Márcio
Os maus tanto
odeiam quanto temem a Igreja Católica. O nome do católico nunca é bem recebido
pelo perverso (os destaques são meus "Márcio"):
Não obstante, o
comandante-chefe sabia que, como monarquista, que cultivava velhos laços com o
príncipe-herdeiro da Baviera e, como cristão praticante, seu candidato não era
admirador de Hitler e de seu regime.(…)
Qualquer que seja
a verdade, Himmler certamente conhecia a hostilidade de Halder para com o
Partido e avisou a Hitler que ele não tinha experiência de combate e que era
conhecido no Exército como o “general da Mãe de Deus“. Esse apelido, baseado
na opinião errônea de que todos os bávaros eram católicos, pode ter preocupado um
pouco
Hitler. Ao contrário
da Igrejas Evangélicas, a Igreja de Roma adotara uma atitude reservada em
relação ao movimento nazista, e seus membros eram ainda considerados como
alemães de lealdade dividida entre Berlim e Roma. De modo que, quando ouviu
dizer que von Brauchitsch escolhera esse general bávaro e cristão para
praticante como sucessor de Beck, Hitler imediatamente perguntou: “Ele
é católico?”
Na verdade, ele
era protestante (…)
BARNNETT, Corelli
[org]; Os generais de Hitler; Jorge Zahar Editor; Rio de Janeiro, 1990, pag 118
e 119.
(Haveria mais de
um assunto a ser discutido a partir do texto citado, mas este artigo vai se
concentrar apenas sobre um deles, deixando vaga para outros artigos futuros.)
“Ele é católico?”,
perguntou Hitler com preocupação. Assim se deveria fazer temer entre todos os
perversos o nome do católico. De forma alguma se deve confundir religião com um
pacifismo hipócrita, que tudo aceita e nada condena. Pelo contrário! O homem
verdadeiramente religioso deve ser tanto amado pelos inocentes quanto temido
pelos criminosos. Se os maus não se incomodam com um determinado católico, é
porque este não é bom católico.
É certo que o
católico pode fazer aos perversos o maior bem de que necessita: provocar sua
conversão. Afinal, devemos amar até aos nossos inimigos e buscar sua salvação.
No entanto, como os maus muitas vezes estão aferrados a seus pecados e, por
mais que sejam admoestados, não os abandonam, é justo que lhes impeçamos de
praticá-lo. E se, por vezes, isto estiver além de nossas forças, o bom exemplo
sempre estará dentro de nosso alcance.
Não é algo
semelhante o que se lê nas Sagradas Escrituras?
“Vós sois o sal da
terra. Se o sal perde o seu sabor, com que lhe será restituído o sabor? Para
nada mais serve senão para ser lançado fora e calcado pelos homens.
Vós sois a luz do
mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha nem se acende
uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o
candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa. Assim, brilhe
vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem
vosso Pai que está nos céus.” (Mt 5,13-16)
A presença do bom católico
sempre haverá de incomodar os maus, mesmo quando não possa fazer nada mais do
que dar o bom exemplo e exortar com suas palavras. A inocência do justo é
insuportável para o criminoso. A memória dos santos é aprazível para quem ama a
Deus, mas deixa em ebulição a consciência do perverso. A correção de atitudes
sempre será um empecilho para os maus que sabem não poder encontrar no bom
católico jamais um cúmplice para seus crimes. E, se o bom católico tiver poder
temporal em suas mãos, será barreira certa contra toda iniqüidade.
Os acontecimentos
presentes, com toda a campanha contra o Papa Bento XVI, não é exemplo claro
disto? Os maus católicos podem ser louvados pela imprensa, mas basta que alguém
se levante em defesa da Fé Católica para se tornar alvo de perseguições
atrozes.
Lembramo-nos das
palavras do Gênesis: “Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência
e a dela” (Gen 3,15). De fato, se a Igreja faz as pazes com o “mundo”, ela não
cumpre sua missão. Se cumpre sua missão, é odiada pelo “mundo”. Quem quer viver
nas trevas jamais poderá amar a luz. Cristo, Luz do mundo, e sua Santa Igreja
Católica sempre serão odiados por aqueles que escolheram o caminho do mal e
nele perserveram. Os maus indagar-se-ão sempre, com os dentes a ranger: “Ele é
católico? Quem me dera não o fosse…”
Daí se percebe a
irracionalidade da proposta do Vaticano II em se conciliar a Igreja com o
“mundo”, especialmente este mundo moderno, nascido da diabólica revolução, e
tantas vezes condenado com veemência pelos Papas pré-conciliares.
Tentou-se concliar a Luz e as trevas, e o desastre resultante só não o vê quem
não quer.
A Igreja Católica
sempre foi e sempre será perseguida pelos inimigos de Cristo. Por quê? Se ainda
nos restam dúvidas, podemos recorrer ao Catecismo, esta indispensável fonte de
ensinamentos para o cristão, para recebermos, das solícitas mãos de São Pio X,
a resposta para esta questão:
177. Por que é a
Igreja Católica tão perseguida?
A Igreja Católica
é tão perseguida porque assim foi também perseguido o seu Divino Fundador, e
porque reprova os vícios, combate as paixões e condena todas as injustiças e
todos os erros.
Ao contrário dos
adocicados padres modernos, que encontram desculpas para todos os erros e todos
os pecados, São Pio X nos ensina com clareza meridiana que a Igreja os combate
e, por o fazer, é odiada pelos maus.
Muitos católicos
modernos, atordoados pela propaganda modernista e ecumênica, ou movidos pelo
hedonismo e pelo comodismo, julgam-se bons religiosos ao buscar a paz com todos
a qualquer custo. A paz deve ser buscada, sem dúvida, mas nunca com o
sacrifício dos valores mais altos, especialmente da Fé. O que os modernistas
propõem não se pode chamar de paz, senão de rendição incondicional. Algo
totalmente indigno de um católico.
Voltemos ao texto
do Catecismo e pensemos na situação atual. Se a Igreja Católica aceitasse os
vícios, permitesse o livre curso de todas as paixões desenfreadas, não
denunciasse os erros, seria ela perseguida? Se a Igreja se calasse diante do
horrível crime do aborto, seria Ela escarnecida? Certamente não, poderia ser
até exaltada pela mídia.
Mas, como a Igreja
não troca a inefável amizade com Cristo, seu Divino Fundador, por um vão louvor
da mídia anti-cristã, então nunca lhe faltarão as perseguições. Nunca lhe
faltarão as calúnias, nem as reportagens tendenciosas. Nunca haverá paz entre a
Igreja e o “mundo”. Mas também nunca lhe faltará o consolo e o auxílio que vêm
do alto dos Céus.
Os maus
perguntar-se-ão preocupados: “são católicos?”, e lamentar-se-ão com a resposta
afirmativa, porque sabem que o bom católico jamais se conforma com o mal e a
injustiça.
Quanto a nós, que
desejamos ser dignos do nome de católicos, devemos bradar, apesar de
todos os perigos: À batalha, sempre, com espírito de Cruzados! Que Deus e
a Virgem Santíssima nos dêem coragem para enfrentarmos Seus inimigos.
______________________
O meu
artigo termina no parágrafo anterior. Esta “nota de rodapé” é somente para me
precaver contra os mal-intencionados que lêem este blog e deixam comentários
absurdos, sem nenhum sentido. O conteúdo desta nota é tão ridículo que eu me
recuso a considerá-lo como parte do artigo.
Pois bem,
eu afirmei que o católico não aceita o mal e o combate com energia.
Absolutamente desnecessário seria acrescentar, se somente tratássemos com
pessoas sérias, de que não se combate o mal através do mal. Os fins não
justificam os meios. Não é por meios ilícitos que se defende uma causa lícita.
Não venham portanto, atribuir a mim palavras que eu não disse.
Causa-me
até vergonha escrever uma nota destas, mas certos comentários que recebo dão a
impressão de que a internet se expandiu tanto que chegou até aos
hospícios.
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