Túmulo do Servo de Deus Pe. Bartholomeu Holzhauser, igreja de São Martinho, Bingen, Alemanha |
Por vezes o preclaro sacerdote é tratado de Beato Holzhauser, tal vez por um equívoco proveniente da inicial de seu nome. Assim, a B. do Pe. B. Holzhauser foi lida como abreviando Beato em lugar do correto Bartolomeu.
Esta confusão tira proveito da fama de santidade do sacerdote, já grande durante sua vida. Ele foi um apóstolo incansável pela restauração moral, disciplinar, doutrinal e material do clero católico, muito decaído no tempo das guerras de religião na Alemanha.
Ele também foi objeto de fenômenos místicos extraordinários e ficou célebre pelo seu dom de profecia. Nessa linha, sua interpretação do Apocalipse ficou célebre.
O grande exegeta Pe. Cornélio a Lapide SJ põe essa interpretação à testa de uma das três grandes escolas católicas que tentaram decifrar o Livro ditado a São João Evangelista e que encerra a Revelação.
Não visamos aqui tratar de todos os inúmeros, densos e imensos problemas ligados a essa interpretação.
Procuramos, isso sim, pôr em destaque as afinidades entre os escritos divinamente inspirados do venerável sacerdote alemão com as partes correspondentes do Segredo de La Salette.
Em La Salette, Nossa Senhora desvenda o Segredo seguindo uma ordem histórica cronológica. Em primeiro lugar fala da época dos videntes – que é a nossa época – e para a qual prevê grandes calamidades.
Nela manifestar-se-iam os Apóstolos dos Últimos Tempos que anunciaram tantos e tão grandes santos como São Luis Maria Grignon de Montfort.
Essa época se encerraria com uma estrondosa intervenção divina que redundará num triunfo de Nossa Senhora, a rainha dos Apóstolos dos Últimos Tempos, que serão seus escravos modelares.
Saltam aos olhos as afinidades entre a interpretação inspirada do venerável Pe. Holzhauser dois séculos antes da aparição da La Salette e da mensagem de Nossa Senhora a Melania e Maximino.
Nenhum desses personagens conheceu ao outro: 1º) pela diferência no tempo e 2º) porque Melania e Maximino eram iletrados e não poderiam ter lido qualquer escrito que mencionasse ao Pe. Holzhauser e suas interpretações.
Entretanto, as semelhanças são tantas e em pontos tão essenciais que dispensam qualquer comentário. De onde poderiam vir essas semelhanças senão de Deus?
Há, obviamente, coisas que estão ditas em La Salette e não se encontram em Holzhauser, e vice-versa. Isto é comum nos escritos proféticos.
Acontece entre os profetas do Antigo Testamento, onde um diz uma coisa que não diz o outro, mas todos convergem em harmonia admirável no anúncio do Redentor.
Os espíritos avisados não terão dificuldade em identificar esses aspectos convergentes mais dissímeis entre La Salette e o venerável Holzhauser.
Introduzimos a série de posts com um breve resumo da biografia do insigne religioso que poderá ser de utilidade a nossos leitores.
Bartolomeu Holzhauser nasceu na pequena aldeia de Laugna, no sul da Alemanha, em 1613.
Desde seus primeiros anos foi favorecido por visões celestiais. Grande devoto de Nossa Senhora, foi por inspiração d'Ela que resolveu seguir a carreira eclesiástica. Celebrou sua primeira missa em Ingolstadt.
Logo tornou-se conhecido como confessor, a ele recorrendo grande número de penitentes. Em 1640 convenceu três outros padres mais antigos a seguir certas regras que eles próprios se impuseram e fundou em Salzburg, Áustria, o primeiro de seus institutos.
Dedicou-se a estabelecer seminários para formar padres exemplares por sua fé e virtudes.
A fim de formar padres virtuosos, vivendo segundo as regras canônicas e a disciplina eclesiástica, prescreveu ele três coisas: coabitação e conversa fraterna; afastamento das mulheres e comunidade de bens.
Após dez anos de atividades no vale do Tirol, transferiu-se para a diocese de Mainz, na Francônia. A convite do eleitor de Mainz tornou-se cura e deão em Bingen, no Reno.
O rei Carlos II da Inglaterra, que se encontrava exilado na Alemanha, teve uma conversa com Holzhauser para ouvir dele as previsões que fizera sobre a Inglaterra.
A saber: que aquele país passaria pelos maiores infortúnios; nem o rei seria poupado; a paz só viria com a conversão dos ingleses à fé católica romana, quando fariam pela Igreja ainda mais do que fizeram após a primeira conversão.
Holzhauser desejou muito ir à Inglaterra para iniciar essa obra de conversão, mas seu trabalho continuou sua obra pastoral em Bingen, sobre o rio Reno, até sua morte, ocorrida em 20 de Maio de 1658, antes de completar 45 anos de vida.
Seu corpo repousa na igreja paroquial de Bingen, diante do altar da Santa Cruz.
Por uma simbólica coincidência, na mesma localidade – porém do outro lado do rio Reno, em Eibingen – se encontra a urna com os restos de Santa Hildegarda, abadessa da Idade Média.
Ela também ficou famosa pelos seus dons proféticos e suas visões sobre o Fim do Mundo e dos acontecimentos históricos que devem precede-lo.
São João contempla as Sete Igrejas do Apocalipse. Vital da catedral de York, Inglaterra |
Holzhauser escreveu sua interpretação do Apocalipse quando se encontrava no Tirol, em meio às maiores provações, passando dias inteiros no jejum e na oração, afastado de todo o contato com os homens.
Como essa interpretação ficou interrompida no versículo 4 do capítulo XV, seus discípulos lhe perguntaram a razão disso. Ele respondeu que não se sentia mais inspirado para continuar a obra, mas que outro viria depois para completá-la e coroá-la.
As previsões que faz para o futuro da humanidade não são fruto de visões ou revelações particulares, mas exclusivamente de uma interpretação inspirada do livro de São João.
que precederão o fim do mundo
De acordo com a interpretação do Pe. Holzhauser, no século VII as forças do mal no terreno temporal, instrumentos do demônio para combater a Igreja, estavam representadas pelo rei Chosroes da Pérsia, ao qual se seguiu Maomé e o império islamita.
Este deverá ser o grande inimigo da Igreja até o advento do Anticristo, seu grande restaurador e último dirigente.
A Igreja grega ficou cada vez mais dominada pelas heresias, que acabaram por levá-la ao rompimento definitivo com Roma.
Como a Igreja Católica não tivesse mais condições de sobrevida digna no Oriente, Deus propiciou seu florescimento em regiões ainda dominadas por povos bárbaros: a Alemanha e outras regiões da Europa Ocidental.
Suscitou então grandes santos, pregadores e apóstolos, que evangelizaram os povos da Alemanha, das Ilhas Britânicas e das outras regiões da Europa Ocidental, fazendo desse conjunto de povos e nações um abrigo para a Igreja que deverá durar 1260 anos, contra as investidas cada vez mais furiosas do império do mal.
Deus também estabeleceu um Império Romano Católico no Ocidente, tendo sido Carlos Magno o primeiro imperador da Alemanha.
Besta do Apocalipse. Ottheinrich-Bibel, Bayerische Staatsbibliothek,Cgm 8010, Folio296r |
Segundo Holzhauser, as sete igrejas do Apocalipse, do ponto de vista indicam sete idades, ou eras históricas, em que vai se dividir a história da Igreja até o Fim o Mundo.
A quinta igreja – Sardes – é a figura da idade atual estendendo-se desde o advento do protestantismo até a futura derrota do império do mal.
É uma época de calamidades, tanto no campo espiritual como no temporal. A Europa é devastada por sangrentas guerras de religião, os católicos são oprimidos por hereges e maus cristãos.
Porém a heresia é combatida em discussões, escritos e pela força das armas. E Deus manifesta de modo admirável sua assistência especial à Igreja nessa época de provações:
1) Opondo a Lutero e à sua funesta heresia Santo Inácio de Loiola e a Companhia de Jesus.
2) Convocando, por inspiração do Espírito Santo, o Concílio de Trento, para esclarecer os dogmas da Fé e restabelecer a disciplina eclesiástica, sobretudo o celibato.
3) Concedendo à Igreja, em outras partes do mundo, tantos fiéis quanto os que ela perdia na Europa, por meio da evangelização dos povos da América, Ásia, Índia, China e Japão.
4) Suscitando soberanos zelosos, entre os quais o mais notável foi o Imperador Fernando II [Nota: imperador do Sacro Imperador Romano-Germânico de 1619 a 1637, a totalidade do seu reinado desenrolou-se durante a guerra dos Trinta Anos que opôs católicos e protestantes].
Porém isso não será suficiente para por fim, ou mesmo para impedir o progresso do mal nessa idade.
Ao final da mesma o demônio gozará de uma liberdade quase absoluta e universal, e uma grande tribulação devastará a terra.
Os poucos servidores fiéis, unidos entre si pelos mais fortes laços, se conservarão puros no meio do mundo. Passarão por vís aos olhos deste, serão desprezados e repelidos.
Ruínas de Sardes, cidade histórica, também prefigura da V idade da Igreja |
Sacrificarão seus proventos em benefício dos pobres e para a edificação e propagação da Igreja Católica, a qual eles amarão como sua própria mãe.
Sua vida retirada será considerada como loucura, pois desprezarão os bens e as honrarias mundanas; e se preservarão de se corromperem com mulheres. Sua conversa será conforme a santidade de sua vocação.
Mas Nosso Senhor Jesus Cristo terá olhares de complacência para com sua paciência, ação, constância e perseverança.
Terão pouca força material mas grande ajuda de Deus, que os recompensará na sexta idade com a conversão de pecadores e hereges.
Só uma transformação assustadora e inimaginável, feita pela mão de Deus, poderá por fim a essa época de tribulações.
As Sete Igrejas do Apocalipse. Basílica e Colegiata de São Isidoro, Leão, Espanha |
Prosseguimos a apresentação condensada da interpretação do Apocalipse segundo o célebre Pe. Holzhauser, procurando os paralelismos com o Segredo de La Salette.
No post anterior focalizamos o que diz o exegeta sobre nossa época, prefigurada simbolicamente pela igreja de Sardes, a quinta igreja do Apocalipse.
Essa época, segundo Holzhauser, será continuada pela época prefigurada pela igreja de Filadélfia, a sexta igreja da revelação do livro de São João.
Eis como prossegue a inspirada interpretação do venerável Pe. Holzhauser:
Também chamada de época de “consolação” da Igreja, ela se estenderá desde o advento do Grande Monarca e do Pontífice Santo, até a tomada do poder pelo Anticristo. Corresponde à igreja de Filadélfia.
Quando maior for a pressão exercida pelos infiéis contra os cristãos, ao final da quinta idade, Deus suscitará um Grande Monarca que, pelas suas virtudes, pela força das armas e pelo apoio que receberá de Deus, derrotará o império do mal e extirpará as heresias.
O Grande Monarca será grande por suas vitórias e solidamente estabelecido no trono de seu império. Reinará por muitos anos, humilhará os hereges e as repúblicas.
Nascerá no seio da Igreja Católica e será especialmente enviado por Deus, segundo os decretos da Providência Divina, que o terá escolhido para a consolação e exaltação da Igreja latina em meio à aflição e à humilhação.
Seu reinado se constituirá no mais sólido apoio à Igreja Católica e continuará a sê-lo em sua posteridade, até o aparecimento da apostasia e do Anticristo.
Também será suscitado um Santo Pontífice, que vai estimular, incentivar e auxiliar o Grande Monarca na luta para exterminar o império do mal.
Este Pontífice formará um grande exército com os Estados da Igreja e seus aliados, para o qual nomeará um grande general que irá com suas tropas em auxílio do Grande Monarca.
Este então, com tais reforços, fará uma grande matança entre os turcos e seus aliados, a ponto do sangue que jorrar dos infiéis se elevar até o freio dos cavalos.
Juntamente com os infiéis serão exterminados também os hereges, e a todos o Grande Monarca precipitará no inferno, pelo poder que Deus lhe concedeu.
Esta será a primeira queda da Babilônia citada no livro sacro, ou seja, o fim da opressão corruptora que os turcos exerciam sobre os cristãos.
Pelo poder do Grande Monarca e pela autoridade do Santo Pontífice será então convocado um concílio geral, que será o maior e o mais célebre de todos.
O Grande Monarca empregará todo o seu poder para fazer executar as sentenças e decretos dessa magna assembleia.
Por seus editos imperiais ordenará a execução, com todo o rigor, das decisões do concílio em favor da Fé católica e ortodoxa. E tais editos atingirão todas as nações.
Porém seu império e a propagação da verdadeira Fé não serão assegurados sem luta. Haverá protestos e brados daqueles que vão querer resistir ao Monarca.
Os príncipes e os grandes que se insurgirem contra ele farão ouvir suas vozes por ocasião do concílio. A resistência a este por parte dos maus será muito grande, chegando a haver mártires na obra de sua propagação.
Essa contestação será tanto de potências seculares como da parte dos maus sacerdotes.
A Igreja deverá sofrer amarguras, tribulações e dificuldades para a execução desse concílio.
Porém os maus não prevalecerão e ela pregará a Fé católica a todas as nações, mesmo às pagãs e àquelas que dela se haviam separado pelo cisma ou pela heresia.
E ela se expandirá por quase todo o universo, em todas as partes do mundo.
Na sexta idade todas as nações se converterão à Fé católica, o sacerdócio florescerá mais que nunca e a Igreja terá bons pastores.
Os homens viverão à sombra das asas do Grande Monarca e de seus sucessores.
O espírito de sabedora reinará nas ciências – sacras e profanas – e na interpretação das Escrituras.
O ateísmo, as heresias e as falsas doutrinas serão banidos.
A Igreja Católica será elevada ao apogeu de sua glória temporal e não haverá controvérsias nem discussões para saber qual é a verdadeira Igreja, como existe atualmente na quinta idade.
Porém, no fim dessa sexta idade a caridade vai se arrefecer, os pecados se multiplicarão e, pouco a pouco, será formada uma geração perversa e infiel.
Os justos, os santos, os bons prelados e pastores serão levados por Deus, em grande número, por morte natural. Em seu lugar virão homens tíbios e carnais, que só cuidarão de si mesmos.
Este estado de espírito da população em geral é que marcará a passagem gradual da sexta para a sétima e última idade da Igreja.
Jazigo do Servo de Deus Bartolomeu Holzhauser. Igreja de São Martinho, Bingen, Alemanha |
Será uma época de desolação e de defecção total da Fé: abominação da desolação.
No início, enquanto o Anticristo não estiver ainda no poder, será uma continuação do estado de espírito observado no fim da sexta idade: perda do amor de Deus e da Fé, reinos perturbados por agitações e divididos entre si, raça de homens egoístas, indolentes e tíbios. Os pastores, prelados e príncipes serão velhacos e impostores.
Um dos vícios morais dessa idade será uma presunção de espírito fundada na própria ciência.
Não reconhecerão seus pecados nem seus erros; ficarão empedernidos nos próprios vícios, volúpias e mentiras, a ponto de se justificarem a si próprios.
Outro vício será a vã confiança nas riquezas, nos tesouros, nos objetos preciosos, nos ricos ornamentos, na magnificência dos edifícios e dos templos, no esplendor externo das coisas espirituais e temporais.
E como tudo isto não estará unido ao amor de Deus, não será do agrado de Nosso Senhor Jesus Cristo e se tornará presa do Anticristo.
Então Nosso Senhor Jesus Cristo começará a vomitar a Igreja de sua boca e permitirá que Satanás e o Anticristo estendam seu poder a tudo, inclusive dentro da própria Igreja. Será o resultado da tibieza do período de decadência da sexta idade.
Por permissão de Deus, o filho de perdição [Anticristo] terá com o demônio uma completa união de posse desde o momento de sua concepção, ainda no seio de sua mãe.
O Anticristo com a ajuda do demônio, vai restaurar o antigo poder e extensão do império do mal, derrotando os cristãos e os submetendo ao seu poder tirânico e despótico.
Sempre por obra do demônio, ele terá uma grande capacidade de realizar prodígios, não só em obras como em palavras, dizendo coisas que parecerão a todos muito boas e sensatas, persuadindo assim grande número entre os próprios cristãos, exceção feita dos eleitos.
O Anticristo aconselhado por Satanás. Luca Signorelli, basílica de Orvieto |
Ele se fará adorar como Deus, não só em pessoa como em suas imagens, as quais terão o poder de falar e convencer.
Seu poder sobre povos e nações será o maior que jamais houve na história, e sua perseguição a mais cruel.
Seu reino será o da luxúria, da concupiscência e da crueldade. Abolirá o Santo Sacrifício, espezinhará o Santíssimo Sacramento, nascerá para fazer o mal. Alcançará o poder por meio de fraudes e artifícios, com a ajuda do demônio.
Possuirá tesouros escondidos revelados a ele pelo demônio e se apossará dos tesouros das igrejas, dos reis, dos príncipes e dos grandes.
E calcará aos pés tudo o que for santo e sagrado, queimará os templos mais magníficos e tudo o que for sagrado será consumido pelo fogo e reduzido a cinzas e ruínas.
Todos os que aderirem ao Anticristo serão obrigados a trazer sua marca impressa na fronte ou na mão direita, e que será o nome “cristo” escrito em letras hebraicas.
Os que não tiverem essa marca serão presos e conduzidos a uma de suas imagens para adorá-la, sendo martirizados se não o fizerem.
Na sua tarefa de perseguir os cristãos o Anticristo será auxiliado pelo falso profeta e antipapa, um cristão apóstata que, apoiado pelos judeus, invadirá os Estados da Igreja e matará o Papa legítimo, ficando em seu lugar.
A apostasia será generalizada, à exceção dos poucos eleitos, aos quais nada mais restará que a glória do martírio, pois qualquer luta armada contra as forças do Anticristo será inútil, e mesmo desaconselhada por Nosso Senhor Jesus Cristo.
O último Papa legítimo – que, como o primeiro, também se chamará Pedro – increpará os seguidores do Anticristo, ameaçando-os com as penas do inferno.
Antes mesmo que o Anticristo entre na plenitude de seu poder, tal Papa já terá condenado a heresia do falso messias.
A grande maioria dos mártires dessa época será constituída por eclesiásticos de diversas ordens da hierarquia: bispos, pregadores, pastores, doutores, padres em geral, e também por grande número de leigos.
Todos estes confessarão sua fé no verdadeiro Deus e em Jesus Cristo como tendo sido o Messias, praticarão a virtude da pureza, a castidade e o celibato sacerdotal, completamente abandonados então.
Santo Elias, Convento de La Encarnación, Ávila, Espanha |
Pregarão às nações e aos judeus o fim do mundo, o juízo final, a penitência, a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e que Ele virá para julgar os vivos e os mortos.
O que foi feito nos dias de Faraó e de Acab, em matéria de milagres e castigos, se renovará.
O Anticristo, por permissão de Deus, tentará imitá-los. Haverá uma guerra de milagres e uma guerra de tormentos.
E passada a época de sua pregação o Anticristo os matará.
Seus corpos ficarão expostos em praças públicas de Jerusalém, que nessa época será uma cidade grande, rica e poderosa, para onde afluirão homens de todos os povos.
Pois o Anticristo anunciará a morte dos dois santos profetas para que todos possam crer que ele está acima de toda virtude e poder.
Junto aos corpos de Elias e Enoch ficarão corpos de muitos outros mártires, especialmente padres e doutores. Haverá grande regozijo dos ímpios durante as três semanas e meia em que os corpos ficarão expostos.
Serão o tempo de gozo do Anticristo pela sua vitória. Ele se fará adorar como deus no alto do Monte das Oliveiras, e os ímpios seus adoradores se entregarão a uma alegria frenética e cheia de volúpias.
Os poucos fiéis que resistirem serão obrigados a fugir para lugares desertos. Não haverá sinais de Deus no céu, será a paz dos maus.
Decorridos esses dias, Deus ressuscitará Elias e Enoch e os elevará ao céu em corpo e alma à vista de todos.
O Anticristo, enraivecido, tentará vingar-se fazendo-se elevar nos ares pelo poder do demônio.
Mas será precipitado vivo no inferno, entrando por uma abertura na terra que se formará em conseqüência do grande terremoto que haverá na ocasião.
Juízo Final, Cremona |
O número 666 não está no escrito de São João, mas na versão latina. Esse número representa em meses o tempo de vida do Anticristo, que assim terá um período de vida de 55 anos e meio, dos quais os últimos três anos e meio serão de seu maior poder e furor contra a cristandade.
Ele será morto pelo sopro da boca de Nosso Senhor Jesus Cristo, ou seja, por Sua palavra.
Após a morte do Anticristo poucos dias serão concedidos aos homens para fazer penitência, com os terríveis sinais que precederão a segunda vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo e o juízo final.
Os judeus se converterão e se unirão aos cristãos para cantar louvores à glória, bondade e misericórdia de Deus Padre e de Seu Filho Jesus Cristo.
Então serão melhor conhecidas as vias de Deus para a criação, conservação e governo do gênero humano ao longo dos séculos, conhecimento este que será bem mais completo por ocasião do juízo Final, o qual ninguém sabe exatamente quando se dará, somente Deus.
Tanto o dia do juízo Final como a questão da predestinação constituem um grande mistério reservado só a Deus. Nessa ocasião todos os segredos serão manifestados. Os homens não crerão nesse dia até que ele venha.
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