Seja por sempre e em todas partes conhecido, adorado, bendito, amado, servido e glorificado o diviníssimo Coração de Jesus e o Imaculado Coração de Maria.

Nota do blog Salve Regina: “Nós aderimos de todo o coração e com toda a nossa alma à Roma católica, guardiã da fé católica e das tradições necessárias para a manutenção dessa fé, à Roma eterna, mestra de sabedoria e de verdade. Pelo contrário, negamo-nos e sempre nos temos negado a seguir a Roma de tendência neomodernista e neoprotestante que se manifestou claramente no Concílio Vaticano II, e depois do Concílio em todas as reformas que dele surgiram.” Mons. Marcel Lefebvre

Pax Domini sit semper tecum

Item 4º do Juramento Anti-modernista São PIO X: "Eu sinceramente mantenho que a Doutrina da Fé nos foi trazida desde os Apóstolos pelos Padres ortodoxos com exatamente o mesmo significado e sempre com o mesmo propósito. Assim sendo, eu rejeito inteiramente a falsa representação herética de que os dogmas evoluem e se modificam de um significado para outro diferente do que a Igreja antes manteve. Condeno também todo erro segundo o qual, no lugar do divino Depósito que foi confiado à esposa de Cristo para que ela o guardasse, há apenas uma invenção filosófica ou produto de consciência humana que foi gradualmente desenvolvida pelo esforço humano e continuará a se desenvolver indefinidamente" - JURAMENTO ANTI-MODERNISTA

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Eu conservo a MISSA TRADICIONAL, aquela que foi codificada, não fabricada, por São Pio V no século XVI, conforme um costume multissecular. Eu recuso, portanto, o ORDO MISSAE de Paulo VI”. - Declaração do Pe. Camel.

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Ao negar a celebração da Missa Tradicional ou ao obstruir e a discriminar, comportam-se como um administrador infiel e caprichoso que, contrariamente às instruções do pai da casa - tem a despensa trancada ou como uma madrasta má que dá às crianças uma dose deficiente. É possível que esses clérigos tenham medo do grande poder da verdade que irradia da celebração da Missa Tradicional. Pode comparar-se a Missa Tradicional a um leão: soltem-no e ele defender-se-á sozinho”. - D. Athanasius Schneider

"Os inimigos declarados de Deus e da Igreja devem ser difamados tanto quanto se possa (desde que não se falte à verdade), sendo obra de caridade gritar: Eis o lobo!, quando está entre o rebanho, ou em qualquer lugar onde seja encontrado".- São Francisco de Sales

“E eu lhes digo que o protestantismo não é cristianismo puro, nem cristianismo de espécie alguma; é pseudocristianismo, um cristianismo falso. Nem sequer tem os protestantes direito de se chamarem cristãos”. - Padre Amando Adriano Lochu

"MALDITOS os cristãos que suportam sem indignação que seu adorável SALVADOR seja posto lado a lado com Buda e Maomé em não sei que panteão de falsos deuses". - Padre Emmanuel

“O conteúdo das publicações são de inteira responsabilidade de seus autores indicados nas matérias ou nas citações das referidas fontes de origem, não significando, pelos administradores do blog, a inteira adesão das ideias expressas.”

19/07/2022

Um Papa pode errar?

 

"Ninguém por mais esmola que tenha dado, e mesmo que tenha derramada o sangue pelo nome de Cristo, poderá ser salvo se não permanecer no seio e na unidade da Igreja Católica."

Até onde somos obrigados, então, a seguir aos papas?
Pastor aeternus (infalibilidade papal promulgada no Concílio do Vaticano I por Bento IX Dz 3050-3075): Dz 3074 – O Romano Pontífice, quando fala ex-cathedra, isto é, quando, no desempenho do múnus (tarefa, dever obrigatório de um indivíduo; encargo, obrigação.) de pastor e doutor de todos os cristãos, define com sua suprema autoridade apostólica que determinada doutrina referente a fé e à moral deve ser sustentada por toda a Igreja; tais declarações são por si mesmas, irreformáveis.

Quando o papa diz: Em virtude de minha autoridade apostólica, eu declaro, defino e estatuto que isso e aquilo devem ser cridos por todos os fiéis, para sempre.

O papa não é o dono da Igreja, ele é o gerente, ele não tem uma procuração que lhe dê poder para fazer o que bem entender (Mt 16, 22 e 23), ele é o governo da Igreja e da disciplina, o sucessor de São Pedro (não de Nosso Senhor Jesus Cristo); é o Vigário de Cristo na Terra, Nosso Senhor Jesus Cristo não tem sucessor, tem vigário. A ele Jesus deu todo o poder na Igreja para “confirmar os irmãos na fé” (Lc 22,32), é o “múnus petrino”. A ele Jesus confiou as Chaves da Igreja, isso é, “o poder de abrir e fechar”; definir, não inventar ou alterar, de maneira infalível verdades da fé (dogmas), não lhe prometeu impecabilidade, mas infalibilidade; isto é, mesmo podendo pecar, não pode errar quando ensina a “são doutrina da salvação” (1Tm 1,10; 4,6; 2Tm 4,3; Tt 2,1).

Lembremos o que disse Bento XVI em maio de 2005: "O Papa não é um soberano absoluto, cujo pensamento e vontade são a lei. Pelo contrário: o ministério do Papa é uma garantia de obediência a Cristo e à Sua Palavra. Ele não deve proclamar suas próprias ideias, mas constantemente vincular a si mesmo e à Igreja a obediência à Palavra de Deus, diante de todas as tentativas de adaptação e rega para baixo, bem como diante de todo oportunismo. (..) O Papa está ciente de que está, em suas grandes decisões, ligado à grande comunidade de fé de todos os tempos, às interpretações vinculantes que cresceram ao longo da jornada peregrina da Igreja. Assim, seu poder não está acima, mas está a serviço da Palavra de Deus, e sobre ele repousa a responsabilidade de garantir que esta Palavra continue presente em sua grandeza e ressoe em sua pureza, de modo que não seja dilacerada pelas contínuas mudanças na moda..." (MiL - Messainlatino.it: "“Desiderio desideravi”: perché papa Francesco desidera tanto distruggere il rito antico?)

Seria então o Papa Francisco o primeiro que fala coisas que beiram heresias? Ou seria Bento XVI, João Paulo II, Paulo VI ou João XXIII? A resposta, é não.

Devemos nos atentar para o que se passa hoje, sabemos que estamos numa situação crítica, caótica e na verdade estamos em uma nau sem rumo ou quando muito com um capitão, que semelhante aos capitães gregos dos contos, se deixaram seduzir pelos cantos das sereias e conduz o barco em direção as rochas.

Antes, porém, temos que conhecer a situação presente e como se passa e como devemos lidar. Há dois erros, que apesarem de opostos, levam a dois grandes males. O primeiro é da negação da autoridade papal: Comum ouvirmos que o papa atual não é papa, é uma revolta, grave e muito grave contra a autoridade do Pontífice, que pode levar ao cisma e à heresia, chegando ao extremo de dizer que não há papa, sedevacantismo, ou que o papa é um antipapa, erro incoerente, pois para haver um anti, um contrário, tem que haver a referência, neste caso para ter um antipapa teria que ter um papa.

A segunda, mais sutil, que aparentemente condena a primeira e que seria a correta: Mas não, tão grave como a primeira é a segunda e esta é a de, por respeito à autoridade, aceitar em silêncio todos os erros, ou fechar os olhos para os pecados de escândalo em que a autoridade possa a vir a incorrer, chamado por papolatria, ou seja, a veneração desequilibrada à pessoa do papa tal como uma verdadeira adoração, pecado contra o primeiro mandamento, é uma heresia, pois ao negar a possibilidade do papa em não pecar ou cometer qualquer tipo de erro, não teria enquanto papa o livre-arbítrio, enquanto que só tem assistência do Espírito Santo quando se pronuncia ex-cathedra.

Em 1920 o padre francês La Roche disse que após o modernismo, uma terrível heresia, teríamos outra tão terrível ou mais, a heresia de que o papa pode fazer tudo.

Na história dos papas tivemos papas verdadeiramente santos, outros santos, muitos simplesmente bons papas, outros não tão bons, alguns ruins e outros poucos péssimos.

A tradição não muda, a fé não muda, porque Nosso Senhor Jesus Cristo não muda, Deus não muda.

Papa Eugênio IV, 1431 a 1447, em 1441 disse: Ninguém por mais esmola que tenha dado, e mesmo que tenha derramada o sangue pelo nome de Cristo, poderá ser salvo se não permanecer no seio e na unidade da Igreja Católica.

O que Deus não muda, o homem não pode tentar mudar. O papa não pode mudar nada em doutrina, mas em questão de disciplina e de governo ele pode mudar.

Se o código canônico não vai contra as doutrinas da Igreja, posso segui-lo, devo segui-lo. Agora se é contra as doutrinas da Igreja devo rejeitá-lo.

O papa pode muito bem estabelecer as regras de um ato administrativo, mas não pode fazer o que é contra a vontade de Nosso Senhor Jesus Cristo definida explicitamente, pois indo contra comete um pecado de desobediência, se não for heresia.

Santo Tomás de Aquino: Se seu superior legal emite uma ordem contra uma lei superior, ele não apenas não deve ser desobedecido, ele deve ser publicamente corrigido.

Um papa quando age como papa, fala como papa, emite seus ensinamentos dentro da tradição da Igreja ou solenemente define, declara e regulamenta algo, então estamos diante do Vigário de Cristo, devemos segui-lo, agora se faz à revelia de Nosso Senhor Jesus Cristo, quer mudar as revelações que encerraram com o último Apóstolo, então, estamos diante de um homem, que não só deve ser corrigido como não segui-lo, não que vamos declarar que a Sede esta vaga, mas não podemos assentir com seus erros e se ele não corrigir permanecendo no erro, não vamos “segui-lo".

Paulo VI quando publicou o Novus Ordo, ele não agiu como o Vigário de Cristo e como Sumo Pontífice da Igreja, não tem nada a ver com a indefectibilidade da Igreja, mesmo que ele tenha publicado um rito intrinsecamente mau, contra a vontade divina, contra a doutrina divina, contra a vontade de Deus, ele agiu em total desobediência a seu próprio cargo, em total desobediência a Cristo, semelhante a uma zombaria luterana do Sacrifício do Calvário, publicou um rito de missa protestante, que beira à blasfêmia, mas a Igreja permanece indefectível, a única instituição da salvação.

João Paulo II chamou a Igreja do novo advento (errado); Igreja do concílio; Igreja conciliar; falou do CVII como um segundo pentecostes (beira a blasfêmia, é dizer que o primeiro Pentecostes foi imperfeito, que toda ação ocorrida desde então até o concílio de 1960, não surtiu efeito, Deus teria feito errado e age por empirismo, o Espírito Santo não soube agir), Paulo VI disse que o CVII é mais importante do que o de Nicéia (dizer que todas as religiões são iguais ou à liberdade religiosa, entre outros erros, é mais importante que o combate ao arianismo).

Opiniões distorcidas que causa a supervalorização do CVII não é doutrina da Igreja, é um narcisismo, é a supervalorização do homem, é a soberba.

A Igreja sofre e é aqui que muitas pessoas se afastam, pois não entendem os sofrimentos de Cristo. Precisa entender o sofrimento de Nosso Senhor, os muitos que falam, como pode Deus permitir tamanho sofrimento na Igreja? Como é possível que Deus permita que a Igreja sofra? Não conhecem a Igreja.

É como o Rosário, primeiros grandes mistérios, Gozosos: a Encarnação, o surgimento da Igreja; a Visitação, a Igreja para o mundo; o Nascimento, Roma; Apresentação no Templo, o apogeu da Igreja; o Reencontro, a idade média.

Depois os Dolorosos, a sua Paixão do século XIV até quando Deus permitir e por fim os Gloriosos, quando da segunda vinda de Nosso Senhor.

Não percamos por causa dos sofrimentos da Igreja de hoje", dizia dom Lefebvre.

Mas o Espírito Santo provou que não abandonou a Igreja, assegurou que o CVII não fosse dogmático, mas eles dizem não dizendo, ele é pastoral, que é o super concílio o mais importante já realizado e todos devem acatá-lo, mesmo ele sendo pastoral, incondicionalmente.

O Espírito Santo assegurou não haver nenhuma assinatura papal em documentos em que nos obrigam a usar o novo missal, a “participar” da nova Missa; não tornou a Missa nova obrigatória e hoje dizem que ela é a única lex orandi.

Assegurou que João Paulo II declarasse infalivelmente que “nenhuma mulher pode ser sacerdote” e hoje, mesmo o papa ter declarado, eles insistem que deve haver estudos e que seja possível um sacerdócio feminino.

Mas não somos nós, leigos, que vai resistir ou dizer ao papa que ele está errado, não! Devemos ter cautela, não julgar por achismo, por desconhecimento de causa, por ignorância do catecismo, pois são os teólogos e as autoridades competentes que, dentro das normas existentes, farão o competente documento para relatar ao papa de seu erro.

Vemos então, que muitas pessoas, sedevacantes, clérigos, teólogos, especialistas, dizer que os papas desde o CVII são antipapa. Errado, para dizer que há um antipapa deve haver um papa, então onde ele está? O mais correto é dizer um não papa.

Compete a nós, leigos, se sabe que determinada coisa está contra as leis de Deus, não cumprir, na dúvida procure a um padre que realmente conhece sobre o assunto.

É impossível falar em obediência se não obedece ao próprio Deus. Deus é simples. Deus é aquele que É.

Obedeça aos 10 Mandamentos, aos Mandamentos da Igreja e ao seu Magistério autêntico.

Devemos seguir a tradição e obediência, obediência conforme ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, não como hoje ensinam ou desensinam. Não importa, dizem eles, o que você aprendeu dos antigos ou o que era dito antigamente, não importa o que aprendeu no catecismo de São Pio X, o que o papa atual mandar fazer, você faz.

O papa não é o dono da Igreja. Então quem é o chefe, o cabeça da Igreja? É Nosso Senhor Jesus Cristo, o papa é o gerente, o vice.

O papa, os bispos, padres como qualquer outro, estão vinculados ao Decálogo, aos Mandamentos da Igreja, as leis canônicas, aos dogmas. Obedecer a tudo isso, à vontade de Nosso Senhor, à tradição da Igreja, ao direito canônico.

O papa não pode ir contra quatro princípios
1° Não pode contradizer os Evangelhos;
2° Não pode contradizer os Pais da Igreja;
3° Não pode contradizer os quatro primeiros concílios ou qualquer outro que definam dogmas. O que for definido como dogma, ele não pode contradizer; por exemplo inferno, céu etc.
4° Não pode contradizer o que é chamado Status Ecclesia, o estado do que é a Igreja: corpo místico de Nosso Senhor Jesus Cristo, apostólica, romana, católica, evangelizadora, de onde fora dela não há salvação, porque Deus assim quis e Ele não pode se contradizer: As portas do inferno não prevalecerão contra ela. Mt 16, 18

O conceito de um papa ser traidor da Igreja não é novo, não foi iniciado por João XXIII e segue até Francisco, como alegam os sedevacantes, e outros.

O papa Pio II (1458-1464) no documento Execrabilis, de 1460, dizia que “quem recorrer ao imperador para que seja convocado um concílio contra o papa, está excomungado, qualquer que seja, o imperador ou até mesmo um papa”.

O papa é um pecador como nós, tem um confessor, como nós, ele confessa seus pecados, recebe penitências, as cumprem e espera que seja perdoado.

O papa Honório, septuagésimo pontífice, que reinou de 625 até 638, apesar de ter feito boas obras, como a instituição da Festa da Santa Cruz, sanou questões da Igreja do Oriente, restaurou igrejas, reparou o aqueduto de Trajano e resolveu o cisma de Aquileia ou dos três capítulos, uma iniciativa do bispo de Aquileia que apoiava o nestorianismo, que entre as suas proposições de Nestório nega o título de Mãe de Deus a Nossa Senhora e que fazia a distinção entre as naturezas de Nosso Senhor Jesus Cristo, foi omisso com a heresia monoteístas, em que afirmava que havia uma só natureza em Jesus Cristo, aprovando a Ectese de Heraclio o qual a definiu como forma imperial do cristianismo.

O papa São Leão II (682-683) condenou duramente o Papa Honório escrevendo: Anatematizamos os inventores do novo erro, ou seja, Teodoro de Foran, Ciro de Alexandria, Sérgio, Pirro, Paulo e Pedro da Igreja de Constantinopla, e também Honório, que não se esforçou para manter pura esta Igreja Apostólica, etc. Ordenou que as atas fossem traduzidas para o latim, assinadas por todos os bispos do ocidente e conservadas junto ao túmulo de São Pedro.

Mas podemos resistir ao Papa?
Cardeal Caetano (1469-1534): Você deve resistir em sua própria face ao papa que está destruindo a Igreja.

Francisco de Vitória (1483-1546): Se o papa o papa, com suas ordens e ações, destrói a Igreja, pode-se resistir-se e impedir que as suas ordens sejam cumpridas.

São Roberto Belarmino (1542-1621): Assim como é legítimo resistir ao papa se ele agride um homem, também é legítimo resistir se ele ataca as almas, ou perturba o Estado, e muito mais se ele tenta destruir a Igreja. É legítimo, insisto, resistir a ele não cumprindo o que ele manda e impedindo o cumprimento da sua vontade.

Silvestre Prieiras (1456-1523): Ele não tem poder para destruir; portanto se ficar provado que é isso que está fazendo, é lícito resistir. O resultado de tudo isso é que se o papa destrói a Igreja por meio de suas ordens e ações, ele pode ser resistido e impedido de cumprir suas ordens. O direito de franca resistência ao abuso de poder dos prelados também emana do direito natural.

Francisco Suarez (1548-1617): Se o papa dita uma lei contrária ao direito costume, não lhe devemos obedecer. Se você tenta fazer algo claramente oposta à justiça e ao bem comum, é lícito resistir, se ataca pela força, com a moderação própria para uma defesa justa.

Alguns erros dos papas ao longo da história
- São Pedro (42-67): corrigido publicamente; Gal 2, 11 e 14 (Mas, tendo vindo Cefas a Antioquia, eu lhe resisti na cara, porque merecia repreensão. Se tu, sendo judeu, vives como gentio, e não como judeu por que obrigas os gentios a judaizar?).

- Libério (352-366): assinou o credo do sínodo ariano de Sirmio em 351, onde trocaram a expressão “da mesma substância” por “substância similar" entre Pai e Filho.

- São Leão Magno I (440-461): Escreveu que “Em Cristo, a natureza da Mãe foi assumida, mas não sua culpa. (Não foi heresia, pois o dogma da Imaculada Conceição não havia sido promulgado, mas um erro. Hoje seria heresia).

- São Pelágio (556-561): na encíclica Vas Electionis ele escreveu sobre os bispos ortodoxo Teodoreto e Ibas, eu os venero, teria escrito o papa. No concílio de Cancedônia em 451 os consideraram ortodoxos e no II Concílio de Constantinopla em 453, Dz 436 e 437. São Gregório Magno (590-604), os considerou um anátema, Dz 472.

- Honório (625-638): Apoiou o monotelismo Dz 487. Foi condenado pelo III concílio de Constantinopla, Dz 550 e 553: Bem como a carta com a qual Honório respondeu (Dz 487), e tendo constatado que não são conformes aos ensinamentos apostólicos e às definições dos santos concílios e de todos os ilustres santos Padres. Concordamos em expulsar da santa Igreja de Deus e em submeter ao anátema também Honório, que foi papa da antiga Roma. Foi condenado por um concílio, mas é contado no número dos papas.

- São Nicolau Magno (858-867): A fórmula do batismo é “Em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”. São Nicolau escreveu uma carta para os búlgaros em que diz que, se for trinitário ou em nome de Cristo é legal. (Invalida o batismo).

- Estevão VI (896-897): Eleito ao trono com apoio do partido de duques de Espoleto, o qual foi influenciado e levou o poder de Lamberto de Espoleto filho da terrível Ageltrudes. Estevão foi obrigado a reconhecer como único imperador Lamberto e que reprovasse os atos de seu antecessor Formoso (891-896), que havia coroado Arnolfo da Alemanha. Os partidários de Lamberto, vendo a condescendência de Estevão VI instituíram um tribunal para julgar o papa Formoso. Na presença de Lamberto, de sua mãe Ageltrudes e rodeados de eclesiásticos, foi trazido o cadáver mumificado de Formoso, retirado de seu ataúde, foi assentado num trono e acusado do grande crime de ter aceitado ser papa. O cadáver foi intimado a se defender, foi o morto julgado criminoso, despojado das insígnias pontificais; cortaram os dedos da mão direita que abençoara as multidões; o corpo foi depois atirado no rio Tibre. Estevão VI, acabou seus dias preso, aprisionado por ex-aliados e estrangulado. O corpo do papa Formoso foi posteriormente sepultado entre os papas.

- Sérgio III (904-911): Acusam de não ter governado enquanto papa, que a verdadeira governante de Roma era a mulher do conde Frascat, Teodora e sua filha Marózia. Marózia foi nomeada Patrizia e ainda se tornou senatrix e teria ela controlado vários papas, Leão VI (928-929); Estevão VII (929-931) e ao próprio filho de Marózia, que foi posto no trono pontifício por sua mãe sem ter sido eleito, João XI (931-936). Há versões que negam esses fatos e outros que confirmam, ao menos em parte.

- João XII (955-964): Filho do príncipe Alberico II, o qual influenciou na eleição de seu filho, que era sobrinho de João XI, filho de Marózia. A partir de João XI é que iniciou a tradição a mudança de nomes dos papas, exceções em Adriano VI em 1552 e Marcelo II em 1555. Há versões que contam que João XII teve uma vida de tamanha imoralidade que fez com que o imperador Oto I saísse da Alemanha e fosse até Roma, obrigar o papa a assinar um juramento para que cumprisse seu dever papal, mas bastou que o imperador retornasse e teria o papa voltado a sua imoralidade.

O imperador teria retornado e retirado o papa João XII e um sínodo elegeu um antipapa Leão VIII.

Em outra versão não menos imoral, o papal teria oscilado entre as ambições e nomeado Oto I como imperador do ocidente, pressionado por nacionalistas, o papa coroa o filho de Berengário II, Adalberto. Oto indignado ataca Roma e teria ai, manipulado um sínodo que depôs João elegendo o antipapa Leão VIII e teria determinado que nenhum papa poderia ser eleito sem a confirmação do imperador. João fugiu para o sul.

Oto retornando para a Alemanha, João também retorna para Roma. Leão VIII teve que fugir de Roma. No Anuário consta a remoção não canônica de João XII e a condução de Leão VIII, porém não é mencionado como papa.

- Bento IX (1033-1048): Filho do conde Alberico III por nome Teofilato, tinha 20 anos. Há quem lhe dê 12 anos. Os romanos tão fartos dele o afugentaram de Roma. O bispo de Sabina, com muito dinheiro, comprou o papado de Bento IX, o bispo de Sabina tinha boas intenções, passou a ser chamado de Silvestre III, reinou de janeiro a março do mesmo ano. Bento IX por vingança retornou à Roma, retomando o papado, governou de março a maio de 1045. Silvestre foi mandando de volta a sua diocese como bispo João de Sabina. Porém Bento IX foi novamente posto para correr de Roma, não antes de vender seu papado ao Arcipreste de Santa Maria Maior, João Graciano, que passou a ser Gregório VI, reinando em 1046. Neste ano um sínodo não oficial se reuniu sobre a influência do imperador em Sutri, onde Silvestre III foi chamado de não papa, assim como Gregório VI que foi mandado de volta a Santa Maria Maior e pela terceira vez Bento IX retorna a Roma e pela terceira vez os romanos o mandam embora. Então o imperador indicou um bispo alemão que ele o nomeou como Clemente II.

No anuário consta:
Bento IX: 1033-1045
Silvestre III: 1045-1045
Bento IX: 1045 (21 dias)
Gregório VI: 1045-1046
Clemente II: 1046-1047
Bento IX: 1048 (08 meses)
Dâmaso II: 1048

- São Gregório VII (1075-1085): Escreveu no documento Dictatus Papae, que todo papa ao ser eleito validamente pelos méritos de São Pedro é feito santo. (heresia contra o magistério da Igreja sobre a Graça). Foi canonizado no século XVIII.

Entre 1268 e 1271 a Igreja esteve sem papas, a sede foi vacante

- Bonifácio VIII (1294-1303): Após a renúncia de Celestino V em 1294, foi eleito Bonifácio VIII o qual não era unanime entre os cardeais e travou uma luta contra o rei Felipe IV, o Belo que terminou com a agressão em Anagni quando emissários do rei esbofetearam o papa.

- Clemente V (1305-1314): influenciado pelo rei Felipe, o Belo, suprimiu a ordem dos Templários, mudou a sede de Roma para Avinhão, o que ficou conhecido como o cativeiro de Avinhão, iniciou uma desmoralização e descrença do papado, muitos príncipes não vinham com bons olhos o papa em território francês sendo acusado de ser o capelão do rei francês.

- João XXII (1316 -1334, papa de Avinhão) defendia, em seus sermões e até em livro, de que os mortos não poderiam ou não teriam a visão beatífica, nem a condenação eterna, antes do juízo universal.

Os cardeais condenaram a preposição papal e a universidade de Paris refutou veementemente os escritos do papa.

Somente um dia antes de sua morte que ele emendou e coube ao seu sucessor, Bento XII, corrigir a doutrina, dizendo que o seu antecessor estava totalmente errado.

João XXII, apesar do erro que pregava fez um muitas obras pela Igreja: propagou a Festa da SS. Trindade, a devoção ao S. Rosário, a récita do Angelus, combateu a seita dos Fraticelli, fundou a Universidade de Cambridge na Inglaterra, elevou aos Altares Santo Tomás de Aquino entre tantas outras realizações.

- Urbano VI (1378-1389): Considerado integro de costumes, zeloso, austero, de gênio forte, violento, rude, desgostou logo no início a todos por seus modos ásperos, os romanos o chamavam de Inubarno I. Diante do descontentamento seus adversários elegeram em Avinhão um antipapa Clemente VII.

Urbano VI foi sucedido por:
Bonifácio IX (1389-1404)
Inocêncio VII (1404-1406)
Gregório XII (1406-1417)

Enquanto isso Avinhão continuou elegendo seus antipapas, depois de Clemente VII (1378-1394) venho Bento XIII (1394-1417).

Em 1409, já coisa não estava de todo tuim, Pisa fez um “Concílio” que declarou o papa de Roma e o antipapa de Avinhão, não-papas, elegendo então o seu antipapa Alexandre V (1409-1410) seguido por João XXIII (1410-1415), não o papa bono Angelo Roncali (curioso por que Roncali escolheu o nome de um antipapa?).

Período em que tínhamos três papas na Europa, toda cristandade foi excomungada. Se seguissem Roma era excomungado por Avinhão e Pisa; se seguissem Avinhão, Roma e Pisa te excomungava e se optassem por Pisa, Avinhão e Roma lhe dava a excomunhão. Todo mundo achava que o fim havia chegado, era procissões e orações por todo lado.

Gregório XII renunciou em 1415, porém consta que reinou até 1417, quando seu sucessor foi eleito, Martinho V (1417-1431), Bento XIII foi preso na Espanha onde faleceu, João XXIII foi acusado de vários crimes e preso em Pisa.

Durante os “3 três papas” no Concílio de Constança foi proferido uma heresia, de que o Concílio era superior ao papa: Ainda que o papa esteja acima de um concílio, em situação como essa (dos três papas), o concílio está acima dos papas”. Heresia.

Mais problemas
- Inocêncio VIII (1484-1492): Foi eleito por cardeais com espíritos da época, mundanos. Fora magistrado, casado e teve diversos filhos um dos quais seria o futuro papa Leão X (1513-1521), o que excomungou o heresiarca Lutero. Condescendente com seus filhos e sobrinhos, chegou a promover cerimonias de casamentos de alguns deles no palácio papal.

- Alexandre VI (1492-1503): Seu passado não o recomendava, fora militar, aventureiro, possuía vida mundana, quatro filhos nascido na depravação, numa época em que renascera o paganismo. Dizem que além dos quatro tivera outros quatro, totalizando oito filhos. Alexandre errou como homem, errou como príncipe, mas não errou em ensinamentos da Igreja, lutou contra o renascimento paganizante, pacificou Espanha e Portugal, com a tratado de Tordesilhas em 1494.

- Júlio II (1503-1513): Com pontificado conturbado, dizem que possuíam muitas amantes. Foi o responsável em permitir que o renascentista Miguelângelo pintasse a capela Sistina com suas pinturas depravadas e imorais.

- Leão X (1513-1521): Filho do papa Inocêncio VIII, é acusado de favorecer sua família em questão financeira, tudo que tocava virava ouro. Favoreceu as artes imorais e pagãs do renascimento, tanto em escultura, poesias e no teatro. Um paganismo que se ocultava nas artes. No seu pontificado houve a revolta protestante na Alemanha, que não foi devidamente combatida, o melhor que Leão X fez foi a excomunhão de Lutero, o protestantismo que tão mal causou ao mundo, dividindo a cristandade, provocou as grandes desgraças com o surgimento da maçonaria em 1717 e do comunismo em 1917, a destruição da família, da Europa e de toda desordem moral e religiosa que vivemos hoje em dia.

- Clemente VII (1523-1534): conhecido como o mais infeliz dos papas. Sobrinho de Leão X. Durante seu pontificado a heresia protestante incendiava a Alemanha, Henrique VIII, exigia o absurdo divórcio, os muçulmanos esmagavam a Hungria, sitiava Viena e ameaçava a Europa. Clemente não foi conhecido como envolto em imoralidade, mas por sua incompetência, fraqueza em poder resolver os problemas e em tomadas de decisões, inconstante, vacilante. Em 1527 os luteranos invadiram Roma naquilo que foi conhecido como o saque de Roma e um dos mais repugnantes episódios da história: roubo, incêndio, sangue, violência, nada foi poupada, sexo, idade, conventos Igrejas, sacerdotes, religiosas, sepulturas, relíquias de santos, nada, absolutamente nada foi poupado. Carlos V, monarca alemão, com apoio de luteranos, invade Roma em 05 de maio. Tudo é atacado, tudo é saqueado, tudo era roubado. Durante 08 dias mataram todos que podiam. Pacientes do hospital do Espírito Santo foram despedaçados a golpe de lanças e espadas. A guarda suíça foi trucidada. Os palácios dos cardeais destruídos, Igrejas profanadas, padres e monges mortos ou escravizados, freiras estupradas e vendidas em mercado. Paródia obscenas de Missas, cálices usados para embriagar-se, hóstias consagradas dadas como alimentos aos animais, túmulos de santos violados, cabeças dos apóstolos, como a de Santo André, usadas como bolas, burros paramentados e conduzidos a altares para receber a comunhão, padres que recusaram a dar a hóstia aos animais foram despedaçados, a Capela Sistina foi feita de cocheira. Só terminou com uma peste. Clemente refugiou-se em Orvieto.

Clemente VII quando assumiu o papado a Europa era toda cristã, quando morreu em 1534, 1/3 da Europa era protestante, em 11 anos ele condenou um 1/3 da cristandade ao fogo eterno.

A eleição de São Pio X
Em 20/07/1903 morre Leão XIII, para o conclave são apresentados os candidatos entre eles, o qual seria até então, o provável futuro papa, cardeal Mariano Rampolla del Tindaro, que fora Secretário de Estado de Leão XIII. Suspeito de pertencer a maçonaria e com um grande relacionamento com os maçons. O imperador Francisco José I da Áustria, exerceu seu direito de veto tornando inelegível o cardeal Rampolla e possibilitando a eleição de São Pio X. Foi a última vez que foi usado o direito de veto, que certos monarcas possuíam. Ao ser eleito o papa São Pio X tratou de revogar esse direito de veto papal, Jus Exclusive.

Para que nasci? Para contribuir com a maior glória de Deus, assim, alcançar o Paraíso.

Fontes
Os Papas, Richard P. McBrien - Editora Loyola 2004
Biografia dos Papas, Pe. Iran Corrêa, S. D. R. – Editora das Américas 1950
Compêndio dos símbolos, definições e declarações de fé e moral Denzinger-Hünermann
Bíblia Sagrada – Tradução Pe Matos Soares Editora Paulinas 1961

Histórias Eclesiástica - São João Bosco
Padre Gregory Hesse - Conferências

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