1. Amor pela nudez – Isto é claramente
manifestado em vários níveis. Primeiro existe a tendência generalizada de
vestir-se imodestamente. Já discutimos a modéstia aqui antes e devemos notar
que modéstia vem da palavra “modo”, referindo-se ao meio ou a moderação. Por
isso, se por um lado procuramos evitar noções opressivamente puritanas sobre o
vestuário que impõem fardos pesados (especialmente sobre as mulheres) e que
veem o corpo como algo mau, por outro também devemos criticar muitas das formas
modernas de se vestir no outro extremo. Estes “estilos” revelam mais do que razoável
e geralmente deveriam, com a pretensão de chamar atenção a aspectos do corpo
que são privados e reservados para a união sexual no casamento. Muitos em nossa
cultura não veem problema em desfilar vários níveis de nudez, vestindo peças
que possuem a intenção de descobrir e chamar atenção em vez de esconder as
áreas privadas do corpo. Este amor pela exibição e provocação é seguramente um
aspecto do próprio amor do Mal pela nudez. E ele tem espalhado esta obsessão a
muitas pessoas no moderno ocidente.
Pornografia – como não há nada de novo
neste mundo caído, seguramente alcançou proporções epidêmicas por meio da
internet. Qualquer psicoterapeuta, conselheiro ou sacerdote te dirá que o vício
da pornografia é um enorme problema entre as pessoas de hoje. Sites
pornográficos superam outras categorias dez vezes mais. Milhões de americanos
estão consumindo enormes quantidade de pornografia e a “indústria” está
crescendo exponencialmente. O que uma vez foi escondido nas livrarias, hoje
está à distância de um clique na internet. E a ideia de que os hábitos de
navegação podem ser facilmente descobertos pouco importa aos viciados na última
das formas de escravidão. Muitos estão sobre uma encosta íngreme a ponto de
caírem em formas mais degradantes de pornografia. Muitos acabam em sites
ilegais e antes mesmo de saberem o que aconteceu, deparam-se com o FBI batendo
em suas portas. O amor de satanás pela nudez possuiu muitos!
A cultura global de sexualização também
amarra ao amor satânico pela nudez. Nós sexualizamos a mulher para vender
produtos. Nós sexualizamos até mesmo as crianças. Nossas novelas tagarelam
excessivamente sobre sexo de um modo muito adolescente e imaturo. Nós somos, coletivamente, tolos e imaturos a
respeito do sexo e a nossa cultura vibra como adolescentes fogosos obcecados
por algo que eles não compreendem. Sim, o amor satânico pela nudez e tudo o que
vem com ela.
2. Violência - nós já discutimos antes
como nós, coletivamente, transformamos a violência numa forma de
entretenimento. Nossos filmes de aventura e vídeo games transformam retaliação
violenta numa prazerosa forma de entretenimento e a morte numa “solução”. Os
últimos papas têm nos alertado sobre a cultura da morte, na qual a morte é cada
vez mais proposta como solução para os problemas. Na nossa cultura a violência
começa no ventre, onde os inocentes são atacados. Chamam isto de “direito” e
“escolha”.
A violência e a adoção da morte
continuam movimentando-se pela cultura por meio da contracepção, atividades
violentas de gangues, recursos fáceis para a guerra e pena capital. O século
passado talvez tenha sido o mais sangrento já conhecido no planeta e
incontáveis pessoas, na casa dos milhões, morreram durante as duas guerras.
Além disso, vale lembrar das centenas de conflitos e guerras regionais,
terríveis campanhas em favor da fome na Ucrânia, China e outros lugares,
genocídios na Europa Central, na África e no sudeste da Ásia. Paul Johnson, em
seu livro Modern Times, estima que cerca de 100.000.000 morreram em guerras e
de maneiras violentas nos últimos 50 anos do século XX. E a cada morte, satanás
faz sua “dança intrometida”. Satanás ama a violência. Ele ama tacar fogo e
ver-nos culpando uns aos outros enquanto queimamos.
3- Divisão – Satanás ama dividir. Dom
Fulton Sheen diz que a palavra “diabólico” vem de duas palavras gregas
“dia+Bolós”, significando separar, dividir. Tendo como base meus próprios
estudos de grego, por mais parcos que sejam, diria que os resultados da
tradução não seriam os mesmos do bispo. “Dia” significa “através” ou “entre” e
bolós “atirar ou arremessar”. Ainda assim, o bom bispo era um homem estudioso e
eu peço a vocês, estudantes de grego, que me compreendam e defendam Dom Sheen.
Ainda assim, é claro que o diabo quer
nos dividir. Dentro da nossa própria psiquê e entre e os outros. Certamente ele
se regozija a cada divisão que provoca. Ele “atira coisas entre nós”
(dia+bolós)! Eis o propósito diabólico. E portanto, vemos nossas famílias
divididas, a Igreja dividida, nossa cultura e país divididos. Agora nós estamos
divididos ao nível máximo: racial, religioso, político e econômico. Nós
dividimos nossa idade, raça, região, Estados azuis e vermelhos, liturgia,
música, linguagem e demais pormenores sem fim.
Nossas famílias são rachadas, nossos
casamentos são rachados. Os divórcios são exaltados e compromissos de quaisquer
tipos são rejeitados e considerados impossíveis. A Igreja está rachada e
dividida em facções, assim como o Estado, todos os níveis que compõem os
conselhos escolares. Ainda assim, mesmo que concordemos com o essencial,
verifica-se que até mesmo quando uma verdade é compartilhada somos chamados de
intolerantes.
E dentro também, nós lutamos com muitos
ímpetos divisivos e formas de esquizofrenia figurativa e literal. Somos puxados
para o que é bom, verdadeiro e belo e ainda o que inferior, falso e mau também
nos atrai. Sabemos o que é belo, o que é bom, mas desejamos o que é mau.
Procuramos amor, mas cedemos ao ódio e à vingança. Admiramos o inocente, mas
frequentemente nos alegramos em destruí-lo ou pelo menos em substituir isto
pelo cinismo.
E assim satanás dança sua “dança
intrometida”.
Três características do diabólico: amor
pela nudez, violência e divisão. O que você acha? O príncipe deste mundo está
cumprindo com seus compromissos? Mais importante ainda: estamos sendo
coniventes? O primeiro passo para vencer os compromissos do inimigo é conhecer
seus movimentos, nomeá-los e repreendê-los.