção e a esquerda da VIRGEM MARIA, está o Arcanjo São Miguel com os instrumentos da Paixão do SENHOR: a lança, o cravo de ferro, balde e a cana (vara de hissopo) com a esponja molhada no vinagre (conforme Jo 19, 29). Como uma criança assustada diante daqueles terríveis instrumentos de Sua Paixão, ELE deve ter se movimentado nos braços da MÃE e involuntariamente soltado de seu pé direito a sandália, que está dependurada. A face de NOSSA SENHORA é séria e triste, olhando em nossa direção, nos mostrando o seu pequenino e amoroso FILHO, e ao redor, os instrumentos da sua abominável flagelação e crucificação, suscitando nossa piedade e devoção, e nos convidando a lembrar sempre os motivos do sofrimento e das dores de JESUS para Redimir a Humanidade de todas as gerações. 
A Ilha de Creta na Grécia era uma possessão veneziana desde 1204. Pela facilidade de transporte e comunicação com a Europa, era o centro dominador da produção e distribuição de mercadorias entre o Oriente e o Ocidente.
No século XV, por volta do ano 1498, havia um Ícone muito bonito de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO numa Igreja na Ilha de Creta, que desde algum tempo vinha atraindo frequentadores e causando emoção pelos milagres de DEUS que aconteciam em face das orações, preces e suplicas do povo à MÃE DE DEUS na presença intercessora daquela imagem. Inclusive pessoas com elevada posição social afirmavam que aquele Ícone era o original pintado por São Lucas.  Ele já estava naquela Igreja há algum tempo e era conhecido e venerado por todas as pessoas. Um dia, um comerciante local, com sérios problemas pessoal e financeiro, que tinha planos de viajar para a Itália, roubou a imagem e a levou consigo num navio.
Por causa das embarcações não serem suficientemente resistentes, o percurso marítimo era margeando a costa do continente. Entretanto, já distante de Creta, se formou uma grande tempestade, e os marinheiros apavorados imploraram a misericórdia de DEUS, pedindo a NOSSA SENHORA que intercedesse por eles para salvar a embarcação e suas vidas. Suas preces foram ouvidas e eles foram salvos do naufrágio, sem saberem que dentro da embarcação existia uma cópia ou o original, do Ícone da VIRGEM DO PERPÉTUO SOCORRO.
O grego raptor da Imagem desembarcou em Veneza, e trabalhou durante um ano na cidade, quando decidiu mudar para Roma. A imagem seguia com ele, muito bem protegida. Instalado na Cidade Eterna há mais de quatro anos, em face do excesso de trabalho, pegou uma séria enfermidade, que se agravou na sequência dos meses.
Entre as amizades que formou, tinha um amigo especial, também grego como ele, que lá residia há mais de dez anos e inclusive tinha esposa e uma filha.  O raptor sabendo que seu estado de saúde não era bom abriu o coração e narrou ao amigo, à audaciosa aventura de sua vida: “Alguns anos passados, eu roubei um quadro com uma bela imagem da MADONNA na Igreja de Creta! Não era para vender. Estava atravessando uma fase infeliz nos negócios e queria uma proteção pessoal, a fim de ter coragem para me aventurar e desbravar outros horizontes. Não sou um fervoroso religioso, mas só de olhar a imagem, sempre senti crescer uma poderosa força dentro de mim. Por isso, agora doente, no fim da vida, peço levá-la a uma Igreja, e, por favor, descreva este fato apresentando as minhas desculpas. Eu lhe imploro que a imagem seja colocada numa Igreja onde o povo possa visitá-la e honrá-la”.
Assim que ele faleceu, o amigo encontrou o quadro e o levou para sua casa, a fim de mostrá-lo a sua esposa e juntos, escolherem a Igreja, aonde deveriam conduzi-lo. Mas, ao ver a imagem, a esposa ficou admirada e naquele primeiro momento não quis levar o Ícone da VIRGEM para uma Igreja. Na verdade, o casal não era muito religioso, rezavam às vezes, mas nunca seguidamente, por que também nada conhecia da obra de JESUS e da incomensurável grandeza do Amor Divino.
Aquele quadro foi colocado na parede da sala de refeições, e numa posição tão estratégica, que ao passar diante dele, ou estando à mesa durante as refeições, involuntariamente o olhar descansava na beleza invulgar e profunda da MÃE DE DEUS. E assim, do costume adquirido pelo casal de olhar a imagem sempre que se assentavam a mesa, seguiu a delicadeza dos gestos. Como primeira manifestação, o casal começou a se persignar diante da imagem antes das refeições. Depois se acostumaram a trocar algumas palavras diante da Imagem, como se a colocassem participando do assunto. E às vezes, em silêncio, deixavam o coração falar... No silêncio da voz o ouvido do coração se abria com mais nitidez a resposta do SENHOR. Outras vezes, confiantemente suplicavam a VIRGEM pedindo a Divina proteção no trabalho, para vencer as dificuldades do cotidiano, conservando-lhes a boa saúde para a continuidade da caminhada existencial.
Certo dia, oito meses após a morte do amigo, junto ao Ícone da VIRGEM, o casal conversava e trocava idéias, sobre a necessidade de ser cumprida a vontade do falecido, como condição primordial, para se conseguir uma necessária paz interior e também, a amizade de NOSSA SENHORA. Eles já estavam frequentando a Igreja com mais pontualidade e até faziam algumas orações. Por esse motivo, naquele momento, contritos e decididos diante da Imagem da VIRGEM, receberam uma“Luz”, que entenderam ser o desejo de NOSSA SENHORA, que o quadro fosse colocado numa Igreja situada entre a Basílica de Santa Maria Maggiore e a Basílica de São João de Latrão.
Naquele mesmo dia 27 de Março de 1499, a imagem foi levada para a Igreja de São Mateus Apóstolo, no Monte Esquilino, uma das sete colinas de Roma, que estava situada entre a Basílica de Santa Maria Maggiore e a Basílica de São João de Latrão. Foi colocada entre duas lindas colunas de mármore preto de Carrara, logo acima de um magnífico altar de mármore branco.
E se constituiu numa maravilha, durante três séculos, desde 1499 até 1798, a Igreja de São Mateus, foi uma das mais procuradas pelos peregrinos que visitavam Roma, porque queriam rezar diante da imagem milagrosa de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO.  
Entretanto, em 1796/1797, o exército francês sob o comando de Napoleão Bonaparte invadiu os Estados Pontifícios. Roma ficou diante da terrível ameaça do inimigo, a tal ponto que o Papa Pio VI, foi forçado a assinar um Tratado de Paz, o Tratado de Tolentino, em 17 de Fevereiro de 1797.
Todavia, um ano após a assinatura do Tratado, o general francês Louis Alexandre Berthier marchou sobre Roma e proclamou a "República Romana Livre". Ele mentiu, dizendo que não havia liberdade e que o povo estava escravizado. Mas na realidade, o pretexto da quebra do Tratado de Paz foi justamente o assassinato de um general da embaixada francesa em Roma, de nome Mathurin Léonard Duphot, num tumulto popular provocado por revolucionários franceses e italianos no dia 28 de Dezembro de 1797. E por esse motivo, pelo fato de ter mentido e ser muito autoritário, pouco depois, Berthier foi substituído pelo general francês André Masséna.
Em 03 de junho de 1798, o General André Masséna querendo espaço para instalações militares e administrativas na cidade, ordenou que trinta Igrejas fossem destruídas! Uma delas foi a Igreja do Apóstolo São Mateus, onde estava o Ícone da VIRGEM! Foram dias difíceis para os cristãos e as Ordens Religiosas. E como também o Mosteiro Agostiniano estava na relação e foi destruído, os Padres foram autorizados a retornar a Irlanda, a terra natal. Os monges se dividiram: alguns voltaram para a Irlanda, outros ficaram na Igreja Matriz de Santo Agostinho, em Roma e os demais, levaram o Ícone milagroso de NOSSA SENHORA e se mudaram para o Mosteiro de Santo Eusébio, que era pobre e antigo, necessitando de urgentes reparos e muita limpeza.
A imagem de NOSSA SENHORA ficou em Santo Eusébio durante 20 anos. O local foi tratado e ampliado, mas eram poucos monges que viviam ali e o povo quase não tinha acesso a imagem, e assim, também pelo fato de ser muito grande para eles, em 1819, o Papa Pio VII, pediu aos jesuítas para assumirem Santo Eusébio. O Santo Padre deu aos agostinianos a Igreja e o Mosteiro de Santa Maria, em Posterula, do outro lado da cidade, para onde os monges levaram a Imagem milagrosa da VIRGEM MARIA e a colocaram num lugar de honra na Capela do Mosteiro.
Entre os agostinianos estava Frei Agostinho Orsetti que era muito caprichoso e organizado, mantendo a sacristia e as imagens em Santa Maria, com o maior rigor de limpeza. Também treinava os coroinhas, ensinando-lhes o preparo e trabalho no Altar, durante a Santa Missa e primordialmente, o posicionamento correto e digno, nas celebrações e solenidades religiosas. Um dos coroinhas de nome Michael Marchi se tornou muito amigo do Frei Agostinho e sempre estavam conversando. O Frei sempre lhe dizia: “Michael, observe bem esta imagem. É um Ícone muito antigo. É a milagrosa VIRGEM MARIA que estava na Igreja do Apóstolo São Mateus, única imagem nesta cidade. Muitas pessoas vinham rezar diante dela e suplicar sua eficaz intercessão junto a DEUS. Lembre-se sempre do que estou lhe dizendo”.
Em 1854, a Ordem dos Redentoristas foi fundada por Santo Afonso de Ligório. Compraram uma área de terra no Monte Esquilino, no local chamado Villa Caserta, que por uma coincidência toda especial, a tal área também abrangia o local onde existiu a Igreja de São Mateus Apóstolo, onde o Ícone de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO foi louvado e honrado por muitos cristãos.
Em 1855, Michael Marchi desejando se tornar sacerdote entrou na Ordem Redentorista. Em 25 de março de 1857, fez os votos de pobreza, castidade e obediência e continuou os seus estudos, sendo ordenado sacerdote no dia 2 de outubro de 1859.
Um dia, quando a Comunidade estava no recreio, um Padre mencionou que havia lido alguns livros antigos sobre uma Imagem milagrosa de NOSSA SENHORA, que tinha sido venerada na antiga Igreja de São Mateus Apóstolo. Padre Michael Marchi com alegria falou para todos: "Eu sei sobre o Ícone milagroso da VIRGEM MARIA. Seu nome é NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO e ele pode ser encontrada na Capela dos Padres Agostinianos, no Mosteiro de Santa Maria, em Posterula. Eu vi a imagem muitas vezes durante os anos de 1850 e 1851 quando ainda era um jovem estudante universitário e servi como coroinha, a Santa Missa em sua Capela”.
Em 7 de Fevereiro de 1863, Francis Blosi, um Padre jesuíta durante uma Santa Missa na Basílica de São João de Latrão, fez um sermão sobre a famosa imagem de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO. Ele descreveu a imagem da VIRGEM MARIA, e disse: "Espero que alguém na multidão de fiéis que me ouve, saiba onde a imagem está! Se assim for, por favor, diga a pessoa que mantém o Ícone da MÃE DE DEUS escondido por setenta anos, que a VIRGEM ordenou ser este quadro colocado numa Igreja entre as Basílicas de Santa Maria Maggiore e esta Bailica onde estamos, de São João de Latrão. Esperemos que a pessoa se arrependa de seu ato impensado e traga a Imagem para ser colocada no Monte Esquilino, a fim de que todos os fiéis novamente possam honrá-la."

O sermão do Padre Blosi logo ficou conhecido dos Padres Redentoristas. Sabendo que sua Igreja estava localizada próximo ao local da antiga Igreja de São Mateus Apóstolo, apressaram-se em levar a notícia ao Padre Mauron, que era o Superior Geral dos Redentoristas. Padre Mauron ouviu a notícia e sentiu uma grande alegria, mas não teve pressa. Ele orou por quase três anos para conhecer a Santa Vontade de DEUS, nesta importante questão.
Em 11 de dezembro de 1865, o Padre Mauron e o Padre Michael Marchi, pediram uma audiência ao Papa Pio IX. Ansiosamente, os dois padres, descreveram ao Papa, a história detalhada da imagem de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO. Eles relembraram inclusive, que a VIRGEM MARIA manifestou o desejo de que a Imagem fosse colocada numa igreja entre as Basílicas de Santa Maria Maggiore e São João de Latrão. Depois de ouvir toda a história, o Papa perguntou-lhes se tinham colocado aquela solicitação por escrito. Padre Mauron entregou a Sua Santidade, um documento que o Padre Marchi tinha escrito e assinado sob juramento.
Sensibilizado com aquela narrativa e tendo o Santo Padre o Papa Pio IX, um grande amor à VIRGEM MARIA, imediatamente pegou a folha de papel onde o Padre Marchi tinha escrito o seu testemunho, e de próprio punho, escreveu uma mensagem no verso do documento:
11 de Dezembro de 1865:
O Cardeal Prefeito vai convocar o Superior da pequena comunidade de Santa Maria, em Posterula e lhe dirá que é nossa vontade que a Imagem de MARIA SANTÍSSIMA, que esta petição trata, seja devolvida a Igreja situada entre São João de Latrão e Santa Maria Maggiore. Todavia, o Superior da Congregação do Santíssimo Redentor está obrigado a substituí-la por outra imagem adequada.
(assinado) O Papa Pio IX
O Papa falou e como é lógico, o caso foi encerrado. A MÃE DO PERPÉTUO SOCORRO, logo estaria em casa, depois de quase 75 anos distante. Na madrugada do dia 19 de Janeiro de 1866, Padre Michael Marchi e Padre Ernesto Bresciani atravessou a cidade de Roma, indo até Santa Maria, em Posterula, para obter a imagem sagrada.
Os agostinianos estavam tristes por ver a sua amada MADONNA partir, mas eles se regozijaram que NOSSA SENHORA voltasse a ser homenageada no lugar onde Ela desejava. Os monges agostinianos quiseram uma cópia exata da imagem original, e isso lhes foi dado pouco tempo depois, conforme a decisão do Santo Padre, o Papa.
Os Redentoristas de Santo Afonso esperaram alegremente pela chegada de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO e sentiram uma grande felicidade sabendo que Ela ia permanecer definitivamente na sua Igreja. Mas, embora as cores do Ícone ainda estivessem brilhantes, havia muitos buracos de pregos na parte posterior do quadro. Um talentoso artista polonês, que viveu em Roma, foi convidado e restaurou a imagem, cujo trabalho terminou no princípio do mês de Abril.
Dia 26 de abril de 1866, Festa de NOSSA SENHORA DO BOM CONSELHO, uma grande procissão partiu do Mosteiro de Santo Afonso. Durante a procissão muitos acontecimentos milagrosos foram relatados. Uma pobre mãe vendo que a procissão se aproximava, pegou o seu filho de quatro anos de idade, que estava quase morto na cama, com uma doença no cérebro, com febre constante nas últimas três semanas, segurou firme a criança e levou-a até a janela. Quando a Imagem de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO passou ela gritou: "Ó boa Mãe, quer curar o meu filho ou quer levá-lo consigo para o Paraíso?" Dentro de poucos dias o menino ficou totalmente curado. Ele foi com sua mãe a Igreja de Santo Afonso para acender uma vela de ação de graças no Santuário de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO.
Em outra casa uma menina de oito anos, estava aleijada e desamparada, desde a idade de quatro anos. Quando a procissão se aproximava e a Imagem milagrosa de NOSSA SENHORA chegou perto, a mãe da criança ofereceu sua filhinha à SANTÍSSIMA VIRGEM. De repente, a criança sentiu uma grande mudança, e recuperou parcialmente o movimento de seus braços e das pernas. Ao ver isto, a mãe ficou muito confiante de que NOSSA SENHORA ia de fato ajudar a menina. No dia seguinte, logo pela manhã, levou a criança a Igreja de Santo Afonso e colocou-a diante da imagem milagrosa de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO. Olhando para a Imagem, rezou: "Agora, ó minha Mãe MARIA, termine o trabalho que a Senhora começou." Ela mal tinha acabado de dizer as palavras e de repente à menina se levantou sobre seus pés, totalmente curada!
Na Igreja de Santo Afonso o Ícone da VIRGEM foi colocado no Altar mor. A Igreja estava toda decorada e o Altar feericamente iluminado com grande quantidade de velas. Terminada a procissão, foi celebrada uma solene Santa Missa de ação de graças e, em seguida, o senhor Bispo concedeu a bênção com o Santíssimo Sacramento.
No dia 05 de maio de 1866, o Papa fez uma visita pessoal ao Santuário para conhecer e rezar diante do Ícone da VIRGEM MÃE.
Anos após, um novo Altar de mármore em estilo gótico foi construído possuindo no centro superior uma magnífica decoração brilhante, com guarnição em ouro. Quando tudo estava terminado, o Ícone da VIRGEM MARIA foi carinhosamente colocado naquele lugar, onde se encontra até hoje. A primeira Santa Missa celebrada no novo Altar do Santuário foi no dia 19 março de 1871, Festa de SÃO JOSÉ.