É notório que a Missa no Rito Romano Tradicional também chamada de Missa Tridentina ou ainda Missa em latim, essas duas denominações são errôneas, mas aceitas. Firmou e segue firmando ainda mais na vida do cristão, não podendo, mais, ser taxada de apenas "modinha", como muitos falaram ou falam e os embriagados de gnosticismo, procurar uma "experiência" no antigo rito.
Antes mesmo de minha conversão achava estranho o rito de Paulo VI, os paramentos, as ações do sacerdote, os fiéis que invadiam os "altares", e o que mais causava escândalo era, vê-los distribuindo as hóstias e os outros fiéis, as pegando com suas mãos e levando a boca, tudo muito protestante além das músicas, que mais lembravam cultos pentecostais, com aqueles barrulhos infernais, com seus instrumentos de percussão ou guitarras elétricas conectadas a enormes caixas amplificadas, moças com as roupas, meio não sei de onde. Ao questionar o que houve, o que era isso, ou aquilo? Tudo mudou, a Igreja mudou, respondiam.
Com tudo isso ainda me converti.
Como a leitura me levou a Igreja, procurei nela saber o que tinha acontecido. Achei as explicações sobre o CVII, onde tinha as Missas no rito antigo, diferentemente de muitos que primeiro encontram dom Marcel Lefebvre, primeiro achei as Missas e os problemas pós-concílio Vaticano II depois dom Marcel.
Não contentei apenas no ir a Missa Tradicional, rezar em latim ou comprar um missal latim/português, continuei a busca de conhecimento com livros, artigos, blogs, sites, vídeos, sobre a Igreja, o CVII, os papas, santos, grupos católicos tradicionais ou "conservadores". Nessas buscas cai no erro de seguir, interessar e pensar ser coisa boa, certas personalidades, grupos de intelectuais, sites "defensores" da liturgia, blogs e etc que diziam católicos mas cheios de erros, más doutrinas, falsos ensinamentos e embebidos de modernismos, gnoses e heresias, quase virei um sedvacantista ou um adepto de um pseudo-filosofo, chegando a achar que um padre que fala bonito e sempre de batina era um sacerdote fiel à Missa "Tradicional" mas que não a celebrava por perseguição do seu bispo, pois é!
Mas, o que quero transmitir não é sobre a minha conversão, que na verdade é uma história muito chata e melancólica, mas sim um pouco da convivência no mundo atual e aos desafios que enfrentamos em ter e assistir a Missa, sacramentos e a vivência no mundo do Rito Romano Tradicional.
Há algum tempo, era difícil encontrar cidades que dispunham de ao menos Missas no antigo rito e muitas que tinham mantinham um silêncio obsequioso para evitar perseguições de bispos, padres, fiéis e outras estirpes que nutrem um ódio milenar contra o sacrifício no altar.
Com o pedido de muitos fiéis, motivados por todo tipo de inspirações, desde a verdadeira devoção ao rito até a puro modismo, em muitos locais houve a implantação e em outros sairam da caverna e hoje, não só no Brasil como no mundo, locais em que rezam, ao menos a Missa no Rito Tradicional, são inúmeras, em algumas há apenas a Missa em outras todos sacramentos e há ainda locais em que realmente se vive a Igreja de sempre.
Muitos fiéis, devido a deficiência da implantação do Rito Tradicional, se contentam com apenas a Missa e muitos acham que todo problema enfrentado na Igreja é apenas na celebração da Missa com o Rito de Paulo VI, se sentem realizados, mas aí surge uma questão, apenas o fato de ir a Missa dominical celebrada no Rito Romano Tradicional irá me vacinar e me transformar no católico por excelência, tomista, catequista do Concílio de Trento, especialista em modéstia, sabedor de todas as heresias, debatedor contra o modernismo e que todo padre que celebra a Missa "Tridentina" é vacinado contra os erros do CVII, piedoso ou que usa a batina constantemente?
São nos questionamentos acima é que vamos nos deparar com casos, situações perigosos para a fé e até para a salvação. Se bem que só o fato de assistir a Missa no Rito Romano Tradicional já nos ajuda a obter as graças necessárias para a noss vida, porém para alguns é necessário algo mais e para outros muito mais.
Os jovens hoje, e adultos também, possuem um "QUE" de superioridade, acham que sabem tudo, outros têm certeza, que são extremamentes cultos e a sua "inteligência" está anos-luz dos meros mortais e que são conhecedores de todos os problemas da Igreja e do mundo, menos os deles mesmos.
Quando esses jovens, e adultos também, buscam a Missa Tradicional, não estou falando de todos, chegam com a sua arrogância e ignorância, de que já sabem tudo, desde como devemos comportar na Missa, cantos e orações em latim, a biografia de Dom Lefebvre, do modernismo e sobre como o CVII foi mal, mas não sabem o catecismo, desconhecem os dogmas ou o que é e como é realmente a Santa Missa.
Não é o uso de véu ou suspensórios que o fazem católicos pelo contrário, os tornam bravateiros como um certo indivíduo que se auto nomea filósofo, sem nada saber, sobem em palito de fósforo e fazem discursos.
A algum tempo enquanto ainda tinha o FB fiz um comentário sobre o padre usar a horrenda veste ou colarinho pagão-protestante clergyman. Ora, uma pessoa comentou com descontroles, usando palavras torpes e de uma falta de educação e moral dignas de qualquer seguidor do partido da estrela branca, e logo descobri que o estúpido tinha quinze anos, não podia nem jejuar e veio querendo me ensinar.
Esses "ingressos" ao Rito Romano Tradicional, sobretudo os mais jovens, se fazem de arrogado, dizem ser "super" católicos, vão à Missa de saia até ao joelho as donzelas e os rapazinhos de camisa de manga, quando não de ternos ou coletes, mas no "escurinho do cinema", colocam chifrinhos em sua imagem do status, curtem rock, netflix, walking dead, malhação, tatuagens e o mesmo também para alguns adultos.
Alguns criam grupos, sites, blogs, organizam palestras, falam de modernismo, Pascendi, mas desconhecem o básico do catecismo, as orações, os símbolos, o calendário, o ano litúrgico tradicional e fazem uma salada de ritos, quando lhes são convenientes assistem a Missa Tradicional ou vão ao rito novo no sábado para não atrapalhar o futebol, o churrasco ou qualquer outra coisa mundana que coincide com a Santa Missa do domingo. Tomam a comunhão sem fazer a confissão, deixando para outro momento, fazendo apenas um ato de contrição, não sabem das quatro têmporas ou do jejum eucarístico, da festa de finados que não comemora no domingo ou das orações leoninas ao final da Missa.
Porém o maior e mais grave problema não são os fiéis, que em sua maioria nada mais são que espelhos dos sacerdotes, esses sim acabam causando toda e qualquer confusão.
Para alguns e muitos por sinal, os jovens fazem modinha em querer a Missa Tradicional, mas há muitos padres que fazem modinha em celebrar o rito. Aprendem a rubrica pela internet, fazendo de qualquer modo, sem o devido zelo pelos parâmentos, ouvem a confissão de qualquer jeito, dão vinho a fiel que diz ser intolerante ao pão, faz orações de qualquer modo, não segue o costume da Igreja em relação ao rito anterior ao CVII, não demonstra o devido cuidado com as espécies Sagradas permitindo que fiéis as manuseiem ou levem consigo, distribui a hóstia fora da Missa de qualquer maneira e segue inúmeras outras coisas, como o sermão ou homilia repleta de modernismo, socialismo, espírito do CVII, liberalismo e relativismo.
Não que essas coisas invalidam o Sacrifício ou que devemos deixar de assistir a Missa Tradicional, pois até um padre em pecado mortal a celebra com muito mais valor que qualquer Missa nova, mas é perigoso para fé, um fiel fraco pode sucumbir as tentações e acaba ficando sem a quem recorrer.
Muitos desses erros alencados eu cometi no inicio e sei que ainda cometo outros, mas na esperança de que possa superar as falhas e alcançar todas as graças que Deus nos oferta, suplico a São Domingos Sávio para que possa conduzir os jovens ao correto caminho da fé católica na humildade, caridade e sabedoria e que os adultos e idosos possam ser espelhos para as infantis gerações e aos padres que sejam verdadeiramente pais.
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