Mas afinal como originou a árvore de Natal, um símbolo natalino tão utilizado, tanto pelos cristãos como pelos pagãos e ateus?
Para falar da origem da árvore de Natal temos que falar de São Bonifácio, em latim Bonifacius, "aquele que faz o bem". Nascido em uma família abastada no condato de Devon, Inglaterra em 672 e martirizado em de 5 de junho de 755 e conhecido como o Apóstolo da Alemanha.
Em 716 foi como missionário, se juntando com são Vilibrordo na conversão dos Frísios, mas os seus esforços foram em vão com a declaração de guerra entre Carlos Martel e Redebaldo I, rei dos Frísios.
Dois após foi a Roma, onde conheceu o Papa Gregório II e foi enviado à Germânia, que permanecia bárbara, com a missão de a evangelizar e de reorganizar a Igreja.
Durante cinco anos, Bonifácio percorreu por territórios que hoje fazem parte da Alemanha e Holanda. Em 30 de novembro de 722, foi feito bispo de todos os territórios ele converteu ao cristianismo.
O grande feito que marcou ainda mais a vida apostólica de São Bonifácio ocorreu em 723, próximo da atual cidade de Fritzlar, norte de Hesse, que marcaria também a origem da Árvores de Natal.
Na véspera do Natal daquele ano, o santo percorrendo a região da Baixa Saxônia, encontrou uma comunidade pagã, que no inverso realizava sacrifícios humanos, geralmente de crianças, oferendo a Thor, deus pagão do trovão, sacrifício que ocorria junto a um carvalho que os residentes o consideravam sagrado e conhecido como “O Carvalho do Trovão”.
Assim que tomou conhecimento dos fatos, Bonifácio, quis destruir o Carvalho do Trovão não somente a fim de salvar a vítima, mas também para mostrar àqueles pagãos que ele não seria derrubado por um raio lançado por Thor, como era crença local, que aquele que atrevesse a derrubar ou infligir qualquer dano na árvore, seria sumária mente castigado por Thor, que mandaria um raio exterminar quem praticasse tal ato.
Quando, então o carrasco ergueu seu pesado martela de pedra para matar a criança que iria ser sacrificada, o bispo estendeu o báculo para frear o golpe e fazendo o pesado martelo de pedra se espatifar.
São Bonifácio derrubando o carvalho dedicado a Thor |
Logo em seguida, São Bonifácio teria dito aos presentes: “Escutai, filhos do bosque! Não jorrará sangue esta noite. Porque esta é a noite em que nasceu o Cristo, o Filho do Altíssimo, o Salvador da humanidade. Ele é mais justo que Baldur, maior que Odim, o sábio, mais gentil que Freya, o bom. Desde a vinda d’Ele, o sacrifício terminou. A escuridão, Thor, a quem invocastes em vão, é a morte. No profundo das sombras de Niffelheim ele se perdeu para sempre. A partir de agora, vós começareis a viver. Esta árvore sangrenta nunca mais escurecerá a vossa terra. Em nome de Deus, eu a destruirei”.
Pegou, então, um machado que estava próximo e, quando o brandiu no ar, uma poderosa rajada de vento varreu de repente o bosque e derrubando o carvalho pelas raízes, deixando-a em quatro pedaços e com sua madeira, ele construiu uma capela.
O povo ficou estarrecido, primeiro pela coragem do bispo em impedir o carrasco, destruindo o machado, depois por ter derrubado a árvore e mais ainda, por não ter sido fulminado pelo raio enviado por Thor. Bonifácio prosseguiu o seu discurso, e indicando um pequeno abeto, disse: “Esta pequena árvore, filho do bosque, será nesta noite a vossa árvore santa, a madeira da paz; é o sinal de uma vida sem fim, porque as suas folhas são sempre verdes. Olhai a sua ponta voltada ao céu. Esta será a árvore do Menino Jesus! Reuni-vos em torno dela, não mais no bosque selvagem, mas dentro dos vossos lares; ali haverá abrigo e não ações sangrentas; ali haverá presentes amorosos e gestos de bondade”.
Assim nasceu o costume de enfeitar as pequenas árvores no Tempo do Natal, árvores que nos recorda a Santíssima Trindade, com seu formado piramidal; árvore que permanece verde, sinal de vida, mesmo no mais rigoroso inverso, quando todas as demais perdem suas folhas e iluminada, fazendo recordar de Nosso Senhor Jesus Cristo, que sempre brilha no meio da mais intensa trevas; árvores que são ornadas com enfeites coloridos, bolas douradas simbolizando a realeza de Cristo e todas as cores, cada qual com um significado; apontando para o Céu para nos lembrar onde de onde veio o nosso Redentor e para onde desejamos ir. A Árvore de Natal não é de origem protestante, nem pagã, é de origem católica.
Em 2008, o Papa Bento XVI ao abençoar uma árvore de Natal na Praça de São Pedro, disse: “A árvore de Natal, a sua figura que se estende para cima, o verde e as luzes nos ramos são símbolos da vida. Eles também nos mostram o segredo da Noite Santa. Cristo, o filho de Deus, traz nova esperança e novo esplendor ao mundo escuro, sombrio e não redimido em que nasceu. Se o homem se deixar tocar e iluminar pelo esplendor da verdade viva que é Cristo, conhecerá a paz interior do coração, para se tornar portador da paz numa sociedade que anseia profundamente pela reconciliação e pela redenção”.
Cornelius Bloemaert: São Bonifácio |
São Bonifácio jamais perdeu a esperança nos frísios, e em 754 batizou muitos pagãos, quando em uma reunião com os recém batizados próximo a Dokkum, um bando de pagãos apareceu e martirizou o arcebispo Bonifácio. Foi sepultado mais tarde na então abadia de Fulda, hoje catedral. Sua festa é comemorada em 05 de junho.
São Bonifácio, rogai por nós!
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