- Todo o real progresso humano deriva do bem pensar, que depende do verdadeiro crer.
- A tentação da desculpa erudita de um «pecado» apenas «filosófico», em que incorreram alguns Jesuítas do tempo das «luzes» e hoje por uma pleiade de filosofastros que se dizem católicos, já foi condenada em 1690 pelo Papa Alexande VIII (Dz 1289)
Além disso, constituindo uma singularidade própria dos teólogos Escolásticos, o haverem unido entre si, COM VÍNCULO ESTREITÍSSIMO, A CIÊNCIA HUMANA E A CIÊNCIA DIVINA, com certeza a Teologia, na qual foram excelentes, não teria adquirido tanta honra e louvor entre os homens, se tivessem utilizado meios de qualidade inferior. (…)
São Tomás de Aquino, de engenho dócil e agudo, de memória fácil e tenaz, de vida inocentíssima, AMANTE ÙNICAMENTE DA VERDADE, RIQUÍSSIMO EM CIÊNCIA DIVINA E HUMANA, como um sol, acalentou o mundo com o calor das suas virtudes, e cumulou-o com o esplendor da sua Doutrina. Não há nenhum argumento filosófico que ele não tenha tratado com agudeza e solidez; disputou de tal forma sobre as leis da dialéctica, de Deus, e das substâncias incorpóreas, do homem, e das outras realidades sensíveis, dos actos humanos e dos seus princípios, que se não pode desejar messe mais abundante de questões, nem método mais excelente de proceder, nem firmeza de princípios ou força de argumentos, nem clareza ou propriedade de exposição, nem facilidade de explicr qualquer matéria, mesmo a mais abstrusa.
Acrescente-se a isso, que o Doutor Angélico explorou as conclusões filosóficas nas razões íntimas das coisas e nos princípios universalíssimos, OS QUAIS EM SEU SEIO ENCERRAM AS SEMENTES DE VERDADES QUASE INFINITAS, QUE EM TEMPO OPORTUNO, E COM FRUTO ABUNDANTÍSSIMO, SERIAM FEITAS GERMINAR POR FUTUROS MESTRES. Tendo São Tomás usado tal modo de filosofar, também para refutar os erros, sòzinho conseguiu derrotar todos os erros dos tempos passados,e forneceu meios poderosíssimos para afugentar, os QUE COM SUCESSÃO PERPÉTUA SURGIRIAM ULTERIORMENTE.»
Foi o Papa Alexandre VIII, que em 1690, condenou a existência de um pecado filosófico perfeitamente autonomizado do pecado teológico, só este podendo conduzir ao Inferno.
Quem produz asserções que relativizam o valor Absoluto, Eterno e Imutável da Verdade objectiva, isto é, possuidora de transcendência fundamental em relação às diversas subjectividades, as quais são ESSENCIAMENTE MEDIDAS PELA PRIMEIRA; Quem afirma que a Verdade evolui vitalmente, culturalmente, segundo os tempos e os lugares, e que portanto não consiste numa realidade feita, mas a fazer-se, a criar o seu próprio objecto, segundo as necessidades individuais, sociais e estatais – ESSE ALGUÉM É ATEU, DE UM ATEÍSMO EDULCORADO, ESTÈTICAMENTE COMPOSTO, MAS MESMO ASSIM – ATEÍSMO!
A Santa Madre Igreja, que É INFALÍVEL, MESMO EM MATÉRIAS FILOSÓFICAS, E QUE PRÀTICAMENTE CANONIZOU O TOMISMO, afirmou sempre que é atributo inerente à Verdade o recolher e incorporar, em si mesma, coerentemente, com alegria, os frutos de um sadio progresso.
Efectivamente, a Verdade é Deus Uno e Trino, Criador, Redentor, Consumador, Princípio e Fim de todas as coisas, e à Luz do Qual, todas são essencialmente medidas. Fora da Verdade, portanto, só temos o erro e o mal, privação de Ser que corrompe a operação das criaturas. TUDO O QUE É DE DEUS, EM DEUS TEM LUGAR, POIS QUE REFLECTE A SUA LUZ, NATURAL E SOBRENATURALMENTE.
A própria Revelação Sobrenatural, ilumina-nos sobre a natureza do mundo visível. Um modernista, um protestante, nunca pode possuir a mesma visão da realidade de um verdadeiro católico. De forma alguma. A própria Graça ilumina extrìnsecamente a inteligência natural. A filosofia oficial da Igreja, o Tomismo, como que nasceu providencialmente desta imensa Luz extrínseca. Tem que se empregar o termo “extrínseco” na medida em que o que é Sobrenatural, como tal permanece, e é totalmente incomensurável com a Ordem Natural; só que por uma espécie de redundância ontológica, a alma inundada pela Graça de Deus, participante da Natureza Divina, da Inteligência Divina, da Caridade Divina, não pode deixar de transparecer no plano natural, o absolutamente inefável que possui Sobrenaturalmente.
Nós sabemos que a substância é separável – pela omnipotência Divina – dos acidentes, e sabêmo-lo pela Fé. Nós sabemos que além da presença natural e circunscritiva dos corpos no espaço, existe um outro tipo de preença, imensamente superior, possível só pela acção da omnipotência Divina, que é a presença imediata pela própria substância, que tal é a presença de Nosso Senhor Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento do Altar; e que exactamente por isso pode estar presente em vários lugares simultâneamente. É certo que estas realidades são ONTOLÓGICAS E NÃO FENOMÉNICAS, por isso de modo algum contradizem as modernas teorias atómicas e moleculares sobre os elementos, os compostos, e as ligações químicas; pelo contrário, CONFIRMAM-NAS, ainda que, como já se afirmou, num plano ONTOLÓGICO.
A corruptibilidade do espaço-tempo, o fim próximo deste pobre mundo, ferido pelo pecado original, constituem verdades Sobrenaturais ensinadas dogmàticamente pela Teologia Católica. Essas Verdades iluminam singularmente o espírito verdadeiramente católico, conduzem-no através da sua vida mortal; porque ele verifica em si mesmo um enriquecimento notável e misterioso no conhecimento do mundo e dos homens em comparação com os não crentes; sabe, efectivamente, muito mais do que eles acerca do mundo em que vive; e mais do que isso, nas profundidades da sua alma vê nascer uma harmonia, uma analogia, uma ratificação, uma bondade geral de tudo com tudo, SALVAGUARDADA A DISTÂNCIA INFINITA ENTRE O NATURAL E O SOBRENATURAL. Na realidade, é essa mesma harmonia que perpassa as obras de São Tomás de Aquino; foi essa harmonia que o mundo foi perdendo, numa contínua desagregação, logo a partir do século XIV.
Tudo o que Deus Nosso Senhor criou é, necessàriamente, hierárquico e analógico. Não pode haver realidades estranhas umas às outras, não pode haver hiatos na Criação, pois todos os entes, enquanto tais, se iluminam uns aos outros, quer na Ordem Natural, quer na Ordem Sobrenatural.
Por isso, São Tomás de Aquino, distinguiu, mas jamais separou, a Teologia da Filosofia, a Teologia Dogmática da Teologia Moral.
A ascensão espiritual do verdadeiro católico implica pois um ENRIQUECIMENTO INTELECTUAL, NÃO HAURIDO DOS LIVROS, MAS EXSURGENTE, EXTRÌNSECAMENTE, DA GRAÇA SANTIFICANTE, DAS VIRTUDES TEOLOGAIS E MORAIS, BEM COMO DOS DONS DO ESPÍRITO SANTO. ESSE TESOURO É CONSTITUTIVO DA SERENA POSSE DA VERDADE, A QUAL FLORESCE E FRUTIFICA HOMOGÈNEAMENTE, UNIFICANDO, COLHENDO, ILUSTRANDO, ABRAÇANDO E SANCIONANDO, TUDO AQUILO QUE FOR REALMENTE SER; POIS QUE A UNIDADE, A VERDADE, A BONDADE, CONSTITUEM ATRIBUTOS TRANSCENDENTAIS DO SER.
Mas precisamente por isso, a Verdade, como o Ser, são METAFÍSICA E TEOLÒGICAMENTE ABSOLUTOS, ETERNOS E IMUTÁVEIS. Caso contrário a evolução seria completamente inútil,
cega e estéril; aliás, não seria – POIS SERIA O NADA!
Todos os absurdos desta pobre e feia civilização, requintadamente ateia, com a sua “filosofia” do absurdo e do nada, a sua seita anti-Cristo sediada no Vaticano, a sua falsa cultura de sentina e de lupanar; tudo isto releva do deicídio absolutamente letal para as almas de supor a mutabilidade evolutiva da Verdade e do Ser, de se obliterar o sentido profundo do Ser. Como se tem afirmado, Ser não é Deus, Ser é um conceito abstrato obtido pela aplicação do intelecto à pluralidade dos entes criados; Deus é uma realidade perfeitamente concreta, Pessoal, Transcendente, induzida como conclusão de um premissa maior – a existência do mundo; e uma premissa menor – o Princípio da razão suficiente. MAS O ERRO ACERCA DA NATUREZA DO SER É RIGOROSAMENTE CONCOMITANTE DO ERRO ACERCA DA NATUREZA DIVINA – QUEM FINITIZA O PRIMEIRO, FINITIZA IGUALMENTE A SEGUNDA. Todavia não existe uma relação de causalidade, seja em que sentido for, o paralelismo é perfeito, e a razão profunda para ele reside NO ACTO ESSENCIALMENTE FINITIZADOR, MORALMENTE CULPÁVEL, DA CRIATURA HUMANA QUE O CONSTITUI.
Aí se encontra, intemporalmente, sem limites geográficos ou sociais, como foi dito, a raiz, a causa, e o princípio de tudo o que não é Católico.
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